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Resumo 01 Introdução Empregador Empregado Contrato de Trabalho

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DIREITO DO TRABALHO E SEGURIDADE SOCIAL
WANIA ALVES FERREIRA FONTES
Graduada em Direito pela UFMG
Pós graduada em Direito Processual Civil pela UFU
Pós graduada em Direito do Trabalho pela UNIT
Pós graduada em Direito Civil pela UFU
Mestra em Relações Sociais “Direito do Trabalho” pela PUC/SP
Rua Teófilo Otoni – 840 – Patos de Minas – Minas Gerais
wania@unipam.edu.br – (34)98058484
........................................................................................................................................
RESUMO 01
1. INTRODUÇÃO
RELAÇÕES DE TRABALHO LATO SENSU
Todo contrato pelo qual uma pessoa se obriga a uma prestação de serviço em favor de outra.
Trabalho autônomo 
Trabalho subordinado
Trabalhos especiais
A - TRABALHO AUTÔNOMO
Conceito: Lei 8.212/91 – artigo 12
Pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. 
Exemplos de trabalhadores autônomos: Manicures, Diaristas, Feirantes, Motoristas, Construtores.
B - TRABALHO SUBORDINADO
Todo contrato pelo qual um empregado se obriga a uma prestação de trabalho em favor de um empregador sob a dependência deste. 
Pacto de atividade
Continuidade da prestação de serviço 
Remuneração 
Subordinação
Surgimento da RELAÇÃO DE EMPREGO envolvendo os sujeitos a relação: 
EMPREGADOR: A empresa individual e coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. (artigo 2º da CLT)
EMPREGADO: Pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.(artigo 3º CLT)
 C - TRABALHOS ESPECIAIS: 
Estes trabalhos possuem peculiaridades que os distinguem do trabalho subordinado. Atendem à necessidade de flexibilização do direito do trabalho principalmente pela evolução das relações industriais e empresariais.
Em qualquer um deles, verificada a existência de atos que visem burlar a proteção que se dá ao trabalhador através das normas do Direito do Trabalho, aplicar-se-á o artigo 9º da CLT.
Eventual; Avulso; Estágio; Trabalho voluntário; Mãe social
C.1 TRABALHADOR EVENTUAL
Lei 8.212/91: Pessoa física que presta serviços esporádicos de natureza urbana ou rural, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. Exemplos: Pintor, diarista.
C.2 TRABALHADOR AVULSO
Lei 8.212/91 – artigo 12, VI - Artigo 7º C/F 88, inciso XXXIV: Quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento. (Decreto 3.048/99).
• Intermediação obrigatória do sindicato ou de órgão gestor de mão de obra.
Não tem vínculo empregatício, mas possui os mesmos direitos do empregado com vínculo empregatício permanente.
 C.3 ESTAGIO: Lei 11.788/98 
Atividades de aprendizagem social
Atividades de aprendizagem profissional
Atividades de aprendizagem cultural
Realizadas: na comunidade ou junto a pessoas jurídicas sob a coordenação de instituição de ensino, sem vínculo empregatício.
C.4 TRABALHO VOLUNTÁRIO: Lei 9.608
Atividade não remunerada prestada por pessoa física a instituição pública de qualquer natureza ou a instituição privada sem fins lucrativos, que tenha por objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive de mutualidade. 
Sem remuneração
Prestado por pessoa física com pessoalidade
Para entidade pública de qualquer natureza ou empresa privada sem fins lucrativos
Com termo de adesão constando objeto e condições de trabalho.
Sem vínculo empregatício	
C.5 MÃE SOCIAL: Lei 7.644/87
Aquela que dedicando-se à assistência ao menor abandonado exerça o encargo em nível social.
Casa lares
Propiciar ambiente familiar
Dedicação exclusiva
Seleção e treinamento
Direitos: CTPS Remuneração RSR Férias Previdência Social na qualidade de segurada obrigatória, inclusive seguro acidente.
DIREITO DO TRABALHO 
CONCEITO
	
Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade.
FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO
Valorização do trabalho humano
Romper a liberdade teórica do individualismo e liberalismo
Intervenção Estatal para proteção do hipossuficente, com normas que visem melhorar as condições sociais do trabalhador, permitindo aos empregados ambiente salubre, salário digno, corrigindo deficiências encontradas no âmbito das empresas, inclusive através de fiscalização intensa das instituições ligadas a estas relações, como o Ministério do Trabalho, sindicatos e outras.
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Respeito à dignidade do Trabalhador:
Artigo 5° da CF caput – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
Artigo 5° Inciso XIII CF- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Artigo 7° inciso XXX CF - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Artigo inciso XXXI CF - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
Artigo 5° da CLT – A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual sem distinção de sexo.
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Princípio da proteção:
in dúbio pro operário – não se aplica integralmente. O ônus da prova é de quem alega.
Da aplicação da norma mais favorável – Existindo várias normas a serem observadas deve ser aplicada a que mais beneficia o empregado. Ex: entre a CLT, Convenção Coletiva ou acordo coletivo, prevalecerá a norma que seja mais favorável ao empregado.
Da condição mais benéfica – regra do direito adquirido do artigo 5° inciso XXXVI da CF que preconiza que a lei não atingirá o direito adquirido.
Princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas:
Artigo 9° da CLT - Art. 9º. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Alguns direitos trabalhistas são indisponíveis, não podendo ser nem transacionados “anotação da carteira – direito ao um ambiente de trabalho saudável.
Outros direitos são irrenunciáveis mas transacionáveis: a renúncia diz respeito a extinção do direito e a transação diz respeito a extinção da obrigação. 
OJ 270 do TST – As transações extrajudiciais implicam em quitação das parcelas e valores constantes do recibo.
Princípio da continuidade da relação de emprego
O trabalho em princípio é por prazo indeterminado. O trabalho determinado é exceção. A CLT coloca restrições ao contrato determinado. É possível para experiência, contrato da Lei 9.601, contrato temporário e para situações que justifiquem a determinação do prazo.
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; (em caso de dispensa liberação do FGTS + 40%) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
Princípio da primazia da realidade
O contrato de trabalho é um contrato realidade. O que vale é o que efetivamente foi realizado e não o que foi contratado. Ex: Empregado contratado como vigia que exerça função de vigilante, tem os direitos do vigilante.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À RELAÇÃO DE EMPREGO
	
As normas de Direitodo Trabalho estão contidas na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas – Lei ). A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil, possuindo uma parte introdutória contida nos artigos 1° a 12, que em resumo dispõe:
CLT: NORMAS INTRODUTÓRIAS – (Artigos 1 A 12 CLT)
Conteúdo – regula as relações individuais e coletivas de trabalho (art 1°).
Conceito de empregador - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. (art. 2°). Equipara ao empregador para efeitos da relação de emprego o profissional liberal e entidades sem fins lucrativos e determina a responsabilidade solidária das empresas que formarem grupo empresarial, para com os direitos dos empregados.
Conceito de empregado - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. (art. 3°)
Tempo de serviço - Computação do tempo em que o empregado está a disposição do empregador. (art. 4°). 
Equiparação salarial – art. 5°; art. 461
Igualdade do trabalho realizado no serviço e no domicílio – (art. 6°)
Exclusão da CLT dos empregados: (domésticos – rurais – funcionários públicos – servidores de autarquias paraestatais em situação análoga a funcionários públicos). Art.7°
Aplicação da jurisprudência, analogia, equidade, princípios e normas gerais, nos casos de lacuna da lei trabalhista, (artigo 8°)
Nulidades dos atos que visem infringir as normas de proteção ao Direito do Trabalho. (artigo 9°).
Garantia dos direitos trabalhistas em face de alterações na empresa (art. 10).
Normas de prescrição trabalhista (artigo 11), determinando que os direitos dos empregados tanto urbanos quanto rurais, prescrevem de forma total após 2 anos do término do contrato de trabalho e de forma parcial os direitos anteriores a 5 anos.
