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Patologias da Articulação do Ombro Patologias da Articulação do Ombro Emília Alencar • O ombro é a articulação complexa que liga a cintura escapular ao membro superior. É formado por: • articulação glenoumeral, entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escápula; • articulação acromioclavicular, que liga a clavícula à apófise acromial da escápula; • articulação esternoclavicular, entre a clavícula e o esterno; O Coifa dos Rotadores é um conjunto de quatro músculos: supraespinhoso; infraespinhoso; pequeno redondo; subescapular. As suas principais funções são: Centralizar e baixar a cabeça umeral; Potencializar as rotações da articulação glenoumeral; Estabilizar a articulação glenoumeral; Proporcionar um compartimento fechado importante para a nutrição articular. Síndrome do Impacto- SI • Conceito: síndrome dolorosa do ombro de natureza microtraumática e degenerativa, acompanhada ou não da perda de forças e caracterizada por tendinite do manguito rotador, podendo haver ruptura parcial ou total de um ou mais tendões, dependendo da fase clínica da doença. Patologia da SI • distúrbio funcional doloroso do ombro, causada por uma sequência de eventos inflamatórios, onde o manguito rotador é submetido à compressão exercida por estruturas ósseas (acrômio e cabeça úmero). Epidemiologia SI • Nadadores, • Beisebol, • Tênis, • Vôlei, • Basquete, • Marceneiros; • Metalúrgicos; • Pintores; • Faxineiras; • Donas de casa; • Domésticas; • Sedentários; Etiologia SI • Deformidade congênita acromial; • Esporões degenerativos; • Bursite inflamatória; • Pós-trauma; • Frouxidão ligamentar; • Fraqueza muscular; • Neurológica. Diagnóstico - SI • Diagnóstico: Manobra de Neer: elevação passiva do membro acometido com / do cotovelo e pronação do antebraço. Kennedy-Hawkins impingement test • O paciente com o membro superior acometido fletido, cotovelo a 90º, o examinador com a mão apoiada sobre o braço do paciente, fazendo-se rápida manobra de rotação interna, que provoca o atrito do tendão supra- espinal contra a borda ântero-inferior do acrômio e ligamento coracoacromial. Síndrome do Impacto - SI • Diagnóstico: Manobra de Yocum: paciente apóia a mão no ombro contra- lateral e examinador eleva passivamente pelo cotovelo. Síndrome do Impacto- SI • Fases Clínicas da SI (segundo NEER): Fase I: encontrado em pacientes com menos de 25a; - hemorragia localizada e edema na região anterior do acrômio; - arco doloroso entre 70º e 120º. ������������� �� ������� � �������������������� ������������ �������������������� ����� Arco doloroso • solicita-se que o paciente faça abdução do braço. Os primeiros graus de abertura são indolores. Depois, surge dor que aumenta à medida que a abdução progride (pinçamento do manguito) e pode diminuir nos graus finais de abdução. Síndrome do Impacto- SI Fase II: encontrado em pacientes de 26 a 40 anos; - gravidade dos sintomas do estágio I progredindo para dor com a atividade e noturna; - presença de crepitação ao movimento; - restrição de movimentos a 100º; - pode haver ruptura incompleta do manguito. osteoartrose;RM lesão tendão SE Síndrome do Impacto - SI Fase Clínica da SI: Fase III- encontrado em pacientes com mais de 40a; - achados iguais a fase II; - ruptura completa de um ou mais tendões; - diminuição da dor durante o arco doloroso; - atrofia muscular; - perda da força de elevar o membro superior (teste queda do braço). Teste de Jobe • É realizado com o paciente de pé, membros superiores em abdução no plano frontal e anteflexão de 30º. • O examinador faz uma força de abaixamento nos membros, simultânea e comparativa, enquanto o paciente tenta resistir. Testes: Tendinite: • Neer (elevação passiva do MS com / cotovelo e pronação do antebraço); • Hawkins (MS adiante do corpo, com V do cotovelo a 90º, com a palma da mao para baixo, realizar esforço em @ interna); • Yocum (mão