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PORTIFÓLIO FASE 2 Relato de experiência

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CURSO DE LICENCIATURAS.
GILIENE BARBOSA DE JESUS – RU: 433040
PORTFÓLIO REFLEXIVO DA UTA FUNDAMENTOS PEDAGOGICOS FASE II – Constituição histórica da educação no brasil e desigualdades de gênero, raça e etnia.
FORMOSA
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CURSO DE LICENCIATURAS.
GILIENE BARBOSA DE JESUS – RU: 433040
PORTFÓLIO REFLEXIVO DA UTA FUNDAMENTOS PEDAGOGICOS FASE II – Constituição histórica da educação no brasil e desigualdades de gênero, raça e etnia.
Relatório de Portfólio Reflexivo da UTA Fundamentos Pedagógicos da Fase II, no curso de Licenciaturas a Distância do Centro Universitário UNINTER.
Tutor Local: Zilda Martins da Cruz.
Centro Associado: Formosa-Goiás
FORMOSA
2016
MEIO AMBIENTE, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Pequenas ações, grandes resultados no contexto escolar
Giliene Barbosa de Jesus - RU: 303440
INTRODUÇÃO
 O objetivo do presente trabalho é discutir e relatar as questões relativas à educação ambiental voltada para crianças do ensino fundamental, tendo em vista a necessidade de formar cidadãos conscientes quanto à preservação do meio ambiente, dos recursos naturais e da qualidade de vida das pessoas inclusive das gerações futuras e fomentar os princípios da educação ambiental junto a estes alunos, para que possam desde sua base educacional através de dinâmicas, exposições, visitas e trabalho de campo criar uma consciência ecológica e sustentável do meio em que vivemos.
 A sociedade vivencia um período da história da humanidade, onde práticas de desenvolvimento sustentável estão em evidência, com o objetivo de preservar o meio ambiente para as gerações futuras. Miller (2007) salienta que uma sociedade sustentável é aquela que vive e atende as necessidades atuais, como alimentação e moradia, utilizando os recursos, porém, minimizando seus impactos e deixando-os disponíveis para o futuro. 
 O crescimento populacional e econômico cria condições que permitem que a população usufrua de bens e aumente o consumismo, não por necessidade, mas por uma questão de status social e satisfação pessoal. Tem-se uma cultura impregnada no cotidiano onde para se viver bem, é necessário comprar, gastar e consumir. Atitudes como estas, propiciam um aumento da produção de resíduos, e conseqüentemente, da poluição ambiental e consumo desenfreado dos recursos naturais.
 O meio ambiente compreende não só a natureza com seus diferentes elementos vegetais, minerais e animais, como também os espaços construídos e habitados por nós, sejam urbanos ou rurais e que constituem o meio em que vivemos; nossas casas, nossa cidade, nossa região, nosso planeta. Em outras palavras todos somos responsáveis pela construção, promoção e valorização
dos recursos locais (naturais, humanos e culturais), que constituem o potencial de melhoria da qualidade de vida para todos.
 No decorrer do trabalho será apresentada a questão da educação ambiental e as ações desenvolvidas no projeto: “Horta na Escola”. Dentro deste contexto que é abordado no trabalho, é clara a necessidade de mudar o
comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
 A educação ambiental deve ser transformadora, capaz de introduzir mudanças de pensamentos e atitudes, atuando na sensibilização e conscientização do cidadão no sentido de desenvolver senso de responsabilidade e de urgência com relação aos problemas ambientais.
É necessário também que a educação ambiental seja contextualizada, ou seja, deve atuar diretamente na realidade de cada comunidade ou de cada setor da sociedade onde é aplicada.
 A Educação ambiental, ou EA como é conhecida no ambiente acadêmico, acontece em duas dimensões: EA formal, que é um processo que acontece dentro do sistema escolar utilizando-se da interdisciplinaridade para inserir os princípios da relação ser humano/ambiente no conteúdo programático contextualizando a realidade local; e a EA Informal, se caracteriza por sua
realização fora do contexto escolar, que precisa levar em conta o ambiente da comunidade ou da instituição para a qual será elaborado, levantar seu perfil, suas carências, os aspectos sociais, econômicos e culturais traçando as possibilidades os métodos e técnicas que melhor se que melhor se aplica ao perfil traçado (DIAS 2004).
O PROJETO
 Este trabalho veio com a proposta de aplicar um projeto de educação ambiental em crianças do ensino fundamental das escolas públicas do município de Posse – GO. Para isso foi preciso criar métodos que facilitassem as crianças a absorção dos conhecimentos e habilidades transmitidos para que elas pudessem compreender e avaliar a importância de se preservar para o futuro.
