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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil Ismael Jacques Pereira Magalhaes Fortaleza 2016 2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Educação Infantil sob a orientação do Professor Adelaide Rezende Curso: Pedagogia Fortaleza 2016 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................04 CAPÍTULO I – CARACTERIZÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO......................05 1.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA......................................................................05 1.2 – CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR.........................................................................06 CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS..................................................................................07 2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS......08 2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO..........................................09 CONSIDERAÇOES FINAIS.........................................................................................14 REFERÊNCIAS.............................................................................................................15 ANEXOS........................................................................................................................16 4 INTRODUÇÃO Relatório referente ao Estágio Supervisionado em Docência na Educação Infantil, realizado na escola Centro Educacional Pequeno Brasil em Fortaleza- CE, entre os dias 04/04 e 04/05 de 2016 cumprindo 84 horas no total. Tem objetivo de relatar experiência pessoal, estando nesta escola como acadêmico do curso de Pedagogia – Estagiário. Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura e funcionamento de uma escola de educação infantil, observando e analisando aspectos no que se refere às práticas docentes, como Plano de Aula, Metodologia, Avaliação e etc. Tendo como tarefa também, analisar a implementação do Plano Político Pedagógico Nacional de Educação Infantil na rotina da escola confrontando teoria e prática, auxiliar nas atividades propostas em sala de aula, além de buscar a oportunidade de planejar e oferecer uma atividade específica para a turma (Projeto Pedagógico). Este relatório está dividido da seguinte forma: Características da Escola e da Turma; Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas e Realizadas – Com citação de Autores – Considerações Finais; Referências e Anexos, tópicos distribuídos em 03 capítulos. Desenvolvido conforme modelo da Universidade Estácio de Sá, enviado pela professora-tutora através de correio eletrônico no inicio do semestre, para cada aluno matriculado na disciplina, metodologia utilizada na realização deste relatório: Registro das falas e ações dos alunos, professora e funcionários, percepção pessoal prevalecendo o lado estudante, autores- educadores, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), aulas tele transmitidas e conteúdo online, essas duas últimas ferramentas fazem parte do conteúdo da modalidade de Educação á Distância (EAD) da UNESA. 5 CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO O Centro Educacional Pequeno Brasil é uma escola relativamente pequena a qual é voltada tanto para educação infantil quanto para o ensino fundamental; as turmas voltadas para educação infantil estão divididas do infantil I ao V, a escola possui em media 24 salas onde estão as turmas de educação infantil e ensino fundamental; todas as turmas de educação infantil contam com a ajuda de uma professora titular e uma auxiliar a qual se reveza entre as turmas de educação infantil; A turma estagiada foi a do infantil V, portando 18 alunos com média de 05 anos de Idade, uma professora titular e uma auxiliar a qual também atende a turma de infantil II se revezando entre as turmas conforme a necessidade do momento. Na sala os mobiliários e seus componentes são adaptados para as crianças, com um banheiro para as mesmas. 1.