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DESCRIÇÃO A aprendizagem humana e a importância do protagonismo do aluno nesse processo, para o desenvolvimento de competências a partir de conhecimentos, habilidades e atitudes. PROPÓSITO Compreender aspectos marcantes da aprendizagem humana, destacando a importância do desenvolvimento de competências e a utilização de metodologias que promovam o protagonismo do aluno. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer os principais processos envolvidos na aprendizagem humana MÓDULO 2 Distinguir alguns componentes pedagógicos envolvidos nos processos de desenvolvimento de competências MÓDULO 3 Identificar a importância do protagonismo do aluno e algumas metodologias facilitadoras INTRODUÇÃO Se você perguntar a um professor qual é a maior expectativa profissional que ele tem, certamente ele vai responder: que os alunos aprendam! A aprendizagem, no entanto, ainda é um grande mistério. Por que as pessoas aprendem de formas diferentes, em ritmos próprios e com estilos particulares? Quais os recursos pedagógicos que o professor pode utilizar para promovê-la? Há métodos de ensino melhores do que outros? É justamente este o objeto deste tema: a aprendizagem humana. Igualmente, alguns fatores envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem, além de metodologias que podem facilitar para que tais processos sejam significativos, prazerosos e duradouros. MÓDULO 1 Reconhecer os principais processos envolvidos na aprendizagem humana Neste vídeo você poderá vislumbrar os caminhos e as surpresas de aprender. COMO O SER HUMANO APRENDE – A MARAVILHA DA COGNIÇÃO Já utilizamos muito a palavra “aprendizagem”, mas é necessário estabelecer esse conceito. Vamos lá, então. SIGNIFICADO DO TERMO “APRENDIZAGEM” Vamos conceituar o termo “aprendizagem” recorrendo a uma triangulação: O conceito etimológico; O significado encontrado comumente em dicionários; A referência a um conhecido teórico, autor de um livro muito utilizado em cursos de Psicologia e Pedagogia. Inicialmente, vejamos o conceito etimológico do termo: a palavra “aprendizagem” vem do latim. Tinha sentido no processo da educação baseada em uma relação mestre-discipular, em que o mestre é quem conduz e o aprendente é quem trilha o seu caminho e é guiado por ele (RAINHA, 2020). Agora, vamos ao dicionário... O Michaelis, Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa , define que aprendizagem é: Ato ou efeito de aprender um ofício, uma arte ou ciência; aprendizagem. Tempo despendido nesse processo de aquisição de conhecimentos; aprendizagem. Denominação geral dada a mudanças permanentes de comportamento como resultado de treino ou experiência anterior; processo pelo qual se adquirem essas mudanças. (MICHAELIS ON-LINE, 2020) Foto: Shutterstock.com E, finalmente, o conceito formulado por Ernest Hilgard, professor de Psicologia da Universidade de Stanford, que escreveu um conhecido livro sobre teorias de aprendizagem, hoje considerado um clássico. APRENDIZAGEM É O PROCESSO PELO QUAL UMA ATIVIDADE TEM ORIGEM OU É MODIFICADA PELA REAÇÃO A UMA SITUAÇÃO ENCONTRADA, DESDE QUE AS CARACTERÍSTICAS DA MUDANÇA DE ATIVIDADE NÃO POSSAM SER EXPLICADAS POR TENDÊNCIAS INATAS DE RESPOSTAS, MATURAÇÃO OU ESTADOS TEMPORÁRIOS DO ORGANISMO (POR EXEMPLO, FADIGA, DROGAS ETC.). (HILGARD, 1966, p. 3) Assim, podemos afirmar que a aprendizagem: Provoca mudanças duradouras de comportamento. Depende de situações estimuladoras, vindas do ambiente externo. Não pode ser atribuída apenas à maturação ou a respostas inatas, como reflexos. Não é decorrente de estados temporários do organismo, exatamente porque estes não são duráveis, não permanecem como aquisições do indivíduo. Tendo em vista os aspectos descritos, observe, a seguir, três exemplos de situações que não são caracterizadas como aprendizagens: Foto: Nanci Santos Iglesias/shutterstock.com João piscou repetidas vezes porque um grão de areia entrou em seu olho. Foto: Dmytro Zinkevych/shutterstock.com Um bebê começou a engatinhar depois que sustentou e girou a cabeça, rolou, e sentou. Foto: Tyler Olson/shutterstock.com Pedro dormiu na aula porque ficou jogando videogame até muito tarde. CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM Para complementar a conceituação de aprendizagem, vamos relacionar a seguir algumas características que são importantes para a compreensão desse tema: Imagem: Rômulo Rosa Você pode agora perguntar: Qual é a relação disso com o ensino, com os processos pedagógicos? A relação é total, a ação pedagógica deve ir ao encontro dessas características no planejamento, na gradação dos conteúdos, na escolha das metodologias, na integração do currículo, nas formas de avaliação da aprendizagem. Foto: GagliardiPhotography/shutterstock.com FATORES DETERMINANTES DA APRENDIZAGEM Agora que já conceituamos e caracterizamos a aprendizagem, vamos estudar os fatores cognitivos que a constituem. Eles não excluem, por exemplo, fatores fisiológicos como maturação, nutrição, integridade dos órgãos sensoriais ou fadiga (física e psicológica). Vamos começar? ATENÇÃO PERCEPÇÃO MEMÓRIA FORMAÇÃO DE CONCEITOS ATENÇÃO Esse fator é muito importante para a aprendizagem. Chamamos de atenção o direcionamento da consciência e da concentração mental sobre determinado objeto. Fundamental para a aprendizagem, ela seleciona, ordena por ordem de importância e filtra as informações. A atenção é fundamental em todas as atividades, como trabalhar, dirigir um veículo e dialogar com as pessoas. Quando você estuda, precisa estar atento ao que está lendo ou ouvindo e, dependendo do nível de ensino e do conteúdo estudado, a atenção precisa ser mantida por mais tempo. Existem quatro tipos de atenção. Vamos conhecê-los. ATENÇÃO SELETIVA Permite que você determine o foco do que quer aprender. Lógico que ela está diretamente ligada à motivação. O conteúdo selecionado é aquele pelo qual você tem mais interesse. ATENÇÃO ALTERNADA A partir dela você consegue alternar o foco da atenção por mais de um conteúdo ou estímulo, sem que ela seja comprometida. ATENÇÃO SUSTENTADA Faz com que você consiga manter a atenção durante um período longo, em uma atividade constante. ATENÇÃO