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Ovariohisterectomia em Medicina Veterinária

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
6) OVARIOHISTERECTOMIA 
 
 
# DEFINIÇÃO: 
 
Esta cirurgia envolve a remoção dos ovários e útero. O útero deve ser removido junto 
com os ovários para prevenir o desenvolvimento subseqüente de doenças uterinas. 
 
# INDICAÇÕES: 
 
 A ovariohisterectomia pode estar indicada em casos de: 
• Endometrite • Fetos enfisematosos 
• Hiperplasia cística endometrial • Torção uterina (Fig. 07) 
• Piometra • Desequilíbrios hormonais 
• Neoplasias de ovário • Pseudociese 
• Neoplasias de útero • Para evitar o cio e a reprodução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 07 – Torção de corno uterino
gestante em cadela. Observe a
hepatização do segmento uterino
torcido, decorrente da congestão
sangüínea local. 
 
# IDADE E PERÍODO PARA A OVARIOHISTERECTOMIA: 
 
 Embora a cirurgia possa ser feita em qualquer idade e em quase todo período estral, 
o melhor é que seja feita antes da puberdade (evita o desenvolvimento de tumores 
mamários) ou durante o anestro (3 a 4 meses após o estro). 
 Alguns cirurgiões preferem esperar até a cadela ter passado por um cio, porque eles 
acreditam que com isso ela irá adquirir maiores características femininas. 
 A ovariohisterectomia está contra-indicada quando o animal estiver no cio ou muito 
próximo dele. Também está contra-indicada em animais que recém passaram pelo cio. 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO E ANESTESIA: 
 
• Exame físico detalhado; 
• Hemograma e contagem de plaquetas; 
• Jejum de sólidos (12 horas); 
• Tricotomia na região abdominal ventral (da região xifóide até a região púbica); 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
• Anestesia geral; 
• Anti-sepsia (álcool-iodo-alcool) em toda a área depilada. 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
 O abdome é abordado pela linha média ventral com uma incisão pré-retroumbilical. 
Os ovários são identificados, eles encontram-se ligados ao terço médio e ventral da última 
ou das últimas costelas, pelo ligamento suspensório. O ligamento largo é perfurado com um 
instrumento de ponta romba na região imediatamente caudal à artéria e veias ovarianas. O 
ovário é elevado o máximo possível da cavidade abdominal, três pinças hemostáticas 
curvas são colocadas no pedículo que contém a artéria e a veia ovariana. Todas as pinças 
são aplicadas proximalmente ao ovário, da mesma maneira, com as pontas dirigidas para 
cima. As pontas devem ser grandes o suficiente para prender o pedículo por inteiro. O 
pedículo pinçado é seccionado entre a pinça média e a superior, sendo este pedículo ligado 
duplamente (categute 2.0 a 0.0), a primeira laçada do nó é apertada abaixo da pinça mais 
ventral até sentir-se resistência a deformação do pedículo, a pinça inferior é liberada 
enquanto a tração na ligadura é mantida, isso apertará ao máximo o nó. A ligadura é 
finalizada com uma laçada distal a primeira, liberando-se a última pinça. O mesmo 
procedimento é repetido no outro ovário. 
 O corpo uterino é então exposto pela ruptura do ligamento largo e redondo. Os 
vasos (artéria e veia uterina) e o corpo do útero são ligados imediatamente craniais a cérvix 
(categute 2.0 a 0.0). Em casos de processos inflamatórios uterinos o coto uterino deverá ter 
suas bordas invaginadas (sutura de Parker-kerr). A cavidade abdominal é fechada de forma 
usual. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• Antibioticoterapia; 
• Fluidoterapia; 
• Curativo tópico; 
• Retirada dos pontos de pele com 08 a 10 dias de pós-operatório. 
 
# COMPLICAÇÕES: 
 
• Hemorragias. 
• Infecções. 
• Deiscência de sutura do coto uterino. 
• Estro recorrente. 
 
LEITURA OBRIGATÓRIA: 
 
FERREIRA, C. R. , LOPES, M. D. Complexo - hiperplasia cística endometrial/piometra 
em cadelas – revisão. Clínica Veterinária, n. 27, p. 36-44, 2000. 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
16
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
SOARES, J. A. G. , SILVA, P. A. R. Castração precoce em cães e gatos. Clínica 
Veterinária, n. 13, p. 34-40, 1998. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA: 
 
SMITH, K. W. Female genital system. In: ARCHIBALD, J. Canine surgery. 2. ed., Santa 
Barbara: American Veterinary Publications, 1974, cap. 17. p. 751-782. 
 
VAN SLUIJS, F. J. Atlas de cirurgia dos pequenos animais. São Paulo: Manole, 1993, 
141 p. 
 
WILSON, G. P. , HAYES Jr, H. M. Ovariohisterectomia em candelas e gatas. In: 
BOJRAB, M. J. Cirurgia dos pequenos animais. 2. ed., São Paulo: Roca, 1986, cap. 
25, p. 365-369. 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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