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA Fundada no ano de 1999 pela atual diretora Ana Lucia Alves a qual possui formação em pedagogia. Há mais de 20 anos, a professora Ana Lucia atua na área de Educação Infantil, procurando aprender sempre e cada vez mais com as crianças, professores e com os que decidem a política educacional. Isso, com o objetivo de abrir sempre mais espaço para a criança e para a Educ. Infantil com a co- responsabilidade da sociedade e dos diversos órgãos para com a criança enquanto cidadã. Seu lema é que a Educação se constrói desde a infância e que nunca saberemos de tudo, pois somos seres inconclusos que sempre necessitamos aprender algo novo. Localizada na Rua Jandira, 740 Fortaleza – CE, Brasil. O prédio da escola possui 02 andares o qual da Educação Infantil fica localizado no térreo o qual é bem distribuído em media de 12 salas de aula no andar térreo; já o do ensino fundamental fica localizado no segundo andar também conta com 12 salas de aula; na recepção fica a diretoria, secretaria, coordenação, direção pedagógica, sala de professores com banheiro e um banheiro social. As turmas de infantil V a qual estou estagiando é composta com no máximo 20 alunos em sala de aula, no momento há 18 crianças. 6 - 1.2 - CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR A acolhida das crianças ocorre da seguinte forma; as crianças chegam e logo entregam as agendas as quais a professora utiliza para passar atividades de casa e outros avisos aos pais ou responsáveis; após esse momento vem a parte dos brinquedos, onde as crianças podem utilizar os mesmos respeitando as regras que basicamente consiste em deixar as outras crianças em classe trocar de brinquedos entre eles; isso favorece a cooperação mutua não causando individualismo; após esse momento a professora encerra o momento dos brinquedos e canta algumas musicas infantis, as quais os alunos participam diretamente desse momento; Logo após se inicia a aula do dia, e consequentemente as atividades previstas; após a primeira etapa de atividades há uma parada para alimentação as quais as crianças trazem de suas casas; antes de se iniciar a alimentação há o momento para a higiene, a qual é realizada em classe pois a escola dispõe de banheiro adequado e adaptado para as crianças em sala de aula; após a alimentação há um momento de brincadeira onde as crianças são levadas para o parquinho da escola onde dispõe de varias atividades como pula pula e dentre outras; após esse momento retornam para a sala de aula onde terá a segunda etapa da aula e das atividades a serem realizadas; após esse segundo momento é feito o encerramento da aula e atividades, e se aguarda a chegada dos responsáveis para buscar as crianças. 7 CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADASTodos os dias em que estive presente a dinâmica das aulas foram diferentes, porem a professora sempre busca seguir um padrão de atividades a qual consiste; recepção das crianças, iniciar a aula com uma oração, e antes de iniciar a disciplina do dia realiza atividades lúdicas as quais envolvem os brinquedos que já fazem parte do material existente em sala de aula. A referida turma é um tanto que complicada e difícil dar aula, os 18 alunos são muito agitados, e a atividade as vezes não causam tanto interesse por parte da turma. Quando isso ocorre a professora titular utiliza “um plano B” o qual geralmente consiste em atrair a atenção dos alunos através de atividades lúdicas. A metodologia usada pela professora oscila entre a construtivista e a tradicional, julguei que ela estava usando a construtivista quando em uma das aulas de matemática, as crianças confeccionaram uma cartela de bingo recortando de uma folha de papel oficio e colando em outra, 06 números da preferencia de cada um aleatoriamente entre 0 e 09, na hora de chamar os números a professora aproveitou e o fez uma vez em inglês, e as crianças souberam que o ‘two’, se tratava de ‘dois’, mesmo não se falando nada sobre isso naquela ocasião, após marcarem o bingo ela os convidou para olharem com atenção suas cartelas, e juntos descobriram que alguns 4, 6 e 9 estavam colados de cabeça para baixo, antes disso, ouviu a quem se manifestou tudo o que sabia em relação ao jogo de bingo. Numas das aulas de português ela colou 05 cartolinas na lousa e em cima de cada uma escreveu as vogais, entregou revistas para cada criança e pediu que elas procurassem por palavras que iniciassem com uma das vogais e colassem em suas respectivas cartolinas, a maioria deles não sabia do que se tratava “a primeira letra”, as que nada perguntavam, simplesmente recortavam palavras com a letra ‘e’, por exemplo, em qualquer posição da palavra encontrada e colava na cartolina ‘e’, após ela disse que quem fez isso, ou colou palavras de cabeça para baixo estavam errados. A postura da professora frente a turma é ótima! Sempre animada e sorrindo, conversa com os alunos, incentiva, os escuta, é