CONCENTRADA É o tipo de atenção que faz com que você fique atento ao que faz ou aprende, independentemente dos demais estímulos presentes no ambiente. VOCÊ SABIA Diferentemente de outras funções mentais, a atenção pode ser treinada, aumentando a sua capacidade de fixação. Um dos pesquisadores que abordam esse tema é Daniel Goleman, autor do conhecido livro Inteligência Emocional . Daniel Goleman também escreveu um livro chamado Foco , em que afirma: PENSE NA ATENÇÃO COMO UM MÚSCULO MENTAL QUE PODEMOS FORTALECER POR MEIO DE EXERCÍCIOS. A MEMORIZAÇÃO EXERCITA ESSE MÚSCULO, BEM COMO A CONCENTRAÇÃO. O EQUIVALENTE MENTAL DE UMA SÉRIE DE LEVANTAMENTO DE PESO É PERCEBER QUANDO NOSSA MENTE DIVAGA E TRAZÊ-LA DE VOLTA AO ALVO. OCORRE QUE ESTA É A ESSÊNCIA DO FOCO UNIDIRECIONAL NA MEDITAÇÃO, QUE, VISTO PELA LENTE DA NEUROCIÊNCIA COGNITIVA, NORMALMENTE ENVOLVE O TREINAMENTO DA ATENÇÃO. SOMOS ORIENTADOS A MANTER O FOCO EM UMA COISA, COMO UM MANTRA OU A PRÓPRIA RESPIRAÇÃO. TENTE FAZER ISSO POR UM TEMPO E INEVITAVELMENTE A SUA MENTE IRÁ DIVAGAR. ASSIM, AS INSTRUÇÕES UNIVERSAIS SÃO AS SEGUINTES: QUANDO A SUA MENTE DIVAGAR — E VOCÊ PERCEBER QUE ISSO ACONTECEU —, TRAGA- A DE VOLTA AO SEU PONTO FOCAL E MANTENHA SUA ATENÇÃO LÁ. E QUANDO A SUA MENTE VOLTAR A DIVAGAR, FAÇA A MESMA COISA. E DE NOVO. E DE NOVO. E DE NOVO. (GOLEMAN, 2013, p. 163-164) Foto: rangizzz/shutterstock.com Concluindo, comentaremos uma situação muito comum para crianças e jovens de hoje. Embora muitas vezes eles não concentrem a atenção nas atividades escolares, ficam muito tempo profundamente dedicados aos jogos eletrônicos que tanto apreciam. Nas pesquisas da literatura sobre games há referência à teoria do flow (em tradução livre algo como "fluxo" ou "estado de imersão"), proposta pelo psicólogo norte-americano Mihaly Csikszentmihalyi(1999). Sua teoria aborda o estado mental de um indivíduo engajado em uma atividade na qual se encontra completamente focado, envolvido e energizado — tal como acontece com os jogadores de games . Para o autor, a chave para a manutenção de um estado psíquico de flow é a busca de uma atividade que possa balancear as duas variáveis, proporcionando ao indivíduo uma situação de envolvimento e diversão, sem que ele perceba a passagem do tempo. Evidentemente, tal experiência ocorre com bastante frequência em gamers quando estão em plena imersão no jogo. PERCEPÇÃO Esse fator também é muito importante para a aprendizagem. É impossível que a aprendizagem ocorra sem que haja a percepção de seu estímulo deflagrador. Comecemos conceituando sensação e percepção. A sensação é o dado imediato, captado pelos órgãos dos sentidos e registrado no cérebro. A percepção é o processo de associar, comparar, distinguir, apreciar e interpretar as sensações captadas, ou seja, a função cerebral que atribui significado aos estímulos sensoriais. É a partir da percepção que o indivíduo organiza e interpreta as impressões sensoriais, atribuindo significado ao meio que o cerca. Algumas variáveis afetam a percepção. Por exemplo: a sensação em si, as características do estímulo, o estado psicológico de quem recebe o estímulo. São cinco as principais formas de percepção, cada uma delas associada a um órgão dos sentidos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Percepção visual De formas, cores, posição no espaço, relações espaciais, coordenação visual e motora, constância de percepção e figura- fundo. Percepção auditiva De timbres, intensidade sonora e rítmica, localização auditiva, discriminação de sons, consciência fonológica. Percepção olfativa De odores. Percepção gustativa De sabores. Percepção tátil Discriminação tátil, binômio calor/frio, dor, reconhecimento de objetos, habilidade manual, coordenação óculo-manual. As percepções sensoriais têm correspondência nas áreas do cérebro, como mostra a imagem a seguir. Imagem: Shutterstock.com adaptada por Rômulo Rosa MEMÓRIA A sua escolha foi pela memória. É ela que recebe, armazena, organiza, modifica e recupera a informação para o ser humano, sendo, portanto, fundamental para a aprendizagem. Da mesma forma que a aprendizagem modifica a memória, esta determina o que aprendemos. A memória é responsável pela aquisição, consolidação e evocação das informações. É essa terceira fase que caracteriza a aprendizagem. Como os demais fatores que afetam a aprendizagem, a memória está interligada aos aspectos emocionais. Como diz Iván Izquierdo: [...] TODOS RECORDAMOS ONDE ESTÁVAMOS E O QUE ESTÁVAMOS FAZENDO NA HORA EM QUE MORREU AYRTON SENNA OU QUANDO O SEGUNDO AVIÃO BATEU NA SEGUNDA TORRE DE MANHATTAN NO FAMOSO 11 DE SETEMBRO. NINGUÉM SE LEMBRA DO ROSTO DA PESSOA QUE NOS VENDEU OS INGRESSOS NA ÚLTIMA VEZ QUE FOMOS AO CINEMA, EMBORA O FILME TENHA SIDO MAGNÍFICO; RECORDAMOS, SIM, PARTE DO FILME, MAS NÃO TODO; QUANDO O VIRMOS PELA SEGUNDA VEZ NOTAREMOS QUANTOS MOMENTOS-CHAVE DO FILME, QUANTOS GESTOS IMPORTANTES DO ATOR PRINCIPAL TÍNHAMOS ESQUECIDO DEPOIS DE VÊ-LO PELA PRIMEIRA VEZ. O IMPACTO EMOCIONAL DA NOTÍCIA DA MORTE DE SENNA OU DO CHOQUE DO AVIÃO CONTRA A TORRE FOI GRANDE; AS MEMÓRIAS GRAVADAS NESSE MOMENTO FORAM INFLUENCIADAS POR ESSA EMOÇÃO INTENSA. (IZQUIERDO, 2004, p. 36-37) Há vários modelos teóricos descritivos da memória. Escolhemos o que foi elaborado por Coll, Palacios e Marchesi (2004), e que fala de três sistemas de armazenamento das informações do ambiente: Fonte: Eloiza da Silva A memória de curto prazo funciona de acordo com dois processos: Manutenção ou repetição Quando se repete mentalmente, por pouco tempo, a informação que se deseja guardar. Elaborativo ou repasse Aumenta o significado da informação, estabelecendo as relações desta com recordações e conhecimentos já existentes. FORMAÇÃO DE CONCEITOS Chamamos de conceitos as atribuições de significado que damos aos objetos, às situações, imagens com que nos deparamos no cotidiano. Embora os conceitos nos permitam dar nome e representar as coisas, eles podem ter diferentes interpretações, dependendo das pessoas e dos grupos. Vygotsky considera a formação de conceitos um processo criativo, orientado para a solução de problemas, e afirma que: Foto: Pataki Márta/Wikimedia commons/CC BY-SA 3.0 Lev Vygotsky em 