RELATORIO ESTAGIO GESTAO

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UFFS

Catia Ritter Basso

19/03/2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER

ADRIANA TOBALDINI, RU: 1244502, TURMA: 2017/07
CATIA R. RITTER BASSO, RU: 1947537, TURMA: 2017/07

ESTÁGIO SUPERVISONADO GESTÃO ESCOLAR:
FORMAL E INFORMAL

CURITIBA
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER

ADRIANA TOBALDINI, RU: 1244502, TURMA: 2017/07
CATIA R. RITTER BASSO, RU: 1947537, TURMA: 2017/07
RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório de Estágio Supervisionado
Gestão Escolar: formal e informal:
apresentado ao curso de Pedagogia
Segunda Licenciatura do Centro
Universitário Internacional UNINTER.

CURITIBA
2017
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2. ANÁLISE CRÍTICA............................................................................................... 5
2.1. Identificação da Escola/Instituição Estagiada ........................................... 5
2.2. Concepção Pedagógica da Escola/Instituição .......................................... 5
2.3. Descrição e Análise Reflexiva das Atividades de Estágio
Supervisionado ...................................................................................................... 7
2.3.1. CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL .......................................................... 7
2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA
ESCOLA/INSTITUIÇÃO ESTAGIADA ..................................................................... 8
2.3.3. ROTEIRO PARA AS ATIVIDADES DE ENTREVISTA, VISITA E
OBSERVAÇÕES...................................................................................................... 9
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 15
4. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 16
5. ANEXOS ............................................................................................................. 17

1. INTRODUÇÃO
O estágio de observação em escolas públicas é uma forma de adquirirmos
maior conhecimento do cotidiano docente, é a partir da observação de outros
professores, que começamos a perceber diversas diferenças entre cada um deles,
seja na forma de conduzir suas aulas, como na forma com que eles encaram a
profissão que exercem, além disso, a partir dessa experiência e principalmente na
prática docente que começamos a criar nossa identidade profissional, ou seja:
Isso nos convida a refletir sobre a forma como ocorre a mediação
escolar e sobre os pressupostos teóricos que embasam essa cultura
escolar, embora a todas as variáveis envolvidas nas relações
aprender-ensinar-aprender sejam necessários fundamentos
justificativos sobre as escolhas dos conteúdos escolares (ANDREIS,
2012. p. 56).

O estágio é uma etapa da graduação em licenciatura de suma importância
para a formação do acadêmico, pois é nesta etapa que vivenciamos a prática da
atividade docente. “O estágio é um componente do currículo que não se configura
como uma disciplina, mas como uma atividade” (PIMENTA, 1995. p.63). Mesmo no
estágio de observação, podemos refletir sobre a prática docente, fazer análise sobre
o ambiente escolar, assim, agregando maior conhecimento sob a forma que as aulas
são ministradas, qual o contexto social e cultural dos alunos que frequentam a
instituição, as dificuldades encontradas pelos professores e gestores escolares, bem
como todos os aspectos relacionados a escola e seus usuários.
Os objetivos do Estágio Supervisionado – Gestão Escolar: formal e informal
são de compreender as ligações que integram os processos de gestão escolar, bem
como seu nexo com os motivos socioeconômicos, bem como a natureza e as
particularidades da disposição do trabalho pedagógico escolar; Refletir a respeito da
prática pedagógica analisada, destacando os princípios da ação do pedagogo nas
escolas; Dialogar sobre os fundamentos da gestão escolar; Analisar a função do
pedagogo e seu desempenho na sistematização da atividade pedagógica no
contexto escolar e compreender a relevância de uma gestão escolar que seja
democrático-participativa no contexto escolar.
Destacamos que a partir dos objetivos do estágio de gestão escolar, o
presente relatório é resultado da experiência obtida na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Viadutos, no município de Viadutos/RS, no período de 25 de julho a 15
de setembro de 2017, pelas alunas: Adriana Tobaldini, RU: 1244502 e Catia Ritter
5

Basso, RU: 1947537.
Para atingirmos os objetivos propostos neste trabalho foram necessárias
observações, análise, participações e intervenções pedagógicas, buscando refletir
sobre a teoria e a prática, considerando as dificuldades e desafios na realização
deste processo. Destacamos que este trabalho está disposto da seguinte forma: 1.
Introdução; 2. Análise Crítica; 2.1. Identificação da Escola/Instituição Estagiada; 2.2.
Concepção Pedagógica da Escola/Instituição; 2.3. Descrição e Análise Reflexiva das
Atividades de Estágio Supervisionado; 2.3.1. Caracterização estrutural; 2.3.2.
Caracterização dos profissionais que atuam na escola/instituição estagiada; 2.3.3.
Roteiro para as atividades de entrevista, visita e observações; 3. Considerações
Finais; 4. Referências; 5. Anexos.

