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Curso de Processo do Trabalho TST

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CURSO ISOLADO DE PROCESSO DO TRABALHO TST 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Queridos alunos, 
 
Estudem bastante porque na semana que vem, talvez, anteciparei a aula sobre 
execução no processo do trabalho, que está prevista para o dia 25 de Julho. 
 
Vamos dar início a nossa aula de hoje! 
 
Aula 07: Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da 
sentença normativa. 
 
7.1. Dos Dissídios Coletivos: 
 
 “Dissídio Coletivo é uma espécie de ação coletiva conferida a 
determinados entes coletivos, geralmente os Sindicatos, para a defesa de 
interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente 
consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou 
diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no 
âmbito dessas mesmas categorias (Carlos Henrique Bezerra Leite)”. 
 
 Em outras palavras: O Dissídio Coletivo é uma forma 
heterocompositiva de solução de um conflito coletivo de trabalho, solucionado 
pela Justiça do Trabalho, que irá interpretar as normas já existentes ou criar 
novas normas e condições de trabalho que serão aplicadas às categorias 
representadas pelos Sindicatos. 
 
 Nos dissídios coletivos, os Sindicatos postulam interesses abstratos da 
categoria que representam e as partes são em regra os Sindicatos, que 
representam categorias. 
 Esta é a grande distinção entre o dissídio coletivo e o dissídio individual, 
pois no segundo as partes envolvidas são determinadas e individualmente 
consideradas. 
 
 Os Dissídios Coletivos poderão ser classificados em: 
 
 
 
DISSÌDIO 
COLETIVO 
NATUREZA 
ECONÔMICA 
NATUREZA 
JURÍDICA 
NATUREZA 
MISTA 
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� Dissídio Coletivo de natureza econômica: É aquele que objetiva a 
prolatação de uma sentença que irá criar novas normas ou condições de 
trabalho. 
 
� Dissídio Coletivo de natureza jurídica: É aquele que objetiva uma 
sentença que dará interpretação às normas coletivas que já existam e 
que vigoram para determinadas categorias. 
 
� Dissídio Coletivo de natureza mista: A doutrina exemplifica este tipo 
de dissídio com a greve, esclarecendo que caso o Tribunal julgue apenas 
a abusividade o dissídio será de natureza jurídica e caso ele julgue e 
conceda as reivindicações dos trabalhadores com a greve aí o dissídio 
será de natureza econômica também. 
 
 Os requisitos da petição inicial e os documentos que deverão 
acompanhar a Inicial do dissídio coletivo são: 
a) designação e qualificação dos reclamantes e dos reclamados e a natureza 
do estabelecimento ou do serviço; 
b) os motivos do dissídio e as bases da conciliação; 
c) o edital de convocação da Assembléia geral da categoria sindical; 
d) a ata da assembléia geral; 
e) a lista de presença da Assembléia Geral; 
f) o registro da frustração da negociação coletiva; 
g) a norma coletiva anterior quando o dissídio for de revisão; 
h) a procuração passada ao advogado; 
i) o mútuo consentimento, que é a concordância entre as partes para o 
ajuizamento do dissídio coletivo (art. 114, parágrafo 2º da CF/88). 
Procedimento e normas do Dissídio Coletivo: O Dissídio Coletivo tem o 
seu procedimento especial regulado nos arts. 856/875 da CLT. 
Observem o resumo do procedimento, abaixo. 
⇒ O ajuizamento do Dissídio Coletivo será feito através de uma 
petição inicial escrita formulada pela entidade sindical da categoria 
profissional ou da categoria econômica, geralmente. 
⇒ A petição inicial será sempre escrita, assim não se admite o 
Dissídio Coletivo verbal. 
⇒ A conciliação no Dissídio Coletivo é tentada em uma única 
audiência, presidida pelo Presidente do Tribunal que possui a 
competência funcional para presidir esta audiência. 
1. Os Sindicatos apresentarão o requerimento para a instauração da instância 
ficando subordinado à aprovação de assembléia, da qual participem os 
associados interessados na solução do dissídio coletivo, em primeira 
convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou, em segunda 
convocação, por 2/3 (dois terços) dos presentes. 
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2. Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o 
Presidente do Tribunal designará a audiência de conciliação, dentro do prazo 
de 10 (dez) dias, determinando a notificação dos dissidentes, com observância 
do disposto no art. 841. 
3. Quando a instância for instaurada ex officio, a audiência deverá ser 
realizada dentro do prazo mais breve possível, após o reconhecimento do 
dissídio. 
4. É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, 
ou por qualquer outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por 
cujas declarações será sempre responsável. 
5. Na audiência designada, comparecendo ambas as partes ou seus 
representantes, o Presidente do Tribunal as convidará para se pronunciarem 
sobre as bases da conciliação. Caso não sejam aceitas as bases propostas, o 
Presidente submeterá aos interessados a solução que lhe pareça capaz de 
resolver o dissídio. 
6. Havendo acordo, o Presidente o submeterá à homologação do Tribunal na 
primeira sessão. Não havendo acordo, ou não comparecendo ambas as partes 
ou uma delas, o presidente submeterá o processo a julgamento, depois de 
realizadas as diligências que entender necessárias e ouvida a Procuradoria. 
7. Da decisão do Tribunal serão notificadas as partes, ou seus representantes, 
em registrado postal, com franquia, fazendo-se, outrossim, a sua publicação 
no jornal oficial, para ciência dos demais interessados. 
Extensão: O art. 868 da CLT estabelece que em caso de dissídio coletivo que 
tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual figure como parte 
apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal 
competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar 
justo e conveniente, aos demais empregados da empresa, que forem da 
mesma profissão dos dissidentes. 
 