carinhosa e atenciosa. Sabe controlar a sala, tem voz altiva e autoridade, mesmo uma 8 vez ou outra sendo dura demais na hora de repreender e podendo aproveitar de melhor maneira os objetos presentes em sala de aula. 2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS O estágio está sendo realizado numa turma do infantil V, composta por 18 alunos com idade média de 05 anos, uma professora e uma auxiliar, poucas vezes estão as 18 crianças em sala de aula, são bastante participativos e geralmente seguem sem problemas maiores os limites impostos pela linha pedagógico-comportamental. O plano de aula é realizado semanalmente, a professora desenvolve e este é revisado pela coordenadora pedagógica, sendo sujeito a alterações, é composto de cabeçalho padrão e dividido em 04 tópicos principais: Objetivo, sondagem e problematização, sistematização, exploração do professor e recurso. Tabela de distribuição do conteúdo semanal: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Acolhida Brinquedos Acolhida Brinquedos Acolhida Leitura Acolhida Brinquedos Acolhida Leitura Verificação de Agendas Verificação de Agendas Verificação de Agendas Verificação de Agendas Verificação de Agendas Linguagem e Comunicação Matemática Natureza Psicomotricidade Infantil Musicalização e Artes Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche Recreação Recreação Recreação Literatura Infantil Recreação Linguagem e Comunicação Matemática Sociedade Ingles Musicalização e Artes 9 2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO Situação 01 - Descrição: Na primeira parte da tarde numa aula de Relações Matemáticas, a professora trabalhou com os alunos a noção de ‘curto e comprido’. Sentamos na rodinha como de costume e após cumprimentos e falas iniciais, a professora com meia folha de cartolina e uma caneta piloto nas mãos, lança a pergunta: “Das meninas, quem tem o cabelo mais comprido?”. Eles observaram, alguns se levantaram dirigindo-se uns aos outro e etc. Enquanto isso, ela fazia um desenho em espiral com os objetos que segurava (confeccionava cobras de papel que usaria como plano B caso fosse necessário). Em meio às respostas e ações de medir, algumas crianças começaram a perguntar do que se tratava aquele desenho e para de não comprometer o andamento da aula, a professora respondeu de forma vaga, e naquele momento elas já tinham dito quem era a menina de cabelo mais comprido e o menino de cabelo mais curto, a professora aproveita: “Quem de vocês tem o estojo mais curto?” Eles logo se aproximaram de suas mochilas e enquanto comparavam, a professora recortava o espiral formando algo parecido com uma cobra. As crianças logo quiseram saber do que se tratava e uma delas falou: “É uma cobra comprida tia?” A professora faria outras perguntas em ralação aos objetos da sala de aula, com o propósito de instigá- las a investigação quanto ao comprimento de tais objetos, porém: “Um por um vai segurar a cobra e quando ela chegar novamente em mim saberemos se é uma cobra comprida ou não...” “A missão do professor não é dar respostas prontas e sim provocar a inteligência, o espanto e a curiosidade no aluno” Rubem Alves. De inicio ela posicionou a cobra nas mãos das primeiras crianças, assim, com uma das mãos elas pressionavam a cabeça e com a outra o rabo, depois elas foram livremente explorando a figura, cobertos pelo respeito do tempo e da forma de olhar da professora: 10 - “Sabia tia que corpo da cobra é gelado?!”. - Falou uma das crianças. - “É mesmo?! E o que tem mais no corpo delas?”. - Respondeu a professora, transferindo seu entusiasmo para as crianças. - “São coloridas com pintinhas!”. – Responderam 02 ou 03 delas empolgadas! - “Mas também tem umas listradas” – Observou outra criança. - “E elas moram na floresta” – Disse uma quarta criança. -”Elas são venenosas”! Alertou um menino. Essa foi a chance que a professora teve de enfatizar mais uma vez, que estávamos manipulando uma figura de cobra e não um réptil de verdade, portanto aquilo era seguro (usando linguagem adequada). Com a cobra cumprida enrolada no pescoço ela os convidou para sentarem em seus lugares, fomos a cada mesa com canetas pilotos de diversas cores, meia folha de cartolina pra cada um e perguntávamos individualmente: “Você quer uma cobra curta ou cumprida?” Essas foram de tamanhos variados... Análise Crítica: A atividade foi adequada para o grupo de crianças, pois foram utilizados elementos que lhes chamam atenção e causam interesse quanto a sua manipulação, fazendo