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Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 1/8 I. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos 1. Tipos de Contas Os principais tipos de conta são: depósito à vista - é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser sacado a qualquer momento; poupança - foi criada para estimular a economia popular e permite a aplicação de pequenos valores que passam a gerar rendimentos mensalmente; e conta-salário - é um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta-salário" não admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora e não é movimentável por cheques. 2. Abertura Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o contrato firmado entre banco e cliente; dispor de quantia mínima, caso exigida pelo banco; e apresentar os originais dos seguintes documentos: no caso de pessoa física: • documento de identificação (carteira de identidade ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional de habilitação nos moldes previstos na Lei 9.503, de 1997); • inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e • comprovante de residência. no caso de pessoa jurídica: • documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial); • documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta; e • inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). O contrato de abertura de conta um acordo entre as partes, a instituição financeira não é obrigada a abrir uma conta específica. O menor de idade pode ser titular de conta bancária. O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai, mãe ou responsável legal. O maior de 16 e menor de 18 anos não-emancipado deve ser assistido pelo pai, mãe ou pelo responsável legal. O banco deve prestar no ato de abertura conta informações sobre direitos e deveres do correntista e do banco, constantes de contrato, tais como: • condições para fornecimento de talonário de cheques; • necessidade de você comunicar, por escrito, qualquer mudança de endereço ou número de telefone; • condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF); • informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; • tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que não podem ser cobrados; • saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta. Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas explicativas na ficha-proposta. Antes de abrir uma conta o interessado deve tomar os seguintes cuidados: • ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha- proposta); • não assinar nenhum documento antes de esclarecer todas as dúvidas, inclusive referentes a tarifas, juros e outros encargos; • solicitar cópia dos documentos que assinou. As informações incluídas na ficha-proposta e todos os documentos de identificação devem ser conferidos, nos originais, quando da abertura da conta, pelo funcionário encarregado da abertura da conta, que assina a ficha juntamente com o gerente responsável. Os nomes desses dois funcionários devem estar claramente indicados na ficha-proposta. Em caso de abertura de contas para deficientes visuais o banco deve providenciar a leitura de todo o contrato, em voz alta. O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta não pode ser transferido, pelo banco, para qualquer modalidade de investimento sem autorização do correntista. Isso somente pode ocorrer mediante autorização feita por escrito ou por meio eletrônico. O banco não pode fazer débitos em conta sem autorização do cliente. O banco só pode debitar na conta se tiver sido autorizado pelo correntista. Essa autorização pode ocorrer no momento da assinatura do contrato, ou em contratos de financiamento e empréstimo em que o cliente concorde com o débito em sua conta, ou ainda nas situações de agendamento de pagamento solicitado pelo titular da conta. O débito relativo a tarifas bancárias normalmente é autorizado no momento da assinatura do contrato. Observe que, mesmo autorizado, o débito referente à cobrança de tarifa em conta-corrente e em conta de poupança não pode ser superior ao saldo disponível, sendo que o saldo disponível compreende o saldo em sua conta mais o limite de cheque especial, quando houver. Sendo um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma conta bancária pode ser encerrada por qualquer uma das partes envolvidas. Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve: • comunicar o fato, solicitando a regularização do saldo e a devolução dos cheques por acaso em poder do correntista; • anotar a decisão na ficha-proposta. O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato imediatamente ao Banco Central. No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta depende da decisão do próprio banco, mas não poderá continuar fornecendo talão de cheque a você. Quando a iniciativa do encerramento for sua, você deverá observar os seguintes cuidados: • entregar ao banco correspondência solicitando o Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 2/8 encerramento da sua conta, exigindo recibo na cópia, ou enviar pelo correio, por meio de carta registrada; • verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para evitar que seu nome seja incluído no CCF pelo motivo 13 (conta encerrada); • entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; • manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de disposições legais. A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo encerramento da conta, por correspondência ou por meio eletrônico. O Banco Central não pode bloquear ou desbloquear valores em contas. Apenas um Juiz pode protocolar ordens de bloqueio, desbloqueio e transferências de valores e/ou contas, solicitar informações sobre endereço, existência de ativos financeiros, saldo, extratos, comunicação de falência e extinção de falência. Para facilitar a comunicação entre o Poder Judiciário e as instituições financeiras, o Banco Central desenvolveu um sistema informatizado chamado Bacen Jud, por meio do qual as ordens judiciais são registradas e transmitidas eletronicamente para as instituições financeiras. Na verdade, os juízes poderiam enviar suas determinações diretamente às instituições financeiras, mas, pela facilidade de comunicação que dispõe com o Sistema Financeiro, o Banco Central auxilia o Poder Judiciário na intermediação desse processo. 3. Depósitos à Vista (conta-corrente) A conta de pessoa física pode ser: • individual, • conjunta solidária e • conjunta não solidária. A conta individual é aquela cadastrada em nome de apenas um titular. A conta conjunta é aquela em nome de dois ou mais titulares, não havendo limitação legal para o número máximo de titulares de uma conta conjunta. Podem ser: • solidária - pode ser movimentada individualmente por qualquer um dos titulares; • não solidária - com a assinatura conjunta de todos os titulares. Isto significa que, na conta-corrente conjunta solidária,basta que apenas um dos titulares assine o cheque; já na conta-corrente conjunta não solidária, todos os titulares devem assinar o cheque na emissão. 4. Movimentação A movimentação de recursos na conta-corrente pessoa física ocorre por meio de cheque, guia de retirada, cartão magnético e Internet Banking. Guia de retirada, também chamada de cheque avulso ou saque contra recibo, é um documento de saque exclusivamente para uso na agência bancária, sendo fornecida ao correntista somente no momento do saque. O cartão magnético é um cartão de plástico dotado de uma tarja magnética e/ou um chip, que permite consultas, saques e demais operações bancárias nos terminais eletrônicos dos bancos ou dos estabelecimentos comerciais conveniados. Internet Banking é uma tecnologia que permite o acesso do cliente à sua conta, para consulta e transações eletrônicas, por meio do site do banco na Internet. Neste contexto, quando falamos de movimentação, estamos nos referindo a saque, retiradas, pagamentos e transferências, ou seja, movimentação a débito. É importante fazer esta diferenciação, pois a movimentação a crédito de uma conta (depósitos, por exemplo) pode ser feita por qualquer pessoa (qualquer um pode depositar valores em qualquer conta, sua ou de outrem, à sua livre escolha); no entanto, evidentemente apenas o titular de uma conta-corrente ou seus representantes podem efetuar saques e pagamentos. Na conta conjunta não solidária, a movimentação se dá exclusivamente por cheques ou guia de retirada. Não é emitido cartão magnético para este tipo de conta, pois o cartão magnético é de uso pessoal e individual e a conta conjunta não solidária só admite saques efetuados por todos os titulares em conjunto. 5. Tarifas Em dezembro de 2007, o Conselho Monetário Nacional - CMN criou novas regras para disciplinar a cobrança de tarifas bancárias no Brasil, com foco especial nos serviços mais utilizados por pessoas físicas, buscando dar maior transparência e clareza à prestação de serviços pelos bancos, de forma a permitir ao consumidor comparar e verificar qual o fornecedor que atende melhor às suas necessidades, estimulando a concorrência no setor. As medidas tiveram por objetivo aumentar a transparência na cobrança de tarifas para pessoas físicas, de forma que cada cliente saiba exatamente pelo que está pagando. A padronização da nomenclatura, com a descrição pormenorizada do serviço cobrado, permite a comparação entre os preços praticados em cada instituição, levando ao aumento da concorrência. Os serviços mais utilizados pela população, definidos como "serviços prioritários", passaram a ter nomenclatura (nome) padronizada, que deve ser obrigatoriamente utilizada por todos os bancos tanto para a divulgação do valor das tarifas correspondentes a esses serviços prioritários quanto para identificação da cobrança nos extratos, recibos e quaisquer outros documentos (Resolução CMN 3.518). O número de serviços prioritários é de 20, não sendo admitida