Trata-se do juízo de equidade conferido ao Tribunal por força do art. 468 
da CLT. 
 
Havendo extensão dos efeitos da sentença normativa, o Tribunal fixará a 
data em que a decisão deve ser cumprida, bem como o prazo de sua vigência, 
o qual não poderá ser superior a quatro anos. 
 
 
 
 
 
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 É importante assinalar que esta decisão sobre novas condições de 
trabalho poderá ser estendida, também, a todos os empregados da mesma 
categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal (geralmente esta 
jurisdição será dentro de um Estado), desde que haja: 
 
� solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato 
destes; 
� solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados; 
� ex officio, pelo Tribunal que houver proferido a decisão; 
� solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
 
 Quando o Tribunal estender os efeitos da sentença normativa por ele 
proferida deverá fixar a data na qual a decisão entrará em execução e, 
também o prazo de sua vigência que não poderá ser superior a 4 anos. 
 
 Ressalta-se que a validade da extensão dos efeitos da sentença 
normativa dependerá da concordância de pelo menos 3/4 (três quartos) dos 
empregadores e 3/4 (três quartos) dos empregados, ou dos respectivos 
sindicatos. 
 
Para a manifestação desta concordância o Tribunal competente marcará 
prazo, não inferior a 30
(trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias, a fim de 
que se manifestem os interessados. 
 
Decorrido o prazo para manifestação dos interessados, e ouvido o 
Ministério Público do Trabalho será o processo submetido ao julgamento do 
Tribunal. 
 
Quando a decisão do Tribunal concluir pela extensão dos efeitos da 
sentença normativa, deverá marcar a data em que ela entrará em vigor (art. 
871 da CLT). 
 
De acordo com o art. 114, parágrafo segundo da CF/88, o dissídio 
coletivo de natureza econômica não poderá mais ser instaurado de ofício, por 
provocação do MPT ou de uma das entidades sindicais. 
 
Observem a OJ 2 da SDC. 
 
OJ 02 SDC ACORDO HOMOLOGADO. EXTENSÃO A PARTES NÃO 
SUBSCREVENTES. INVIABILIDADE. É inviável aplicar condições constantes 
de acordo homologado nos autos de dissídio coletivo, extensivamente, às 
partes que não o subscreveram, exceto se observado o procedimento previsto 
no art. 868 e seguintes, da CLT. 
 
 
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Cumprimento: A decisão proferida em um dissídio coletivo chama-se 
sentença normativa e caso não seja cumprida, não será executada como 
acontece nos dissídios individuais. 
 
 Assim, será necessária a interposição de uma ação de cumprimento 
quando as normas estabelecidas por uma sentença normativa não forem 
cumpridas. 
 
 A ação de cumprimento tem por finalidade assegurar o cumprimento da 
decisão proferida em um Dissídio Coletivo, assegurando assim o cumprimento 
dos direitos abstratamente outorgados a determinadas categorias. 
 
 Os direitos criados abstratamente por uma sentença normativa de 
proferida em Dissídio Coletivo de natureza econômica poderão ser postulados 
individualmente por cada trabalhador interessado ou coletivamente através do 
Sindicato da respectiva categoria profissional. 
 
 Art. 872 da CLT Celebrado o acordo ou transitada em julgado a 
decisão seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas 
neste título. 
 
 Parágrafo único. Quando os empregadores deixarem de satisfazer 
o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, 
poderão os empregados ou os seus Sindicatos, independente de 
outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal 
decisão apresentar reclamação à Vara de Trabalho, sendo vedado 
questionar sobre matéria de fato e de direito já apreciada na decisão. 
 A sentença normativa vigorará a partir da data de sua publicação, 
quando ajuizado o dissídio após o prazo do art. 616, § 3º(60 dias antes do 
termo final da sentença normativa anterior), ou, quando não existir acordo, 
convenção ou sentença normativa em vigor, da data do ajuizamento; Porém, a 
sentença normativa vigorará a partir do dia imediato ao termo final de vigência 
do acordo, convenção ou sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no 
prazo do art. 616, § 3º. 
Revisão da Sentença Normativa: O Dissídio Coletivo de Revisão está 
previsto nos artigos 873/875 da CLT. 
 
 Para que possa ser instaurado um Dissídio Coletivo de Revisão é 
indispensável que tenha decorrido mais de um ano da sentença normativa que 
se pretende rever. 
Art. 873 da CLT Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, 
caberá revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando 
se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que 
tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. 
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 Art. 874 da CLT - A revisão poderá ser promovida por iniciativa 
do Tribunal prolator, da Procuradoria da Justiça do Trabalho, das 
associações sindicais ou de empregador ou empregadores interessados 
no cumprimento da decisão. 
 Parágrafo único - Quando a revisão for promovida por iniciativa do 
Tribunal prolator ou da Procuradoria, as associações sindicais e o 
empregador ou empregadores interessados serão ouvidos no prazo de 
30 (trinta) dias. Quando promovida por uma das partes interessadas, 
serão as outras ouvidas também por igual prazo. 
 Art. 875 da CLT - A revisão será julgada pelo Tribunal que tiver 
proferido a decisão, depois de ouvida a Procuradoria da Justiça do 
Trabalho. 
BIZU DE PROVA: As inovações da Emenda Constitucional 45/04, 
observem na questão abaixo: 
 
(UnB/CESPE – TRT 5.a Região /Juiz do Trabalho) No referente aos 
pressupostos e condições do dissídio coletivo, assinale a opção correta, 
considerando o texto constitucional e a legislação aplicável. 
 