com que a criança sinta-se inserida no contexto da atividade. A professora falhou em não ter avaliado essa atividade junto ao grupo, colar as cobras curtas e cumpridas uma do lado da outra na lousa, a partir do tamanho de cada criança poderia ter sido uma boa alternativa para isso, fiz essa sugestão, mas a professora não seguiu. O segredo para o sucesso dessa atividade foi ela ter demonstrado sua flexibilidade ao adaptar seu planode aula quando percebeu que essa seria a melhor opção. Fundamentação Teórica: Fazer com que o plano de aula seja flexível e adapta- lo segundo o interesse da turma, é uma característica de um bom plano: “O plano de aula deve satisfazer os interesses e as necessidades dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos”. (Cazaux Haydt, p. 105). 11 Situação 2 – Descrição: A atividade consistia em colar palavras em cartolinas fixadas na lousa, eram 05, cada uma nomeada por uma vogal, as crianças tinham que colar palavras que começassem com elas em suas respectivas cartolinas. Nesse momento a professora já começa conversando com a turma sobre o tema, aproveitando curiosidades, novidades e perguntas para dar maior clareza a elas quanto ao desenvolvimento da atividade. Distribuímos tesoura, cola e revistas para cada uma e elas começaram. Primeiro cortando frases aleatórias, depois cortaram somente as vogais, após nova explicação, veio o fato de as palavras que elas estarem cortando não iniciarem com vogal, com isso, a maior parte do tempo se deu na explicação sobre a atividade, especificamente sobre o significado de “primeira letra”, sem que a professora deixasse de perceber as contribuições das crianças. Mesmo assim continuaram ou cortando somente as vogais, ou cortando com vogais em posição qualquer na palavra. Depois de uma explicação do tipo “achei a palavra abacaxi gente, então, eu corto toda a palavra e colo na cartolina A”, “olha só a palavra escova, depois de cortar ela todinha, colo na cartolina E.” “Essa palavra ilha, eu vou cortar completa e colar na cartolina I” Se eu encontrar a palavra ovo, óculos, ovelha... Eu corto e colo em qual cartolina?” “A cartolina U está vazia, se eu encontrar a palavra uva... Urso... Eu corto sem esquecer nenhuma letra e colo nela”, é que as crianças entenderam melhor e começaram a seguir essa linha... Análise Crítica: Essa atividade me remeteu as aulas das disciplinas Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem (2013.1) e Metodologia e Prática da Alfabetização e Letramento (2013.2) com a Professora Taísa Vliese, Psicóloga e Mestre em Educação, nelas aprendi que se até os 04 anos idade a criança não mostrar interesse pela escrita, esta não deve ser incentiva ao ato. Fundamentação Teórica: Essas crianças já escrevem seus nomes, folheiam livros gesticulando a ação de ler, solicitam que façam leituras para elas e sabem diferenciar letras, de números e desenhos, portanto já são letradas (Magda Soares 2000), porém, não possuem maturidade suficiente para serem alfabetizadas, para isso é preciso “Ter um nível suficiente, sob determinados aspectos, para iniciar o processo de função simbólica que é a leitura e sua transposição gráfica que é a escrita” (POPPOVIC, 1966, p. 5). Nem mesmo a ludicidade contida na atividade, foi suficiente para o entendimento e encaminhamento previsto da mesma. 12 Situação 03 - Descrição: Mais uma segunda-feira, hora da rodinha “De todas as atividades da sala de aula, a hora da roda pode ser a mais importante em termos da atmosfera sócio-moral. Para muitos professores, esta também pode ser a hora mais difícil e desafiadora do dia” (Rheta Vries e Betty Zan, 1998, p, 115). Neste dia a turma estava completa (16 crianças), cada uma segurava um livro que haviam escolhido levar para casa na sexta-feira (Projeto Leitura), a escolha foi livre. Naquele momento o intuito era que as suas falas fossem espontâneas, porém, que se tratasse do livro: Qual era o título, o autor, o personagem principal, do que mais gostaram, o que aconteceu na história, quem fez a leitura com eles e etc., em momentos como este há bastante aceitação por parte da professora para com seus alunos, que admite e admira o tempo pensamento-linguagem deles. As crianças estavam agitadas e chorosas, mas tudo começou bem, a professora iniciou as conversações e pediu que a primeira criança ao seu lado falasse sobre o livro que segurava, a atividade corria como o planejado até que uma ou outra criança começou a fazer bagunças entre si ou conversarem, principalmente quando