apoiada no ombro contralateral, eleva-se o membro realizando um esforço em @ externa) • Ruptura do S.E.: Jobe • Ruptura do I.E: Patte • Ruptura do Subesc: Gerber Síndrome do Impacto - SI • Tratamento: - crioterapia; - repouso tipóia; - US ou diatermia; - cinesioterapia ( exercícios de alongamento e fortalecimento) assim que a dor diminuir. Exercício de alongamento Exercício de alongamento Exercício de Fortalecimento para o paciente sem dor: aumentar estabilidade articular Exercício de Fortalecimento para o paciente sem dor: aumentar estabilidade articular Tendinite Calcária • Caracterizada por um tríplice polimorfismo: clínico, radiológico e evolutivo: - clínico: acomete mulheres entre 30 e 40a e de evolução variável quanto ao sintomas: assintomáticos, episódios agudos ou dor crônica. Tendinite Calcária • Radiológico: caracteriza-se por duas fases: - calcificação tendinosa: abscesso de aspecto homogêneo; - tendinite calcificante: verdadeira infiltração cálcica do tendão. Evolutivo: casos imutáveis ou desaparecimento após crises hiperálgicas. Tendinite Calcária • A razão do depósito de cálcio não está completamente esclarecida, mas a hipovascularização e compressão mecânica, na inserção do músculo supra-espinhoso, pode ocorrer calcificação por alterações bioquímicas no músculo e também pela própria compressão. • Com estes traumas constantes, as fibras do supra- espinhoso tornam-se fadigadas e ocorre a tendinite. Esta condição pode levar a calcificação da inserção deste músculo, com o acúmulo de sais de cálcio. Tendinite Calcária • De acordo com Neer, o atrito e a degeneração do manguito rotador, ocorre durante a elevação do membro superior geralmente em flexão e não em abdução. O impacto ocorre contra a porção anteroinferior do acrômio, o ligamento coracoacromial e a articulação acromioclavicular. Tendinite Calcária • Os cristais de hidroxiapatia de cálcio são depositados com maior freqüência em localizações periarticulares, geralmente nos tendões do supra- espinhoso e ao seu redor, cápsula articular ou bursas Tendinite Calcária • Tratamento: - avaliação; - repouso tipóia; - crioterapia; - US, TENS, Diatermia Capsulite Adesiva • Síndrome clínica caracterizada por dor e restrição ativa e passiva de movimentos sem causa aparente. Capsulite Adesiva • Pode cursar de forma primária ou secundária (oportunista) . • Conventry apresenta uma combinação de três fatores: - dor no ombro; - desuso; - perfil emocional envolvido. Capsulite Adesiva • Fases: fase I: dor intensa e constante agravada com os movimentos; fase II: dor noturna e aos movimentos forçados e rigidez articular; fase III: descongelamento do ombro: alívio da dor e recuperação dos movimentos vai dos 12 aos 24 meses após o início da doença. Capsulite Adesiva • Tratamento: - crioterapia; - US, diatermia; - Contra-indicado: exercícios de fortalecimento. • Paciente com dificuldade de (a) elevação,(b) rotação lateral e (c) medial. • Bloqueio anestésico do nervo supra- escapular: esquema com visão (a) frontal e (b) superior e a visão (c) da aplicação clínica. Exercícios de alongamento Exercício de alongamento Articulação do cotovelo EPICONDILITE • LATERAL e MEDIAL Epicondilites� Epicondilite lateral: inflamação da inserção dos músculos responsáveis pela extensão e supinação do antebraço; Tipo de trabalho: ações repetitivas que incluem apertar parafusos, jogar tênis e tricotar; EPICONDILITELATERAL EPICONDILITE LATERAL • A EL tem seu início como uma micro laceração, mais freqüente na origem do extensor radial curto do carpo, mas pode acometer também o extensor radial longo do carpo e o extensor comum dos dedos. • Lesões agudas são observadas em 20% dos casos e crônicas em 80%. Os três elementos fundamentais da tendinose associada á EL são a hiperplasia fibroblástica, hiperplasia vascular e produção anormal de colágeno. EPICONDILITE LATERAL • O exame físico revela: - teste de Cozen positivo (que