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Slide Aula 10 Supervisão e Orientação Pedagógica

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SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Aula 10: O planejamento da ação supervisora
O planejamento da ação supervisora – AULA 10
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Conteúdo Programático desta aula
- Necessidade do planejamento da
ação supervisora como
premissa de sua atuação
política.
- Reconhecimento de que o
planejamento é um instrumento
da ação política do Supervisor
Pedagógico.
- Os possíveis elementos que
compõem o plano de ação do
Supervisor Pedagógico.
O planejamento da ação supervisora – AULA 10
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Lembrando das aulas de Planejamento Escolar -
todo trabalho é uma ação humana dirigida a um fim e
uma de suas características é a antecipação mental
da finalidade da ação, por isso, planejar não é algo
estranho ao trabalho, é o exercício de antever uma
intervenção com intencionalidade e selecionar
caminhos e procedimentos coerentes com o fim
estabelecido.
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O planejamento da prática na escola, representa uma
necessidade inerente a esse tipo de intervenção
social, que leva à explicitação da nossa
intencionalidade.
Como já foi visto na aula 5 o objetivo
específico da atuação do Supervisor Pedagógico na
escola é o processo de ensino e aprendizagem,
tendo como compromisso a garantia da qualidade da
formação humana que se processa nessa instituição,
não se esgotando, portanto, no saber fazer bem ou
no saber o que ensinar.
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Assim, o trabalho pedagógico do supervisor tem
compromisso explícito com a formação humana e
suas ações só vão ter sentido a partir das relações
que estabelece com o contexto social, político,
econômico e educacional.
Desta forma concluímos que a ação supervisora é
uma ação política.
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Podemos dizer que um dos momentos de
concretização do compromisso político do Supervisor
Pedagógico, diz respeito ao seu fazer técnico-
pedagógico, sendo entendido como o domínio do
saber escolar, dos métodos de ensino, da
organização curricular, das regras que regem a
instituição, etc.
Saviani (1991) nos lembra que uma
forma de mediação desse compromisso político é a
competência técnica, com ela enfatizamos o
planejamento.
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Libâneo (1992, p. 92) traduz dessa forma:
“ O planejamento é uma atividade de reflexão à cerca
das nossas opções e ações; se não pensarmos
detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso
trabalho, ficaremos entregues aos rumos
estabelecidos pelos interesses dominantes na
sociedade. A ação de planejar, portanto, não se reduz
ao simples preenchimento de formulários para
controle administrativo; é antes, a atividade
consciente de previsão das ações, fundamentadas em
opções políticos pedagógicas (...)”.
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O planejamento da prática pedagógica representa
uma necessidade inerente a um tipo de intervenção
que nos leva a explicitação da nossa intencionalidade,
ou seja, no ato de planejar já manifestamos nossas
opções, compromissos, princípios, enfim, nossas
posições político-pedagógicas.
Essa intencionalidade também emerge a partir de
situações concretas: nossas angústias, dificuldades,
insatisfações, enfim, desafios da nossa prática.
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Gandin (1994) estabelece a
comparação do processo de
planejamento com o trabalho de
um médico, ressaltando que o
processo de planejamento deve ser
um processo científico e não
meramente burocrático. Alerta para
não confundirmos a descrição do
problema com diagnóstico, pois ele
é algo posterior.
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Primeiro é necessário atenção à realidade, a clareza 
da situação.
Diagnóstico é a comparação
entre essa realidade e o ideal de
educação almejado. Decorre daí
a necessidade do Supervisor
Pedagógico estar atento ao que
está estabelecido no Projeto
Político Pedagógico da escola.
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Neste momento vamos mais uma vez recorrer a
Gandin (1994) quando cita Rubem Alves com o
“Escoteiro Inteligente”, a ação de um escoteiro
perdido na floresta. É preciso organizar a ação,
sempre tendo em mente seu caráter científico e,
desta forma, é preciso:
1 – Compreender a situação;
2 – Estabelecer o rumo;
3 – Verificar a distância entre o 
desejado e o que se tem no momento;
4 – Definir o rumo.
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1 - Compreender a situação significa se situar,
reconhecer o contexto em que vai inserir sua prática
ou seu pensamento. Essa visão do todo, esclarece
as dimensões da situação em que se está inserido.
Na escola isso significa observar a visão
que o grupo tem da realidade global, sua visão da
realidade social, econômica, política e religiosa.
2 - Estabelecer o rumo tem enorme importância no
momento do planejamento pois de nada adianta
saber onde estamos se não sabemos para onde ir.
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3 - Verificar a distância entre o desejado e o que
temos no momento e ir além, ou seja, saber de que
meios se dispõe e que dificuldades estão presentes
ou podem surgir em relação a caminhada.
Transferindo essa abordagem para o planejamento,
esse é o momento da comparação entre a prática do
grupo e o ideal dessa prática, traçado pelas pessoas
do grupo: é o diagnóstico.
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4 - Definir o caminho significa que chegou o
momento de organizar uma proposta de ação para
interferir na realidade, a fim de aproximá-la da
proposta concebida como ideal pelo grupo. Essas
propostas só terão sentido em função do diagnóstico.
