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(Microsoft Word Caixa contas e cheques padr 343o 29 04 2010.doc)

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Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 1/8 
I. Abertura e movimentação de contas: 
documentos básicos 
1. Tipos de Contas 
Os principais tipos de conta são: 
depósito à vista - é o tipo mais usual de conta bancária. 
Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição para 
ser sacado a qualquer momento; 
poupança - foi criada para estimular a economia popular e 
permite a aplicação de pequenos valores que passam a 
gerar rendimentos mensalmente; e 
conta-salário - é um tipo especial de conta de registro e 
controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários, 
proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões 
e similares. A "conta-salário" não admite outro tipo de 
depósito além dos créditos da entidade pagadora e não é 
movimentável por cheques. 
2. Abertura 
Para abertura de conta de depósito, é necessário 
preencher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o 
contrato firmado entre banco e cliente; dispor de quantia 
mínima, caso exigida pelo banco; e apresentar os originais 
dos seguintes documentos: 
no caso de pessoa física: 
• documento de identificação (carteira de identidade ou 
equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional de 
habilitação nos moldes previstos na Lei 9.503, de 1997); 
• inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e 
• comprovante de residência. 
no caso de pessoa jurídica: 
• documento de constituição da empresa (contrato social e 
registro na junta comercial); 
• documentos que qualifiquem e autorizem os 
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar 
a conta; e 
• inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
(CNPJ). 
O contrato de abertura de conta um acordo entre as 
partes, a instituição financeira não é obrigada a abrir uma 
conta específica. 
O menor de idade pode ser titular de conta bancária. O 
jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo 
pai, mãe ou responsável legal. O maior de 16 e menor de 
18 anos não-emancipado deve ser assistido pelo pai, mãe 
ou pelo responsável legal. 
O banco deve prestar no ato de abertura conta 
informações sobre direitos e deveres do correntista e do 
banco, constantes de contrato, tais como: 
• condições para fornecimento de talonário de cheques; 
• necessidade de você comunicar, por escrito, qualquer 
mudança de endereço ou número de telefone; 
• condições para inclusão do nome do depositante no 
Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF); 
• informação de que os cheques liquidados, uma vez 
microfilmados, poderão ser destruídos; 
• tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços 
que não podem ser cobrados; 
• saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta. 
Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas 
explicativas na ficha-proposta. 
Antes de abrir uma conta o interessado deve tomar os 
seguintes cuidados: 
• ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha-
proposta); 
• não assinar nenhum documento antes de esclarecer 
todas as dúvidas, inclusive referentes a tarifas, juros e 
outros encargos; 
• solicitar cópia dos documentos que assinou. 
As informações incluídas na ficha-proposta e todos os 
documentos de identificação devem ser conferidos, nos 
originais, quando da abertura da conta, pelo funcionário 
encarregado da abertura da conta, que assina a ficha 
juntamente com o gerente responsável. 
Os nomes desses dois funcionários devem estar 
claramente indicados na ficha-proposta. 
Em caso de abertura de contas para deficientes visuais o 
banco deve providenciar a leitura de todo o contrato, em 
voz alta. 
O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta não pode 
ser transferido, pelo banco, para qualquer modalidade de 
investimento sem autorização do correntista. 
Isso somente pode ocorrer mediante autorização feita por 
escrito ou por meio eletrônico. 
O banco não pode fazer débitos em conta sem autorização 
do cliente. 
O banco só pode debitar na conta se tiver sido autorizado 
pelo correntista. Essa autorização pode ocorrer no 
momento da assinatura do contrato, ou em contratos de 
financiamento e empréstimo em que o cliente concorde 
com o débito em sua conta, ou ainda nas situações de 
agendamento de pagamento solicitado pelo titular da 
conta. 
O débito relativo a tarifas bancárias normalmente é 
autorizado no momento da assinatura do contrato. 
Observe que, mesmo autorizado, o débito referente à 
cobrança de tarifa em conta-corrente e em conta de 
poupança não pode ser superior ao saldo disponível, 
sendo que o saldo disponível compreende o saldo em sua 
conta mais o limite de cheque especial, quando houver. 
Sendo um contrato voluntário e por tempo indeterminado, 
uma conta bancária pode ser encerrada por qualquer uma 
das partes envolvidas. 
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele 
deve: 
• comunicar o fato, solicitando a regularização do saldo e 
a devolução dos cheques por acaso em poder do 
correntista; 
• anotar a decisão na ficha-proposta. 