a cobrança de qualquer outra tarifa relacionada a: 1 - movimentação de contas de depósitos, 2 - transferência de recursos, 3 - confecção de cadastro e 4 - operações de crédito (Circular 3.371, alterada pela Circular 3.466). Dessa forma, não podem mais ser cobradas tarifas, por exemplo, por cheque compensado ou por depósitos e nem por abertura de crédito (TAC). Portanto, somente podem ser cobradas as tarifas previstas na regulamentação. A padronização da nomenclatura desses serviços permite a comparação entre os valores cobrados em cada banco, levando a uma maior Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 3/8 competição e, consequentemente, gerando benefícios para o consumidor. De modo geral, elas podem ser agrupadas da seguinte forma: • Ampliação de serviços gratuitos: o número de serviços bancários para os quais é vedada a cobrança de tarifas foi ampliado. Esses serviços foram denominados "serviços essenciais", pois permitem a movimentação gratuita de contas de depósitos, dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CMN 3.518. • Pacote de tarifas: foi instituído pacote básico de serviços prioritários, de forma a facilitar a comparação das tarifas mais comuns ao consumidor. Todas as instituições têm que oferecer esse pacote cujo valor não pode superar a soma do valor das tarifas individuais. O consumidor tem o direito de optar pelo pacote básico, por outro pacote qualquer ou pela utilização e pagamento apenas por serviços escolhidos, da forma que considerar mais vantajosa (Resolução CMN 3.518 e Circular 3.371, alterada pela Circular 3.466). • Prazo de reajuste: foi estabelecido o prazo (mínimo) de 180 dias para aumento do valor de tarifa pela prestação de serviços prioritários. Cada instituição pode fazer eventuais reajustes quando quiser e da forma que quiser, mas terá que respeitar esse prazo mínimo para aumento do valor de tarifas. Não há restrições para a redução do valor de tarifas, que pode ocorrer a qualquer momento. • Prazo para divulgação e cobrança de nova tarifa ou de majoração de seu valor: somente é admitida a cobrança de nova tarifa ou de tarifa com preço majorado após divulgação da ocorrência com, no mínimo, 30 dias de antecedência, sendo permitida a cobrança apenas para os serviços utilizados após esse prazo. Para a redução do valor de tarifa não é necessária a observância do prazo de 30 dias. • Custo Efetivo Total (CET): o CET foi criado para permitir que o cliente saiba exatamente o custo de um crédito. O CET é expresso por uma taxa percentual anual que considera todos os custos envolvidos na operação, como juros, tributos, tarifas, seguros e quaisquer outras despesas cobradas do cliente. A informação do CET é obrigatória previamente à contratação de operação de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, bem como em informes publicitários a respeito do financiamento ou arrendamento de bens. A utilização do CET passou a ser obrigatória a partir de 3 de março de 2008 para contratação de operações com pessoas físicas (Resolução CMN 3.517). • Tarifa de Liquidação Antecipada: foi vedada, a partir de dezembro de 2007, a cobrança de tarifa de liquidação antecipada (TLA) em operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro pactuadas com pessoas físicas, com microempresas e empresas de pequeno porte. Os contratos devem prever que o valor a ser pago para liquidação antecipada da operação de crédito deve ser calculado considerando a taxa de juros utilizada para o cálculo das prestações e as taxas de juros básicas da economia da época da contratação e da época da liquidação (Taxa Selic) (Resolução CMN 3.516). • Relação de serviços diferenciados: foram listados os serviços diferenciados, para os quais é admitida a cobrança de tarifas. Entre esses serviços estão aqueles relacionados a aluguel de cofres, entrega em domicílio, cartão de crédito e outros serviços de natureza correlata prestados a pessoas físicas (Resolução CMN 3.518). • Fim da cobrança de tarifas em contas sem saldo: o valor de tarifas debitado em contas de depósitos à vista e em contas de depósitos de poupança não pode exceder o saldo disponível. Os serviços bancários considerados "essenciais" são gratuitos, observado, em alguns casos, o número de ocorrências (utilização) máximo previsto na regulamentação. De acordo com a Resolução CMN 3.518, são os seguintes os "serviços bancários essenciais" a pessoas físicas: • relativos à conta corrente de depósito à vista: a) fornecimento de cartão com função débito; b) fornecimento de dez folhas de cheques por mês, desde que o cliente reúna os requisitospara utilização de cheque, conforme a regulamentação em vigor e condições pactuadas; c) fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto nos casos decorrentes de perda, roubo, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; d) realização de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de