 Pensando em facilitar o aprendizado destas crianças às atividades foram adaptadas utilizando o método de mão na massa como uma atividade estruturada com objetivo de aprendizagem que proporciona entretenimento dentro de uma proposta de programa fazendo com que a experiência vivenciada fosse agradável e útil.
 O projeto visava justamente proporcionar às crianças uma vivência que as aproximem, mesmo que rapidamente, da natureza, para que possam experimentar sensações de uma maneira prazerosa e divertida, despertando a consciência para a preservação da diversidade ambiental.
 Toda a linha de pensamento e desenvolvimento do projeto foi traçada para estimular os sentidos (visão, audição, olfato e tato), já que quando lidamos com experiências diretas, a aprendizagem é mais eficaz, pois é conhecido que aprendemos através dos nossos sentidos (83% através da visão; 11 através da audição; 3,5% através da olfação; 1,5% através do tato; 1% através da gustação) e que retemos apenas 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do que vemos, mais no entanto retemos 50% do que vemos e executamos, 70% do que ouvimos e logo abordamos e 90% do que ouvimos e logo realizamos (PILLITI apud TELLES, 2002).
As pessoas não se envolvem em temáticas ambientais sentadas em suas cadeiras, fechadas em um “caixote de tijolo e cimento”, regadas a quadro-de-giz ou a parafernálias audiovisuais. Elas precisam sentir o cheiro o sabor, as cores, a temperatura, a umidade, os sons, os movimentos do metabolismo do seu lugar, da sua escola, do seu bairro, da sua cidade... Isso não se faz sentado em carteiras (DIAS 2004, pg. 124).
 Complementando a idéia, VEIGA (1991, pg. 76) diz que “...sabe-se que o conteúdo, o conhecimento, só adquirem significado se vinculados à realidade existencial dos alunos, se voltados para a resolução dos problemas colocados pela pratica social...”. Como o público alvo eram crianças de ensino fundamental, toda a linguagem utilizada precisava ser de fácil compreensão, para que o que fosse ouvido, visto e sentido por eles poderia ser transformado em um aprendizado permanente.
 A educação ambiental entrou em cena e foi voltada aos valores: respeito, disciplina, responsabilidade e cooperação. A sensibilização ambiental foi aos poucos se desenvolvendo, pois o aluno se entendeu cidadão, refletindo sobre si, desenvolvendo seu senso crítico na busca de ações que podiam influenciar na melhoria do ambiente. A relação entre educação e meio ambiente se ancorava na preocupação atual do homem no contexto dos seus limites. 
 Corroborando com estes indicativos, destaca-se que a Educação Ambiental é um conjunto de ações educativas que têm como objetivo a construção e estabelecimento
de relações conscientes e harmoniosas com o meio ambiente (DIAS, 1998). Vale relembrar então que a relação educação, conhecimento, escola e sociedade estão inseridas na concepção de que os princípios pedagógicos que estruturam as áreas de conhecimento, destacam como eixo articulador, a atitude interdisciplinar. 
RELATANDO A EXPERIÊNCIA
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) indicam uma preocupação com ações educacionais ligadas à realidade do aluno, para que garantam a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, que possam atuar com competência e responsabilidade na sociedade em que vivem, para atender suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas (BRASIL, 1998). Por isso, a justificativa de se desenvolver uma atividade nesse sentido da horta coletiva e posterior aplicação em um projeto interdisciplinar que pudesse chamar a atenção dos alunos e da sociedade em geral para a sensibilização ambiental. 
 Na pesquisa desenvolvida, o fato de se ter trinta alunos cursando o 5º ano (5ª série) do Ensino Fundamental permitiu um melhor acompanhamento e desenvolvimento dos trabalhos. Foi constatada ao longo do processo, a aceitação dos envolvidos no projeto, pois que se motivaram para a implementação das etapas necessárias. Após duas semanas trabalhando a importância de uma horta familiar durante as aulas de Ciências Naturais, deu-se início ao processo de preparação do solo. Os alunos trouxeram de casa adubos orgânicos que já havia sido ensinado em aulas anteriores como confeccionar. Passaram-se uma semana preparando o terreno e molhando para depois efetuar o plantio de alface, cenoura, cheiro verde, cebolinha, pimentão e tomate.