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas 
irregularidades nas informações prestadas, julgadas de 
natureza grave, comunicando o fato imediatamente ao 
Banco Central. 
No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta 
depende da decisão do próprio banco, mas não poderá 
continuar fornecendo talão de cheque a você. 
Quando a iniciativa do encerramento for sua, você deverá 
observar os seguintes cuidados: 
• entregar ao banco correspondência solicitando o 
 
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encerramento da sua conta, exigindo recibo na cópia, ou 
enviar pelo correio, por meio de carta registrada; 
• verificar se todos os cheques emitidos foram 
compensados para evitar que seu nome seja incluído no 
CCF pelo motivo 13 (conta encerrada); 
• entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu 
poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; 
• manter recursos suficientes para o pagamento de 
compromissos assumidos com a instituição financeira ou 
decorrentes de disposições legais. 
A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo 
encerramento da conta, por correspondência ou por meio 
eletrônico. 
O Banco Central não pode bloquear ou desbloquear 
valores em contas. 
Apenas um Juiz pode protocolar ordens de bloqueio, 
desbloqueio e transferências de valores e/ou contas, 
solicitar informações sobre endereço, existência de ativos 
financeiros, saldo, extratos, comunicação de falência e 
extinção de falência. 
Para facilitar a comunicação entre o Poder Judiciário e as 
instituições financeiras, o Banco Central desenvolveu um 
sistema informatizado chamado Bacen Jud, por meio do 
qual as ordens judiciais são registradas e transmitidas 
eletronicamente para as instituições financeiras. 
Na verdade, os juízes poderiam enviar suas determinações 
diretamente às instituições financeiras, mas, pela facilidade 
de comunicação que dispõe com o Sistema Financeiro, o 
Banco Central auxilia o Poder Judiciário na intermediação 
desse processo. 
3. Depósitos à Vista (conta-corrente) 
A conta de pessoa física pode ser: 
• individual, 
• conjunta solidária e 
• conjunta não solidária. 
A conta individual é aquela cadastrada em nome de 
apenas um titular. 
A conta conjunta é aquela em nome de dois ou mais 
titulares, não havendo limitação legal para o número 
máximo de titulares de uma conta conjunta. 
Podem ser: 
• solidária - pode ser movimentada individualmente por 
qualquer um dos titulares; 
• não solidária - com a assinatura conjunta de todos os 
titulares. 
Isto significa que, na conta-corrente conjunta solidária,basta que apenas um dos titulares assine o cheque; já na 
conta-corrente conjunta não solidária, todos os titulares 
devem assinar o cheque na emissão. 
4. Movimentação 
A movimentação de recursos na conta-corrente pessoa 
física ocorre por meio de cheque, guia de retirada, cartão 
magnético e Internet Banking. 
Guia de retirada, também chamada de cheque avulso ou 
saque contra recibo, é um documento de saque 
exclusivamente para uso na agência bancária, sendo 
fornecida ao correntista somente no momento do saque. 
O cartão magnético é um cartão de plástico dotado de uma 
tarja magnética e/ou um chip, que permite consultas, 
saques e demais operações bancárias nos terminais 
eletrônicos dos bancos ou dos estabelecimentos 
comerciais conveniados. 
Internet Banking é uma tecnologia que permite o acesso 
do cliente à sua conta, para consulta e transações 
eletrônicas, por meio do site do banco na Internet. 
Neste contexto, quando falamos de movimentação, 
estamos nos referindo a saque, retiradas, pagamentos e 
transferências, ou seja, movimentação a débito. 
É importante fazer esta diferenciação, pois a 
movimentação a crédito de uma conta (depósitos, por 
exemplo) pode ser feita por qualquer pessoa (qualquer um 
pode depositar valores em qualquer conta, sua ou de 
outrem, à sua livre escolha); no entanto, evidentemente 
apenas o titular de uma conta-corrente ou seus 
representantes podem efetuar saques e pagamentos. 
Na conta conjunta não solidária, a movimentação se dá 
exclusivamente por cheques ou guia de retirada. 
Não é emitido cartão magnético para este tipo de conta, 
pois o cartão magnético é de uso pessoal e individual e a 
conta conjunta não solidária só admite saques efetuados 
por todos os titulares em conjunto. 