1934. [...] É O RESULTADO DE UMA ATIVIDADE COMPLEXA EM QUE TODAS AS FUNÇÕES INTELECTUAIS BÁSICAS TOMAM PARTE. NO ENTANTO, O PROCESSO NÃO PODE SER REDUZIDO À ASSOCIAÇÃO, À ATENÇÃO, À FORMAÇÃO DE IMAGENS, À INFERÊNCIA OU ÀS TENDÊNCIAS DETERMINANTES. TODAS SÃO INDISPENSÁVEIS, PORÉM INSUFICIENTES SEM O USO DO SIGNO, OU PALAVRA, COMO O MEIO PELO QUAL CONDUZIMOS AS NOSSAS OPERAÇÕES MENTAIS, CONTROLAMOS O SEU CURSO E AS CANALIZAMOS EM DIREÇÃO À SOLUÇÃO DO PROBLEMA QUE ENFRENTAMOS. (VYGOTSKY, 1993, p. 50) Para o autor, há dois tipos de conceitos: CONCEITOS ESPONTÂNEOS OU COTIDIANOS São desenvolvidos no decorrer da vida diária da criança, nas interações que estabelece com as pessoas e com o ambiente. CONCEITOS CIENTÍFICOS São aqueles organizados em sistemas e inter-relacionados; são desenvolvidos por meio do ensino formal e do contato com adultos e crianças mais velhas. Podemos apresentar um quadro comparativo dos dois tipos de conceitos. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Conceitos espontâneos ou cotidianos Conceitos científicos Mais concretos. Maior grau de abstração. Não são cientificamente sistematizados. Sofrem sistematização do saber universal, do conhecimento e da cultura. Servem de base e são ampliados, podendo tornar-se conceitos científicos. São elaborados a partir de conceitos espontâneos que a criança já possui. A seguir, veja o ciclo de etapas percorridas até chegar à formação de um conceito: Fonte: Eloiza da Silva Ilustrando o processo de aprendizagem e os modos como ocorre, vale a pena conhecer a Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser. Glasser (1925-2013) foi um psiquiatra norte- americano, conhecido por seus estudos sobre saúde mental e comportamento humano. Elaborou uma pirâmide que mostra a proporção de conhecimento que é assimilada, de acordo com a maneira como o indivíduo estuda. Fonte: Eloiza da Silva Observe, por exemplo, a diferença entre a quantidade de conteúdo aprendido quando apenas lemos (10%) e quando aplicamos o conhecimento na prática, ou seja, quando fazemos (80%). VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UMA DAS CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM É SER É GRADATIVA. ISSO SIGNIFICA QUE ELA: A) Está presente do início ao fim da vida do ser humano. B) Ocorre a partir de processos cada vez mais complexos, à medida que o indivíduo se desenvolve. C) Tem por base e fundamento as aprendizagens anteriores que o indivíduo já realizou. D) Envolve e ativa todos os aspectos que constituem a personalidade do ser humano. E) Exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em todos os seus aspectos. 2. AO CHEGAR À ESCOLA, UMA CRIANÇA JÁ SABE QUE O SOL NASCE PELA MANHÃ, PERMANECE BRILHANDO DURANTE O DIA E DESAPARECE À TARDE, DANDO LUGAR À NOITE. AO FREQUENTAR A ESCOLA, APRENDE QUE O FENÔMENO DOS DIAS E NOITES SE DEVE AO MOVIMENTO DE ROTAÇÃO DA TERRA. A PRIMEIRA PARTE DA RESPOSTA TRATA DE UM CONCEITO............................ E A SEGUNDA PARTE ABORDA UM CONCEITO......................................... ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA AS PALAVRAS QUE PREENCHEM CORRETAMENTE AS LACUNAS DAS FRASES. A) Espontâneo - científico. B) Espontâneo - comparativo. C) Sensorial - científico. D) Científico - espontâneo. E) De classificação - científico. GABARITO 1. Uma das características da aprendizagem é ser é gradativa. Isso significa que ela: A alternativa "B " está correta. A opção A se refere à característica de continuidade da aprendizagem. A resposta C focaliza a característica de cumulatividadeda aprendizagem. Na resposta D está descrita a característica de globalidade da aprendizagem. A possibilidade E de resposta apresenta a característica de atividade da aprendizagem. 2. Ao chegar à escola, uma criança já sabe que o sol nasce pela manhã, permanece brilhando durante o dia e desaparece à tarde, dando lugar à noite. Ao frequentar a escola, aprende que o fenômeno dos dias e noites se deve ao movimento de rotação da Terra. A primeira parte da resposta trata de um conceito............................ e a segunda parte aborda um conceito......................................... Assinale a alternativa que apresenta as palavras que preenchem corretamente as lacunas das frases. A alternativa "A " está correta. Conceitos espontâneos ou cotidianos são desenvolvidos no decorrer da vida diária da criança, nas interações que estabelece com as pessoas e com o ambiente. Conceitos científicos são organizados em sistemas e inter-relacionados. São desenvolvidos por meio do ensino formal e do contato com adultos e crianças mais velhas. Quanto às opções incorretas, comparativo é um tipo de conceito científico, que permite comparar as diferenças ou semelhanças de dois objetos, considerando-se as propriedades que possuem em comum (tonalidade, dureza, peso, por exemplo); sensorial não faz parte dos tipos de conceito, é um tipo de conhecimento obtido por meio de experiências sensitivas e fisiológicas; e de classificação é um tipo de conceito científico que serve para estabelecer referência a determinado grupo de situações ou objetos que têm um ou mais elementos em comum, como gênero, cor, tamanho etc. MÓDULO 2 Distinguir alguns componentes pedagógicos envolvidos nos processos de desenvolvimento de competências ASPECTOS PEDAGÓGICOS E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS No módulo anterior estudamos a maravilha que é a aprendizagem humana. Conhecemos o significado do termo, as características e alguns fatores que a determinam: atenção, percepção, memória e formação de conceitos. Vimos, ainda, que há dois tipos de conceitos: os espontâneos ou cotidianos, que a criança já traz ao chegar à escola, desenvolvidos no decorrer da vida diária, nas interações que estabelece com as pessoas e com o ambiente; e os científicos, organizados em sistemas e inter-relacionados. Estes são desenvolvidos por meio do ensino formal, na escola, e do contato com adultos e crianças mais velhas. Agora, vamos falar da aprendizagem em termos de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes). O desenvolvimento de competências é a meta de todas as aprendizagens e os componentes pedagógicos estabelecidos nas instituições