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Prof. Dr. Guilherme Rosa Em um programa de treinamento, o objetivo principal é a obtenção de aumentos significativos na força muscular. Essa capacidade física é comumente verificada por meio de testes para a medição da força. Esta análise da força é feita normalmente através de dois mecanismos: testes estáticos ou isométricos, e testes dinâmicos. Novaes et al, 2008. A força isométrica ou estática se caracteriza por um exercício no qual ocorre uma contração muscular sem a ocorrência de alterações no comprimento do músculo. Os principais medidores da força isométrica são o tensiômetro de cabo, e os dinamômetros. Novaes et al, 2008. O tensiômetro é um aparelho leve, portátil e fácil de utilizar para a verificação da força isométrica em diversos ângulos de movimento em uma determinada articulação. Este método é muito utilizado na análise da redução ou perda de força por motivo de lesões ou doenças. O teste é composto por três a qua- tro contrações de 5 segundos cada. A melhor destas tentativas é consi- derada. Novaes et al, 2008. A força isométrica também pode ser verifica da através da dinamometria. O mecanismo se utiliza da força gerada no equipamento, no qual é comprimida uma mo- la de aço, movendo o ponteiro e mostrando em uma escala o quanto de força foi gerado. Novaes et al, 2008. A força isométrica mensurada através da dinamometria é geralmente determinada após três tentativas de preensão ou tração máxima com um minuto de intervalo entre as tentativas. Novaes et al, 2008. Powers et al, 2003. A força ou contração dinâmica é determinada por uma contração muscular na qual ocorre mudança no comprimento do músculo. Está mais relacionada a exercícios e atividades esportivas onde tende a haver predominância de movimentos articulares. Novaes et al, 2008. Os testes dinâmicos possuem características distintas, que podem influenciar na avaliação da força e em sua análise em razão das características mecânicas e abordagens. Alguns fatores podem influenciar o resultado dos testes como: a velocidade de movimento, a familiarização, o número de tentativas, a orientação e o intervalo entre as tentativas. Os métodos mais comuns são: o teste em aparelhos isocinéticos, o teste de 1RM, e o teste de carga por repetição. Novaes et al, 2008. O teste de força isocinético permite a verificação da força, aceleração, torque e velocidade, possibilitando uma análise da força máxima em vários ângulos de movimento. 1 RM pode ser definida como a maior carga a ser movida por uma determinada amplitude de movimento uma única vez com execução correta (Pereira; Gomes, 2003); ou, Pela maior quantidade de peso levantado durante um único esforço máximo por meio de um movimento completo e que não se consiga realizar pela segunda vez de forma completa (Shaw et al, 1995). Cada exercício deve iniciar com aquecimento de 15 repetições e sobrecarga de aproximadamente 50% daquela que será utilizada para a primeira tentativa de execução do movimento; Dois a três minutos após o aquecimento deve ser realizada a primeira das três tentativas de realização de cada movimento; O intervalo entre cada tentativa deve ser fixado entre dois e cinco minutos. Baechle; Earle, 2000. O teste deve ser interrompido no momento em que os avaliados se mostram impossibilitados de realizar o movimento completo, ou quando ocorrerem falhas concêntricas voluntárias. Caso o valor da sobrecarga para 1RM não seja obtido após três tentativas, o teste deve ser realizado em dia posterior preferencialmente não consecutivo. Baechle; Earle, 2000. Na avaliação da força máxima em um teste de 1RM, alguns cuidados devem ser tomados para que os resultados sejam confiáveis e para que seja mantida a integridade física dos indivíduos analisados. Recomenda-se um cuidadoso controle do procedimento e um avaliador experiente para a execução do teste máximo com maior segurança e baixa incidência de lesões. Com boa orientação, o teste de 1RM é uma alternativa segura e eficiente para avaliar a força em crianças, idosos, cardiopatas, doentes respiratórios e adultos saudáveis. Novaes et al, 2008. A familiarização de um teste de 1RM mostra-se muito importante para realizar e conquistar dados com uma confiabilidade maior. É importante ressaltar as diferenças de períodos de familiarização entre grupos, levando a acreditar que não é possível uma recomendação global de sessões de familiarização. Novaes et al, 2008. Autores Períodos de Familiarização Loris; Giamis (2001) 7-10 sessões para idosas; 2-5 sessões para mulheres jovens Wayne et al (2004) 3 sessões para idosos Gurjão et al (2005) 3 sessões MMII; 5 sessões MMSS para jovens treinados Dias et al (2005) 2-3 sessões para crianças Cronin et al (2004) 2-4 sessões para MMII e MMSS Novaes et al, 2008. São enfatizados tempos de intervalo entre 2 e 5 minutos entre as tentativas, e entre 24 e 48 horas entre os testes sem que haja influência nos resultados. Novaes et al, 2008. O teste de carga por repetições possibilita a identificação da força máxima sem a necessidade do teste específico de carga máxima. É importante ressaltar que a não utilização de testes de carga máxima possibilita a redução ou exclusão do risco de lesões por esforço máximo, assim como, torna possível a realização de testes em exercícios variados em uma única sessão de treinamento sem estimular a fadiga central. Masculino – 80% a 100% do peso corporal*** Feminino – 50% a 60% do peso corporal *** Guedes; Guedes, 2006. Repetições Realizadas Fator de Correção 1 1,00 2 1,07 3 1,10 4 1,13 5 1,16 6 1,20 7 1,23 8 1,27 9 1,32 10 1,36 1 RM = Sobrecarga utilizada X Fator de Correção 1 RM = [(0,0333 X C) X R] + C C = carga utilizada (kg) R= número de repetições realizadas
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