5. Tarifas 
Em dezembro de 2007, o Conselho Monetário Nacional - 
CMN criou novas regras para disciplinar a cobrança de 
tarifas bancárias no Brasil, com foco especial nos serviços 
mais utilizados por pessoas físicas, buscando dar maior 
transparência e clareza à prestação de serviços pelos 
bancos, de forma a permitir ao consumidor comparar e 
verificar qual o fornecedor que atende melhor às suas 
necessidades, estimulando a concorrência no setor. 
As medidas tiveram por objetivo aumentar a transparência 
na cobrança de tarifas para pessoas físicas, de forma que 
cada cliente saiba exatamente pelo que está pagando. 
A padronização da nomenclatura, com a descrição 
pormenorizada do serviço cobrado, permite a comparação 
entre os preços praticados em cada instituição, levando ao 
aumento da concorrência. 
Os serviços mais utilizados pela população, definidos 
como "serviços prioritários", passaram a ter nomenclatura 
(nome) padronizada, que deve ser obrigatoriamente 
utilizada por todos os bancos tanto para a divulgação do 
valor das tarifas correspondentes a esses serviços 
prioritários quanto para identificação da cobrança nos 
extratos, recibos e quaisquer outros documentos 
(Resolução CMN 3.518). 
O número de serviços prioritários é de 20, não sendo 
admitida a cobrança de qualquer outra tarifa relacionada a: 
1 - movimentação de contas de depósitos, 
2 - transferência de recursos, 
3 - confecção de cadastro e 
4 - operações de crédito (Circular 3.371, alterada pela 
Circular 3.466). 
Dessa forma, não podem mais ser cobradas tarifas, por 
exemplo, por cheque compensado ou por depósitos e nem 
por abertura de crédito (TAC). 
Portanto, somente podem ser cobradas as tarifas previstas 
na regulamentação. A padronização da nomenclatura 
desses serviços permite a comparação entre os valores 
cobrados em cada banco, levando a uma maior 
 
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competição e, consequentemente, gerando benefícios para 
o consumidor. 
De modo geral, elas podem ser agrupadas da seguinte 
forma: 
• Ampliação de serviços gratuitos: o número de 
serviços bancários para os quais é vedada a cobrança 
de tarifas foi ampliado. Esses serviços foram 
denominados "serviços essenciais", pois permitem a 
movimentação gratuita de contas de depósitos, dentro 
dos limites estabelecidos pela Resolução CMN 3.518. 
• Pacote de tarifas: foi instituído pacote básico de 
serviços prioritários, de forma a facilitar a comparação 
das tarifas mais comuns ao consumidor. Todas as 
instituições têm que oferecer esse pacote cujo valor não 
pode superar a soma do valor das tarifas individuais. O 
consumidor tem o direito de optar pelo pacote básico, 
por outro pacote qualquer ou pela utilização e 
pagamento apenas por serviços escolhidos, da forma 
que considerar mais vantajosa (Resolução CMN 3.518 e 
Circular 3.371, alterada pela Circular 3.466). 
• Prazo de reajuste: foi estabelecido o prazo (mínimo) de 
180 dias para aumento do valor de tarifa pela prestação 
de serviços prioritários. Cada instituição pode fazer 
eventuais reajustes quando quiser e da forma que 
quiser, mas terá que respeitar esse prazo mínimo para 
aumento do valor de tarifas. Não há restrições para a 
redução do valor de tarifas, que pode ocorrer a qualquer 
momento. 
• Prazo para divulgação e cobrança de nova tarifa ou 
de majoração de seu valor: somente é admitida a 
cobrança de nova tarifa ou de tarifa com preço majorado 
após divulgação da ocorrência com, no mínimo, 30 dias 
de antecedência, sendo permitida a cobrança apenas 
para os serviços utilizados após esse prazo. Para a 
redução do valor de tarifa não é necessária a 
observância do prazo de 30 dias. 
• Custo Efetivo Total (CET): o CET foi criado para 
permitir que o cliente saiba exatamente o custo de um 
crédito. O CET é expresso por uma taxa percentual 
anual que considera todos os custos envolvidos na 
operação, como juros, tributos, tarifas, seguros e 
quaisquer outras despesas cobradas do cliente. A 
informação do CET é obrigatória previamente à 
contratação de operação de crédito e de arrendamento 
mercantil financeiro, bem como em informes publicitários 
a respeito do financiamento ou arrendamento de bens. A 
utilização do CET passou a ser obrigatória a partir de 3 
de março de 2008 para contratação de operações com 
pessoas físicas (Resolução CMN 3.517). 