Seguridade Social – (objeto de Lei própria – (Lei 8212/91 e 8213/91).
2. EMPREGADOR:
Art. 2º.CLT “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.” 
Empresa – Conceito econômico 
(instituição que organiza o capital, matéria prima e mão de obra)
Estabelecimento
CARACTERIZAÇÃO
Empresa: Pela Lei civil (Código Civil), empresa na concepção atual é atividade exercida pelo empresário. Portanto, a empresa não contrata, não paga, não dirige os negócios. Quem contrata é o empresário ou a sociedade empresária.
Risco econômico
Admite
Assalaria
Dirige as prestações de serviço
EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO
Artigo 2º § 1º. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
EMPREGADOR RURAL : A Lei nº 5.889, de 08.06.1973, artigo 3º, conceitua o empregador rural: 
“ Art. 3º. Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados”. 
EMPREGADOR DOMÉSTICO
A Lei Complementar nº 150 regulamenta o contrato de trabalho para o doméstico, sendo que a caracterização do empregador doméstico resulta de uma prestação de serviços a pessoa ou família que não objetiva lucro com a exploração desta mão de obra. O artigo 7º da CF/88 no seu parágrafo único determina os direitos constitucionais dos empregados doméstico. 
GRUPO ECONÔMICO
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
IMPORTANTE: sendo grupo empresarial a responsabilidade é solidária, portanto, responsabilidade conjunta e simultânea. nos casos de terceirização a responsabilidade é subsidiária, ou seja, sucessiva. primeiro responde a empresa de terceirização, depois a tomadora, caso a de terceirização não cumpra as obrigações,
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
A sucessão de empregadores gera responsabilidade do sucessor para com direitos trabalhistas dos empregados do sucedido?
CONSÓRCIO DE EMPREGADORES
Portaria 1.964/99 do Ministério do Trabalho
Artigo 1º - Parágrafo único. Para os fins do disposto nesta Portaria, considera-se “Consórcio de Empregadores Rurais” a união de produtores rurais, pessoas físicas, com a finalidade única de contratar empregados rurais.
Matrícula coletiva - CEI
Pacto de solidariedade registrado
Documentos relativos à administração do consórcio
Registro dos empregados
Demais documentos necessários à autuação fiscal.
COOPERATIVAS DE MÃO DE OBRA
Afasta a intermediação e o lucro 
CF/88 – artigo 174 § 2º. (A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo).
Lei 5.764/71 promove a política nacional de cooperativismo.
Lei 9.867/99 dispõe sobre a criação e funcionamento de cooperativas sociais.
Instrução normativa INSS nº 70 – artigo 109 – regulamenta cooperativas de mão de obra.
C.C/2002 dispõe sobre sociedades cooperativas (artigos 1.093 a 1096)
TERCEIRIZAÇÃO: Consiste na possibilidade de contratar terceiros para a realização de atividades da empresa. Está hoje regulamentada pela LEI Nº 13.429, DE 31 DE MARÇO DE 2017. Veja como está regulamentada a terceirização.
Art. 2o A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4o-A, 4o-B, 5o-A, 5o-B, 19-A, 19-B e 19-C: 
 “Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. 
 § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 
 § 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.” 
 “Art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: 
 I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); 
 II - registro na Junta Comercial; 
 III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: 
 a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
 b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); 
 c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); 
 d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e 
 e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).” 
 “Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. 
 § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. 
 § 2o Os serviços contratados poderão ser executadosnas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. 
 § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. 
 § 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 
 § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.” 
 “Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá: 
 I - qualificação das partes; 
 II - especificação do serviço a ser prestado; 
 III - prazo para realização do serviço, quando for o caso;
 IV - valor.” 
 “Art. 19-A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento de multa. 
 Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943.” 
 “Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.”