Quando o Supervisor Pedagógico define sua
intencionalidade pedagógica, também precisa escolher
e apontar ações necessárias para efetivar essa
intencionalidade. É necessário responder as questões:
Como tornar real a nossa projeção? Quais os
passos, recursos, tempo, condições físicas e
materiais?
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Essas questões vão ajudar a organizar o fazer do
Supervisor Pedagógico face aos objetivos propostos
e o ato de planejar vai possibilitar um revisitar
permanente a todo o processo de planejamento.
O plano de ação do Supervisor
Pedagógico é um plano setorial e deve concatenar-
se com o plano da escola onde já foi definido o
Marco operativo, que é a explicitação dos princípios
filosóficos da prática educativa almejada, tendo em
vista aquilo que a escola quer ou deve ser.
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No Marco operativo (PPP), já está definida a visão de
futuro daquela comunidade escolar. Com essa visão
de futuro, também já foi possível a realização do
diagnóstico que é o confronto da realidade existente
com a realidade almejada. Gandin (1994, p. 90)
orienta para que nesta etapa se responda a seguinte
pergunta:
“Até que ponto nossa prática realiza o que
estabelecemos em nosso Marco operativo?”
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Com esses elementos o Supervisor Pedagógico já 
pode partirpara a construção de sua proposta de 
ação.
Encaminhamos uma sugestão de elementos
constituintes do plano de ação do Supervisor
Pedagógico:
# Marco operativo
# Diagnóstico
# Programação
- Objetivos gerais
- Objetivos específicos
- Observações
- Estratégias
- Normas
- Atividades permanentes
- Avaliação
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# O Marco operativo da ação supervisora pode ser
definido como a indicação do rumo que se pretende
seguir, o horizonte que se busca, o projeto de
contribuição da Supervisão Pedagógica às propostas
da escola.
Baseados em Gandin e Cruz (2000, p. 59)
sugerimos algumas perguntas que podem ajudar na
elaboração do Marco operativo da Supervisão
Pedagógica:
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- Conceitue a Supervisão Pedagógica.
- Qual a abrangência do serviço de Supervisão
Pedagógica?
- Historicamente, como surgiu a Supervisão
Pedagógica?
- De que forma a Supervisão Pedagógica tem
contribuído para o desenvolvimento dos valores
estabelecidos no PPP da escola?
- Quais devem ser as características da Supervisão
Pedagógica para que possa contribuir para
realização dos valores propostos no PPP?
- Que compromissos e que opções a Supervisão
Pedagógica vai ajudar a construir?
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Enfim, o Marco operativo é um conjunto de opções
baseadas em explicações teóricas, que vão
fundamentar o porquê da Supervisão Pedagógica na
escola.
# O Diagnóstico deve conter um referencial e, neste
caso, é o Marco operativo, uma realidade
(observação da prática) e juízo. Como já foi visto
anteriormente, nesse momento cabe responder a
seguinte pergunta: Até que ponto a Supervisão
Pedagógica está atuando de acordo com o que foi
estabelecido no Marco operativo?
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# A Programação é a proposta para fazer acontecer
os valores, as habilidades, os princípios e os
conhecimentos que ficaram estabelecidos no Marco
operativo, através da satisfação das necessidades
observadas no diagnóstico.
- Objetivos gerais – descrição clara do que se
pretende alcançar como resultado da atividade a ser
realizada, previstos para um ciclo ou área, são
alcançados a longo prazo.
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- Objetivos específicos – previstos dentro de uma
disciplina, unidade ou aula. É o desdobramento e a
operacionalização dos objetivos gerais. Também
chamados Comportamentais ou Instrucionais.
- Estratégias – são as ações, processos ou
comportamentos planejados pelo supervisor, para
colocar o professor em contato direto com coisas,
fatos, fenômenos que lhes possibilitem modificar sua
conduta, em função de sua reflexão e construção da
autonomia.
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- Normas - regras e limites, dizem respeito às
condições de trabalho, obrigações;
- Atividades permanentes - respondem às
necessidades administrativas, indicam ações que
se repetem periodicamente.
- Avaliação – descrição dos instrumentos e critérios
a serem utilizados para verificar o alcance dos
objetivos, de certa forma é uma atividade
permanente, pois é necessário estabelecer
paradas periódicas para avaliação do processo.
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O Supervisor Pedagógico pode organizar seu 
plano de ação da seguinte forma:
I – Identificação:
Instituição:
Segmento:
Período letivo :
Outros dados:
II – Marco operativo: são os pressupostos didáticos-
pedagógicos que servem de referência para
operacionalização do projeto de trabalho (construção
realizada após observação do Marco operativo da
escola);
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III – Diagnóstico: envolve um
juízo sobre a realidade, aponta
dificuldades, desafios e
oportunidades que são
oferecidas em relação aos
princípios/ideais apresentados
no marco operativo, (distância
entre o real e o ideal);
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IV – Programação:
- Objetivos gerais:
Objetivos 
específicos
Estratégias Normas
Atividades 
permanentes
Avaliação Período

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