educacionais buscam alcançar essa meta. O QUE SIGNIFICA APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIAS? Não são muitos os consensos em Psicologia e Pedagogia quando tratamos da aprendizagem. No entanto, temos uma evolução histórica dos modelos e das teorias da aprendizagem que nos permite, sem entrar em polêmicas, optar pela aprendizagem por competências, que busca o desenvolvimento integral do indivíduo. Comecemos por listar quatro afirmativas que esclarecem o que é a aprendizagem por competências. A aprendizagem por competências exige estratégias pedagógicas promotoras de criatividade, iniciativa e pensamento crítico. A aprendizagem por competências não constitui um método de ensino, mas abrange um leque metodológico que dá destaque às metodologias ativas de ensino e de aprendizagem. A aprendizagem por competências não busca resolver problemas pedagógicos específicos, mas aprimorar o trabalho desenvolvido na escola. A aprendizagem por competências dá prioridade ao aluno, considerado o centro e o principal responsável pela aprendizagem. Comparando algumas características da aprendizagem por competências com a aprendizagem concebida de forma tradicional, podemos construir um quadro como o que apresentamos a seguir: APRENDIZAGEM TRADICIONAL Apenas os melhores alunos aprendem. Há um tempo de aprendizagem determinado para todos. Conceitos apresentados de forma generalizada, todos devem saber tudo. O ritmo de aprendizagem é o mesmo para todos. A avaliação focaliza o domínio de conceitos. APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIAS Todos os alunos aprendem. javascript:void(0) javascript:void(0) O tempo de aprendizagem é variável, de acordo com os estilos e as características de cada aluno. Conceitos apresentados de forma diversificada, particularizada. O ritmo de aprendizagem é variável, estabelecido para cada aluno. A avaliação focaliza o domínio de competências. VAMOS CONCEITUAR COMPETÊNCIA? Entre a infinidade de conceitos encontrada na literatura, escolhemos três para ilustrar este módulo. Fleury e Fleury (2001) A noção de competência aparece associada a expressões verbais como saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber se engajar, assumir responsabilidades, ter visão estratégica. Le Boterf (1995) A competência é o saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Demo (2005) A capacidade de fazer e fazer-se cotidianamente significa ter competência; não é apenas fazer bem uma atividade, mas é principalmente estar atento a demandas, reconstruir, questionar, inovar. A qualidade é o centro, o alvo (inovação pelo conhecimento) e a política (intervenção ética e cidadania). O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO CHA? Todos que estudam competências encontram essa expressão, constituída por três letras – CHA –, que designam os componentes das competências. O que elas significam? C - CONHECIMENTOS H - HABILIDADES A - ATITUDES A partir desses componentes alguns autores falam em: COMPETÊNCIAS COGNITIVAS Adquiridas por meio de escolarização, relacionadas aos conteúdos acadêmicos. COMPETÊNCIAS TÉCNICAS Relacionadas à capacidade de executar tarefas com bom desempenho. Referem-se a habilidades. COMPETÊNCIAS RELACIONAIS Referentes à capacidade de comunicação, de interação com grupos sociais. COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS Refletem a capacidade de lidar e gerir as emoções, principalmente em situações de conflito, demonstrando empatia e resiliência. Podemos dizer que competência envolve, em caráter ampliado: Fonte: Eloiza da Silva Philippe Perrenoud escreveu um livro cujo título é Dez novas competências para ensinar (PERRENOUD, 2000), em que propõe que a formação docente contemple as seguintes competências: Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Organizar e dirigir situações de aprendizagem. Administrar a progressão das aprendizagens. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Trabalhar em equipe. Participar da administração escolar. Informar e envolver os pais. Utilizar novas tecnologias. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão. Administrar a própria formação. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) A sigla BNCC significa Base Nacional Comum Curricular, que “é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica” (MEC, 2017). Foto: David Fuentes Prieto/shutterstock.com Lembrando: quando falamos em educação básica, referimo-nos à educação infantil, ao ensino fundamental (1º ao 9º ano) e ao ensino médio. A referência citada como fonte da definição de BNCC é do Ministério da Educação. Lá, você encontra muito material interessante sobre o tema. Vale a pena acessar! Ainda de acordo com o portal do MEC (2017): A BASE ESTABELECE CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES QUE SE ESPERA QUE TODOS OS ESTUDANTES DESENVOLVAM AO LONGO DA ESCOLARIDADE BÁSICA. ORIENTADA PELOS PRINCÍPIOS ÉTICOS, POLÍTICOS E ESTÉTICOS TRAÇADOS PELAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, A BASE SOMA- SE AOSPROPÓSITOS QUE DIRECIONAM A EDUCAÇÃO BRASILEIRA PARA A FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL E PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA, DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA. A estrutura da Base Nacional Comum Curricular está assim estabelecida: Imagem: MEC BNCC (2017). Todo o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que compõem as competências, como vimos anteriormente, está contemplado na BNCC. NA BNCC, COMPETÊNCIA É DEFINIDA COMO A MOBILIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS (CONCEITOS E PROCEDIMENTOS), HABILIDADES (PRÁTICAS, COGNITIVAS E SOCIOEMOCIONAIS), ATITUDES E VALORES PARA RESOLVER DEMANDAS COMPLEXAS DA VIDA COTIDIANA, DO PLENO EXERCÍCIO DA CIDADANIA E DO MUNDO DO TRABALHO. (BNCC, 2017, p. 8) AS DEZ COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, SEGUNDO A BNCC Na Base Nacional Comum Curricular são definidas dez competências gerais da educação básica, que devem organizar todo o planejamento didático das escolas brasileiras. Vamos apresentá-las a você: Foto: YuryImaging/Shutterstock.com PRIMEIRA COMPETÊNCIA Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. SEGUNDA