Uma das inovações introduzidas pela Emenda Constitucional 45/2004 à 
redação originária do art. 114 da Constituição Federal foi a 
concordância das partes quanto ao ajuizamento do dissídio coletivo de 
natureza econômica. 
 
Comentários: Correta. (art. 114, parágrafo 2º da CF/88) 
 
 
7.2. Ação de Cumprimento: A Ação de cumprimento é o meio processual 
adequado para defesa dos interesses ou direitos dos trabalhadores constantes 
de sentença normativa, convenção coletiva ou acordos coletivos de trabalho 
não cumpridos, espontaneamente, pelos empregadores. 
Art. 872 da CLT Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a 
decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas 
neste Título. 
§ único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o 
pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão 
os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de 
poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, 
apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o 
processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, 
questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão. 
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Súmula 246 do TST AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA 
SENTENÇA NORMATIVA É dispensável o trânsito em julgado da sentença 
normativa para a propositura da ação de cumprimento. 
 
As sentenças normativas proferidas nos dissídios de natureza econômica 
podem ser objeto de cumprimento, por meio de: 
 
a) ação individual de cumprimento simples ou plúrima (litisconsórcio 
ativo) proposta diretamente pelos trabalhadores interessados; 
 
b) ação coletiva de cumprimento, proposta pelo sindicato da categoria 
profissional em nome próprio na defesa dos interesses individuais homogêneos 
dos trabalhadores (substituição processual) integrantes da respectiva categoria 
profissional. 
 
 A competência material e funcional para processar e julgar a ação de 
cumprimento é das Varas do Trabalho do local da prestação de serviços. 
 
 É importante falar do entendimento pacificado do TST em relação à 
prescrição da ação de cumprimento, cujo marco inicial conta-se da data do 
trânsito em julgado da decisão normativa. 
 
Súmula 350 do TST O prazo de prescrição com relação à ação de 
cumprimento de decisão normativa flui apenas da data de seu trânsito em 
julgado. 
 
Não poderemos esquecer da súmula 277 do TST! 
 
Súmula 277 do TST I - As condições de trabalho alcançadas por força de 
sentença normativa, convenção ou acordos coletivos vigoram no prazo 
assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de 
trabalho. II - Ressalva-se da regra enunciado no item I o período 
compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei nº 8.542, 
revogada pela Medida Provisória nº 1.709, convertida na Lei nº 10.192, de 
14.02.2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões de prova comentadas: 
 
1. (FCC- Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 14ª Região 
– 2011) Quanto aos Dissídios Coletivos de natureza econômica é correto que 
a) o acordo judicial homologado no processo de dissídio coletivo, envolvendo a 
totalidade ou parte das pretensões, tem força de decisão irrecorrível para as 
partes. 
b) o dissídio coletivo, deferido ou não o protesto judicial, será ajuizado no 
prazo máximo de 30 dias, contado da sessão que o julgou, sob pena de perda 
da eficácia da medida. 
c) a instrução dos processos de dissídio coletivo, revisão ou extensão de 
dissídio coletivo deverá ser concluída no prazo de quarenta e cinco dias, a 
contar da paralisação ou protocolo no Tribunal. 
d) os autos, não havendo acordo, colhida a contestação e documentos serão 
remetidos ao Revisor, que continuará a instrução do dissídio se entender 
necessário. 
e) o Presidente, verificando que a petição não preenche os requisitos da lei ou 
está em desacordo com as instruções em vigor, ou ainda que apresenta 
defeitos e irregularidades capazes de dificultar sua apreciação, determinará 
incontinenti a extinção do feito sem resolução do mérito. 
 
Comentários: Letra A (art. 198 do Regimento Interno). Observem que o 
regramento para o procedimento do dissídio coletivo é regulamentado também 
pelos Regimentos Internos dos Tribunais. 
 
Art. 198. O acordo judicial homologado no processo de dissídio 
coletivo, envolvendo a totalidade ou parte das pretensões, tem força de 
decisão irrecorrível para as partes. 
 
A letra B está incorreta devido ao que diz o art. 192 do Regimento. 
 
Art. 192. O pedido de instauração de dissídio coletivo de natureza 
econômica, devidamente fundamentado, atenderá ao disposto no artigo 
858 da CLT, bem como às instruções expedidas pelo Tribunal Superior 
do Trabalho, devendo vir acompanhado, se for o caso, de certidão ou 
cópia autenticada do último aumento salarial concedido à categoria 
profissional. 
 
§ 2º Deferido o protesto judicial, o dissídio coletivo será ajuizado no 
prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado da intimação da decisão, sob 
pena de perda da eficácia da medida. 
 
As letras C e D estão erradas (art. 193, parágrafos 3º e 4º). 
 
Art. 193. A audiência será conduzida pelo Presidente do Tribunal ou 
pela autoridade competente a quem delegar a instrução do feito. 
 
