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Última aula de Sanidade A produção dos animais é contínua e assistida e isso é uma das grandes vantagens da criação intensiva. As criações extensivas são mais difíceis de ter sincronização de cio e embora as fêmeas acabem sincronizando o cio pela fase do ano e pelo acumulo de animais no meio, o sistema intensivo facilita o manejo. Os reprodutores chamados cachaços/varões são mantidos separados porque eles se tornam mais agressivos quando são criados juntos e isso também sofre desgaste de monta, a vantagem de deixar os varões/cachaços separados em sistema intensivo é que nós decidimos o momento da monta ou da coleta de sêmen, então mantemos os animais em equilíbrio de monta e reprodução. Normalmente no sistema intensivo nós temos uma perda menor porque nós usamos gaiolas de parição e aleitamento. Às vezes parece agressivo o animal ficar na mesma posição, mas esse sistema impede o óbito dos leitões por esmagamento. Na fase de creche é quando começa a desmamar esse momento é muito importante, o estresse de leitão é muito grande, tem muitas técnicas de desmame progressivo para diminuir o estresse. A produção de leite tem que ser suficiente para o número de filhotes e para o sustento dos filhotes até o desmame. Nós escolhemos a porca pelas suas características maternas, pelo número da leitegada e pelo aleitamento. Na creche os leitões na fase de crescimento já estão desmamados e são separados por faixa etária. O cio e a parição são sincronizadas e os leitões vão ter idade sincronizada, quando a produtividade é boa e isso acontece é porque na verdade todo mundo tem o mesmo ganho, o manejo é bom e homogêneo e o crescimento também é homogêneo. O piso de PVC não deixa o animal ficar em contato com a urina, retira o animal do contato com fezes. Sistema livre tem como um animal se desenvolver mais do que o outro, pode ser por questões parasitárias, por doenças infecciosas, suscetibilidade, facilidade de encontro de alimento, por competição. No manejo intensivo quando olhamos, todo mundo parece que tem o mesmo peso, o mesmo tamanho tem homogeneidade na criação. O sistema terminal alimentação de uso contínuo, o animal vai comendo e vai baixando. Animais são homogêneos. Parasitoses em Suínos Se nós pensarmos em impacto na produção, talvez os parasitas que mais impactam são os pulmonares que tem haver com os lixos (?), os segundos que mais impactam são os ascarídeos que eu vou encontrar no intestino delgado e progressivamente vou encontrar a possibilidade de cisticercose. A contaminação do suíno depende da presença do ser humano. A teníase é do ser humano, o suíno tem a fase de larva e o ser humano pode conter a fase de larva e a fase de tênia. Quando a gente fala de cisticercose é um problema de sanidade pública, o suíno é o hospedeiro intermediário. Se você tem um problema de cisticercose no plantel é porque você não tem controle sanitário que envolva diagnóstico e tratamento e o manejo sanitário de dejeto humano é ruim e permite a contaminação do suíno. As parasitoses causam impacto na leitegada, na engorda e nas matrizes. Quando a gente pensa em parasitoses que impactam no segmento eu tenho ascaris, é um problema sempre maior no jovem, os ascarídeos são os maiores parasitas que encontramos no intestino e é importante entender que na maioria dos casos, alem da competição pelos nutrientes o maior problema é obstrutivo, um único ascaris pode matar um animal jovem por obstrução. Quando eu penso em vermes que levam muito tempo pra fechar o ciclo Strongylus sp, Oesophagostum sp, Trichuris sp, eu tenho que avaliar os casos agudos. Se eu penso em parasita que ta ligado a criação livre que é o caso dos Strongyloides sp qualquer um pode se infectar igualmente, a exposição tem a ver com o manejo e o solo. Parasitos pulmonares: Metastrongylus sp, Strongylus sp causa uma broncopneumonia. A contaminação é através da ingestão de larvas, contaminação oro-fecal. Quando a gente pensa na patogenia do parasito do pulmão, vai ter hipersecreção, reação inflamatória eosinofílica pulmonar e a patogenia também envolve tosse e apnéia. Toda criação envolvendo pasto tem chance de infecção. Tem que vermifugar sistematicamente os animais adultos que estão no pasto para diminuir a carga parasitária. O controle: em animais confinados não tem problema, manejo é excelente. O confinamento é uma forma de controle melhor. Se você sabe que o pasto ta muito contaminado, você pode plantar alguma coisa ex: milho, e esse lugar deixa de ser pasto. Helminto de estômago: causam gastrite, diminui o ganho de peso, pode ter necrose da parede do estomago, causam anemia, podem se fixar na parede gástrica. O ciclo pode estar ligado a besouros coprófagos infectados. O controle também é por rotação de pastagem, vermifugação, remoção de fezes, controle de dejetos, o problema ta relacionado a forma do manejo. É importante fazer coprocultura para saber qual é o ovo que ta nas fezes para fazer a vermifugação adequada. É importante o tratamento profilático para redução da carga microbiana e sempre fazer um manejo adequado, melhorar o manejo, manejo de pastagens. O ideal é que os vermífugos sejam larvicidas também, porque os maiores problemas são por obstrução ou por migração da larva. Quanto mais rico o solo mais strongyloide de vida livre terá. Oesophagostum sp ciclo evolutivo direto o grande problema é que a patogenia envolve uma enterite grave e envolve um colite ulcerativa, inflamação de mucosa intensa, o animal passa a ter diarréia, perda de peso, anemia, emagrecimento crônico, diminuição da produção de leite. O único parasita que não adianta fazer manejo da pastagem é o Strongyloides porque ele tem vida livre. O ovo de Trichuris sp é inconfundível porque é o maior, o problema da trichuríase são os prolapsos de reto, causa irritação da parte posterior do intestino grosso, cólica intensa, tenesmo e acaba levando ao prolapso de reto. É bem comum. A diarréia às vezes pode ter um pouco de sangue, mas nem sempre. A falta de manejo e higiene são os principais fatores que levam a contaminação. Apesar da longevidade da larva é importante entender que elas são sensíveis aos antiparasitários sistêmicos. Ivermectina, albendazol... Teníase – cada segmento é independente, não tem sistema digestório e nem reprodutor. Teníase humana, o homem fica com a tênia e vai eliminando os proglotes. O suíno ingere as fezes contaminadas e se contamina. O homem consome a carne de porco mal passada, rica em larvas e fecha o ciclo intestinal. Mas o homem pode se contaminar com as próprias fezes e ter o cisticerco sem a presença do suíno. A patogenia então está ligada a presença da larva e pode ter sinais aparentes ou produzir qualquer coisa como encefalopatia (neurocisticercose), cegueira, lesão hepática. É comum encontrarmos as larvas em masseter e língua. Por isso na inspeção se corta a cabeça e a língua. Praziquantel é a droga de escolha, o controle envolve higiene sanitária humana.
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