a que falava sobre o livro que escolheu mantinha o tom de voz baixo. Quando as crianças desrespeitam uma regra combinada com o grupo, a professora reage conforme a situação, ás vezes ignora outras é repetitiva ou usa de ameaças como: Deixar sem parquinho, levar a criança pra uma conversa com a coordenadora, comunicado negativo na agenda e etc. Quando nenhuma dessas alternativas fez com que a rodinha progredisse conforme planejado, a professora pediu que as crianças que já tinham falado sobre seu livro (a maioria), sentassem em seus lugares sob meus cuidados, que ela continuaria ali numa roda menor com aqueles que ainda falariam. Como o objetivo da atividade também era que os colegas escutassem uns aos outros, se interessassem pelo livro e até fizessem perguntas e/ou comentários sobre eles, essa seria uma boa oportunidade de a professora usar seu poder de conhecer aquelas crianças em suas características individuais, e assim, fazer com que toda a turma tivesse participação ativa e significativa na rodinha. 13 Análise Crítica: É importante incentivar a leitura desde a Educação Infantil. A família deve mais que conhecer e apoiar essa prática, mas sim ser exemplo dela. Outra estratégia que poderia ter levado ao alcance dos objetivos dessa atividade, seria com a professora manuseando o livro enquanto a criança que o escolheu se referisse a ele, ou criando regras específicas para aquela rodinha. Fundamentação Teórica: “O desenvolvimento de interesses de hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoando-se sistematicamente na escola e continua pela vida” (BAMBERG, 1987, p. 92). Obs.: A professora com quem estagiei é formada em pedagogia desde 2015. Nessa escola está a apenas um ano; antes de sua formação já atuava como professora substitua e auxiliar em outras instituições de ensino, ela me relatou que encontrou satisfação profissional como docente da Educação Infantil. Possui vários livros didáticos de várias editoras e épocas, apesar disso, a base forte para a elaboração de seu plano de aula, condiz com o que vem aprendendo em sua vida acadêmica, seu conhecimento de mundo e de sua turma. Surgindo alguma dúvida usa a internet como fonte de pesquisa, mas raramente faz isso, diz que sua turma não é de fácil manejo “uma estratégia que ajuda muito é ter mais de duas alternativas para cada conteúdo que será dado em sala de aula”, relata. A relação escola X família contribui positivamente para desenvolvimento do trabalho do educador; dessa forma a escola sempre realiza reuniões com pais e responsáveis pelas crianças, as quais têm como finalidade estreitar essa relação com as famílias e com isso contribuir para educação de todas as crianças, pois a educação não se constrói apenas no em sala de aula na escola de uma maneira formal, mas também pelos pais e responsáveis no dia a dia com seus filhos através de uma educação informal, mais que porem contribui muito com a escola a qual tem apenas uma parcela de responsabilidade nessa educação a qual é construída para todos e por todos, só assim conseguiremos construir uma educação melhor para todas as nossas crianças no mundo 14 CAPITULO III- CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente Relatório foi realizado com o objetivo de registrar o tempo, pratica e vivencias do aluno do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá inserido em umambiente escolar, mais especificamente em uma sala de aula da Educação Infantil. Sendo importante sua análise, observação, vivencias registros diários e participação nas atividades rotineiras da escola e turma escolhida. Com a obrigatoriedade de cumprir sessenta e seis horas, durante o primeiro semestre de 2016, nesse trabalho de campo, as experiências vividas foram inigualáveis! Os dias foram de bastantes novidades, portanto, bastante aprendizado! Tive a sorte de estar numa escola muito organizada, limpa, ciente de seu papel na sociedade, entregue ao trabalho e dinâmica, aproveitando para adotar uma postura onde pudesse absorver tudo o de melhor que cada profissional tinha para oferecer, sem deixar de mostrar aquilo que venho aprendendo, procurando adaptar cada teoria aos hábitos e crenças da escola. Fui bem recebido, acomodado e ajudado em todos os momentos em que precisei. A professora com quem eu tive o prazer de realizar os trabalhos, preparativos, esforçar-se junto, tomar atitude e decisões estará sempre em minha lembrança como figura de inspiração, respeito e admiração, auxiliá-la foi aprender e conhecer o que é