auto-atendimento; e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês por meio de terminal de auto- atendimento; f) realização de consultas mediante utilização da internet; g) realização de duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, por mês, em guichê de caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela internet; h) compensação de cheques; i) fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, de extrato consolidado, discriminando, mês a mês, as tarifas cobradas no ano anterior. • relativos à conta de depósito de poupança: a) fornecimento de cartão com função movimentação; b) fornecimento de segunda via do cartão com função movimentação, exceto nos casos decorrentes de perda, roubo, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente; c) realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ou em terminal de auto-atendimento; d) realização de até duas transferências para conta de depósitos de mesma titularidade; e) fornecimento de até dois extratos contendo a movimentação do mês; f) realização de consultas mediante utilização da internet; g) fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, de extrato consolidado, discriminando, mês a mês, as tarifas cobradas no ano anterior. II. Cheque 1. Requisitos Essenciais O art. 1º da Lei n.º 7.357/85, define os requisitos essenciais que o cheque deve conter, a saber: I) a denominação "cheque" inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 4/8 II) a ordem incondicional de pagar uma determinada quantia; III) o nome do banco (sacado) que deve pagar; IV) a indicação do lugar onde deve ser pago; V) local e data de emissão; VI) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário como poderes especiais. Dentro do princípio geral da Lei Uniforme coube ao Banco Central do Brasil a regulamentação e padronização do cheque no nosso país, acrescentando aos requisitos essenciais estabelecidos pela Lei os denominados elementos de padronização, que compõem o lay-out padronizado do cheque. Podemos verificar que, independentemente do banco, os campos do lay-out do cheque são sempre os mesmos nas mesmas posições. A quantia a ser paga deve ser determinada por cifra e por extenso, prevalecendo o extenso em caso de divergência. Indicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, quer por algarismo, prevalece, no caso de divergência, a indicação da menor quantia. Indicada a quantia três ou mais vezes, prevalece, em caso de divergência, a indicação da menor quantia. O não preenchimento da quantia em algarismos não impede o pagamento do cheque. A data de emissão compreende o dia, o mês e o ano. Não se admite o mês grafado numericamente. A assinatura do emitente pode ser constituída por chancela mecânica ou processo equivalente. Salvo a assinatura do emitente, todas as indicações podem ser impressas, datilografadas ou manuscritas, no todo ou em parte, não podendo conter rasura ou emenda. 1.1. Lugar de Pagamento Existem requisitos que, embora constem do art. 1º da Lei do Cheque, não são considerados essenciais, em virtude de a Lei Uniforme apresentar critérios para o seu suprimento. Assim, destacam-se da enumeração do referido art. 1º as alíneas 4 (indicação do lugar do pagamento) e 5 (data e lugar da emissão). Diz o art. 2º da Lei Uniforme relativa ao cheque: "Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento. Se forem indicados vários lugares ao lado do nome do sacado, o cheque é pagável no primeiro lugar indicado." Na ausência destas indicações ou de qualquer outra indicação, o cheque é pagável no lugar em que o sacado tem o seu estabelecimento principal. O cheque sem indicação do lugar de sua emissão considera-se passado no lugar designado ao lado do nome do emitente. 2. Cheque ao portador e cheque nominativo As normas em geral tratam do cheque como sendo ao portador ou nominativo. O cheque é considerado ao portador quando não indica o nome do beneficiário, sendo pagável a quem o apresentar. Todavia, o prof. Cabral, renomado professor de Conhecimentos Bancários, defende a tese de que só existem dois tipos de cheques: ao portador ou à ordem. O professor Cabral destaca que o Código Civil Brasileiro, de 2002, fala de títulos ao portador e à ordem. No que diz respeito ao título nominativo, a característica desse título é o que o nome do favorecido conste em livro de registro do emitente e transferência ocorre mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente Todavia, a grande maioria de autores de livros e apostilas, inclusive o Carlos Arthur Newlands Jr, o Banco Central do Brasil e as demais instituições financeiras tratam do assunto desconsiderando esse particular apontado pelo Cabral. Ou seja, entendem que o cheque pode ser ao portador ou nominativo. A lei determina que o Bacen - Banco Central do Brasil - estabeleça um valor máximo para a emissão de cheques ao portador. Acima deste valor - que desde julho/1994 está estabelecido em R$ 100,00 - o cheque será emitido obrigatoriamente