COMPETÊNCIA Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Foto: AlesiaKan/Shutterstock.com Foto: ivSky/Shutterstock.com TERCEIRA COMPETÊNCIA Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. QUARTA COMPETÊNCIA Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. Foto: Andrey_Popov/Shutterstock.com Foto: Rido/Shutterstock.com QUINTA COMPETÊNCIA Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autonomia na vida pessoal e coletiva. SEXTA COMPETÊNCIA Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Foto: obert Kneschke/Shutterstock.com Foto: ViDI Studio/Shutterstock.com SÉTIMA COMPETÊNCIA Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. OITAVA COMPETÊNCIA Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. Foto: Photographee.eu/Shutterstock.com Foto: wavebreakmedia/Shutterstock.com NONA COMPETÊNCIA Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. DÉCIMA COMPETÊNCIA Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Foto: ESB Professional/Shutterstock.com ALGUNS COMPONENTES PEDAGÓGICOS ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS Ao estabelecer o planejamento, as escolas devem mobilizar todos os recursos para promover a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento de competências, como determina a Base Nacional Comum Curricular. Citaremos três componentes pedagógicos fundamentais para que as escolas promovam aprendizagens significativas e realizem o desenvolvimento de competências. CURRÍCULO Foto: Krakenimages.com/Shutterstock.com Segundo Libâneo (2010, p. 152), quando uma escola faz o seu Projeto Pedagógico, deve considerar o que já está instituído (legislação, currículos, métodos, conteúdos, clima organizacional etc.). Ao mesmo tempo instituir, estabelecer e criar objetivos, procedimentos, instrumentos, modos de agir, estruturas, hábitos e valores, ressignificando a própria cultura escolar. Assim sendo, não devem faltar: Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Um bom diagnóstico. Definições de princípios e finalidades da escola. Concepção e organização do currículo (competências a desenvolver, conteúdos, metodologias, cronograma e avaliação do rendimento acadêmico). Estratégias para a avaliação do próprio projeto. Normalmente, encontramos duas concepções da palavra “currículo”. A primeira enfoca a trajetória vital, acadêmica e profissional de um indivíduo; a segunda enfatiza o conjunto de disciplinas de um curso ou programa educacional. Estes são dois conceitos de currículo bastante conhecidos: [...] UM PROJETO, CUJO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO É INTERATIVO, QUE IMPLICA UNIDADE, CONTINUIDADE E INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O QUE SE DECIDE EM NÍVEL DO PLANO NORMATIVO, OU OFICIAL, E EM NÍVEL DO PLANO REAL, OU DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. (PACHECO, 2001, p. 20) Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito (VEIGA NETO, 2002, p. 7). Um currículo escolar que tenha como foco o desenvolvimento de competências tem alguns pré- requisitos: Elaboração da matriz de competências pretendida. Definição dos conhecimentos, das habilidades e atitudes que compõem as competências definidas na matriz. Definição dos níveis de desempenho esperados, organizados em ordem crescente de expectativa. Definição do sistema de avaliação das competências. DIDÁTICA Foto: ESB Professional/shutterstock.com A didática faz parte da Pedagogia e tem como foco os métodos e as técnicas de ensino, as melhores formas de transmitir conhecimentos e desenvolver as competências dos alunos, além das relações entre o ensino e a aprendizagem. Segundo Libâneo (2002, p. 28), a didática é de grande importância para o trabalho dos educadores: OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PRECISAM TER PLENO DOMÍNIO DAS BASES TEÓRICAS, CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS, E SUA ARTICULAÇÃO COM AS EXIGÊNCIAS CONCRETAS DO ENSINO, POIS É ATRAVÉS DESSE DOMÍNIO QUE ELES PODERÃO REVER, ANALISAR E APRIMORAR SUA PRÁTICA EDUCATIVA. A didática envolve três aspectos fundamentais: Fonte: Eloiza da Silva Foto: Bot do Arquivo Nacional dos EUA/Wikimedia commons/Domínio Público Foto: People Image Studio/Shutterstock.com Nem é preciso dizer o quanto a didática evoluiu, no decorrerdo tempo, entre as escolas de ensino tradicional e as modernas e progressistas. O desenvolvimento acelerado das tecnologias de informação e comunicação estabelece um ponto sensível nessa diferença. Na escola tradicional, entre outras características, a primazia para a didática era a aprendizagem de conteúdos. Nas escolas de hoje os conteúdos fazem parte das competências a serem desenvolvidas. O ensino por competências exige alternativas didáticas variadas e que contemplem o protagonismo do aluno, tido como centro do processo educativo. Segundo Perrenoud (1999, p. 64): A ABORDAGEM POR COMPETÊNCIAS LEVA A FAZER MENOS COISAS, A DEDICAR-SE A UM PEQUENO NÚMERO DE SITUAÇÕES FORTES E FECUNDAS, QUE PRODUZEM APRENDIZADOS E GIRAM EM TORNO DE IMPORTANTES CONHECIMENTOS. ISSO OBRIGA A ABRIR MÃO DE BOA PARTE DOS CONTEÚDOS TIDOS, AINDA HOJE, COMO INDISPENSÁVEIS. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A avaliação da aprendizagem é inerente a todo processo educativo. Deve ser entendida como um processo organizado, que objetiva compreendê-la e aprimorá-la. A finalidade principal da avaliação é fornecer informações sobre o processo pedagógico, que permitam aos agentes escolares decidir sobre intervenções e ajustes que forem necessários, em face do projeto educativo definido coletivamente e comprometido com a garantia da aprendizagem do aluno. Não é algo externo ou separado dos processos de ensino e aprendizagem ou um procedimento isolado, mas um conjunto de fases que se condicionam mutuamente e têm ordenação sequencial (formam um sistema). Ao considerarmos a avaliação como parte do processo educativo, ela se torna mais abrangente e ganha importância. Deixa de ser apenas a avaliação do aluno e passa a ser a avaliação de todos os componentes educacionais, incluindo dois tipos de variáveis, indissoluvelmente ligadas: Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal As variáveis da aprendizagem