PODER DE DIREÇÃO DO EMPREGADOR: Artigo 2º da CLT “...dirige a prestação de serviço.” : O empregador é o proprietário. O empregado é subordinado. A empresa é uma instituição onde o empregado se encontra inserido devendo obedecer ordens.
Poder de Direção implica:
Poder de organização
Poder de controle
Poder disciplinar
PODER DE ORGANIZAÇÃO
Decorre da propriedade do capital.
Previsão – traçar metas
Coordenação – implementar as metas de forma ordenada
Regulamentação – normatizar os trabalhos (regulamento de empresa);
poder de controle - seria o conjunto de prerrogativas dirigidas a propiciar o acompanhamento contínuo da prestação de trabalho e a própria vigilância efetivada ao longo do espaço empresarial interno. Medidas como o controle de portaria, as revistas, o circuito interno de televisão, o controle de horário e freqüência, a prestação de contas (em certas funções e profissões) e outras providências correlatas é que seriam manifestação do poder de controle.
PODER DE CONTROLE E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS: Poder de fiscalizar: controle de portaria, revistas, circuito interno de televisão, controle de horário e frequência, prestação de contas, etc...
Garantias constitucionais – (artigo 5º CF/88)
Construção de uma sociedade justa e solidária, promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, igualdade de todos perante a lei, inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, à intimidade, à honra, à imagem, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante. Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” e de que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
PODER DISCIPLINAR: Poder disciplinar é o conjunto de prerrogativas concentradas no empregador dirigidas a propiciar a imposição de sanções aos empregados em face do descumprimento por esses de suas obrigações contratuais. 
Advertência – não tem previsão no ordenamento jurídico
Suspensão – prevista no artigo 474 da CLT
Dispensa com justa causa
Não existe graduação da pena, mas deve ser aplicada com boa fé, moderação e com imediatidade.
REGULAMENTO DE EMPRESA
No Brasil não tem previsão legal Na França é obrigatório, na Itália não pode ser elaborado somente pelo empregador.
Conceito: conjunto sistemático de regras escritas ou não estabelecidas pelo empregador, com ou sem a participação do empregado para tratar de questões de ordem técnica ou disciplinar no âmbito da empresa, organizando o trabalho e a produção
3. EMPREGADO
Artigo 3º CLT
Pessoa física – intuitu personae 
Trabalho não eventual
Subordinação jurídica
Salário 
ALTOS EMPREGADOS: Cargo de confiança: “ São aqueles que participam dos poderes de gestão ou administração próprios do titular da empresa. Como se colocam entre o contrato e o mandato, obrigando a própria direção de modo direto, através de atos praticados com representação. Os seus exercentes não possuem outro título para a sua ocupação além da livre e espontânea escolha do empregador. Realizam atos que deveriam ser praticados pessoalmente pelos titulares do negócio, daí a confiança imediata de que se revestem. Podem ser cargos de direção, gestão, gerência, como igualmente de guarda de valores vultuosos da empresa. Permite a lei a demissibilidade ad nutum, devido ao fato de ficar na mão desses ocupantes de cargo de confiança o destino da própria empresa em sentido jurídico ou material, por ato prévio do empregador” (Evaristo de Moraes Filho)
CARGO DE CONFIANÇA: 
Características : Liberdade na admissão - Demissibilidade ad nutum - Vínculo empregatício - Diminuição da proteção legal - Salário diferenciado - Detenção de amplos poderes - Mandato em forma legal (tácito ou expresso)
APRENDIZ
O menor de 16 anos somente pode trabalhar na condição de aprendiz – Lei 10.097/2000 . Vínculo empregatício e CTPS anotada
Contrato determinado pelo tempo máximo de 2 anos
Matrícula e frequência em escola regular e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada
Proibição de trabalho noturno e locais prejudiciais à formação 
Proibição de horas extras, salvo para compensação ou por motivo de força maior
Salário mínimo hora
Jornada de 6 horas, e de até 8 horas se já tiver terminado o ensino fundamental
Menor entre 14 e 24 anos – Para o portador de necessidade especial não tem limite de idade.