verdadeiramente a vida de uma professora. Sua turma era uma das mais numerosas, fazendo com que aumentasse também o grau de carinho, amor e dedicação de ambos. Essa experiência superou toda e qualquer expectativa inicial que me movia! Nessa sala todo dia, se aprendia algo novo, fazendo com que cada ação e esperanças ali depositadas se transformassem hoje em satisfação e certeza! Certeza essa que muitas vezes me faltava quando nessa escola entrei, e agora saio dela com uma nova visão da profissão, consciente de que não é fácil, mas que evidentemente não é impossível, e que a cada dia aprendemos mais. 15 REFERÊNCIAS BAMBERG, Richard. Como Incentivar o Hábito da Leitura. São Paulo: Ática, 1987, p. 92. CAZAUX, Haydt. R. Curso de Didática Geral: O Planejamento da ação Didática. São Paulo, Ática. 2000. p, 105. DE VRIES, Rheta; ZAN, Betty. A ética na educação infantil: o ambiente sócio moral na escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, P. 115. DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Professora Thaísa Vliese - Psicóloga e Mestre em Educação. UNESA, acessado em todo o primeiro período de 2013.1. DISCIPLINA: Metodologia e Prática da Alfabetização e Letramento, Professora Thaísa Vliese - Psicóloga e Mestre em Educação. UNESA, acessado em todo o primeiro período de 2013.1. POPPOVIC, A.M.; MORAES, G.G. Prontidão para alfabetização. São Paulo: Vetor, 1966, p. 5. Rubem Alves, Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU> Acessado em: 04/05/2016 16 ANEXOS Projeto Pedagógico do Estagiário Anexo – Projeto Pedagógico Título: Brincando e Aprendendo com o Jogo da Memória. Justificativa: Por ser um jogo lógico, o Jogo da Memória ajuda a desenvolver o raciocínio, estratégias de memorização e a estabelecer relações entre imagens e posição das cartas distribuídas em determinado local. Desenvolvido para um grupo de crianças que apresentam fácil compreensão sobre atividades a serem realizadas e avanços pré-operatórios como também cognitivos relevantes, entretanto, com trabalhos específicos relacionados à concentração e atividades grupais, podem apresentar melhores resultados quanto a esses aspectos. Objetivo: Brincar. Incentivar brincadeiras em grupo. Dar continuidade a prática da contagem mecânica. Desenvolver a concentração, percepção e paciência. Incentivar a criatividade. Atividades Desenvolvidas: Brincar. Pintura das figuras nas cartas utilizadas no jogo. Contagem do número de peças do jogo. Contagem do número de pares do jogo. Reconhecimento dos pares. Reconhecimento da importância do tempo de espera. 17 Conclusão: Para a realização concreta desse projeto, confeccionei um Jogo da Memória contendo trinta e duas peças, seguindo a lógica de ser uma peça ou par para cada criança, com papelão, cola, tesoura e figuras diversas colhidas da internet, expostas de modo que as crianças pudessem pintar. Apresentei o material a elas e distribuí para cada uma, 18 crianças no dia, duas peças aleatórias. Curiosas, elas pintaram em suas mesas e quem terminava logo ia pra rodinha onde combinamos que iríamos brincar. Comecei perguntando quantas peças tinham, elas contaram empolgadas colocando peça por peça dentro de um saquinho que levei para que guardassem o jogo. Expliquei o jogo e começamos a brincadeira! Todas as crianças brincaram; a maioria até o final, esperando sua vez pra jogar, terminado o jogo, contaram quantos pares cada um tinha conquistado bastante eufóricas e entusiasmadas, para saberem quem tinham conquistado mais pares, desta maneira, todos os objetivos foram cumpridos com sucesso! Fiquei muita satisfeita com o resultado, ver aquelas crianças se divertindo e aprendendo com um material que eu mesma planejei, confeccionei e coloquei em prática pensando exatamente nelas, foi muito gratificante. O que mais me chamou atenção na hora da atividade, foi fato de elas ficarem dizendo umas para as outras a localização das peças, mesmo eu explicando que individualmente teríamos que tentar memorizar a localização de cada peça, e conseqüentemente conquistar aquele par para si, e eles entendendo que ganhava o jogo, quem tivesse conquistado mais pares, o fato de eles estarem bastante curiosos pra saberem quais eram as figuras que os outros colegas tinham pintado no inicio, e também ansiosas para reafirmar perante a turma, quantos pares cada um tinha conquistado, para ser nomeado campeão, tanto que a vencedora do jogo, foi parabenizada por todos com muita alegria.
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