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VENTILAÇÃO MECÂNICA Ac. Felipe Patrocínio 28ª Semana da Fisioterapia PHILIP DRINKER – IRON LUNG 1927 Ac. Felipe M. do Patrocínio Crise de Poliomielite Ac. Felipe M. do Patrocínio Ac. Felipe M. do Patrocínio Mark 7 Ac. Felipe M. do Patrocínio A Lesão Pulmonar: 1967 Thomas Petty Ac. Felipe M. do Patrocínio • 1950 – Pulmão de Aço (IRON LUNG);1 • 1960 – Ventiladores BIRD MARK – 7;2 • 1970 – Ventiladores Volumétrico – Benneti;3 • 1980 – Ventiladores Microprocessados;4 • 1990 – Válvulas Mecatrônicas; 5 • 2000 – Monitorização Ventilatória6 Evolução dos Ventiladores Mecânicos Ac. Felipe M. do Patrocínio Classificação dos Ventiladores • 1ª Geração – Ciclados a Pressão • 2ª Geração - Ciclados a Volume • 3ª Geração - Microprocessados Ac. Felipe M. do Patrocínio OBJETIVOS DA VM Durante a ventilação espontânea os músculos respiratórios geram uma pressão que produz fluxo e volume contra as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório Pmus= Pres+Pel Ac. Felipe M. do Patrocínio Objetivos da VM O suporte ventilatório é necessário quando um processo patológico ou intervenção farmacológica: • Prejudica a capacidade dos músculos respiratórios de gerar Pmus suficiente • Aumenta a demanda ventilatória além da capacidade muscular • Aumenta o trabalho associado à respiração Ac. Felipe M. do Patrocínio Objetivos da VM A melhor ventilação é aquela que estabelece a proteção, ou seja, estabelecer níveis estratégicos que protejam o pulmão a longo prazo "Estratégia Protetora“ (FERRARI – 2006). Ac. Felipe M. do Patrocínio Objetivos da VM O ventilador aplica uma pressão “positiva” (supra-atmosférica) que gera um gradiente entre a abertura das vias aéreas e os alvéolos, resultando em um fluxo “positivo” (dirigido do ventilador ao paciente) Pmus+Papl= Pres+Pel Ac. Felipe M. do Patrocínio Objetivos da VM • reverter a hipoxemia; • reverter a hipercapnia e a acidose respiratória; • reverter ou prevenir atelectasias em pacientes com respirações superficiais (ex: pósoperatório, doenças neuromusculares); • permitir sedação e/ou curarização para realização de cirurgias ou outros procedimentos; • reduzir o consumo de oxigênio em condições graves de baixa perfusão. Nas formas graves de choque circulatório, mesmo na ausência de indicação gasométrica, a ventilação mecânica, diminuindo o consumo de oxigênio pelos músculos respiratórios, pode favorecer a perfusão de outros órgãos (sobretudo coração, sistema nervoso central e território esplâncnico); • estabilização torácica em pacientes com múltiplas fraturas de arcos costais. Ac. Felipe M. do Patrocínio Ac. Felipe M. do Patrocínio Efeitos Interrupção da Fisiologia Ventilatória e Respiratória; Proporciona a manutenção do Volume Corrente; Não efetua troca gasosa; Incorretamente designado Respirador. Ac. Felipe M. do Patrocínio CD = VC / PRESSÃO PICO – PEEP TOTAL (50 A 80 ML/CMH20) Complacências Dinâmica - Impedância Total do Sistema Respiratório Estática - IMPEDÂNCIA DAS UNIDADES ALVEOLARES FUNCIONANTES CD = VC / PRESSÃO PLATÔ – PEEP TOTAL (50 A 80 ML/CMH20) Ac. Felipe M. do Patrocínio Complacências • A pressão de platô correlaciona-se com a pressão de retração elástica dos pulmões e da caixa torácica e pode ser usada como um marcador da distensão alveolar • A diferença entre a pressão de pico e a pressão de platô correlaciona-se com a resistência das vias aéreas Ac. Felipe M. do Patrocínio Modos Ventilatórios Como Cada Ciclo de ser iniciado, controlado e finalizado – Controlado – Assisto-controlada – Espontâneo Ac. Felipe M. do Patrocínio Ac. Felipe M. do Patrocínio Modalidade Como cada ciclo deve ser ofertado de acordo às Variáveis de Controle • VCV – Volume Controlado • PCV – Pressão Controlada • PSV – Suporte Pressórico • SIMV - Mandatória intermitente sincronizada • CPAP - Pressão positiva contínua nas vias aéreas • Associações Ac. Felipe M. do Patrocínio Ciclo Ventilatório Fase 1 - Início da inspiração – “disparo” Ventilador = FR / Paciente = sensibilidade Fase 2 - Inspiração – fornecimento de V pelo ventilador Fase 3 - Transição da inspiração para expiração - ciclagem” Fase 4 - Expiração – abertura da válvula de exalação Fase 5 – Novo Ciclo Ac. Felipe M. do Patrocínio Características da Respiração do Ventilador • Disparo: Inicia