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§ 1º Comparecendo as partes ou seus representantes, o Presidente os 
convidará à conciliação. Não havendo acordo, colhida a contestação e 
documentos, os autos serão remetidos ao Ministério Público para 
manifestação. Retornando os autos, serão distribuídos a um Relator 
que continuará a instrução do dissídio se entender necessário. 
 
§ 2º Havendo acordo, o Presidente o submeterá ao Tribunal para 
homologação, na próxima sessão. 
 
§ 3º A instrução dos processos de dissídio coletivo, revisão ou 
extensão de dissídio coletivo deverá ser concluída no prazo de 
30 (trinta) dias. 
 
§ 4º Inexistindo acordo, e respeitados os prazos de 20 (vinte) e 10 
(dez) dias para o Relator e o Revisor, respectivamente, o feito será 
incluído em pauta para julgamento imediato. 
 
§ 5º A publicação dos acórdãos em dissídios coletivos, de revisões de 
dissídios coletivos e de extensões de decisões terá preferência e será 
realizada independentemente da publicação de outros processos. 
 
§ 6º Nos casos de urgência, Relator e Revisor examinarão os autos de 
modo a possibilitar o julgamento imediato do dissídio, que poderá ser 
colocado em pauta preferencial sobretudo na ocorrência ou iminência 
de paralisação do trabalho. 
 
A letra E está incorreta porque o art. 191 do Regimento estabelece que o 
juiz determine a emenda da inicial no prazo de 10 dias. 
 
Art. 191 do Regimento Interno Recebida e protocolada a petição de 
dissídio coletivo, revisão ou extensão de dissídio coletivo, estando 
regular a representação, será designada audiência de conciliação, no 
prazo máximo de 10 (dez) dias. 
 
§ 1º Verificando o Presidente que a petição não preenche os requisitos 
da lei ou está em desacordo com as instruções em vigor, ou, ainda, que 
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar sua 
apreciação, determinará que o suscitante a emende ou complete, no 
prazo de 10 (dez) dias. 
 
§ 2º Não cumprida a diligência, o processo será extinto sem resolução 
de mérito. 
 
§ 3º A citação far-se-á por via postal, por meio de registro em AR. Nos 
casos de urgência, poderá ser feita por oficial de justiça, fac-símile ou 
outro meio eletrônico. 
 
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§ 4º Será assegurado ao suscitado prazo não inferior a 5 (cinco) 
dias para responder aos termos da representação, salvo nos casos em 
que estejam em risco necessidades inadiáveis da comunidade e seja 
necessário, a juízo do Presidente do Tribunal, a apreciação do dissídio 
em caráter de urgência. 
 
2. (FCC/ Analista Judiciário – Executor de Mandados/TRT-18 ª 
Região/2008) No que diz respeito à extensão das decisões em Dissídios 
Coletivos, analise: 
I. O Tribunal que houver julgado o dissídio coletivo fixará a data em que a 
decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual 
não pode ser superior a quatro anos. 
II. Em regra, nos dissídios de natureza jurídica que não tratarem de condições 
de trabalho, as decisões poderão ser estendidas a todos os empregados da 
mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal 
competente. 
III. Sempre que o Tribunal competente estender a decisão em dissídio coletivo 
marcará a data em que a extensão deva entrar em vigor. 
IV. Mesmo em dissídio coletivo que for suscitado em nome de toda a categoria, 
haverá necessidade da extensão das decisões, tendo em vista que a decisão 
não possuirá eficácia erga omnes. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que consta 
APENAS em 
(A) II e IV. (B) I e III. (C) III e IV. (D) I e II. (E) I, II e III. 
 
Comentários: Letra B. “Dissídio Coletivo é uma espécie de ação coletiva 
conferida a determinados entes coletivos, geralmente os Sindicatos, para a 
defesa de interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente 
consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou 
diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no 
âmbito dessas mesmas categorias (Carlos Henrique Bezerra Leite)”. 
 
I- Correta. (art. 868, parágrafo único). O art. 868 da CLT estabelece que em 
caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e 
no qual figure como parte apenas uma fração de empregados de uma 
empresa, poderá o Tribunal competente, na própria decisão, estender tais 
condições de trabalho, se julgar justo e conveniente, aos demais empregados 
da empresa, que forem da mesma profissão dos dissidentes. 
 
 Quando o Tribunal estender os efeitos da sentença normativa por ele 
proferida deverá fixar a data na qual a decisão entrará em execução e, 
também o prazo de sua vigência que não poderá ser superior a quatro anos 
(art. 868, parágrafo único da CLT). 
 
 
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II- Incorreta. A decisão poderá ser estendida apenas no caso de Dissídio 
Coletivo de Natureza econômica (novas condições de trabalho). Vide o art. 868 
caput da CLT. 
 
III- Correta. É o que estabelece o art. 871 da CLT. A validade da extensão 
dos efeitos da sentença normativa dependerá da concordância de pelo menos 
3/4 (três
quartos) dos empregadores e 3/4 (três quartos) dos empregados, ou 
dos respectivos sindicatos. 
 
Para a manifestação desta concordância o Tribunal competente marcará 
prazo, não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias, a fim de 
que se manifestem os interessados. 
 
IV- Incorreta. Este tipo de dissídio coletivo terá eficácia erga omnes. 
 
