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NEOPLASIAS PROCESSOS GERAIS CARCINOGÊNESE Profa. Dra Maria Fernanda Rodrigues 2017 “Massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e descoordenado com o do tecido normal, e que persiste com a remoção do estímulo que o causou.” Introdução Neoplasia Neoplasia = Crescimento novo Introdução O termo tumor é usado como sinônimo, o qual foi originalmente usado para os aumentos de volume causados pela inflamação. As neoplasias ou tumores são classificados em malignos ou benignos. Entretanto, câncer é a denominação genérica usada somente para tumores malignos, e originou-se devido a capacidade de invadirem os tecidos vizinhos. O estudo das neoplasias é conhecido como oncologia (onco= massa). Introdução Câncer Estimated number of incident cases, both sexes, worldwide (top 10 cancer sites) in 2012 Data source: GLOBOCAN 2012 Graph production: Cancer Today (http://gco.iarc.fr/today) © International Agency for Research on Cancer 2016 Data source: GLOBOCAN 2012 Graph production: Cancer Today (http://gco.iarc.fr/today) © International Agency for Research on Cancer 2016 Câncer Estimated number of death, both sexes, worldwide (top 10 cancer sites) in 2012 Estimated age-standardized rates (World) (incidence and mortality), both sexes, (top 10 cancer sites) in 2012 Data source: GLOBOCAN 2012 Graph production: Cancer Today (http://gco.iarc.fr/today) © International Agency for Research on Cancer 2016 Neoplasias Benignas X Malignas 1.Velocidade de crescimento 2.Diferenciaçao celular 3.Padrão de invasão 4.Recidivas 5.Metástases Neoplasias Benignas X Malignas 1. Velocidade de crescimento: Neoplasia benigna Crescimento lento Neoplasias Benignas X Malignas 1. Velocidade de crescimento: Neoplasia maligna Crescimento rápido e infiltrativo Neoplasias Benignas X Malignas 2. Diferenciação celular: Refere-se à extensão com que as células neoplásicas lembram as células normais, tanto morfologicamente quanto funcionalmente. ANAPLASIA: ausência de diferenciação Neoplasias Benignas X Malignas 2. Diferenciação celular: Neoplasia benigna Bem diferenciada, tecido neoplásico imita o tecido de origem. Neoplasias Benignas X Malignas 2. Diferenciação celular: Neoplasia maligna Pode variar desde tumores bem diferenciados à indiferenciados. Neoplasias Benignas X Malignas 3.Padrão de invasão: Neoplasias benignas Crescem como massas expansivas bem delimitadas. Não têm a capacidade de infiltrar, invadir ou metastizar para locais distantes. Neoplasias Benignas X Malignas 3.Padrão de invasão: Neoplasia maligna . Crescimento infiltrativo Invasão e destruição dos tecidos adjacentes Mal delimitados Formam metástases Neoplasias Benignas X Malignas 4. Recidiva: . Raramente ocorrem recidivas Com frequência ocorrem recidivas ´Mesmo local da lesão primária Benignas Malignas Neoplasias Benignas X Malignas 5. Metástase . Clones celulares distintos dentro da massa tumoral possuem diferentes potenciais para gerar metástases. Depende de alterações genéticas que favoreçam motilidade, evasão do sistema imune e adaptação ao “novo” ambiente. Metástase em fígado Mesenquimais– “OMA” Fibroma, condroma, osteoma Epiteliais – células de origem, arquitetura microscópica ou padrão macroscópico. Adenomas Papilomas Cistoadenomas papilíferos Pólipo Nomenclatura: neoplasias benignas Mesenquimais – prefixo SARCOMAS Condrossarcoma Lipossarcoma Leiomiossarcoma. Epiteliais – sufixo CARCINOMAS Carcinoma de células escamosas Adenocarcinoma (padrões microscópicos) Carcinoma basocelular Exceção: melanoma, mieloma múltiplo e linfoma. Nomenclatura: neoplasias malignas Origem Benigno Maligno Fibroblasto Adipócitos Osteócitos Músculo liso Epitélio de revestimento Epitélio padrão glandular O que é câncer? Hipócrates – 400 AC “veias” CA mama semelhantes a perna do carangueijo Karkinoma = carangueijo= cancer (latim) ALTERAÇÕES NA FITA DO DNA: INSERÇÃO/DELEÇÃO NUCLEOTÍDEOS RECOMBINAÇÃO GÊNICA OU REARRANJOS CROMOSSÔMICOS ALTERAÇÃO NA PROTEÍNA FINAL CÂNCER CÂNCER É UMA DOENÇA COM BASE GENÉTICA Carcinogênese Como são as células normais? Células normais só reproduzem quando são “informadas” para tal; Obedecem o ciclo celular; Como se originam as células neoplásicas? Sofrem mutações não letais (acúmulo); Sofrem nova mutação (por acaso ou por agente oncogênico); Capacidade de divisão superior às demais do mesmo tecido (vantagem seletiva) Acúmulo de mutações ... Dano genético não letal à célula Classes de genes específicos atingidos pelas mutações Protooncogenes Supressores de tumor Reguladores do sistema de reparação de DNA Reguladores da apoptose Mutações sucessivas BASES MOLECULARES DO CÂNCER Se é necessário acumular mutações para ter uma neoplasia... ... E as crianças com cânceres? A criança pode ter herdado do pai ou da mãe um gene mutado ou inativado (supressor). Apenas 1 mutação em outra célula para iniciar o processo. FAMÍLIAS DE GENES Proto-oncogenes Genes supressores de tumor Genes de reparo do DNA Genes que controlam a apoptose Neoplasias: alterações qualitativas e quantitativas desses genes. PROTO-ONCOGENES forças promotoras GENES SUPRESSORES DE TUMOR forças inibidoras GENES REGULADORES NORMAIS breque acelerador ONCOGENES genes que causam câncer Produzem proteínas anormais: ONCOPROTEÍNAS Alteração dominante GENÉTICA DO CÂNCER GENES RESPONSÁVEIS Controle do ciclo celular; Estímulo para a célula se dividir ONCOGENES GENÉTICA DO CÂNCER GENES RESPONSÁVEIS Controle do protooncogene; Inibem o processo de proliferação celular. GENES SUPRESSORES DE TUMOR Genes que controlam o trabalho dos proto- oncogenes Bloqueiam a proliferação celular se necessário Os dois alelos necessitam estar alterados – heterozigoto (um gene normal) GENES SUPRESSORES DE TUMOR Inibição da proliferação celular Indução da apoptose Reparo do DNA p53- Guardião do genoma gene RB (Retinoblastoma) Inativação de supressores de tumor + Ativação de oncogenes = Proliferação descontrolada Acúmulo de alterações genéticas Defeitos no reparo do DNA Dano ao DNA causado por: Infecções virais Agentes mutagênicos Radiação Ativação de mecanismos de reparo Inativação de genes de reparo Células malignas INSTABILIDADE GENÔMICA Genes reguladores da apoptose Apoptose: eliminação de células danificadas ou cujo DNA não pode ser reparado Depende do equilíbrio entre proteínas pró e anti- apoptóticas Ativação de oncogenes da família Bcl2: anti- apoptóticos Inativação de genes supressores de tumor, como por exemplo p53 http://www.cancer.gov/cancertopics/understandingcancer/targetedtherapies/htmlcourse/page3 Mutação p53 Potencial de replicação ilimitado Células tumorais expressam altos níveis da enzima telomerase Senescência replicativa – perda da capacidade de divisão, principalmente por encurtamento dos telômeros. Indução e manutenção da angiogênese Perfusão de oxigênio – 1 a 2 mm Neovascularização Perfusão adequada de O2 e nutrientes Estímulo de crescimento tumoral pelas células endoteliais Vasos tortuosos e irregulares ANGIOGÊNESE As próprias células tumorais ativam as células endoteliais estimulando sua proliferação http://www.nature.com/nrd/journal/v6/n4/fig_tab/nrd2115_F1.htmlGenético x Hereditário 1/10 dos cânceres são hereditários Pouca ação dos agentes carcinógenos; Baixa taxa de mutações. ... Transmissão hereditária! Os genes mutados podem ser transmitidos de geração para geração... ... Vários indivíduos da mesma família apresentam risco de desenvolver a doença. Ex.: câncer de cólon, câncer de mama Prevenção: mutação do gene BRCA1 e BRCA2 em linhagem germinativa. Cancer treatment according to BRCA1 and BRCA2 mutations. Kara N. Maxwell and Susan M. Domchek. Nature Reviews, 2012. Carcinogênese - vários passos Resultado de agressões ambientais em um indivíduo geneticamente susceptível Há vários modos de carcinogênese MÚLTIPLOS ESTÁGIOS Alteração do DNA Crescimento seletivo Expansão clonal Relação entre causa e efeito é probabilística Etapas da carcinogênese 1- Iniciação 2- Promoção 3- Progressão INICIAÇÃO Agente iniciador: lesões não letais no DNA Em classes de genes específicos (protooncogenes, supressores de tu, reparadores do DNA) Célula iniciada CARCINOGÊNESE QUÍMICA Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos derivam da combustão incompleta – produtos de petróleo, carvão, defumados, tabaco Aminas aromáticas – anilinas Azocompostos – corantes alimentícios Alquilantes – ciclofosfamida, clorambucil, bussulfan (carcinógenos diretos – mutações no ras) CARCINOGÊNESE QUÍMICA Nitrosaminas – substâncias formadas a partir de nitritos e aminas ou amidas: defumados, tabaco, perticidas: câncer gástrico – gene p53 Aflatoxinas – produzidos por fungos, acão sinérgica com vírus da hepatite B Asbesto (amianto – isolante termico) – Ca pulmonar Cloreto de vinil – matéria prima _ CA fígado Arsênico –CA pele CARCINOGÊNESE FÍSICA radiação ultravioleta – Carcinomas de pele e lesões potencialmente malignizáveis radiação ionizante PROMOÇÃO Agente promotor – não mutagênico: vírus, bactérias, parasitas ex: H pilory, Hepatite B, schistossoma proliferação celular Alteração da apoptose PROGRESSÃO Agente progressor: Alteração da diferenciação celular e ploidia da célula. PROGRESSÃO Proliferação descontrolada das células tumorais; Modificação do genoma das células; Evolução clonal e heterogeneidade. Câncer CARACTERÍSTICAS COMUNS Proliferação celular desordenada Perda da especialização (não diferenciada- anaplasia) Capacidade de desprender do tumor primário Metástase Angiogênese Câncer Parênquima – células neoplásicas em proliferação Estroma – tecido de suporte da neoplasia: tecido conjuntivo e vasos sanguíneos/linfáticos Anaplasia – alteração morfológica celular: Pleomorfismo – forma e tamanho Alteração da relação núcleo/nucléolo e núcleo/citoplasma Perda de polaridade Figura de mitoses aumentadas Mitoses atípicas Alterações histológicas de uma neoplasia Câncer Pérolas córneas Hipercromatism o nuclear Queratinização individual de células Alteração da relação núcleo- citoplasma
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