em si, aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores, competências (conteúdos, habilidades e atitudes desenvolvidos). As variáveis de ensino, como currículo, metodologias, conteúdos propostos, tipos de interação desenvolvidos e o próprio sistema de avaliação utilizado. Vamos agora conceituar a avaliação da aprendizagem a partir das palavras de dois autores bastante conhecidos: Definição 1 A avaliação é "um juízo de valor sobre dados relevantes para uma tomada de decisão" (LUCKESI, 1996 p. 9). Definição 2 “Avaliar é julgar ou fazer uma apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores [ou] interpretar dados quantitativos e qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor, tendo por base padrões ou critérios” (HAYDT, 1998, p. 10). Para concluir, vamos lembrar que a avaliação da aprendizagem por competências parte da matriz que foi elaborada no momento da concepção e organização do currículo, incluindo a utilização de uma variedade de estratégias avaliativas, sem dispensar a autoavaliação dos alunos. Ao estudar as competências no trabalho e a sua avaliação, Wittorski (1998) propõe que, para melhor compreender o desenvolvimento das competências, é importante caracterizar não somente seu conteúdo, mas a forma pela qual elas se constroem na articulação dos meios de que o sujeito dispõe — os seus próprios e os que são oferecidos pelo contexto. Segundo ele, essa avaliação deve considerar, obrigatoriamente, três níveis: o do indivíduo, o do meio social e o nível mais amplo, da sociedade. Neste vídeo você conhecerá as noções, competências e habilidades aplicadas à educação. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA DAS CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIAS: A) Constitui um método de ensino bastante utilizado atualmente. B) Considera o professor e a didática como centro do processo e os principais responsáveis pela aprendizagem. C) Tem como objetivo principal resolver problemas de indisciplina e de evasão escolar. D) Destaca as metodologias de exposição oral e aquelas que são fundamentadas na teoria do reforço. E) Exige estratégias pedagógicas promotoras da criatividade, da iniciativa, do pensamento crítico. 2. AS COMPETÊNCIAS RELACIONAIS SE RELACIONAM À CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO, DE INTERAÇÃO COM OS GRUPOS SOCIAIS. PERMITEM AO INDIVÍDUO ESTABELECER E MANTER RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS DURANTE A VIDA. NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, SÃO DEFINIDAS DEZ COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, QUE DEVEM ORGANIZAR TODO O PLANEJAMENTO DIDÁTICO DAS ESCOLAS BRASILEIRAS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA COMPETÊNCIA PRIORITARIAMENTE RELACIONAL. A) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo investigação, reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base em conhecimentos de diferentes áreas. B) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. C) Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. D) Exercitar empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. E) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. GABARITO 1. Assinale a alternativa que apresenta uma das características da aprendizagem por competências: A alternativa "E " está correta. Observemos as opções incorretas: A – Ao contrário da resposta, a aprendizagem não constitui um método de ensino, mas uma concepção dos processos de ensino e aprendizagem; B - A aprendizagem por competências dá prioridade ao aluno, considerado o centro e o principal responsável pela aprendizagem; C - A aprendizagem por competências não busca resolver problemas pedagógicos específicos, mas aprimorar o trabalho desenvolvido na escola; D - A aprendizagem abrange um leque metodológico que dá destaque às metodologias ativas de ensino e de aprendizagem. 2. As competências relacionais se relacionam à capacidade de comunicação, de interação com os grupos sociais. Permitem ao indivíduo estabelecer e manter relacionamentos saudáveis durante a vida. Na Base Nacional Comum Curricular, são definidas dez competências gerais da educação básica, que devem organizar todo o planejamento didático das escolas brasileiras. Assinale a alternativa que apresenta uma competência prioritariamente relacional. A alternativa "D " está correta. As opções incorretas citam competências gerais definidas pela BNCC, mas apresentam maior ênfase em aspectos cognitivos como exercitar a curiosidade intelectual, argumentar, utilizar linguagens variadas e entender e explicar a realidade. MÓDULO 3 Identificar a importância do protagonismo do aluno e algumas metodologias facilitadoras Neste vídeo você aprenderá sobre a mudança de coadjuvante para protagonista no processo de aprendizagem. METODOLOGIAS FACILITADORAS DO PROTAGONISMO DO ALUNO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Foto: wavebreakmedia/Shutterstock.comNo módulo anterior estudamos as competências e alguns componentes pedagógicos essenciais para o seu desenvolvimento na vida escolar. Definimos o significado do termo “aprendizagem por competências” e estabelecemos algumas comparações com a aprendizagem vista de forma tradicional. Conceituamos competências e seus componentes e vimos a atualidade do tema na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em vigor no Brasil, que estabelece dez competências gerais a serem desenvolvidas em toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). Concluímos apresentando três fundamentos pedagógicos essenciais para a aprendizagem por competências: currículo, didática e avaliação. Neste módulo abordaremos um fundamento pedagógico à didática: algumas metodologias promotoras da aprendizagem significativa e do protagonismo do aluno nesse processo. O QUE QUEREMOS DIZER COM O TERMO “PROTAGONISMO DO ALUNO”? Ver o aluno como protagonista dos processos de ensino e aprendizagem significa priorizar a participação do estudante, dando a ele voz ativa nas atividades desenvolvidas na escola. Consiste em uma mudança profunda na educação, principalmente nos métodos convencionais e conservadores de transmissão do conhecimento. ATENÇÃO Não significa, porém, desvalorizar a figura