1. ANÁLISE CRÍTICA
1.1. Identificação da Escola/Instituição Estagiada
O Estágio supervisionado – Gestão Escolar: Formal e Informal foi realizado na
Escola Municipal de Ensino Fundamental Viadutos, situada na Rua: Bevilacqua,
Número 20, no bairro Centro, CEP: 99820-000, localizada na cidade de Viadutos, no
Estado do Rio Grande do Sul. O contato com a escola pode ser realizado através do
telefone (54) 3395 1280 e do e. mail: emefviadutos@yahoo.com.br.
A instituição atende um total de 260 alunos, do primeiro ao nono ano, nos
turnos da manhã e tarde. A escola também possui atendimento educacional
especializado, para os alunos com necessidades educacionais especiais, com
professores especializados para este tipo de atendimento, que ocorre no turno
inverso ao que o aluno frequenta as aulas.
Destacamos ainda que nosso estágio foi realizado no período de 25 de julho
de 2017 a 15 de setembro de 2017, no período da manhã e tarde, nos horários das
7h40min às 11h40min e das 13h10min às 17h10min, de segunda a sexta-feira.

1.2. Concepção Pedagógica da Escola/Instituição

O PPP (Projeto Político Pedagógico) é uma das principais oportunidades que
temos para a construção de uma unidade de ação entre os agentes educativos.
Considerando os procedimentos do seu processo de elaboração, um dos princípios
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básicos é a participação da comunidade escolar nos diferentes momentos de
discussão e de decisão sobre: a escola que temos, a escola que queremos, e as
ações necessárias para aproximar o real do ideal.
Fazendo a analise do PPP da escola, constatamos que entre os inúmeros
objetivos da escola, existe a preocupação de formar um cidadão consciente, critico e
capaz de colaborar com a construção de uma sociedade justa e igualitária. A escola
busca desenvolver as potencialidades de cada educando preocupando-se com seu
ser integral em seus aspectos físicos, psíquicos, moral e social, incentivando a
criatividade, a autonomia, as relações de respeito e de solidariedade.
O atual PPP foi elaborado em 2010, e apenas por alguns professores, que
se reuniram em um dia e escreveram aquilo que acharam
importante constar no
documento, isso dito por uma das professoras que ajudou na elaboração. É claro
que no PPP consta que ele foi elaborado por todos os segmentos da comunidade
escolar, através de reuniões e debates. Por exemplo, no PPP a escola possuiria
vários projetos, tais como: Projeto sócio racial e consciência negra, Projeto
Biblioteca Viva, Projeto Plantas Medicinais, Projeto Informática Educacional, Projeto
encontro de formação de professores, Projeto diversidade cultural, Projeto Cultivo de
Roseiras, Projeto de Educação Fiscal e Projeto da Leitura, entre outros. Destes
projetos todos, apenas alguns poucos funcionam e temos dúvidas sérias de que
algum dia os demais projetos tenham realmente existido.
Das metas elencadas no PPP, em especial as quantitativas, poucas foram
alcançadas. Haja vista que o PPP é um documento tão importante dentro de uma
instituição de ensino ele deveria sem dúvida alguma ser levado mais a sério, o
mesmo deve se fazer presente no dia-a-dia da escola, direcionando as ações,
avaliando a caminhada, conduzindo os rumos do ensino que realmente se almeja
construir.
Atualmente com a efetivação do Plano Nacional de Educação, e com as
metas assumidas pelos Planos Municipais de Educação, a escola viu-se em frente a
uma situação nova, então o desafio se tornou ainda maior. O PPP está sendo
reescrito para poder contemplar essas novas metas dispostas pelo PNE.
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1.3. Descrição e Análise Reflexiva das Atividades de Estágio
Supervisionado
1.3.1. CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
A escola está em funcionamento neste novo endereço desde agosto de 2016,
após a construção desta nova estrutura, desativando a antiga escola em outro
endereço. A estrutura está em ótimo estado, a escola possui acessibilidade e está
sempre limpa. O espaço é amplo, as salas de aula são grandes e arejadas, exceto
02 delas. Contudo, a equipe diretiva nos informou que logo será iniciada a ampliação
da estrutura física da escola, com mais 05 salas de aula, a secretaria será
transferida para uma sala maior, para que possa atender melhor os alunos, pais e
professores. A busca é por atender cada vez melhor os alunos que já frequentam a
escola, e a crescente procura por vagas na instituição.
A distribuição das turmas e alunos foi feita de forma apropriada, todas as
salas possuem ar condicionado, e iluminação adequada, mas a acústica poderia ser
melhorada, pois alguns professores falam muito alto e algumas turmas possuem
alunos que conversam alto durante as aulas, o que acaba prejudicando os alunos e
professores das salas próximas, principalmente se as portas das salas estiverem
abertas, desconcentrando os alunos e professores das outras turmas. Também
existe um parque infantil para os alunos do 1º ao 5º ano, e quando os mesmos são
liberados para utilizar o parque, atrapalham o restante dos estudantes.
A Escola encontra-se em um prédio de um único pavimento, sua área
construída é de 850.52 metros, e conta com: 09 salas de aula, 01 sala de direção,
01 sala de professores, 01 sala de secretaria, 01 cozinha, 01 refeitório, 01 banheiro
feminino para as alunas adaptado para necessidades especiais, 01 banheiro
masculino para os alunos adaptado para as necessidades especiais, 02 banheiros
para professores, 01 banheiro para as funcionárias, 03 almoxarifados - (01 para
material de limpeza, 01 para os alimentos da merenda e 01 para o material escolar).
A escola possui um anexo com 01 sala de vídeo, 01 biblioteca, 01 sala de reforço,
01 sala de AEE e 01 sala para a fonoaudióloga.
A escola possui diferentes recursos tecnológicos, que são substituídos
sempre que necessário, oferecendo aos professores, alternativas inovadoras para
utilização em suas aulas, na busca de torná-las mais atrativas para os alunos. Com
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relação aos materiais didáticos e pedagógicos, percebeu-se um amplo acervo,
porém, infelizmente nem todos os professores utilizam-se desses materiais em suas
aulas, pelo menos foi o que observamos no decorrer deste estágio.
Como a área rural do município é bem mais ampla que a sede urbana do
município, é grande a quantidade de alunos que utilizam transporte escolar nos dois
turnos, para que possam frequentar as aulas.

