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Aula Ovariohisterectomia Significado: Remoção cirúrgica dos ovários, cornos uterinos e parte do corpo do útero – procedimento mais realizado na medicina veterinário. · Indicação primaria: Limitar reprodução – mudança comportamental (atenuar); · Outras Indicações – doenças no sistema reprodutivo (Hiperplasia endometrial/piometria, metrite, pseudociese, tumores ovarianos/uterinos e outros). Considerações medicas gerais Antes do primeiro cio: quase anula a chance de tumores mamários, antes dos 3 meses incontinência urinaria, fechamento tardio das placas epifisárias, presença de vulva infantil e indefinição social do animal possui mais desvantagens. Após o primeiro cio: desenvolvimento corporal completo, reduz grandemente o risco de tumores mamários (após segundo cio não há efeito protetor). OBS: Melhor época para castração de animais jovens é o ANESTRO do primeiro cio. OBS.2: O estrógeno age nas fases de pro-estro e estro e promove vaso dilatação provocando maior sangramento em cirurgia – rico de hemorragia = NÃO CASTRAR NESSAS FASES. Melhor fase é no ANESTRO. Anatomia Cérvix – Útero (mesmo formato em cadela e gatos) – cornos uterinos (irrigados pela artéria e veia uterina) – mesometrio (preso no peritônio pelo ligamento largo do útero) – ovário (ligamento próprio do ovário – cadelas tem bolsa ovariana) – ligamento suspensor do ovário (irrigado pela artéria e veia ovariana) – mesovario (irrigado por vasos menos um local – onde se faz o ligamento para castração). Ovário direito mais cranial que o esquerdo. Pré-operatório Anamnese: indicação da castração, se possui alguma doença e evolução, vacinação e vermifugação, questionar quando foi ultimo cio – se o tutor não sabe fazer histologia vaginal. Exame físico geral: Aliterações assintomáticas; Exame físico especifico: Inspecionar a vagina buscando tumores, secreção vulvar, palpação abdominal observando algum aumento ou dor; Exames complementares: Pré-cirurgico básico, exames de imagem. Pré-operatório Imediato · Jejum de sólidos e líquidos · Tricotomia: região abdominal desde o apêndice xifoide até o púbis estendendo lateralmente a área; · Antissepsia e preparo do campo operatório. · Decúbito dorsal ou lateral para acesso pelo flanco. Técnica cirúrgica Acesso: incisão retro-umbilical (celiotomia mediana pré umbilical) em gatas e cadelas pré-púberes inicia-se a incisão em torno de 2cm caudal a cicatriz umbilical. Ovariohisterectomia: captura do ovário esquerdo ou direito com o dedo ou gancho de ovariectomia exposição do ovário e parte do corno uterino com auxílio da pinça hemostática faz um orifício no mesovario e faz o ligamento duas ou três pinças hemostáticas são colocadas através do orifício afim de impedir o retorno sanguíneo, da conferencia e facilita a ligadura ligadura entre a segunda e terceira pinça secção do pedículo entre a primeira e a segunda pinça faz uma janela adjacente ao corpo uterino e artéria e veia uterina, no mesometrio rompe-se o ligamento largo e separados dos cornos uterinos e ovários Ligadura cranial a cérvix (A CERVIX FICA) com as 3 pinças hemostáticas secção entre a primeira e segunda pinça. OBS: Em condições que o útero está muito friável ou necrosado não utiliza pinças apenas as ligaduras. Síntese: Fechamento padrão continuou ou separado com fio absorvível (pala musculatura e subcutâneo) e fios inabsorvíveis (pele). Pós-operatório · Retirada dos pontos entre 7 e 10 dias; · Uso obrigatório de roupa de proteção ou colar elizabetano · Uso de analgésicos Complicações · Infecção; · Dor; · Deiscência; · Hemorragia – ligadura mal feita (fonte de hemorragia sempre está próximo ao rim – celiotomia para correção); · Ligadura acidental do ureter – hidronefrose; · Íleo paralitico – manipulação excessiva das vísceras; · Piometra de coto uterino – restam partes do corno uterino (níveis de progesterona elevados – ovário remanescente); · Granulomas – ligaduras com fios inadequados, técnica asséptica deficiente; · Estro recorrente – não retirada completa dos ovários; · Incontinência urinaria; · Tratos fistulosos sublombares; · Alterações comportamentais.
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