do professor e diminuir sua importância. Ao contrário, o professor passa a ser um guia e parceiro do aluno, detentor do saber a ser transmitido e aquele que aponta caminhos para um aprendizado mais significativo e consistente. Isso implica aulas mais dinâmicas, mais intensidade de diálogo, atividades mais criativas, entre outros. O ensino e a aprendizagem tornam-se mais ativos e prazerosos para todos. ALGUMAS MANIFESTAÇÕES DO PROTAGONISMO DO ALUNO Tem liberdade de expressar as próprias opiniões. Reconhece o professor como orientador do processo de aprendizagem. Desenvolve o autoconhecimento, sabe quais são suas potencialidades e limitações. Participa do planejamento das atividades e da construção das regras de convivência na escola. Pode apresentar propostas de solução para os problemas vivenciados. Formula hipóteses e propõe pesquisas, desenvolvendo a curiosidade científica. Reflete criticamente sobre a realidade que o cerca. Segundo Hernández, os fundamentos pedagógicos da aprendizagem escolar podem e devem contemplar o protagonismo dos alunos: É POSSÍVEL ORGANIZAR UM CURRÍCULO ESCOLAR NÃO POR DISCIPLINAS ACADÊMICAS, MAS POR TEMAS E PROBLEMAS NOS QUAIS OS ESTUDANTES SE SENTISSEM ENVOLVIDOS, APRENDESSEM A PESQUISAR [...] PARA DEPOIS APRENDER A SELECIONÁ-LAS, ORDENÁ-LAS, INTERPRETÁ-LAS E TORNAR PÚBLICO O PROCESSO SEGUIDO. (HERNÁNDEZ, 1998, p. 19) METODOLOGIAS ATIVAS COMO PROMOTORAS DO PROTAGONISMO DO ALUNO E DAS APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS Temos como pressuposto que as metodologias ativas, tão em voga atualmente, são, por excelência, promotoras de aprendizagens significativas e de protagonismo dos alunos. Vamos estudar um pouco esse tema? O QUE SÃO METODOLOGIAS ATIVAS? Não é incorreto dizer que todas as metodologias de ensino buscam provocar alguma atividade dos alunos. Afinal, vimos no módulo 1 que: “a aprendizagem é dinâmica, não é absorção passiva, exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em todos os seus aspectos”. No entanto, se estabelecermos uma comparação, podemos verificar que: Fonte: Eloiza da Silva Segundo Berbel (2011), as metodologias ativas, termo oriundo do inglês active learning methodologies , estimulam a autoaprendizagem e a curiosidade do aluno para pesquisar, refletir e analisar possíveis situações para tomada de decisão, tendo o professor como facilitador desse processo. Um dos precursores das metodologias ativas foi o filósofo, psicólogo e pedagogo americano John Dewey (1859-1952), que defendia a autonomia e a atividade dos alunos como fundamentais para a aprendizagem, e afirmava que a educação deve ser feita na vida e não para a vida. Ele propõe que as atividades educativas sejam realizadas com o apoio de questões e problemas a serem resolvidos pelos próprios alunos, desenvolvendo a reflexão e a crítica. Afirma ainda que: “todos esses métodos dão aos alunos alguma coisa para fazer e não alguma coisa para aprender; e o ato de fazer é de tal natureza que exige a reflexão ou a observação intencional das relações; daí, naturalmente, resulta aprendizagem” (DEWEY, 1959, p. 169). ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS METODOLOGIAS ATIVAS Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Visam à ampliação das condições que favorecem a aprendizagem; Reconhecem o aluno como sujeito e protagonista do processo de aprendizagem; Estimulam a participação do aluno, respeitando sua liberdade para realizar escolhas; Mobilizam estratégias voltadas para a aprendizagem significativa; Propõem a aprendizagem de conteúdos contextualizados na realidade e na prática social; Estimulam a socialização do conhecimento e dos resultados obtidos nas atividades desenvolvidas; Disponibilizam o acesso a variados materiais de suporte à pesquisa; Estimulam as atividades em grupos; Utilizam a problematização como estratégia básica. SAIBA MAIS O Arco de Maguerez Falar na problematização como estratégia básica das metodologias ativas nos remete ao Arco de Maguerez. O francês Charles Maguerez, em 1970, começou a trabalhar com a integração de adultos de países africanos que emigraram para a França a fim de trabalhar na agricultura e na indústria. Para ensinar àqueles alunos os conteúdos do idioma, do trabalho e da cultura francesa, criou um método, representado por um arco, em que as etapas começam e terminam na realidade, conforme mostra a imagem. Fonte: Eloiza da Silva VANTAGENS DO USO DOS MÉTODOS ATIVOS Destacamos cinco vantagens do uso das metodologias ativas: Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Estímulo à motivação de quem aprende e de quem ensina; Aprendizagem significativa, com maior aquisição e permanência de conhecimento, assim como mudanças promovidas na estrutura cognitiva de quem aprende e de quem ensina; Desenvolvimento de competências para atuar em novos contextos e novas situações; Estímulo à reflexividade e à capacidade crítica; Reforço da autoestima dos participantes dos processos de ensino e aprendizagem por meio do desenvolvimento da autonomia. É ilustrativa a afirmação de Luzzi (2014) ao falar da problemática ambiental: É FUNDAMENTAL UMA EDUCAÇÃO QUE PERMITA DESVELAR OS SENTIDOS DA REALIDADE, PROBLEMATIZANDO AS INTERPRETAÇÕES DAS DIFERENTES FORÇAS SOCIAIS EXISTENTES, POIS, AO INTERPRETÁ-LAS, ESSA PRÁTICA EDUCATIVA ABRE UM CAMPO DE NOVAS POSSIBILIDADES DE COMPREENSÃO E AUTOCOMPREENSÃO, NO SENTIDO DO REPOSICIONAMENTO E DO COMPROMISSO DOS SUJEITOS [...]