1.3.2. CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA
ESCOLA/INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
O quadro docente da escola conta com 30 professores. Quatro professores
contratados e vinte e seis nomeadas. Dois desses profissionais atuam como
bidocentes, um atendendo um aluno com deficiência visual e outro um aluno
portador da síndrome de asperger. Destes, vinte e sete possuem graduação, e vinte
e seis tem pós-graduação, e apenas três professoras possuem somente o
magistério.
Os professores de um modo geral são de meia idade para baixo, há um time
de professores de séries iniciais bem jovens, e percebemos neles grande disposição
para o trabalho, ideias novas, iniciativas positivas, utilização de diferentes materiais
pedagógicos, aulas inovadoras e o uso da tecnologia como instrumento educacional
em suas aulas, o que só vem a somar no processo de ensino aprendizagem.
Algo interessante constatado é que todos os professores sabem utilizar as
novas tecnologias de comunicação, o que facilita em muito no relacionamento com
os alunos que estão imersos nessa realidade virtual e tecnológica.
De uma forma geral os educadores sentem-se preocupados com o
aprendizado dos alunos, mesmo sofrendo com a falta de apoio, incentivo e
investimento na educação, não raras eram às vezes que comentavam entre si a
preocupação com o aprendizado de determinados alunos.
Durante o estágio conversamos com vários professores, alguns mais
animados, outros nem tanto, mas todos demonstraram alegria e simpatia para
conosco durante nosso período de estágio na escola e se mostraram prontamente
disponíveis para nos ajudar no que fosse necessário, nos incentivando a crescer na
busca do conhecimento.
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1.3.3. ROTEIRO PARA AS ATIVIDADES DE ENTREVISTA, VISITA E
OBSERVAÇÕES.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES DO ESTÁGIO:
A Escola está situada na área central do município de Viadutos, próxima à
sede da Prefeitura Municipal e em frente Brigada Militar, local de menor fluxo de
caminhões e automóveis, por não estar próxima à avenida que faz ligação com os
demais municípios da região.
Nosso contato direto com a escola iniciou no dia 28/07/17, com nossa
conversa e solicitação para realizarmos o estágio. A equipe diretiva autorizou nosso
estágio de forma acolhedora, assim, iniciamos a observação, leitura e análise dos
documentos da escola e conversas com os professores e equipe gestora. Nossas
observações participativas ocorreram nos dias: 04, 07, 10, 11, 16, 17, 21, 22, 25, 28,
29 e 30 de agosto, e nos dias 01 e 04 de setembro, nos turnos da manhã e tarde.
Os alunos em sua maioria são oriundos da área rural do município, filhos de
agricultores, que no geral possuem pequenas propriedades de agricultura familiar,
com baixa renda, e pouca instrução. Grande parte destas famílias frequentou
apenas os primeiros anos do ensino fundamental, alguns conseguiram concluir o
ensino médio e uma pequena parcela possui ensino superior completo. Apenas uma
mãe é analfabeta, mas a maioria destes pais são analfabetos funcionais, reflexo de
uma cultura de seus ancestrais, que priorizava o trabalho na terra e a não
valorização do estudo e até mesmo pela falta de recurso para encaminharem a
grande quantidade de filhos que tinham (mais de 10, 12 filhos) para a escola. As
famílias tinham vários filhos, pois necessitavam de mão-de-obra para o cultivo da