DOMÉSTICO
Aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou a família no âmbito residencial destas. Exemplos: Cozinheiro,motorista, jardineiro.
Direitos estipulados na Lei Complementar 150 e no parágrafo único do artigo 7º da CF/88
Vinculo empregatício e anotação na CTPS
Não regido pela CLT
Observação: A emenda Constitucional nº 72 ampliou os direitos do doméstico.
EMPREGADO RURAL
Pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário.
Direitos da Lei 5.889/73 e do artigo 7º da CF.
Vínculo empregatício e anotação na CTPS
TRABALHADOR TEMPORÁRIO
Lei 6.019/74
Pessoa física
Vínculo empregatício com CTPS anotada
Contrato com a empresa de trabalho temporário
Direitos estabelecidos no artigo 12 da Lei 6.019/74
Prazo máximo de 3 meses
Substituição de empregados regulares ou aumento esporádico de empregados.
EMPREGADO PÚBLICO
Lei 9.962/2000
Concurso público
Direitos celetistas
Demissão motivada
TRABALHADOR EM DOMICÍLIO
Artigo 6º
Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. 
4. CONTRATO DE TRABALHO 
1 - DENOMINAÇÃO: 
Contrato de trabalho – É o gênero do qual a relação de emprego é espécie.
Contrato de Trabalho: Contratos realizados entre tomadores e prestadores de serviço.
Relação de Emprego: Contrato entre empregado e empregadores – relação de subordinação, vínculo empregatício.
CONCEITO: 
Para a CLT, Contrato de Trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relaçãode emprego (artigo 442 da CLT).
A CLT usa nas suas disposições as expressões “relação de emprego” nos artigos 2° § 1° e 6°; - “contrato de trabalho” nos artigos 443, 445, 448, 451, 468, 477, § 3° do 651; “relação de trabalho” no artigo 477.
“Contrato de Trabalho é o negócio jurídico pelo qual uma pessoa física se obriga, mediante remuneração, a prestar serviços não eventuais a outra pessoa ou entidade, sob a direção de qualquer das últimas” (Octávio Bueno Magano)
OBJETO 
Contrato de trabalho subordinado
REQUISITOS 
Requisitos essenciais 
Continuidade
Subordinação
Onerosidade
Pessoalidade
Alteridade 
Requisitos não essenciais: Exclusividade e Profissionalização
CARACTERÍSTICAS
Bilateral
Consensual 
Oneroso 
Comutativo 
Trato sucessivo
CLASSIFICAÇÃO
Comuns e especiais 
Tácito ou expresso
Tempo total e tempo parcial
Determinado e indeterminado
DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
CONTRATO INDETERMINADO
É a regra no Direito do Trabalho. A Constituição Federal adota como principio a continuidade das relações de trabalho para a estabilidade das relações jurídicas. O artigo 7° inciso I da CF/88 preconiza que: 
“I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos”.
Embora a lei complementar ainda não tenha sido elaborada, o empregado demitido tem direito a 40% de indenização sobre os depósitos de FGTS, aviso prévio e seguro desemprego.
A CLT procura limitar as possibilidades da contratação por tempo determinado.
 
CONTRATO DETERMINADO:
Artigo 443 - § 1º. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. 
§ 2º. O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência. 
CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DETERMINADO
Máximo de 2 anos – artigo 445 CLT 
Mínimo (12 meses) – Lei 10.748 (lei do primeiro emprego) 
Prorrogado por uma única vez – art.451CLT
Renovado – 6 meses entre um contrato e outro art. 452 CLT
Rescisão antecipada
Com cláusula de rescisão antecipada – Artigo 481
Sem cláusula de rescisão antecipada – Artigo 479
ESPÉCIES DE CONTRATOS DETERMINADO
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Contrato determinado nominado e atípico
Máximo de 90 dias
Anotação na CTPS
Pacto de avaliação mútua
Para qualquer tipo de trabalho
Pode ser prorrogado
Não pode ser renovado
LEI 9.601/98
Prazo determinado
Aumento de emprego
Para qualquer atividade exceto doméstica
Registro obrigatório
Negociação com o sindicato 
Média de contratação: 50% até 50; 35% de 51 a 199; 20% acima de 200 empregados
Máximo de 2 anos
Prorrogação do artigo 451 da CLT não é aplicado
Renovação – necessidade de aguardar 6 meses entre uma contratação e outra é observado
Somente em negociação coletiva com depósito obrigatório da C.C na DRT – independe de aviso prévio e não é devida a multa de 40% fgts
......................................................................................................................................................