a ventilação • Limite: Determina a amplitide da respiração • Ciclagem: Determina a interrupção da inspiração e início da expiração Ac. Felipe M. do Patrocínio VCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME A ventilação com volume controlado assegura que o doente recebe um determinado volume corrente pré-programado de acordo com um fluxo e tempo inspiratórios pré-programados Ac. Felipe M. do Patrocínio VCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME • Disparo Tempo (controlada) Pressão, fluxo (assistida) • Limite Volume, fluxo • Ciclagem Volume, tempo *Variável dependente: Pressão inspiratória Ac. Felipe M. do Patrocínio VCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME Curvas de Pressão, fluxo e Volume Ac. Felipe M. do Patrocínio VCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME Padrão do Fluxo Ac. Felipe M. do Patrocínio VCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME Vantagens e Limitações Vantagens • Habilidade de controlar o volume corrente: ▪ Controle da PaCO2 (ex: hipertensão intracraniana) ▪Alvo de volume corrente (ex:SARA) Limitações • Sincronismo em pacientes com ventilação ativa • Ausência de controle sobre as pressões inspiratórias Ac. Felipe M. do Patrocínio PCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO A ventilação com pressão controlada assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante um tempo inspiratório pré- programado Ac. Felipe M. do Patrocínio PCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO • Disparo Tempo (controlada) Pressão, fluxo (assistida) • Limite Pressão • Ciclagem Tempo *Variável dependente: Volume, Fluxo Ac. Felipe M. do Patrocínio PCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO Curvas de Pressão, fluxo e Volume Ac. Felipe M. do Patrocínio PCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO Vantagens e Limitações Vantagens • Limita a pressão aplicada aos alvéolos : menor risco de lesão (?) • Fuxo variável: melhor sincronismo • Padrão de fluxo decrescente: maior recrutamento alveolar Desvantagens • Volume corrente não é garantido: risco de hipoventilação Ac. Felipe M. do Patrocínio PCV - VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO Vantagens e Limitações Ac. Felipe M. do Patrocínio PSV - VENTILAÇÃO COM SUPORTE DE PRESSÃO A ventilação com suporte de pressão assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante a inspiração. A frequência e o tempo da inspiração são determinados pelo paciente Ac. Felipe M. do Patrocínio PSV - VENTILAÇÃO COM SUPORTE DE PRESSÃO Disparo • Pressão, fluxo Limite • Pressão Ciclagem • Fluxo Variáveis dependentes: Volume, fluxo Ac. Felipe M. do Patrocínio PSV - VENTILAÇÃO COM SUPORTE DE PRESSÃO Curvas de Pressão, fluxo e Volume Ac. Felipe M. do Patrocínio PSV – VENTILAÇÃO COM SUPORTE DE PRESSÃO Vantagens e Limitações Vantagens • Auxilia no desmame do ventilador • Melhor sincronismo em pacientes ventilando ativamente Limitações • Volume corrente não é garantido • Requer atividade respiratória do paciente Ac. Felipe M. do Patrocínio SIMV – VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA A SIMV combina ventilações assisto -controladas em uma frequência pré-programada com períodos de ventilação espontânea Ac. FelipeM. do Patrocínio SIMV – VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA Ac. Felipe M. do Patrocínio SIMV – VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA Permite Ciclos Controlados, Assistidos e Espontâneos; Disparo Vantagem: ausência de assincronismo Pode ser utilizada a Pressão Suporte nas espontâneas. Ac. Felipe M. do Patrocínio PARAMÊTROS VENTILATÓRIOS Ac. Felipe M. do Patrocínio OXIGENAÇÃO Ac. Felipe M. do Patrocínio OXIGENAÇÃO Curva de Dissociação da Hemoglobina FIO2: não baixar < 40% em VMI FIO2 > 60% - Toxicidade pela absorção de Nitrogênio > 24Hs Ac. Felipe M. do Patrocínio PEEP Recrutamento de unidades alveolares:↓ shunt • SARA • Edema agudo de pulmão • Fisiológico? Aplicações Ac. Felipe M. do Patrocínio PEEP PEEP= 5 cmH²O - impede colabamento alveolar PEEP > 8 cmH²O - melhora oxigenação PEEP > 12 cmH²O - repercussões hemodinâmicas Aplicações Ac. Felipe M. do Patrocínio PEEP Redução da pré-carga • ↑Pressão pleural :↓Retorno venoso • ↑ Resistência vascular pulmonar • Compressão da veia cava Redução