na forma nominativa. No caso específico de cheque emitido por entidade pública, é obrigatória a emissão de cheque na forma nominativa para qualquer valor de emissão. O cheque é nominativo quando indica o nome do beneficiário. Pode ser nominativo à ordem e nominativo não à ordem. Nominativo à ordem é o cheque no qual é indicado o nome do beneficiário, que pode sacá-lo ou transferir os direitos a outrem, mediante assinatura no verso (endosso). Nominativo não à ordem é o cheque cujo beneficiário indicado para sacá-lo não pode transferir os direitos por endosso, admitindo-se, porém, a transferência através de cessão civil, ou seja, através de transferência de direitos registrada em cartório. Para tornar o cheque não à ordem, o emitente deve escrever esta expressão logo após o nome do beneficiário, sem rasurar a expressão pré-impressa "à ordem". O endosso é a forma em que o beneficiário transfere a propriedade de um cheque nominativo à ordem, mediante assinatura no verso do documento. O endosso pode ser feito por pessoa física maior ou emancipada ou por pessoa jurídica. 3. Endosso O endosso pode ser em branco ou em preto. Endosso em branco é aquele em que o beneficiário apenas apõe sua assinatura no verso do cheque, sem mencionar um novo beneficiário. Até 31 de dezembro de 2007, devido à Lei da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, extinta naquela data, não se admitia a transferência por endosso em branco. Endosso em preto é aquele em que o beneficiário apõe sua assinatura no verso do cheque, mencionando o novo beneficiário. O endosso pode ser dispensado: • para depósito em nome do beneficiário indicado no anverso do cheque ou do beneficiário final indicado no verso do cheque; • para depósito ou pagamento de compromisso em nome Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 5/8do emitente, no caso de cheque nominativo ao banco no qual o emitente deve efetuar o depósito ou o pagamento do compromisso. 4. Cruzamento Para maior segurança do portador e do sacador foi instituído o cruzamento de cheques, que poderá ser feito por qualquer um dos interessados: beneficiário, emitente ou sacado (banco). O cruzamento impede o saque do cheque em espécie no guichê. Cruzamento de cheque é a aposição de duas linhas paralelas no anverso, tornando-o pagável pelo sacado apenas a banco ou a cliente do sacado. Ressaltamos que a Lei do Cheque não estabelece tamanho para as linhas que compõem o cruzamento; portanto, mesmo duas pequenas linhas paralelas no canto do anverso (frente) do cheque já caracterizam o cruzamento. O cruzamento pode ser em branco ou em preto, conforme explicamos a seguir: • cruzamento em branco não contém na entrelinha o nome do banco, sendo, portanto, pagável a qualquer banco; • cruzamento em preto contém na entrelinha o nome do banco a que deve ser pago, sendo portanto apresentável única e exclusivamente ao banco mencionado entre as linhas. É vedado o acolhimento por um banco de cheque com cruzamento em preto de outro banco. A Lei não admite a anulação do cruzamento; qualquer declaração neste sentido não surtirá efeito algum. Admite- se a transformação do cruzamento em branco em cruzamento em preto; entretanto, o contrário não é admitido. A Lei admite também a chamada Cláusula para ser levada em conta, que consiste em uma anotação no anverso do cheque, estabelecendo a finalidade para a qual o emitente deseja que seja utilizado este cheque. As mais comuns são "para depósito em conta-corrente", "apenas para pagamento ao favorecido ou depósito em sua conta-corrente” e similares. Não é permitida anulação da inscrição. A inscrição obrigatoriamente deverá ser cumprida. O cheque contendo no anverso do título a expressão "Para ser creditado em conta do favorecido", não pode ser transferido por endosso. 5. Circulação 5.1. Apresentação, Pagamento e Prescrição do Cheque O cheque circula passando de mão em mão, sendo transferido a outra pessoa quando não for ao portador, por meio de endosso. Todavia, há prazo a ser observado para a sua apresentação. A Lei determinou prazos para apresentação e prescrição do cheque. Isso tudo para evitar que o beneficiá rio permanecesse com o cheque por um período indeterminado de tempo. O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias para o cheque da mesma praça e de 60 dias para o cheque de outra praça. Do ponto de vista legal e prático, o prazo de apresentação é aquele durante o qual os coobrigados também respondem pelo pagamento do cheque. Após o prazo de apresentação, dentro do prazo de prescrição, apenas os obrigados diretos (o emitente e seus avalistas) respondem pelo pagamento do cheque. A prescrição cambial do cheque consiste na perda do direito do beneficiário de executar o título em ação cambial (prescrição cambial). No caso do cheque, a prescrição cambial também implica que o beneficiário perde o direito de descontar o cheque junto ao banco. Segundo a Lei do Cheque, prescreve em seis