• Tarifa de Liquidação Antecipada: foi vedada, a partir 
de dezembro de 2007, a cobrança de tarifa de liquidação 
antecipada (TLA) em operações de crédito e de 
arrendamento mercantil financeiro pactuadas com 
pessoas físicas, com microempresas e empresas de 
pequeno porte. Os contratos devem prever que o valor a 
ser pago para liquidação antecipada da operação de 
crédito deve ser calculado considerando a taxa de juros 
utilizada para o cálculo das prestações e as taxas de 
juros básicas da economia da época da contratação e da 
época da liquidação (Taxa Selic) (Resolução CMN 
3.516). 
• Relação de serviços diferenciados: foram listados os 
serviços diferenciados, para os quais é admitida a 
cobrança de tarifas. Entre esses serviços estão aqueles 
relacionados a aluguel de cofres, entrega em domicílio, 
cartão de crédito e outros serviços de natureza correlata 
prestados a pessoas físicas (Resolução CMN 3.518). 
• Fim da cobrança de tarifas em contas sem saldo: o 
valor de tarifas debitado em contas de depósitos à vista 
e em contas de depósitos de poupança não pode 
exceder o saldo disponível. 
Os serviços bancários considerados "essenciais" são 
gratuitos, observado, em alguns casos, o número de 
ocorrências (utilização) máximo previsto na 
regulamentação. 
De acordo com a Resolução CMN 3.518, são os seguintes 
os "serviços bancários essenciais" a pessoas físicas: 
• relativos à conta corrente de depósito à vista: 
a) fornecimento de cartão com função débito; 
b) fornecimento de dez folhas de cheques por mês, 
desde que o cliente reúna os requisitospara utilização 
de cheque, conforme a regulamentação em vigor e 
condições pactuadas; 
c) fornecimento de segunda via do cartão de débito, 
exceto nos casos decorrentes de perda, roubo, 
danificação e outros motivos não imputáveis à 
instituição emitente; 
d) realização de até quatro saques, por mês, em guichê 
de caixa, inclusive por meio de cheque ou de cheque 
avulso, ou em terminal de auto-atendimento; 
e) fornecimento de até dois extratos contendo a 
movimentação do mês por meio de terminal de auto-
atendimento; 
f) realização de consultas mediante utilização da 
internet; 
g) realização de duas transferências de recursos entre 
contas na própria instituição, por mês, em guichê de 
caixa, em terminal de auto-atendimento e/ou pela 
internet; 
h) compensação de cheques; 
i) fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, de 
extrato consolidado, discriminando, mês a mês, as 
tarifas cobradas no ano anterior. 
• relativos à conta de depósito de poupança: 
a) fornecimento de cartão com função movimentação; 
b) fornecimento de segunda via do cartão com função 
movimentação, exceto nos casos decorrentes de 
perda, roubo, danificação e outros motivos não 
imputáveis à instituição emitente; 
c) realização de até dois saques, por mês, em guichê de 
caixa ou em terminal de auto-atendimento; 
d) realização de até duas transferências para conta de 
depósitos de mesma titularidade; 
e) fornecimento de até dois extratos contendo a 
movimentação do mês; 
f) realização de consultas mediante utilização da 
internet; 
g) fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, de 
extrato consolidado, discriminando, mês a mês, as 
tarifas cobradas no ano anterior. 
 
II. Cheque 
1. Requisitos Essenciais 
O art. 1º da Lei n.º 7.357/85, define os requisitos 
essenciais que o cheque deve conter, a saber: 
I) a denominação "cheque" inscrita no contexto do título e 
expressa na língua em que este é redigido; 
 
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II) a ordem incondicional de pagar uma determinada 
quantia; 
III) o nome do banco (sacado) que deve pagar; 
IV) a indicação do lugar onde deve ser pago; 
V) local e data de emissão; 
VI) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu 
mandatário como poderes especiais. 
Dentro do princípio geral da Lei Uniforme coube ao Banco 
Central do Brasil a regulamentação e padronização do 
cheque no nosso país, acrescentando aos requisitos 
essenciais estabelecidos pela Lei os denominados 
elementos de padronização, que compõem o lay-out 
padronizado do cheque. 
Podemos verificar que, independentemente do banco, os 
campos do lay-out do cheque são sempre os mesmos nas 
mesmas posições. 
A quantia a ser paga deve ser determinada por cifra e por 
extenso, prevalecendo o extenso em caso de divergência. 
Indicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, 
quer por algarismo, prevalece, no caso de divergência, a 
indicação da menor quantia. Indicada a quantia três ou 
mais vezes, prevalece, em caso de divergência, a 
indicação da menor quantia. O não preenchimento da 
quantia em algarismos não impede o pagamento do 
cheque. 