 CONTRATO DE TEMPO PARCIAL
Artigo 58-A da CLT
Finalidade
Duração da jornada
Vedação de horas extras
Transformação do tempo integral em parcial
Reflexos na férias – Artigo 130 A CLT
Implementado por medida provisória
PRESCRIÇÃO
Prescrição total	
O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: 
 Em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho
Prescrição parcial
em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato
(artigo 7º inciso XXIX e artigo 11 da CLT)
ATENÇÃO: A prescrição do empregado rural se igualou ao do empregado urbano através da Emenda Constitucional nº 28. Antes o empregado rural tinha prescrição total após dois anos de cessação do contrato de trabalho mas não tinha prescrição parcial e podia reclamar os direitos do período integral de trabalho.
 INVENTOS DO EMPREGADO
LEI 9.279/96 – propriedade industrial
Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado.
§ 1º. Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado. 
§ 2º. Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício.
 ALTERAÇÕES DO CONTRATO DE TRABALHO
PRINCIPIO DA IMODIFICABILIDADE 
MODIFICAÇÕES POSSÍVEIS
Obrigatórias
Voluntárias
art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Por ato unilateral do empregador “Ius Variandi”
Alterações de acordo com o ius variandi 
na função
No horário
No local
Retorno do exercente de cargo de confiança ao cargo anteriormente ocupado
Transferência 
Ius resistentiae 
Artigo 483 – rescisão indireta
TRANSFERÊNCIA
Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio.
§ 1º. Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. 
§ 2º. É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3º. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições, do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento), dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. 
POSSIBILIDADE DE TRANSFERÊNCIA
CLÁUSULA EXPLÍCITA 
CLÁUSULA IMPLÍCITA
EXTINÇÃO DO ESTABELECIMENTO
TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Devida nas transferências provisórias no percentual de no mínimo 25%
Transferência definitiva é aumento de salário
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
SUSPENSÃO: Não há trabalho por parte do empregado, nem obrigações por parte do empregador. O tempo de paralisação não produz efeitos no contrato de trabalho. 
INTERRUPÇÃO: Não há trabalho por parte do empregado mas há obrigações por parte do empregador. O tempo de paralisação produz efeitos no contrato de trabalho.
SUSPENSÃO - HIPÓTESES
Representação sindical sem trabalho/sem remuneração
Intervalos não remunerados
Segurança Nacional após os primeiros 90 dias
Suspensão disciplinar
Suspensão para qualificação profissional (art.476 CLT)
Aborto criminoso
Auxílio doença por mais de 6 meses dentro do período aquisitivo de férias
Aposentadoria por invalidez
Empregado eleito para cargo de diretor salvo se permanecer com subordinação
Encargo público
Faltas injustificadas
Greve sem pagamento de salários
Inquérito para apuração de falta grave, sem reintegração 
INTERRUPÇÃO 
- Auxílio doença – primeiros 15 dias e quando não se ultrapassa seis meses de afastamento dentro do período aquisitivo de férias
- Acidente do trabalho
- Aviso prévioindenizado e as (2 horas/7 dias, não trabalhados)
- Empregado eleito para cargo de diretor quando permanecer a subordinação 
- Férias 
- Greve se negociado pagamento
- Inquérito para apuração de falta grave se reintegrado
- Intervalos remunerados
- Lockout 
- Prontidão e sobreaviso, faltas justificadas (art.473) e outras consideradas por lei ou pelo empregador

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