Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Estupro no âmbito familiar: uma das formas de violência doméstica. Alice de Souza Ramos (Graduanda em Direito, e- mail: sralice16@gmail.com), Railine Dantas da Silva (Graduanda em Direito, e-mail: raylinedantas@hotmail.com). Palavras-chave: Estupro , machismo e violência. INTRODUÇÃO O crime de estupro tipificado no art. 213 do código penal brasileiro, por muitas vezes acontece no âmbito familiar, caracterizando assim, uma violência doméstica. Por ser um crime contra a dignidade sexual e quando ocorre no ambiente doméstico, geralmente não há outras provas a não ser a palavra da vítima. Nesse modo, é consolidado em todos os tribunais que em crimes ocorridos no ambiente familiar e crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima tem um peso maior em comparação a outras infrações penais. Em virtude da sociedade machista e patriarcal que objetifica o corpo feminino, e culpabiliza a mulher por tipos penais como este, o silenciamento prevalece devido a um certo medo causado nas vítimas, que muitas das vezes acaba desestimulando a realização da denúncia do agressor. METODOLOGIA A perquirição foi realizada utilizando o emprego da técnica bibliográfica, tendo sido utilizados pensamentos de renomados doutrinadores, bem como o método estatístico, pois foram utilizados dados de pesquisas acerca do tema. RESULTADOS A Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), promulgada em 7 de agosto de 2006, foi um mecanismo criado para proteger a mulher vítima de violência doméstica e reconheceu como tal violência, a física, psicológica, patrimonial, moral e a sexual, sendo esta a abordada na presente pesquisa. Culpa de uma sociedade machista e patriarcal a mulher ainda receia denunciar, uma vez que o medo dos julgamentos sociais a qual será acometida prevalece. É válido ressaltar que a frequência de casos de estupro é ainda maior no âmbito familiar, outro fator desmotivador acerca da realização da denúncia. Todavia, quando as mesmas denunciam se retratam de representação, vez que a conduta tipificada no artigo 213 do código penal é de ação penal pública condicionada a representação A seguir, dados estatísticos comprovam que os casos em sua maioria são de membros da família e com isso a maioria das vítimas acaba pedindo o arquivamento do processo. Gráfico 1: 49% dos casos de estupro são cometidos pelos próprios companheiros das vítimas. Gráfico 2: 35% dos casos são arquivados pela própria vítima, isso na maioria das vezes por medo. CONCLUSÃO Portanto, resta necessário uma reeducação social, bem como a mudança na educação das crianças, que crescem recebendo o errôneo legado social que dita a mulher como inferior ao homem. É importante que a sociedade reconheça que o corpo da mulher só pertence unicamente a ela, devendo a mesma ter seu respeito pessoal e direito sexual, respeitados. E esse respeito não pode mudar conforme as vestimentas, umas vez que se trata de sua liberdade individual, de ser o que se é. Ainda assim, é pertinente o empoderamento feminino, para que não se sintam retraídas em falar sobre o assunto, tampouco se sintam culpadas por tais condutas enraizadas pela sociedade patriarcal, e denuncie os atos de violência seja verbal ou física. Assim, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária, onde crimes com tamanha crueldade não sejam negligenciados . REFERÊNCIAS Oliveira, Wilson de. A mulher em face do direito/ Wilson de Oliveira. -2, Ed. Belo Horizonte: Del Rey,1998. Lei Maria da penha: Disponível em > http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2006/lei/l11340.htm >. Acessado em 10 fev. 2018. Código Penal: Disponível em> http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/Del2848compilado.htm. > Alienação Parental: resultado da pesquisa: disponível em > https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/01/alie nacao-parental-lei-expoe-criancas-abuso.html.> Acessado em fev.2018. Dicionário Priberam. Disponível em > https://www.priberam.pt/dlpo/>.
Compartilhar