3. (FCC- Analista Judiciário- Área Judiciária – TRT 8ª Região- 2010) 
Determinado direito já foi reconhecido mediante sentença normativa, mas 
Gilson pretende ajuizar reclamação trabalhista para assegurar tal direito. 
Neste caso, 
(A) Gilson poderá ajuizar reclamação trabalhista que seguirá obrigatoriamente 
o rito ordinário. 
(B) há falta de interesse processual, devendo Gilson ajuizar ação de 
cumprimento, não sendo necessário que haja o trânsito em julgado da 
sentença normativa. 
(C) há falta de interesse processual, devendo Gilson ajuizar ação de 
cumprimento, sendo necessário que haja o trânsito em julgado da sentença 
normativa. 
(D) Gilson poderá ajuizar reclamação trabalhista que seguirá obrigatoriamente 
o rito sumário. 
(E) Gilson deverá ajuizar execução provisória de sentença normativa, devendo 
depositar 50% do valor da causa a título de caução. 
 
Comentários: Letra B. Quando um direito é assegurado através de uma 
sentença normativa, o empregado será considerado carecedor de ação, por 
falta de interesse processual, se postulá-lo através de uma reclamação 
trabalhista. 
Tal fato acontece porque bastará a propositura de uma ação de 
cumprimento para que o seu direito possa ser satisfeito. 
A decisão proferida em um dissídio coletivo chama-se sentença 
normativa e caso não seja cumprida, não será executada como acontece nos 
dissídios individuais. 
 Assim, será necessária a interposição de uma ação de cumprimento 
quando as normas estabelecidas por uma sentença normativa não forem 
cumpridas. 
 
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 A ação de cumprimento tem por finalidade assegurar o cumprimento da 
decisão proferida em um Dissídio Coletivo, assegurando assim o cumprimento 
dos direitos abstratamente outorgados a determinadas categorias. 
 
 Os direitos criados abstratamente por uma sentença normativa de 
proferida em Dissídio Coletivo de natureza econômica poderão ser postulados 
individualmente por cada trabalhador interessado ou coletivamente através do 
Sindicato da respectiva categoria profissional. 
 
4. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 9ª Região – 
2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da revisão da sentença 
normativa: 
I. A revisão de sentença normativa poderá ser promovida por iniciativa do 
Tribunal prolator, do Ministério Público do Trabalho, dos sindicatos ou de 
empregador ou empregadores interessados no cumprimento da decisão. 
II. Decorrido mais de seis meses de sua vigência, caberá revisão das decisões 
que fixarem condições de trabalho, quando tiverem sido modificadas as 
circunstâncias que as ditaram. 
III. No pedido de revisão não é possível o acréscimo de novas condições de 
trabalho que não foram objeto do dissídio originário. 
IV. A revisão será julgada pelo tribunal que tiver proferido a decisão, depois de 
ouvido o Ministério Público do Trabalho. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) III e IV. (B) I, II e III. (C) I e III. (D) I, III e IV. (E) I, II e IV. 
 
Comentários: Letra D. I- Correta. 
Art. 874 da CLT - A revisão poderá ser promovida por iniciativa do 
Tribunal prolator, da Procuradoria da Justiça do Trabalho, das 
associações sindicais ou de empregador ou empregadores interessados 
no cumprimento da decisão. 
 Parágrafo único - Quando a revisão for promovida por iniciativa do 
Tribunal prolator ou da Procuradoria, as associações sindicais e o 
empregador ou empregadores interessados serão ouvidos no prazo de 
30 (trinta) dias. Quando promovida por uma das partes interessadas, 
serão as outras ouvidas também por igual prazo. 
 
II- Incorreta (art. 873 da CLT). O prazo para que possa ser instaurado o 
dissídio coletivo de revisão é de mais de um ano de sua vigência e não de seis 
meses. 
 
Portanto, para que possa ser instaurado um Dissídio Coletivo de Revisão 
é indispensável que tenha decorrido mais de um ano da sentença normativa 
que se pretende rever. 
 
 
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Art. 873 da CLT Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, 
caberá revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando 
se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que 
tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. 
 
III- Correta. Somente através de um novo dissídio é que serão criadas novas 
condições de trabalho. A revisão será feita quando existir um dissídio anterior 
no qual as condições de trabalho tenham se tornado injustas ou inaplicáveis. 
 
IV- Correta. O Ministério Público do Trabalho deverá ser ouvido na revisão do 
dissídio coletivo. 
 Art. 875 da CLT - A revisão será julgada pelo Tribunal que tiver 
proferido a decisão, depois de ouvida a Procuradoria. 
5. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 22ª Região 
– 2004) No dissídio coletivo, o não comparecimento de uma das partes à 
audiência importa 
(A) o adiamento da audiência. 
(B) a revelia e pena de confissão quanto à matéria de fato. 
(C) litigância de má-fé por desobediência de ordem judicial. 
(D))o julgamento do processo, depois de realizadas as diligências que 
entendam-se necessárias e ouvida a Procuradoria. 
(E) o julgamento do processo, independentemente da oitiva da Procuradoria. 
 
Comentários: Letra D. O art. 864 da CLT estabelece que quando não houver 
acordo ou quando ambas as partes ou uma delas não comparecerem, o 
presidente submeterá o processo a julgamento depois de realizar as diligências 
que entender necessárias e ouvida a Procuradoria. 
 
6. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 7ª Região – 
2009) Com relação a Ação de Cumprimento é correto afirmar: 
(A) É pressuposto necessário para a propositura da Ação de Cumprimento o 
trânsito em julgado da sentença normativa. 
(B) Em regra, a competência para processar e julgar a Ação de Cumprimento é 
do Tribunal Regional do Trabalho que proferiu a decisão a ser cumprida. 
(C) Em regra, a competência para processar e julgar a Ação de Cumprimento é 
do Tribunal Superior do Trabalho em razão da natureza jurídica desta ação. 
(D) A Ação de Cumprimento deverá ser instruída necessariamente com a 
certidão da decisão coletiva. 
 
Comentários: Letra D. O art. 872 da CLT trata da Ação de Cumprimento. A 
sentença normativa proferida em dissídio coletivo não é passível de execução, 
mas de ação de cumprimento. 
 
 
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 A Súmula 246 do TST estabelece que é dispensável o trânsito em julgado 
da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento. 
 
 A competência para processar e julgar a ação de cumprimento é da Vara 
de Trabalho ou do juiz de direito investido de jurisdição trabalhista. 
 
 A Ação de Cumprimento deverá ser instruída com a certidão da decisão 
coletiva. O não cumprimento desta exigência legal tornará inepta a petição 
inicial devendo o juiz extinguir o processo sem julgamento do mérito. 
 
7. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Assinale a alternativa 
CORRETA: Dissídio Coletivo, de natureza econômica, ajuizado contra qualquer 
autarquia federal, salvo conselhos de fiscalização profissional, no qual outro 
sindicato de empregados se afirma
o legítimo representante da categoria: 
a) deve ser suspenso e concedida vista ao sindicato autor; 
b) deve ser sumariamente rejeitado o ingresso do segundo sindicato; 
c) extingue-se o processo no caso de falta de concordância da autarquia; 
d) extingue-se o processo por se tratar de autarquia federal. 
e) não respondida. 
 
Comentários: Letra D. A Orientação Jurisprudencial 05 da SDC é no sentido 
da impossibilidade de ajuizamento de dissídio coletivo contra pessoa jurídica 
de direito público. 
 
OJ 5 SDC do TST Dissídio Coletivo contra pessoa jurídica de Direito Público. 
Impossibilidade Jurídica. Aos servidores públicos não foi assegurado o direito 
ao reconhecimento de acordos e convenções coletivas de trabalho, pelo que, 
por conseguinte, também não lhes é facultada a via do Dissídio Coletivo, à 
falta de previsão legal. 
 
8. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Sobre o dissídio coletivo, 
observe as assertivas abaixo e, consoante o entendimento jurisprudencial 
dominante no Tribunal Superior do Trabalho, assinale a alternativa CORRETA: 
I – sob pena de extinção do feito, a ata da assembléia de trabalhadores que 
legitima a atuação da entidade sindical respectiva, em favor de seus 
interesses, deve registrar, obrigatoriamente, a pauta reivindicatória, produto 
da expressa vontade da categoria; 
II – no dissídio coletivo movido em face de uma empresa, é imprescindível a 
legitimação da entidade sindical, e esta se dá diante da juntada da autorização 
dos trabalhadores diretamente envolvidos no conflito, ou por meio da 
intervenção conjunta da Federação na qual filiou-se o sindicato obreiro; 
III – é pressuposto indispensável à constituição válida e regular da ação 
coletiva a apresentação em forma clausulada e fundamentada das 
reivindicações da categoria, salvo se juntada com a inicial a sentença 
normativa anterior. 
 
 
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a) nenhuma das assertivas está correta; 
b) apenas uma das assertivas está correta; 
c) apenas duas das assertivas estão corretas; 
d) todas as assertivas estão corretas. 
e) não respondida. 
 
Comentários: I- Correta. É o teor da Orientação Jurisprudencial 8 da SDC do 
TST. 
 
OJ 8 da SDC do TST A ata da assembléia de trabalhadores que legitima a 
atuação da entidade sindical respectiva em favor de seus interesses deve 
registrar, obrigatoriamente a pauta reivindicatória, produto da vontade 
expressa da categoria. 
 
II- Incorreta. A federação não poderá autorizar, apenas os trabalhadores 
envolvidos no conflito poderão. 
 
OJ 19 da SDC do TST Dissídio Coletivo contra empresa. Legitimação da 
Entidade Sindical. Autorização dos trabalhadores diretamente envolvidos no 
conflito. 
 
III- Incorreta. Não existe a exceção a que assertiva se refere ao final. 
 
OJ 32 da SDC É pressuposto indispensável à constituição válida e regular da 
ação coletiva a apresentação em forma clausulada e fundamentada das 
reivindicações da categoria. 
 
9. (UnB – CESPE – Procurador Federal – 2007) Julgue os itens de acordo 
com a jurisprudência do TST 
189 É juridicamente possível o dissídio coletivo de natureza econômica 
envolvendo ente da administração pública direta, inclusive para majoração 
salarial, desde que não abranja os servidores estatutários. 
 
Comentários: 189. Errada (OJ 5 SDC) 
 
OJ 5 SDC do TST Dissídio Coletivo contra pessoa jurídica de Direito Público. 
Impossibilidade Jurídica. Aos servidores públicos não foi assegurado o direito 
ao reconhecimento de acordos e convenções coletivas de trabalho, pelo que, 
por conseguinte, também não lhes é facultada a via do Dissídio Coletivo, à 
falta de previsão legal. 
 
