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Adaptações fisiológicas na gestação Profa MsC. Joyce Moraes Adaptações fisiológicas • 1º trimestre: intensa divisão celular e alterações hormonais ocasionando náuseas, vômitos e perda de apetite. • 2º trimestre e 3º trimestre: atenção ao ganho de peso e ingestão de nutrientes. Atentar as carências nutricionais, as quais podem aumentar a taxa de mortalidade fetal. Hormônios na gravidez Hormônios Fonte primária Implicações principais Gonadotrofina coriônica humana Céls trofoblasto e placenta Estimula a produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo, garantindo a manutenção da gravidez e ausência de nova ovulação. Evita rejeição imunológica Progesterona Placenta Relaxa musculatura lisa, evitando contrações. Aumenta a excreção renal.Interfere no metabolismo de ácido fólico. Promove desenvolvimento glandular mamário Estrogênio Placenta Promove rápida proliferação da musculatura uterina. Reduz proteínas séricas. Afeta função tireoidiana. Garante crescimento e desenvolvimento uterino e mamário Hormônios na gravidez Hormônios Fonte primária Implicações principais Lactogênio placentário humano hPL placenta Antagoniza a ação da insulina. Promove lipólise e aumento dos níveis de AGL. Ação similar ao hormônio do crescimento com deposição de proteínas nos tecidos. Participa no desenvolvimento das mamas e interfere na produção de leite. Hormônio do crescimento HC Pituritária anterior Aumenta glicemia. Estimula crescimento de ossos longos e promove a retenção de nitrogênio Tiroxina Tireóide Regula a velocidade da TMB Insulina Céls beta pancreáticas Aumento da insulina para acompanhar a glicemia Hormônios na gravidez Hormônios Fonte primária Implicações principais Glucagon Céls alfa Eleva a glicemia por glicogenólise Cortisona Córtex adrenal Aumenta glicemia pela proteólise tecidual aldosterona Córtex adrenal Retençao de sódio e excreção de potássio Renina angiotensina Rins Estimula a secreção de aldosterona causando retenção de sódio e água Calcitonina tireóide Bloqueia a reabsorção óssea de cálcio Metabolismo glicídico 1º trimestre tendência a hipoglicemia e a redução da insulina pela utilização da glicose materna pelo feto 2º trimestre ocorre aumento gradual da resistência à insulina devido aos hormônios 3º trimestre a sensibilidade à insulina reduz em aproximadamente 50% Fornecer nutrientes preferencialmente para o feto Acumulo de tecido adiposo materno Durante o jejum: redução da glicemia e aumento do catabolismo lipídico Metabolismo glicídico • O hPL apresenta uma estrutura similar ao GH e tem aumento significativa a partir do 2º trimestre. Dessa forma, ele seria o maior responsável pela resistência à insulina. • No entanto, também se observa um aumento do cortisol, prolactina, progesteronas e de estrógenos, responsáveis também pela redução da sensibilidade à insulina Metabolismo glicídico Jejum caracterizado pela redução da glicemia ( menor quantidade de precurssores da gliconeogênese) e aumento do catabolismo lipídico devido aos hormônios placentários Gestante apresenta tendência para aumento de glicose e insulina após as refeições Estimulo ao armazenamento de lipídios e inibição da lipólise A insulina materna não passa pela placenta e o feto começa a produzir sua própria insulina 9ª semana Metabolismo lipídico Aumento de 300% e de 50% na trigliceridemia e na colesterolemia, respectivamente. Principalmente, no último trimestre. Aumento da atividade da lipase hepática e redução da lipoproteína lipase, ocasionando o aumento de TG Modificações estimuladas pelo estrogênio, progesterona, hLP somados a RI Modificações GIs Volume uterino promove o deslocamento cefálico do estômago e altera o ângulo da junção gastroesofágica, ocasionando prejuízo no EEI RGE Esvaziamento gástrico lento Pirose Hérnia hiatal Aumento da secreção de suco gástrico Aumento da pressão intragástrica Constipação Modificações Renais Rápida elevação do fluxo plasmático renal e da filtração glomerular Utero comprime estruturas pelvianas Estase urinária ITU Clearance de creatinina está aumentado e, portanto, o limite superior dos valores normais sanguíneos de uréia e creatinina está mais baixo nas grávidas Modificações Hepáticas Verificado aumento das transaminases e do colesterol Redução das proteínas totais e da relação albumina/globulina devido ao aumento do volume plasmático Modificações Hematológicas Hipertrofia e dilatação uterina demanda aumento da vascularização Aumento do fluxo sanguíneo uteroplacentário Aumento do número de vasos sanguíneos Volume sanguíneo eleva-se entre 40 a 50% O aumento da massa eritrocitária ocorre em menor proporção (30%) e mais tardiamente (a partir da 16ª a 20ª semana) ocasionando HEMODILUIÇÃO Modificações Cardiológicas Carga adicional ao trabalho cardíaco Elevação do volume cardíaco Aumento do débito cardíaco em 50% devido a elevação do volume sistólico e no 3º trimestre devido a FC Redução da PA
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