terra, mas não dispunham de renda suficiente para suprir as necessidades
básicas
de vestuário, alimentação, medicamentos e outras carências. Outro fator relevante é
que naquela época não existia transporte escolar, nem a facilidade de acesso
existente nos dias atuais.
Os alunos da área urbana são filhos de proprietários e funcionários do
comércio local, de funcionários públicos e de funcionários de indústrias da região,
que precisam se deslocar diariamente do município em que residem, para que
possam trabalhar em municípios maiores, como Erechim/RS e Concórdia/SC.
Destacamos ainda que a escola é pequena e tranquila, comparada aos
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grandes centros. Um fato que nos surpreendeu foi a grande quantidade de crianças
atendidas na sala de AEE, todas com diagnóstico de psicólogos, psiquiatras e
neurologistas, que no total somam 22 alunos. Ainda é relevante mencionar que mais
33 alunos frequentam atividades complementares de educação – reforço escolar, o
que também pode ser reflexo de famílias desestruturadas, reforçando ainda mais
suas dificuldades e problemas de aprendizagem, além dos problemas de
comportamento e conduta em ambiente escolar e fora dele. Essas famílias que são
desestruturadas em sua maioria possuem problemas de alcoolismo, uso de
entorpecentes, ou foram presos por delitos e até mesmo casos de abuso infantil,
mas o fato mais comum é o abandono por parte dos pais, sendo que essas crianças
estão sob a guarda dos avós, tios, ou outros parentes próximos. Essas adversidades
são reflexos de nossa sociedade que ainda não consegue resolver seus problemas
econômicos e sociais, além do pouco investimento e valorização da educação.

2. CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE OBSERVAÇÃO:
Como mencionamos anteriormente, a estrutura física e pedagógica da escola
está em ótimo estado, a biblioteca localiza-se em uma estrutura separada da escola,
e também é a biblioteca municipal, mas fica muito próxima à escola, facilitando o
acesso dos alunos. A quadra de esportes será junto à estrutura da escola, mas
ainda está em processo de construção, sendo que os alunos utilizam o ginásio de
esportes municipal para as aulas de educação física.
As salas são decoradas de acordo com os professores e alunos que dela
utilizam-se, os móveis são distribuídos conforme o espaço disponível. No geral,
todas as salas possuem espaço suficiente para atender de forma adequada os
estudantes.
O refeitório é um ambiente que nos ressaltou a atenção devido a sua
estrutura, pois além de estar situado bem no meio de toda a estrutura da escola, é
circular e todo de vidro, possibilitando que os alunos visualizem todos os ambientes
durante as refeições, além de possuir bastante claridade e estar bem ventilado. Este
espaço também é utilizado pelos alunos como local de estudos, e certamente o local
preferido por todos da escola.
A cozinha fica bem próxima ao refeitório e os alunos conseguem visualizar
como são processados os alimentos para suas refeições. O local é bem limpo,
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arejado e a merenda servida é orientada pela nutricionista do município, que elabora
cardápios semanalmente.
Todos os corredores de acesso a todos os ambientes da escola são cobertos,
desde o portão de entrada, evitando que os alunos se molhem em dias de chuva e
todo o pátio da escola é concretado com paver, e áreas com brita, evitando que os
alunos se sujem nos dias de chuvosos.

3. CARACTERIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS:
Os alunos em sua maioria são agitados, gritam muito, e alguns possuem
atitudes inadequadas para o ambiente escolar. Percebemos que os professores
possuem dificuldades em ministrar suas aulas, precisam falar alto para repreender
os alunos que conversam muito e tentam chamar a atenção durante as aulas.
O desrespeito por parte de alguns alunos é diário, não apenas com os
professores, mas com a equipe diretiva e demais funcionários da escola, geralmente
são os mesmos alunos que são encaminhados à direção da escola, para que sejam
tomadas as medidas necessárias para resolver a situação. Mesmo assim, esses
mesmos alunos continuam tendo as mesmas atitudes, mesmo que os pais sejam
convocados para apresentarem-se na escola para discutir a situação.
É evidente que nem todos os alunos possuem essa conduta, a grande maioria
dos alunos respeitam os professores e realizam as atividades de forma adequada
durante as aulas.
Os professores possuem a difícil tarefa de conseguirem chamar a atenção
dos alunos em suas aulas, percebemos uma geração de crianças e adolescentes
que não querem estudar, ler, ou realizar qualquer atividade proposta pelos
professores. Não são responsáveis, não se preocupam com as notas ou com o
aprendizado e ainda são dependentes dos professores para realizar tarefas muito
simples, não porque eles não saibam, mas porque eles não têm vontade para
realizá-las. As crianças que apresentam problemas com as regras do
estabelecimento recebem acompanhamento e apoio da escola, dos pais e demais
profissionais que possam contribuir em sua conduta. Os alunos que vivem em
situação de vulnerabilidade ainda recebem atendimento e acompanhamento em
parceria com o CRAS e a Secretaria de Assistência social do município.
Apesar dos problemas mencionados, a escola possui vários fatores positivos,
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um que merece destaque é que a escola possui o 3º Lugar da média do IDEB no Rio
Grande do Sul, o que representa de modo geral um excelente índice no
desenvolvimento de aprendizagem.

4. CARACTERIZAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
A equipe pedagógica da Escola é composta por quatro membros: Diretor:
Marcos Antonio Basso; Vice-Diretores: Loeni Maria Basso e Wagner de Toni;
Coordenação Pedagógica: Karina Jacqueline Antunes Branco.
O Diretor é formado em Pedagogia e há dois anos se encontra na direção da
escola. Contudo, no passado esse mesmo professor já havia exercido o cargo de
diretor nessa Escola por oito anos.
Não é fácil estar à frente de uma escola com 260 alunos, mas a diretor conta
com o apoio importante de seus colegas. O Vice-diretor do turno da manhã é
formado em Educação Física e Pós Graduado em Educação Física: Treinamento
Desportivo - Área de Conhecimento: Ciências da Saúde, já a vice-diretora do turno
da tarde possui formação em Pedagogia e Pós Graduação em Gestão do Trabalho
Pedagógico: Administração, Orientação e supervisão escolar esses dois
profissionais complementam o trabalho do Diretor, e juntos fazem da Escola um
ambiente acolhedor, disciplinado, ordeiro e produtivo para o desenvolvimento do
aprendizado.
A Coordenadora Pedagógica é formada em Letras e pós-graduada em
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura, está na coordenação
pedagógica da escola a dois anos, também já ocupou o cargo de diretora da Escola.
A mesma conhece realmente a sua função como coordenadora, apesar de não ter
formação específica em Pedagogia, apenas Magistério, pois ouve as queixas dos
docentes e dos discentes, busca as soluções dos problemas, faz os alunos
pensarem sobre a consequência das suas atitudes. Diversas vezes a vimos
disponibilizando materiais aos professores para que esses buscassem crescer na
sua formação profissional.
Constatamos que a equipe diretiva procura sim seguir uma gestão
democrática, tomando decisões em conjunto, procurando analisar os melhores
caminhos a serem seguidos, considerando propostas que devem ser aprovadas e as
que devem ser rejeitadas, atitudes a serem tomadas frente a pais negligentes e
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alunos indisciplinados. Sempre os vimos tratando sobre essas questões em
conjunto, trocando ideias, e tentando achar a melhor forma de resolver os
problemas, algo que engrandece em muito o trabalho da escola, pois várias pessoas
pensando e decidindo
juntas demonstram que a reflexão coletiva sempre é a melhor
forma de buscar soluções para os mais diferentes problemas e dificuldades.