consiste na extensão do punho contra resistência com o cotovelo a 90º de flexão e o antebraço pronado); - teste de Mill (ou Thomsem) que baseia na extensão ativa do punho contra resistência com o cotovelo em extensão. - teste da cadeira (Gardland) em que o paciente eleva um objeto com o antebraço na posição pronada e o punho em flexão palmar. • Espessamento da porção proximal posterior do tendão comum dos extensores Descontinuidade das fibras do tendão, com retração distal em cerca de 1,0 cm (seta preta). Testes para epicondilite lateral Epicondilite medial: inflamação dos músculos do grupo flexor e pronador do punho, na borda medial do cotovelo; Bursite • Ocorrem em casos de infecção bacteriana ou inflamação com depósitos anormais de cristais na bursa ou articulação próxima SÍNDROMES DOLOROSAS DA MÃO • Síndrome do túnel carpo; • Síndrome do túnel de guyon Síndrome do Túnel do Carpo • Compressão ________________ na sua passagem no nível do túnel do carpo; • Quadro Clínico: dor, parestesias e impotência funcional na região tenar; • Teste: Manobra de Phalen. Síndrome do Canal de Guyon • Compressão do ___________ na sua passagem pelo canal de Guyon; • Quadro Clínico: dor, parestesias, impotência funcional e hipotrofia dos interósseos e lumbricais. Síndrome de Guyon • Sintomas de alteração de sensibilidade no 4º e 5º dedos, acompanhados por redição da força de preensão. • Teste resistência manual à oponência do polegar Tenossinovite DeQuervain Inflamação da bainha comum dos tendões _____________ e ____________ no processo estilóide do _________; Teste: Finkestein Tenossinovite de Quervain • Pode ser ocasionada por atividades manuais extenuantes, mas também por doenças reumáticas, variações congênitas, trauma agudo ou ser idiopática. Tenossinovite DeQuervain Contratura de Dupuytren • Caracteriza-se por espessamento e retração da fáscia palmar, o que acarreta contratura em flexão dos dedos e incapacidade funcional das mãos Contratura de Dupuytren • De etiologia desconhecida, acredita- se que exista um componente familiarjá que a incidênicia é maior se existem familiares afetados. • Associada com: tabagismo, doenças vasculares, epilepsia e diabetes. Contratura de Dupuytren • Fase proliferativa; • Fase involutiva; • Fase residual. Sintomas - Nódulos firmes, sensíveis à palpação; - Cordões próximos aos nódulos, geralmente indolores; - Palidez quando extensão ativa dos dedos; - Sulcos na pele evidenciando aderência à fáscia; • Contrações das MCF, IFP. Tratamento - uso de luvas protetoras para as tarefas manuais; - calor superficial; - exercícios de alongamento. DEDO EM GATILHO • Também chamada de tenossinovite estenosante. • Envolve os tendões e de causa muitas vezes desconhecida, há dificuldade para abrir o dedo, daí um estalo, um GATILHO, o polegar, 2° e 3° dedos são mais acometidos • Suas principais causas são: atividades repetitivas de preensão, diabetes, hipotireoidismo, artrite reumatóide, artrite psoriática e infecções DEDO EM GATILHO • Sintomas: presença de nódulo doloroso à palpação na superfície palmar, próximo à articulação metacarpofalangiana. Tratamento • A infiltração pode ser usada • A cirurgia, liberação do tendão, fisioterapia é iniciado na segunda semana, principalmente Síndrome do Pronador • Deve-se a compressão do nervo mediano ao nível do cotovelo, que pode ocorrer em vários locais, principalmente pelo próprio músculo pronador redondo. O sintoma típico é de dor que inicia-se insidiosamente e parestesias. Síndrome do Pronador Síndrome do Supinador • Compressão do ramo terminal profundo do nervo radial, ao nível do antebraço. A compressão é feita pelo músculo supinador e pelo músculo extensor radial curto do carpo Síndrome do Supinador • Na compressão mais baixa, 1/3 distal, quando é comprimido entre o músculo braquio radial e o extensor do punho, chama-se síndrome de Wartemberg.
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