 A oficina de horta e meio ambiente é realizada em dois dias da semana. A professora responsável pela oficina (Mariana), ministrava suas aulas nas terças- feiras e acompanhava o trabalho da monitora nas sextas- feiras. As aulas eram divididas em teóricas e práticas. O estudo na oficina estava ligado essencialmente a conceitos relacionados ao meio ambiente, sua importância e relação com o ser humano, o que podemos fazer para colaborar e
como proceder ajudando - nesse caso, ensinando os alunos a criarem um espaço que favorecesse o meio ambiente - a horta escolar.
 Nas aulas teóricas usávamos na maior parte das vezes vídeos relacionados ao meio ambiente possibilitando um espaço para discussões, reflexões e aprendizado. Esses vídeos obtidos pela web (sites ambientais, institutos, link multimídia do dia-dia educação e youtube...), sob a
cautela da professora, ilustram temas como: a importância da água, conservação da fauna e flora, desperdício e reutilização, impactos ambientais, reciclagem, separação e limpeza de resíduos, como ter sua horta de temperos em casa, técnicas de plantio e manutenção em vasos...
 Nas aulas práticas, os conteúdos ministrados eram de caráter empírico sobre o qual os alunos botam a “mão na massa". Possibilitamos aos alunos o aprendizado prático, como: o plantio e cultivo de hortaliças, legumes, flores, o preparo e utilização da terra com adubo e calcário, preparo e utilização de mudas, como fazer um canteiro, e no geral, como manejar a horta.
Aprendemos muitas técnicas de plantio, preparo do solo, noções de agricultura e meio ambiente.
 A horta escolar foi criada com a ajuda dos alunos e oferece hoje um complemento orgânico e saudável para o almoço na escola. Estes demonstraram interesse e vontade de aprender e participar das atividades propostas. Na medida em que o programa foi se desenvolvendo,
observamos um aumento do número de alunos ingressando na oficina. A oficina estava atingindo grande parte dos objetivos, despertando nos alunos a consciência ambiental e o interesse pelo que a oficina tem a oferecer.
 Horta e meio ambiente no colégio Estadual Dom Prudêncio apresentava grandes perspectivas para os anos seguintes; além da ampliação da horta e desenvolvimento de novas aulas teóricas, esperávamos também a visita de um engenheiro agrícola com uma palestra dirigida para os alunos de 5° a 8° série.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Como já abordado anteriormente, a educação ambiental, segundo a lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal. Pode contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação crítica, a
adequação dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educandos em ações concretas de transformação desta realidade. Para realmente abordar estes princípios e atingir seus objetivos a Educação ambiental precisa de uma ampla gama de métodos e do preparo dos educadores neste sentido.
 A educação ambiental tenta despertar em todos, á consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.
 Todo esse processo de educação ambiental com crianças mostrou-se muito dinâmico e ficou claro que a cada turma o processo pode ser adaptado, renovado e questionado, analisando a série, a idade dos estudantes e o perfil comportamental, portanto pode-se dizer que o planejamento.
 As experiências descritas aqui são um relato e representam as dificuldades e desafios de se ensinar educação ambiental para crianças. As experiências vivenciadas demonstram que a escolha da interpretação da trilha através de dinâmicas e colocar a mão na massa têm resultados positivos e facilitam o trabalho de ensinar e o processo de aprendizado, pois as crianças, ao final da trilha, sempre estão empolgadas e querendo saber mais.
 Portanto, é dentro deste processo que a educação ambiental deve preparar novas gerações, com novas atitudes e mentalidades, capazes de compreender as complexas inter-relações entre os processos objetivos e subjetivos do seu mundo, permitindo o desenvolvimento de uma postura crítica e interdisciplinar, baseados nos princípios do sentir, da reverência em relação à vida.
 Desse modo, a continuação do projeto proporcionaria aos alunos novas oportunidades de construção de conhecimento e, ao mesmo tempo, estaria lhes preparando para serem cidadãos ativos na sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Educação ambiental: princípios e práticas. 6. ed. São Paulo: Gaia, 2000. 551 p. FRANZONI, Tereza Mara. 
 O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 1991. 63p. WWF-Brasil. O troco da natureza. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EvtfK_sNGpM>. Acesso em: 13 ago. 2016.
CORNELL, J. Brincar e aprender com a natureza: guia de atividades infantis para pais e monitores. São Paulo: Cia Melhoramentos, 1996.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e praticas. 9º Ed. São Paulo: Gaia, 2004. 
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000. 
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática. 5º Ed. Campinas, SP: Papiros, 1991.
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