. (LUZZI, 2014, p. 446) ALGUMAS METODOLOGIAS ATIVAS Apresentamos a você um quadro dos métodos ativos mais conhecidos e utilizados. Veja os que você conhece ou já experimentou, e procure pesquisar um pouco sobre os demais. Aprendizagem baseada em problemas (PBL) – criado por John Dewey Projetos Centros de interesse – criado por Ovide Decroly Unidades de experiência Sala de aula invertida Alunos com a mão na massa/Cultura Maker (DIY) Instrução por pares Rotação por estações VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DOIS PROFESSORES, CONVERSANDO, FALAVAM DA UTILIZAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS NA REALIDADE DE SUAS ESCOLAS. A SEGUIR, VOCÊ ENCONTRA SEIS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DAS METODOLOGIAS ATIVAS, APONTADAS POR UM DOS PROFESSORES. LEIA COM ATENÇÃO. REFORÇO DA AUTOESTIMA DOS PARTICIPANTES DOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM POR MEIO DO DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA. ESTÍMULO À REFLEXIVIDADE E À CAPACIDADE CRÍTICA. DIMINUIÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA ATUAR EM NOVOS CONTEXTOS E NOVAS SITUAÇÕES. ESTÍMULO À MOTIVAÇÃO DE QUEM APRENDE E DE QUEM ENSINA. VANTAGEM DE TRABALHAR COM MATERIAIS MAIS ECONÔMICOS. AGORA, ASSINALE A ALTERNATIVAQUE APRESENTA CORRETAMENTE AS PRINCIPAIS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS ATIVOS: A) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 B) 2 – 3 – 4 – 5 – 6 C) 1 – 2 – 4 – 6 D) 1 – 2 – 4 – 5 E) 1 – 3 – 4 – 5 2. DENTRE AS ALTERNATIVAS QUE APRESENTAMOS A SEGUIR, ASSINALE AQUELA QUE EXPRESSA UM EXEMPLO DE PROTAGONISMO DO ALUNO NO PROCESSO EDUCATIVO. A) O professor é reconhecido como o centro e a figura mais importante do processo de aprendizagem. B) O aluno é um mero observador da realidade que o cerca. C) O aluno pode formular hipóteses e é incentivado a propor pesquisas, desenvolvendo a curiosidade científica. D) O aluno tem um espaço limitado para expressar as próprias opiniões. E) O aluno recebe as atividades prontas e acata o planejamento delas e a construção das regras de convivência na escola. GABARITO 1. Dois professores, conversando, falavam da utilização das metodologias ativas na realidade de suas escolas. A seguir, você encontra seis vantagens da utilização das metodologias ativas, apontadas por um dos professores. Leia com atenção. Reforço da autoestima dos participantes dos processos de ensino e aprendizagem por meio do desenvolvimento da autonomia. Estímulo à reflexividade e à capacidade crítica. Diminuição do trabalho do professor. Desenvolvimento de competências para atuar em novos contextos e novas situações. Estímulo à motivação de quem aprende e de quem ensina. Vantagem de trabalhar com materiais mais econômicos. Agora, assinale a alternativa que apresenta corretamente as principais vantagens da utilização dos métodos ativos: A alternativa "D " está correta. A utilização das metodologias ativas não contempla vantagens como as expressas nas opções 3 (fazer com que o professor tenha menos trabalho) e 6 (a vantagem econômica de utilizar materiais baratos). 2. Dentre as alternativas que apresentamos a seguir, assinale aquela que expressa um exemplo de protagonismo do aluno no processo educativo. A alternativa "C " está correta. Observe como deveriam ser redigidas as demais alternativas, de modo a se apresentarem corretas: a) O professor é reconhecido como orientador do processo de aprendizagem. b) O aluno reflete criticamente sobre a realidade que o cerca. d) O aluno possui liberdade de expressão das próprias opiniões. e) O aluno participa do planejamento das atividades e da construção das regras de convivência na escola. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Este tema foi desdobrado em três enfoques: o conceito, as características e os determinantes da aprendizagem; a aprendizagem norteada por competências e a sua importância, além das dez competências gerais definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orientam toda a educação básica no Brasil e o seu impacto em três componentes pedagógicos: currículo, didática e avaliação; e o protagonismo do aluno, de como é fundamental, e as metodologias ativas, que o promovem. Poderemos, assim, fazer o que Assmann (2007) chamou de reencantar a Educação: SERIA ABSURDO QUERER ELIMINAR DA NOSSA PERCEPÇÃO DO TEMPO OS CICLOS E REINÍCIOS. TAMBÉM NA EDUCAÇÃO HÁ RITMOS, CICLOS, RETORNOS SOBRE AS MESMAS COISAS. EM TODAS AS FORMAS, PORÉM, A INOVAÇÃO É FUNDAMENTAL. AINDA MAIS QUANDO AS NOVAS TECNOLOGIAS NOS MERGULHAM NUMA DINÂMICA INÉDITA, CUJAS PROPRIEDADES JÁ TEM ATÉ NOMES BEM SOLENES: CONECTIVIDADE, INTERATIVIDADE, TRANSVERSALIDADE (TRANSVERSATILIDADE). (ASSMANN, 2007, p.227) AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes, 2007. BERBEL, N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia dos estudantes. In: Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF: MEC, 22 dez. 2017. Consultado em meio eletrônico em: 28 dez. 2020. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 20 dez. 1996. Consultado em meio eletrônico em: 28 dez. 2020. Coll, C.; Palácios, J. ; Marchesi, A. (orgs.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. Porto Alegre: Artmed, 2004. CSIKSZENTMIHALYI, M. A descoberta do fluxo. São Paulo: Rocco, 1999. DEMO, P. 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Sugerimos dois materiais que podem esclarecer bastante o assunto: • O primeiro é o texto Jogos ajudam estudantes a ter mais atenção e concentração , disponível no site do Ministério da Educação. • O segundo é o vídeo Ligado em Saúde – TDAH em adultos , disponível no site da Fiocruz. Ao estudar a aprendizagem, vimos que ela tem relação estreita com processos fisiológicos e também com os emocionais. Sugerimos o filme Divertida Mente , animação vencedora do Oscar, lançada em 2015, que aborda um tema complexo — o pensamento — de forma leve e divertida, com ênfase nos sentimentos e na memória. Se você se interessou pelo tema da aprendizagem por competências, recomendamos a leitura do texto Competências e habilidades: elementos para uma reflexão pedagógica , do professor Lino Macedo, do Departamento de Psicologia daUSP e criador da matriz de competências do ENEM. O uso de métodos ativos está ligado, de forma indissociável, à utilização da mediação tecnológica por meio das tecnologias de informação e comunicação (TIC). Um texto que enfoca essa questão é Mudando a educação com metodologias ativas , de autoria de José Morán, professor da Universidade de São Paulo. O capítulo foi publicado no livro Mídias Contemporâneas: Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens – Volume II , organizado por Carlos Alberto de Souza e Ofelia Elisa Torres Morales, publicado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Paraná, em 2015. CONTEUDISTA Eloiza da Silva Gomes de Oliveira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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