da pós -carga • ↑ Pressão extra-mural Débito cardíaco • ↓ Se hipovolemia • ↑ Se normovolemia Efeitos Hemodinâmicos Ac. Felipe M. do Patrocínio PEEP Potenciais efeitos danosos associados à ventilação com pressão positiva Hemodinâmica • Redução do débito cardíaco e hipotensão Pulmões • Barotrauma - Extravasamento gasoso • Injúria pulmonar iduzida pelo ventilador (VILI) • Auto-PEEP • Pneumonia associada à VM Troca gasosa • Pode aumentar o espaço morto (compressão de capilares) • Shunt (redirecionamento do fluxo sanguíneo para regiões doentes) Problemas Associados Ac. Felipe M. do Patrocínio PEEP Problemas Associados Ac. Felipe M. do Patrocínio AUTO-PEEP APRISIONAMENTO AÉREO “ PRESSÃO RESIDUAL QUE PERMANECE NOS ALVÉOLOS APÓS EXPIRAÇÃO INCOMPLETA ” (TOBIN –1991) Ac. Felipe M. do Patrocínio AUTO-PEEP APRISIONAMENTO AÉREO CAUSAS: ↑ VC ↑FR ↓TE E COLAPSO DINÂMICO DAS VIAS AÉREAS MONITORAR: OCLUIR A VÁLVULA EXPIRATÓRIA NO FINAL DA EXPIRAÇÃO COMBATER: PEEP EXTRÍNSECO 85% DO AUTO PEEP Ac. Felipe M. do Patrocínio VOLUME CORRENTE Volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado em cada incursão respiratória normal Ac. Felipe M. do Patrocínio O volume corrente alvo deve ser calculado de acordo com o peso ideal: Homem: 50 + 0.91 [altura (cm) - 152.4] Mulher: 45.5 + 0.91 [altura (cm) - 152.4] Rotina – 7 a 8 ml / kg de peso SARA- entre 4 e 6 ml / kg de peso DPOC – entre 5 e 8 ml / kg de peso Volumes correntes elevados aumentam as pressões nas vias aéreas, podem provocar VOLUTRAUMA. FLUXO INSPIRATÓRIO Ac. Felipe M. do Patrocínio Valor inicial: • Fluxo(l/min) = Peso (kg) x 0,6 a 0,9 Valores habituais: • Fluxo inspiratório = 40 a 60 l/min Fluxos elevados diminuem o tempo inspiratório e aumentam a pressão no interior das vias aéreas. FLUXO INSPIRATÓRIO Ac. Felipe M. do Patrocínio ESCOLHA DO PADRÃO DE FLUXO INSPIRATÓRIO Opções disponíveis: • Fluxo quadrado • Fluxo decrescente Fluxo decrescente é o mais utilizado por produzir menores pressões nas vias aéreas. Sem evidências nítidas de vantagens de um padrão sobre o outro. ALARMES Ac. Felipe M. do Patrocínio Pressão inspiratória máxima: 35 a 40 cmH2O. Pressão Inspiratória mínima: 4 a 5 cm acima do valor da PEEP. Volume Minuto máximo: 20% acima do VM estipulado Volume Minuto Mínimo: 50% abaixo do VM estipulado. FR máxima: 35 rpm FR mínima: 6 rpm. (VM = VC x FR) SENSIBILIDADE Ac. Felipe M. do Patrocínio Utilizada na modalidade A/C, SIMV, PSV; Esforço do paciente para deflagrar o ventilador; Pode ser a Pressão ou Fluxo; Pressão: - 0,5 a – 2,0 cmH2O Fluxo: 04 a 06 l/min (+ sensível) RELAÇÃO I:E Ac. Felipe M. do Patrocínio Usar relação I:E de 1:2 até 1:3. (Ventilação espontânea – 1:1,5 – 1:2) As seguintes variáveis interferem na relação I:E –Fluxo inspiratório –Padrão do fluxo inspiratório –Volume corrente –Tempo inspiratório RELAÇÃO I:E INVERTIDA Ac. Felipe M. do Patrocínio Usar relação I:E 1:1 ou 2:1 com cuidado! A relação I:E invertida deve ser usada na SDRA grave, após otimizar VC,PEEP e FiO2. A relação I:E invertida pode: • Melhorar o PO2 • Provocar o aparecimento de auto-PEEP • Interferir no retorno venoso – Causar instabilidade hemodinâmica FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Ac. Felipe M. do Patrocínio VALORES INICIAIS: • FR = 12 a 16 rpm Freqüências elevadas podem produzir alcalose respiratória e aparecimento de auto-PEEP. Freqüências baixas podem provocar acidose respiratória. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Ac. Felipe M. do Patrocínio CORREÇÃO DA ACIDOSE / ALCALOSE RESPIRATÓRIA Correção pela freqüência respiratória: • FR = PaCO2 (a) x FR (a) / PaCO2 (d) Correção pelo volume corrente: • VC = PaCO2 (a) x VC (a) / PaCO2 (d) PRESSÃO DE SUPORTE Ac. Felipe M. do Patrocínio Inicialmente usar PSV de valor igual ao valor da pressão de pico durante a ventilação A/C. Diminuir ou aumentar o valor do PSV até atingir um VC próximo de 8 ml/kg. O valor do PSV deve ser aumentado e principalmente diminuído de uma maneira progressiva. Durante o desmame o PSV deve ser diminuído em 2 cm 2 vezes ao dia até um valor de 6-8 cm H2O. VCV VS PCV Ac. Felipe M. do Patrocínio Cálculo da Capacidade Pulmonar Funcional CPF = VC/P.pico CPF < 15 PCV CPF > 15 VCV OBRIGADO! Ac. Felipe M. do Patrocínio .
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