meses após vencido o prazo de apresentação o direito à ação cambial. Portanto, a prescrição do cheque ocorre em: • 30 dias mais 6 meses, para o cheque emitido na mesma praça em que deve ser pago; • 60 dias mais 6 meses, para o cheque emitido em praça diferente daquela em que deve ser pago. Caso o cheque não mencione a praça de emissão, entende-se que foi emitido na mesma praça. Para a Lei do Cheque, praça equivale a município. A morte do emitente ou a sua incapacidade posterior à emissão não invalida os efeitos do cheque. A figura do cheque pré-datado inexiste na Lei do Cheque; portanto, o banco pagará o cheque na data em que este for apresentado. Entretanto, o Judiciário consolidou jurisprudência no sentido de que o cheque pré-datado é um contrato verbal entre o emitente e o beneficiário, e que a apresentação para pagamento de um cheque pré-datado antes do dia aprazado constitui quebra deste contrato verbal. Em 17/02/2009, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que a apresentação de cheque pré-datado antes da data ajustada pelas partes pode gerar dano moral. A decisão deu origem à Súmula nº 370. O banco tem obrigação de pagar o cheque, havendo provisão de fundos, até o prazo de prescrição. Entretanto, há determinadas situações em que a Lei prevê ao sacado (banco) o direito de recusar-se ao pagamento do cheque, mesmo que seja apresentado dentro dos prazos previstos e que tenha suficiente provisão de fundos, quais sejam: • apresentação de cheque em que falte qualquer requisito essencial (por exemplo, cheque sem preenchimento do extenso ou sem assinatura); • cheque emitido na forma que não seja a fornecida pelo sacado - como já comentamos anteriormente, apenas o banco pode confeccionar o talonário de cheque: não se admite que o correntista confeccione um cheque em casa ou "compre modelo em papelaria". Esta restrição não existe para os outros títulos de crédito: a duplicata, a letra de câmbio e a nota promissória podem ser confeccionadas pelo emitente ou preenchidas a partir de modelo comprado em papelaria; • dúvida quanto à autenticidade do documento ou de alguns dos seus lançamentos; cheque mutilado, partido, rasurado ou com data suspeita; • aviso de extravio do cheque ou do talão; • oposição/contraordem de cheque; • falência do titular da conta para que não possa o falido Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 6/8 subtrair do total o valor correspondente, devendo o pagamento ser feito ao sindico ou liquidatário; • incapacidade do portador; • assinatura divergente ou insuficiente; • cheque com irregularidade de endosso. Comentamos acima que um dos motivos que impede o pagamento do cheque é a oposição. Oposição é a solicitação feita para sustação do pagamento do cheque, por escrito, não cabendo ao banco sacado questionar o motivo alegado. A oposição pode ser feita pelo emitente do cheque ou pelo portador legitimado. Portador legitimado é qualquer pessoa que declare possuir direitos sobre o cheque; para comprovar esta condição, é necessário e suficiente que o portador informe os dados do cheque ao banco. Caso o motivo alegado seja furto ou roubo, o solicitante deve apresentar o Boletim de Ocorrência Policial. O cancelamento da oposição somente pode ocorrer por iniciativa do próprio solicitante, que deve formalizar o cancelamento, por escrito, no verso do modelo da solicitação inicial. A diferença entre oposição/contra-ordem e aviso de extravio é que no caso da oposição, o cheque foi emitido, e no caso do aviso de extravio, o cheque foi perdido em branco. Quando não existir provisão de fundos, o cheque pode ser protestado por falta de pagamento. No caso de falta de pagamento, o protesto do cheque é necessário e importante para que o portador assegure direito de regresso contra os endossantes e seus respectivos avalistas. 6. Compensação É a troca, entre as instituições financeiras participantes, de cheques e outros papéis compensáveis que representam valor. Está caminhando aceleradamente para a troca integralmente eletrônica. Podem transitar pela compensação: • cheques; • fichas de compensação; • ordens bancárias; • outros papéis compensáveis. É disciplinada pelo Banco Central e executada pelo Banco do Brasil, que sedia as sessões de troca e devolução de documentos. Na compensação, existem as figuras do Executante, Participante, Remetente e Destinatário, explicadas a seguir: Executante - Banco do Brasil; Participante- qualquer instituição financeira que participa das sessões de troca e devolução; Remetente - instituição que remete documentos compensáveis a outra(s) através de uma sessão de troca; Destinatário - instituição que recebe documentos de outra(s) numa sessão de troca. Existem três modalidades de compensação: • a Local, • a Integrada Regional e • a Nacional. A Compensação Local abrange as agências bancárias de um mesmo município; a Integrada Regional engloba as agências localizadas em determinada região, delimitada