A data de emissão compreende o dia, o mês e o ano. Não 
se admite o mês grafado numericamente. 
A assinatura do emitente pode ser constituída por chancela 
mecânica ou processo equivalente. Salvo a assinatura do 
emitente, todas as indicações podem ser impressas, 
datilografadas ou manuscritas, no todo ou em parte, não 
podendo conter rasura ou emenda. 
1.1. Lugar de Pagamento 
Existem requisitos que, embora constem do art. 1º da Lei 
do Cheque, não são considerados essenciais, em virtude 
de a Lei Uniforme apresentar critérios para o seu 
suprimento. 
Assim, destacam-se da enumeração do referido art. 1º as 
alíneas 4 (indicação do lugar do pagamento) e 5 (data e 
lugar da emissão). 
Diz o art. 2º da Lei Uniforme relativa ao cheque: "Na falta 
de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome 
do sacado considera-se como sendo o lugar do 
pagamento. Se forem indicados vários lugares ao lado do 
nome do sacado, o cheque é pagável no primeiro lugar 
indicado." 
Na ausência destas indicações ou de qualquer outra 
indicação, o cheque é pagável no lugar em que o sacado 
tem o seu estabelecimento principal. 
O cheque sem indicação do lugar de sua emissão 
considera-se passado no lugar designado ao lado do nome 
do emitente. 
2. Cheque ao portador e cheque nominativo 
As normas em geral tratam do cheque como sendo ao 
portador ou nominativo. 
O cheque é considerado ao portador quando não indica o 
nome do beneficiário, sendo pagável a quem o apresentar. 
Todavia, o prof. Cabral, renomado professor de 
Conhecimentos Bancários, defende a tese de que só 
existem dois tipos de cheques: ao portador ou à ordem. 
O professor Cabral destaca que o Código Civil Brasileiro, 
de 2002, fala de títulos ao portador e à ordem. 
No que diz respeito ao título nominativo, a característica 
desse título é o que o nome do favorecido conste em livro 
de registro do emitente e transferência ocorre mediante 
termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário 
e pelo adquirente 
Todavia, a grande maioria de autores de livros e apostilas, 
inclusive o Carlos Arthur Newlands Jr, o Banco Central do 
Brasil e as demais instituições financeiras tratam do 
assunto desconsiderando esse particular apontado pelo 
Cabral. Ou seja, entendem que o cheque pode ser ao 
portador ou nominativo. 
A lei determina que o Bacen - Banco Central do Brasil - 
estabeleça um valor máximo para a emissão de cheques 
ao portador. Acima deste valor - que desde julho/1994 está 
estabelecido em R$ 100,00 - o cheque será emitido 
obrigatoriamente na forma nominativa. 
No caso específico de cheque emitido por entidade 
pública, é obrigatória a emissão de cheque na forma 
nominativa para qualquer valor de emissão. 
O cheque é nominativo quando indica o nome do 
beneficiário. Pode ser nominativo à ordem e nominativo 
não à ordem. 
Nominativo à ordem é o cheque no qual é indicado o nome 
do beneficiário, que pode sacá-lo ou transferir os direitos a 
outrem, mediante assinatura no verso (endosso). 
Nominativo não à ordem é o cheque cujo beneficiário 
indicado para sacá-lo não pode transferir os direitos por 
endosso, admitindo-se, porém, a transferência através de 
cessão civil, ou seja, através de transferência de direitos 
registrada em cartório. 
Para tornar o cheque não à ordem, o emitente deve 
escrever esta expressão logo após o nome do beneficiário, 
sem rasurar a expressão pré-impressa "à ordem". 
O endosso é a forma em que o beneficiário transfere a 
propriedade de um cheque nominativo à ordem, mediante 
assinatura no verso do documento. O endosso pode ser 
feito por pessoa física maior ou emancipada ou por pessoa 
jurídica. 
3. Endosso 
O endosso pode ser em branco ou em preto. 
Endosso em branco é aquele em que o beneficiário 
apenas apõe sua assinatura no verso do cheque, sem 
mencionar um novo beneficiário. 
Até 31 de dezembro de 2007, devido à Lei da CPMF - 
Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, 
extinta naquela data, não se admitia a transferência por 
endosso em branco. 
Endosso em preto é aquele em que o beneficiário apõe 
sua assinatura no verso do cheque, mencionando o novo 
beneficiário. 