 
 
 
 
 
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10. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região /Juiz do Trabalho) A respeito das 
espécies de dissídios coletivos, assinale a opção correta. 
A) Os dissídios de natureza econômica, em regra, não criam novas normas ou 
condições de trabalho, restringindo-se à interpretação de cláusulas salariais já 
vigentes. 
B) Os dissídios de natureza jurídica são, na verdade, ações constitutivas com o 
propósito de estabelecer direitos até então não contemplados nos 
instrumentos anteriores. 
C) Os dissídios originários são aqueles que versam interesses de caráter 
nacional e, por isso, são da competência originária do TST. 
D) Os dissídios coletivos podem ser de revisão. Nesse caso, destinam-se a 
reavaliar normas e condições coletivas de trabalho preexistentes que se hajam 
tornado injustas ou ineficazes pela modificação das circunstâncias que a 
ditaram. 
 
Comentários: Letra D. 
A) Incorreta, porque os dissídios coletivos de natureza econômica criam novas 
normas ou condições de trabalho. 
B) Incorreta, porque os dissídios coletivos de natureza jurídica não criam 
direitos, apenas interpretam as normas coletivas vigentes. 
C) Incorreta, porque os dissídios coletivos originários são aqueles que ocorrem 
quando forem inexistentes ou em vigor normas e condições especiais de 
trabalho decretadas em sentença normativa. Nestes há a criação de condições 
de trabalho conforme prevê o art. 867 da CLT. 
 
 
� Dissídio Coletivo de natureza econômica é aquele que objetiva a 
prolatação de uma sentença que irá criar novas normas ou 
condições de trabalho. 
 
� Dissídio Coletivo de natureza jurídica é aquele que objetiva uma 
sentença que dará interpretação às normas coletivas que já 
existam e que vigoram para determinadas categorias. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------
Gabarito: 
1. A 4. D 7. D 10. D 
2. B 5. D 8. B 
3. B 6. D 9. Errada 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
Bem, chegamos ao final de nossa aula! Estarei à disposição de vocês no fórum 
do curso ou no e-mail deborah@pontodosconcursos.com.br 
Muita Luz e energias positivas para todos!Abraços, 
 
Déborah Paiva 
professoradeborahpaiva@blogspot.com 
 
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Questões de prova sem comentários: 
 
1. (FCC- Analista Judiciário - Execução de Mandados – TRT 14ª Região 
– 2011) Quanto aos Dissídios Coletivos de natureza econômica é correto que 
a) o acordo judicial homologado no processo de dissídio coletivo, envolvendo a 
totalidade ou parte das pretensões, tem força de decisão irrecorrível para as 
partes. 
b) o dissídio coletivo, deferido ou não o protesto judicial, será ajuizado no 
prazo máximo de 30 dias, contado da sessão que o julgou, sob pena de perda 
da eficácia da medida. 
c) a instrução dos processos de dissídio coletivo, revisão ou extensão de 
dissídio coletivo deverá ser concluída no prazo de quarenta e cinco dias, a 
contar da paralisação ou protocolo no Tribunal. 
d) os autos, não havendo acordo, colhida a contestação e documentos serão 
remetidos ao Revisor, que continuará a instrução do dissídio se entender 
necessário. 
e) o Presidente, verificando que a petição não preenche os requisitos da lei ou 
está em desacordo com as instruções em vigor, ou ainda que apresenta 
defeitos e irregularidades capazes de dificultar sua apreciação, determinará 
incontinenti a extinção do feito sem resolução do mérito. 
 
2. (FCC/ Analista Judiciário – Executor de Mandados/TRT-18 ª 
Região/2008) No que diz respeito à extensão das decisões em Dissídios 
Coletivos, analise: 
I. O Tribunal que houver julgado o dissídio coletivo fixará a data em que a 
decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual 
não pode ser superior a quatro anos. 
II. Em
regra, nos dissídios de natureza jurídica que não tratarem de condições 
de trabalho, as decisões poderão ser estendidas a todos os empregados da 
mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal 
competente. 
III. Sempre que o Tribunal competente estender a decisão em dissídio coletivo 
marcará a data em que a extensão deva entrar em vigor. 
IV. Mesmo em dissídio coletivo que for suscitado em nome de toda a categoria, 
haverá necessidade da extensão das decisões, tendo em vista que a decisão 
não possuirá eficácia erga omnes. 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que consta 
APENAS em 
(A) II e IV. (B) I e III. (C) III e IV. (D) I e II. (E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
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3. (FCC- Analista Judiciário- Área Judiciária – TRT 8ª Região- 2010) 
Determinado direito já foi reconhecido mediante sentença normativa, mas 
Gilson pretende ajuizar reclamação trabalhista para assegurar tal direito. 
Neste caso, 
(A) Gilson poderá ajuizar reclamação trabalhista que seguirá obrigatoriamente 
o rito ordinário. 
(B) há falta de interesse processual, devendo Gilson ajuizar ação de 
cumprimento, não sendo necessário que haja o trânsito em julgado da 
sentença normativa. 
(C) há falta de interesse processual, devendo Gilson ajuizar ação de 
cumprimento, sendo necessário que haja o trânsito em julgado da sentença 
normativa. 
(D) Gilson poderá ajuizar reclamação trabalhista que seguirá obrigatoriamente 
o rito sumário. 
(E) Gilson deverá ajuizar execução provisória de sentença normativa, devendo 
depositar 50% do valor da causa a título de caução. 
 
4. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 9ª Região – 
2010) Considere as seguintes assertivas a respeito da revisão da sentença 
normativa: 
I. A revisão de sentença normativa poderá ser promovida por iniciativa do 
Tribunal prolator, do Ministério Público do Trabalho, dos sindicatos ou de 
empregador ou empregadores interessados no cumprimento da decisão. 
II. Decorrido mais de seis meses de sua vigência, caberá revisão das decisões 
que fixarem condições de trabalho, quando tiverem sido modificadas as 
circunstâncias que as ditaram. 
III. No pedido de revisão não é possível o acréscimo de novas condições de 
trabalho que não foram objeto do dissídio originário. 
IV. A revisão será julgada pelo tribunal que tiver proferido a decisão, depois de 
ouvido o Ministério Público do Trabalho. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) III e IV. (B) I, II e III. (C) I e III. (D) I, III e IV. (E) I, II e IV. 
 
5. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 22ª Região 
– 2004) No dissídio coletivo, o não comparecimento de uma das partes à 
audiência importa 
(A) o adiamento da audiência. 
(B) a revelia e pena de confissão quanto à matéria de fato. 
(C) litigância de má-fé por desobediência de ordem judicial. 
(D))o julgamento do processo, depois de realizadas as diligências que 
entendam-se necessárias e ouvida a Procuradoria. 
(E) o julgamento do processo, independentemente da oitiva da Procuradoria. 
 
 
 
 
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6. (FCC- Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 7ª Região – 
2009) Com relação a Ação de Cumprimento é correto afirmar: 
(A) É pressuposto necessário para a propositura da Ação de Cumprimento o 
trânsito em julgado da sentença normativa. 
(B) Em regra, a competência para processar e julgar a Ação de Cumprimento é 
do Tribunal Regional do Trabalho que proferiu a decisão a ser cumprida. 
(C) Em regra, a competência para processar e julgar a Ação de Cumprimento é 
do Tribunal Superior do Trabalho em razão da natureza jurídica desta ação. 
(D) A Ação de Cumprimento deverá ser instruída necessariamente com a 
certidão da decisão coletiva. 
 
7. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Assinale a alternativa 
CORRETA: Dissídio Coletivo, de natureza econômica, ajuizado contra qualquer 
autarquia federal, salvo conselhos de fiscalização profissional, no qual outro 
sindicato de empregados se afirma o legítimo representante da categoria: 
a) deve ser suspenso e concedida vista ao sindicato autor; 
b) deve ser sumariamente rejeitado o ingresso do segundo sindicato; 
c) extingue-se o processo no caso de falta de concordância da autarquia; 
d) extingue-se o processo por se tratar de autarquia federal. 
e) não respondida. 
 
8. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Sobre o dissídio coletivo, 
observe as assertivas abaixo e, consoante o entendimento jurisprudencial 
dominante no Tribunal Superior do Trabalho, assinale a alternativa CORRETA: 
I – sob pena de extinção do feito, a ata da assembléia de trabalhadores que 
legitima a atuação da entidade sindical respectiva, em favor de seus 
interesses, deve registrar, obrigatoriamente, a pauta reivindicatória, produto 
da expressa vontade da categoria; 
II – no dissídio coletivo movido em face de uma empresa, é imprescindível a 
legitimação da entidade sindical, e esta se dá diante da juntada da autorização 
dos trabalhadores diretamente envolvidos no conflito, ou por meio da 
intervenção conjunta da Federação na qual filiou-se o sindicato obreiro; 
III – é pressuposto indispensável à constituição válida e regular da ação 
coletiva a apresentação em forma clausulada e fundamentada das 
reivindicações da categoria, salvo se juntada com a inicial a sentença 
normativa anterior. 
a) nenhuma das assertivas está correta; 
b) apenas uma das assertivas está correta; 
c) apenas duas das assertivas estão corretas; 
d) todas as assertivas estão corretas. 
e) não respondida. 
 
 
 
 
 
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9. (UnB – CESPE – Procurador Federal – 2007) Julgue os itens de acordo 
com a jurisprudência do TST 
189 É juridicamente possível o dissídio coletivo de natureza econômica 
envolvendo ente da administração pública direta, inclusive para majoração 
salarial, desde que não abranja os servidores estatutários. 
 
10. (UnB/CESPE – TRT 5.a Região /Juiz do Trabalho) A respeito das 
espécies de dissídios coletivos, assinale a opção correta. 
A) Os dissídios de natureza econômica, em regra, não criam novas normas ou 
condições de trabalho, restringindo-se à interpretação de cláusulas salariais já 
vigentes. 
B) Os dissídios de natureza jurídica são, na verdade, ações constitutivas com o 
propósito de estabelecer direitos até então não contemplados nos 
instrumentos anteriores. 
C) Os dissídios originários são aqueles que versam interesses de caráter 
nacional e, por isso, são da competência originária do TST. 
D) Os dissídios coletivos podem ser de revisão. Nesse caso, destinam-se a 
reavaliar normas e condições coletivas de trabalho preexistentes que se hajam 
tornado injustas ou ineficazes pela modificação das circunstâncias que a 
ditaram. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
 
1. 4. 7. 10. 
2. 5. 8. 
3. 6. 9. 
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