5. ATENDIMENTO À COMUNIDADE:
A escola está sempre disponível para o atendimento à comunidade, não
apenas nos momentos em que realiza reuniões com a participação dos munícipes,
entrega de pareceres ou atividades abertas a visitação. Toda a equipe está sempre
disposta ao acolhimento dos familiares dos alunos, comunidade escolar e demais
pessoas que necessitem de algum tipo de acolhimento. A cooperação entre família e
escola já é uma parceria que garantiu/garante vários benefícios, principalmente para
os alunos.
Percebemos também o grande envolvimento entre os professores e gestores
na busca de discutir os problemas enfrentados na escola e na tentativa de
solucionar desde os problemas mais simples até os mais complexos.
O planejamento das atividades é realizado semanalmente, com base em um
projeto amplo que sempre é discutido no início do ano letivo, mas que pode ir sendo
alterado conforme a necessidade. Toda semana também é realizada uma reunião
pedagógica com todos os professores da escola, são oferecidos cursos de formação
continuada e se ocorrer alguma adversidade, é convocada uma reunião extra. Além
disso, é realizado o conselho de classe a cada final de trimestre para a elaboração
dos pareceres e discussões sobre o processo de ensino aprendizagem de todos os
alunos.
Com relação a algumas dificuldades enfrentadas pela escola, que
percebemos a partir de nossas observações e conversas com equipe diretiva da
escola, constatamos que os alunos possuem dificuldade na leitura, o que reflete na
escrita e na interpretação de texto dos mesmos, a maioria não tem hábito de fazer
leituras fora da escola. Na busca de contribuirmos neste aspecto, elaboramos um
plano de ação voltado para esta problemática e também questões relacionadas a
preservação ao meio ambiente.

PLANO DE AÇÃO - GESTÃO ESCOLAR
Oficina de ensino: Lendo, Reciclando e Brincando
1. TEMA
Formar bons leitores

2. SUB-TEMAS
Reciclagem, leitura e dramatização.

3. JUSTIFICATIVA
As oficinas de brinquedos com materiais recicláveis trazem retorno positivo ao
contratante uma vez que demonstram sua preocupação com a conservação do meio
ambiente. Tema atual e altamente divulgado pela mídia. Pois, a inclusão da temática
ambiental no ensino formal é orientada pela Constituição Brasileira de 1988 em seu
artigo 225, pelo Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) e pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), como estratégia de formação de
cidadãos conscientes ambientalmente, responsáveis pelo planeta em que vivem.
Segundo Maria Helena Martins (2005), nos leva a compreender que
“começamos a ler bem antes da iniciação na escola ou no conhecimento do alfabeto
percebendo os elementos que nos cercam e decodificando-os”. Dessa forma, cabe
ao educador trabalhar de forma interdisciplinar para levar ao aluno a pensar e
produzir o conhecimento.

4. OBJETIVOS
- Desenvolver a criatividade, oralidade e motricidade;
- Despertar o gosto pela leitura através de práticas pedagógicas diversificadas,
oportunizando ao educando a formação de bons leitores.

6. ÁREAS DO CONHECIMENTO
- Língua Portuguesa, Arte e Ciências.