O endosso pode ser dispensado: 
• para depósito em nome do beneficiário indicado no 
anverso do cheque ou do beneficiário final indicado no 
verso do cheque; 
• para depósito ou pagamento de compromisso em nome 
 
Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 5/8do emitente, no caso de cheque nominativo ao banco no 
qual o emitente deve efetuar o depósito ou o pagamento 
do compromisso. 
4. Cruzamento 
Para maior segurança do portador e do sacador foi 
instituído o cruzamento de cheques, que poderá ser feito 
por qualquer um dos interessados: beneficiário, emitente 
ou sacado (banco). O cruzamento impede o saque do 
cheque em espécie no guichê. 
Cruzamento de cheque é a aposição de duas linhas 
paralelas no anverso, tornando-o pagável pelo sacado 
apenas a banco ou a cliente do sacado. Ressaltamos que 
a Lei do Cheque não estabelece tamanho para as linhas 
que compõem o cruzamento; portanto, mesmo duas 
pequenas linhas paralelas no canto do anverso (frente) do 
cheque já caracterizam o cruzamento. 
O cruzamento pode ser em branco ou em preto, conforme 
explicamos a seguir: 
• cruzamento em branco não contém na entrelinha o nome 
do banco, sendo, portanto, pagável a qualquer banco; 
• cruzamento em preto contém na entrelinha o nome do 
banco a que deve ser pago, sendo portanto apresentável 
única e exclusivamente ao banco mencionado entre as 
linhas. 
É vedado o acolhimento por um banco de cheque com 
cruzamento em preto de outro banco. 
A Lei não admite a anulação do cruzamento; qualquer 
declaração neste sentido não surtirá efeito algum. Admite-
se a transformação do cruzamento em branco em 
cruzamento em preto; entretanto, o contrário não é 
admitido. 
A Lei admite também a chamada Cláusula para ser levada 
em conta, que consiste em uma anotação no anverso do 
cheque, estabelecendo a finalidade para a qual o emitente 
deseja que seja utilizado este cheque. 
As mais comuns são "para depósito em conta-corrente", 
"apenas para pagamento ao favorecido ou depósito em 
sua conta-corrente” e similares. Não é permitida anulação 
da inscrição. A inscrição obrigatoriamente deverá ser 
cumprida. 
O cheque contendo no anverso do título a expressão "Para 
ser creditado em conta do favorecido", não pode ser 
transferido por endosso. 
5. Circulação 
5.1. Apresentação, Pagamento e Prescrição do 
Cheque 
O cheque circula passando de mão em mão, sendo 
transferido a outra pessoa quando não for ao portador, por 
meio de endosso. 
Todavia, há prazo a ser observado para a sua 
apresentação. 
A Lei determinou prazos para apresentação e prescrição 
do cheque. Isso tudo para evitar que o beneficiá rio 
permanecesse com o cheque por um período 
indeterminado de tempo. 
O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias para o 
cheque da mesma praça e de 60 dias para o cheque de 
outra praça. 
Do ponto de vista legal e prático, o prazo de apresentação 
é aquele durante o qual os coobrigados também 
respondem pelo pagamento do cheque. 
Após o prazo de apresentação, dentro do prazo de 
prescrição, apenas os obrigados diretos (o emitente e seus 
avalistas) respondem pelo pagamento do cheque. 
A prescrição cambial do cheque consiste na perda do 
direito do beneficiário de executar o título em ação cambial 
(prescrição cambial). 
No caso do cheque, a prescrição cambial também implica 
que o beneficiário perde o direito de descontar o cheque 
junto ao banco. 
Segundo a Lei do Cheque, prescreve em seis meses após 
vencido o prazo de apresentação o direito à ação cambial. 
Portanto, a prescrição do cheque ocorre em: 
• 30 dias mais 6 meses, para o cheque emitido na mesma 
praça em que deve ser pago; 
• 60 dias mais 6 meses, para o cheque emitido em praça 
diferente daquela em que deve ser pago. 
Caso o cheque não mencione a praça de emissão, 
entende-se que foi emitido na mesma praça. 
Para a Lei do Cheque, praça equivale a município. 
A morte do emitente ou a sua incapacidade posterior à 
emissão não invalida os efeitos do cheque. 
A figura do cheque pré-datado inexiste na Lei do Cheque; 
portanto, o banco pagará o cheque na data em que este 
for apresentado. 