pelo Banco Central e denominada Sistema Integrado Regional de Compensação (SIRC); já a Compensação Nacional engloba agências em todo o país. A Compe Nacional é utilizada para trocar documentos que foram depositados em uma agência de um SIRC para serem finalizados em outra agência bancária de outro SIRC. As sessões de troca nacional são sediadas em São Paulo. Nela, todas as instituições financeiras que mantêm contas de depósitos movimentáveis por cheques precisam ter representante. Os depósitos efetuados em cheque nas contas dos clientes dos bancos remetentes ficam bloqueados pelo prazo necessário à efetivação da troca e devolução do cheque. Este prazo sempre é contado em dias úteis, a partir do imediatamente seguinte ao depósito, e em função da sessão de troca: • local/integrada regional - cheques superiores: 24h; • local/integrada regional - cheques inferiores: 48h; • compensação nacional: varia, dependendo da localização da agência remetente e da agência sacada. Pode ser de 3 a 22 dias úteis; este prazo maior é utilizado apenas quando a agência sacada está localizada em uma praça de difícil acesso. A definição das praças de difícil acesso é responsabilidade do Banco Central. A divisão quanto aos valores dos cheques em "cheques superiores" e "cheques inferiores” obedece à norma do Bacen, que estabelece o valor mínimo para que o cheque seja considerado "superior". Até novembro de 2009, este valor estava em R$ 300,00. 6.1. Devolução de Cheques pela Compensação Quando a apresentação do cheque é feita pela compensação, existem vários motivos para a devolução deste cheque. Veremos a seguir os motivos de devolução de cheques utilizados na agência bancária. Os motivos de devolução são agrupados em quatro grupos: • sem provisão de fundos (de 11 a 14 - dezena 10); • impedimento ao pagamento (de 20 a 30 - dezena 20); • cheque com irregularidade (de 31 a 36 - dezena 30); • apresentação indevida (de 40 a 49 - dezena 40). Vejamos os motivos: Cheque sem provisão de fundos Código Motivo 11 cheque sem fundos - 1 ª apresentação 12 cheque sem fundos - 2ª apresentação 13 conta encerrada 14 prática espúria Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 7/8 O motivo 12 caracteriza-se quando a reapresentação do cheque ocorrer em data diferente da 1 ª apresentação pelo mesmo motivo, salvo se nesse espaço de tempo não houver ocorrências que se enquadrem como: • contraordem ou oposição ao pagamento pelo emitente ou pelo portador - código 21; • cancelamento de talonário pelo banco sacado - código 25. O motivo 14 é utilizado exclusivamente pelos bancos que assumirem o Compromisso de Pronto Acolhimento (CPA) junto ao Bacen O motivo 14 caracteriza-se pela ocorrência de uma das situações a seguir: • se forem apresentados, no mesmo dia, mais de 3 cheques sem fundos cujo valor não ultrapasse o limite de R$ 3,41; • se pagos, em datas diferentes, 3 ou mais cheques sem fundos, cujo valor não ultrapasse o limite de R$ 3,41. O Compromisso de Pronto Acolhimento é um compromisso firmado pelo banco junto ao Bacen de que até 3 cheques com insuficiência de fundos cujo valor não ultrapasse R$ 3,41 serão pagos pelo banco, mesmo sem fundos disponíveis na conta do cliente. O banco é responsável pela inclusão do nome do correntista no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF), quando ocorrer devolução pelos códigos 12, 13 ou 14. O prazo de permanência dos nomes dos correntistas no CCF é de 5 (cinco) anos, contados a partir da data da última inclusão. No caso de cheque emitido por correntista(s) de conta conjunta solidária, será incluído no CCF apenas o CPF do correntista que emitiu o cheque. No caso de cheque emitido por correntista(s) de conta conjunta não solidária, terão que ser incluídos no CCF os nomes e respectivos CPF de todos os titulares da conta. Conta conjunta é aquela cadastrada em nome de dois ou mais titulares. A conta conjunta solidária pode ser movimentada individualmente por qualquer um dos titulares; a conta conjunta não solidária só pode ser movimentada por todos os titulares em conjunto. O correntista incluso no CCF pode solicitar ao banco a exclusão de seu nome do Cadastro, desde que o cliente comprove o pagamento do cheque que deu origem à ocorrência e efetue o recolhimento das taxas decorrentes. Impedimento ao Pagamento Código Motivo 20 talão extraviado em branco pelo cliente 21 contraordem ou oposição ao pagamento pelo emitente ou portador 22 divergência ou insuficiência de assinatura 24 bloqueio judicial ou determinação do Banco Central do Brasil 25 cancelamento de talonário pelo banco sacado 28 contraordem/oposição por furto ou roubo 29 cheque bloqueado por falta de confirmação de recebimento do talonário pelo correntista Impedimento ao Pagamento Código Motivo O motivo 29 se aplica aos talonários solicitados pelo cliente no autoatendimento, Internet ou telefone, e remetidos para sua residência pelo correio. O cliente deve confirmar junto ao banco o recebimento do talonário antes de emitir o cheque. 