7. DESENVOLVIMENTO
1) A professora irá fazer um comentário com os alunos sobre a importância da
reciclagem do lixo para proteger o meio ambiente, o tempo aproximado que leva
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para se decompor alguns materiais, com alguns exemplos, quais materiais são
recicláveis, quais não podem ser reciclados, etc.
2) Divisão dos alunos em 4 grupos;
3)Livros de histórias dispostos em um local da sala de aula onde os alunos
farão a escolha do mesmo;
4) Leitura do livro escolhido em cada grupo;
5) Escolha dos materiais de sucata dispostos no centro da sala para a
confecção dos personagens da história lida pelos alunos;
6) Dramatização da história com os personagens confeccionados;

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio é indispensável na formação dos licenciandos, é uma fase em que
o discente, após adquirir o referencial teórico necessário, passa a desenvolver esse
conhecimento através da prática, elaborando e aplicando seu planejamento nas
escolas. É um período de muitos desafios, pois nem sempre, ao aplicarmos as
atividades propostas no planejamento, os resultados são os que esperávamos. Mas
este período também é imprescindível para a aquisição de conhecimento, adquirir
experiência e aflorar ou não nosso interesse, por essa profissão que se apresenta
cada vez mais desafiadora.
Em nossa experiência atual, no Estágio Supervisionado: Gestão Escolar –
Formal e Informal, podemos observar a importância dos pedagogos na gestão das
escolas, seus desafios, as dificuldades que se manifestam diariamente, a
necessidade do planejamento para realizar as atividades cotidianas, a influência da
cooperação entre o grupo de profissionais em âmbito escolar, bem como a
realização pessoal e profissional ao desenvolver seu trabalho com competência e
autonomia.
Destacamos a receptividade dos profissionais da escola, que não mediram
esforços para que pudéssemos desenvolver nossas atividades do estágio de forma
satisfatória, bem como a troca de informações e de conhecimento que nos
proporcionaram no decorrer deste estágio. Percebemos o grande engajamento de
todos os professores e gestores na busca de oferecer sempre o melhor para os
alunos e suas famílias, e também o esforço para garantir melhorias estruturais,
físicas e pedagógicas para toda a comunidade escolar.
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A escola apresentou-se como um referencial de cooperação, de troca de
conhecimento e da busca de um ideal para o desenvolvimento de uma educação de
todos e para todos. Além dos profissionais da escola, é notável o engajamento de
outras entidades municipais para garantir a melhoria na qualidade de vida dos
alunos, principalmente daqueles desfavorecidos social e economicamente.
Apesar das dificuldades e das barreiras enfrentadas pela escola e pela
educação em nível nacional, percebemos nesta escola o elevado índice no processo
de ensino-aprendizagem, o que foi comprovado pela nota obtida no IDEB a dois
anos consecutivamente, permanecendo entre os municípios com maior taxa de
desenvolvimento.
Salientamos ainda que apesar da desvalorização cada vez maior dos
professores, dos baixos salários e das dificuldades diárias para exercer suas
atividades, é recompensador verificar que ainda existem pessoas que estimam esta
profissão e são obstinados em realizar de forma admirável essa profissão. São os
bons exemplos que precisamos ter como referência para exercer essa profissão que
nos é tão valiosa.

6. REFERÊNCIAS
ANDREIS, Adriana Maria. Ensino de Geografia: fronteiras e horizontes. Porto
Alegre: Compasso Lugar-cultura: Imprensa Livre, 2012. 216 p.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

MARTINS, Maria H. O que é leitura. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 2005. –
(Coleção Primeiros Passos; 74).

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: Unidade entre
teoria e prática. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.94, 58-73, ago.1995.
ALVES, Rubem Azevedo – Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo:
Cortez: Autores Associados. 1983. (Coleção Polêmicas do nosso tempo) BICUDO,

COUTO, Ana Cristina Ribeiro. Ensino Fundamental: Caminhos para uma
formação Integral.
Curitiba: Ibpex. 2010.

GADOTTI, Moacir. O Projeto Político-Pedagógico da escola na perspectiva de
uma educação para a cidadania. Disponível em www.recife.ifpe.edu.br/Projeto
Político-Pedagógico-Ped-Gadotti.pdf.

MARTINS, Pura Lucia Oliver. Didática. Curitiba: InterSaberes, 2012.

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e
cultura(s): construindo caminhos. Rev. Bras. Educ.[on-line]. n.23.p.156-158.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria
e prática. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1997.
ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e Profissionalização docente. Curitiba:
InterSaberes, 2012.

7. ANEXOS