Entretanto, o Judiciário consolidou jurisprudência no 
sentido de que o cheque pré-datado é um contrato verbal 
entre o emitente e o beneficiário, e que a apresentação 
para pagamento de um cheque pré-datado antes do dia 
aprazado constitui quebra deste contrato verbal. 
Em 17/02/2009, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que 
a apresentação de cheque pré-datado antes da data 
ajustada pelas partes pode gerar dano moral. A decisão 
deu origem à Súmula nº 370. 
O banco tem obrigação de pagar o cheque, havendo 
provisão de fundos, até o prazo de prescrição. 
Entretanto, há determinadas situações em que a Lei prevê 
ao sacado (banco) o direito de recusar-se ao pagamento 
do cheque, mesmo que seja apresentado dentro dos 
prazos previstos e que tenha suficiente provisão de fundos, 
quais sejam: 
• apresentação de cheque em que falte qualquer requisito 
essencial (por exemplo, cheque sem preenchimento do 
extenso ou sem assinatura); 
• cheque emitido na forma que não seja a fornecida pelo 
sacado - como já comentamos anteriormente, apenas o 
banco pode confeccionar o talonário de cheque: não se 
admite que o correntista confeccione um cheque em 
casa ou "compre modelo em papelaria". Esta restrição 
não existe para os outros títulos de crédito: a duplicata, a 
letra de câmbio e a nota promissória podem ser 
confeccionadas pelo emitente ou preenchidas a partir de 
modelo comprado em papelaria; 
• dúvida quanto à autenticidade do documento ou de 
alguns dos seus lançamentos; cheque mutilado, partido, 
rasurado ou com data suspeita; 
• aviso de extravio do cheque ou do talão; 
• oposição/contraordem de cheque; 
• falência do titular da conta para que não possa o falido 
 
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subtrair do total o valor correspondente, devendo o 
pagamento ser feito ao sindico ou liquidatário; 
• incapacidade do portador; 
• assinatura divergente ou insuficiente; 
• cheque com irregularidade de endosso. 
Comentamos acima que um dos motivos que impede o 
pagamento do cheque é a oposição. 
Oposição é a solicitação feita para sustação do pagamento 
do cheque, por escrito, não cabendo ao banco sacado 
questionar o motivo alegado. 
A oposição pode ser feita pelo emitente do cheque ou pelo 
portador legitimado. 
Portador legitimado é qualquer pessoa que declare possuir 
direitos sobre o cheque; para comprovar esta condição, é 
necessário e suficiente que o portador informe os dados do 
cheque ao banco. 
Caso o motivo alegado seja furto ou roubo, o solicitante 
deve apresentar o Boletim de Ocorrência Policial. 
O cancelamento da oposição somente pode ocorrer por 
iniciativa do próprio solicitante, que deve formalizar o 
cancelamento, por escrito, no verso do modelo da 
solicitação inicial. 
A diferença entre oposição/contra-ordem e aviso de 
extravio é que no caso da oposição, o cheque foi emitido, e 
no caso do aviso de extravio, o cheque foi perdido em 
branco. 
Quando não existir provisão de fundos, o cheque pode ser 
protestado por falta de pagamento. No caso de falta de 
pagamento, o protesto do cheque é necessário e 
importante para que o portador assegure direito de 
regresso contra os endossantes e seus respectivos 
avalistas. 
6. Compensação 
É a troca, entre as instituições financeiras participantes, de 
cheques e outros papéis compensáveis que representam 
valor. 
Está caminhando aceleradamente para a troca 
integralmente eletrônica. 
Podem transitar pela compensação: 
• cheques; 
• fichas de compensação; 
• ordens bancárias; 
• outros papéis compensáveis. 
É disciplinada pelo Banco Central e executada pelo Banco 
do Brasil, que sedia as sessões de troca e devolução de 
documentos. 
Na compensação, existem as figuras do Executante, 
Participante, Remetente e Destinatário, explicadas a 
seguir: 
Executante - Banco do Brasil; 
Participante- qualquer instituição financeira que participa 
das sessões de troca e devolução; 
Remetente - instituição que remete documentos 
compensáveis a outra(s) através de uma sessão de troca; 
Destinatário - instituição que recebe documentos de 
outra(s) numa sessão de troca. 
Existem três modalidades de compensação: 
• a Local, 
• a Integrada Regional e 
• a Nacional. 
A Compensação Local abrange as agências bancárias de 
um mesmo município; a Integrada Regional engloba as 
agências localizadas em determinada região, delimitada 
pelo Banco Central e denominada Sistema Integrado 
Regional de Compensação (SIRC); já a Compensação 
Nacional engloba agências em todo o país. 