30 roubo de malotes Cheque com Irregularidade Código Motivo 31 erro formal, ou seja, sem data de emissão, com o mês grafado numericamente, ausência de assinatura, não registro do valor por extenso, ou com erro no extenso 32 ausência ou irregularidade na aplicação do carimbo de compensação 33 divergência de endosso bancário O motivo 33 é utilizado em duas situações, ambas com o cheque cruzado em branco: • cheque nominativo a um banco e apresentado por outro; • cheque com dois ou mais carimbos de endosso bancário (carimbo de compensação aposto no verso do cheque) apostas por bancos diferentes, sem o cancelamento de um deles. 34 cheque apresentado por estabelecimento bancário que não o indicado no cruzamento em preto, sem o endosso-mandato 35 cheque fraudado, emitido sem prévio controle ou responsabilidade do estabelecimento bancário ou ainda com adulteração da praça sacada e cheque contendo a expressão "Pagável em qualquer Agência" impressa por meio diferente do utilizado para a sua personalização Cheque sem provisão de fundos Código Motivo 43 cheque devolvido anteriormente pelos códigos 21, 22, 23, 24, 31 e 34, não passível de reapresentação em virtude de persistir o motivo da devolução 44 cheque prescrito 48 cheque de valor superior ao estipulado pelo Banco Central emitido sem a identificação do beneficiá rio, ou seja, cheque acima de R$ 100,00 ao portador 49 remessa nula, caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido pelos códigos 12, 13, 14, 25, 28, 30, 35, 43, 44, podendo a devolução ocorrer a qualquer tempo Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 8/8 Banco do Brasil - Cesgranrio - 2010 818. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas ouprivadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a) (A) Banco Central do Brasil. (B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (C) Conselho Monetário Nacional. (D) Ministério da Fazenda. (E) Caixa Econômica Federal. 819. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia ligada ao Poder Executivo que atua sob a direção do Conselho Monetário Nacional e tem por finalidade básica (A) normatização e controle do mercado de valores mobiliários. (B) compra e venda de ações no mercado da Bolsa de Valores. (C) fiscalização das empresas de capital fechado. (D) captação de recursos no mercado internacional. (E) manutenção da política monetária. 820. O SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia foi desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com a finalidade de (A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto antes de sua liquidação financeira. (B) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores e custodiar os títulos públicos. (C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos públicos federais, exercida pelas instituições financeiras. (D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados antes da sua custódia. (E) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 821. Os depósitos à vista são os recursos captados dos clientes pelos bancos comerciais que, para facilitar livre movimentação desses recursos, disponibilizam o serviço bancário sem remuneração denominado (A) Certificado de Depósito Bancário (CDB). (B) conta-corrente. (C) poupança. (D) cartão de crédito. (E) fundo de investimento. 822. Com a finalidade de captação de recursos, muitas empresas abrem seu capital e emitem ações para serem negociadas no mercado primário ou secundário, dependendo da ocasião da emissão das ações. A emissão de ações no mercado primário ocorre quando a (A) negociação é realizada no pregão da Bolsa de Valores. (B) negociação das ações não se concretizou no mercado secundário. (C) empresa emite ações para negociação somente com empresas do setor primário. (D) empresa emite pela primeira vez ações para serem negociadas no mercado. (E) rentabilidade das ações não atingiu o patamar desejado. 823. O mercado de câmbio envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas. O câmbio manual é a forma de câmbio que (A) pratica a importação e a exportação por meio de contratos. (B) pratica a troca de moeda estrangeira por uma mercadoria. (C) envolve a compra e a venda de moedas estrangeiras em espécie. (D) envolve a troca de títulos ou documentos representativos da moeda estrangeira. (E) exerce a função de equilíbrio na balança comercial externa. 824. As Companhias ou Sociedades Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas como abertas quando (A) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. (B) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. (C) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. (D) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. (E) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. Respostas: Gabarito: 818. C; 819. A; 820. E; 821. B; 822. D; 823. C; 824. D;
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