A Compe Nacional é utilizada para trocar documentos que 
foram depositados em uma agência de um SIRC para 
serem finalizados em outra agência bancária de outro 
SIRC. As sessões de troca nacional são sediadas em São 
Paulo. Nela, todas as instituições financeiras que mantêm 
contas de depósitos movimentáveis por cheques precisam 
ter representante. 
Os depósitos efetuados em cheque nas contas dos 
clientes dos bancos remetentes ficam bloqueados pelo 
prazo necessário à efetivação da troca e devolução do 
cheque. Este prazo sempre é contado em dias úteis, a 
partir do imediatamente seguinte ao depósito, e em função 
da sessão de troca: 
• local/integrada regional - cheques superiores: 24h; 
• local/integrada regional - cheques inferiores: 48h; 
• compensação nacional: varia, dependendo da 
localização da agência remetente e da agência sacada. 
Pode ser de 3 a 22 dias úteis; este prazo maior é 
utilizado apenas quando a agência sacada está 
localizada em uma praça de difícil acesso. A definição 
das praças de difícil acesso é responsabilidade do 
Banco Central. 
A divisão quanto aos valores dos cheques em "cheques 
superiores" e "cheques inferiores” obedece à norma do 
Bacen, que estabelece o valor mínimo para que o cheque 
seja considerado "superior". Até novembro de 2009, este 
valor estava em R$ 300,00. 
6.1. Devolução de Cheques pela Compensação 
Quando a apresentação do cheque é feita pela 
compensação, existem vários motivos para a devolução 
deste cheque. 
Veremos a seguir os motivos de devolução de cheques 
utilizados na agência bancária. 
Os motivos de devolução são agrupados em quatro 
grupos: 
• sem provisão de fundos (de 11 a 14 - dezena 10); 
• impedimento ao pagamento (de 20 a 30 - dezena 20); 
• cheque com irregularidade (de 31 a 36 - dezena 30); 
• apresentação indevida (de 40 a 49 - dezena 40). 
Vejamos os motivos: 
 
Cheque sem provisão de fundos 
Código Motivo 
11 cheque sem fundos - 1 ª apresentação 
12 cheque sem fundos - 2ª apresentação 
13 conta encerrada 
14 prática espúria 
 
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O motivo 12 caracteriza-se quando a reapresentação do 
cheque ocorrer em data diferente da 1 ª apresentação pelo 
mesmo motivo, salvo se nesse espaço de tempo não 
houver ocorrências que se enquadrem como: 
• contraordem ou oposição ao pagamento pelo emitente 
ou pelo portador - código 21; 
• cancelamento de talonário pelo banco sacado - código 
25. 
O motivo 14 é utilizado exclusivamente pelos bancos que 
assumirem o Compromisso de Pronto Acolhimento (CPA) 
junto ao Bacen O motivo 14 caracteriza-se pela ocorrência 
de uma das situações a seguir: 
• se forem apresentados, no mesmo dia, mais de 3 
cheques sem fundos cujo valor não ultrapasse o limite 
de R$ 3,41; 
• se pagos, em datas diferentes, 3 ou mais cheques sem 
fundos, cujo valor não ultrapasse o limite de R$ 3,41. 
O Compromisso de Pronto Acolhimento é um compromisso 
firmado pelo banco junto ao Bacen de que até 3 cheques 
com insuficiência de fundos cujo valor não ultrapasse R$ 
3,41 serão pagos pelo banco, mesmo sem fundos 
disponíveis na conta do cliente. 
O banco é responsável pela inclusão do nome do 
correntista no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem 
Fundos (CCF), quando ocorrer devolução pelos códigos 
12, 13 ou 14. O prazo de permanência dos nomes dos 
correntistas no CCF é de 5 (cinco) anos, contados a partir 
da data da última inclusão. 
No caso de cheque emitido por correntista(s) de conta 
conjunta solidária, será incluído no CCF apenas o CPF do 
correntista que emitiu o cheque. No caso de cheque 
emitido por correntista(s) de conta conjunta não solidária, 
terão que ser incluídos no CCF os nomes e respectivos 
CPF de todos os titulares da conta. 
Conta conjunta é aquela cadastrada em nome de dois ou 
mais titulares. A conta conjunta solidária pode ser 
movimentada individualmente por qualquer um dos 
titulares; a conta conjunta não solidária só pode ser 
movimentada por todos os titulares em conjunto. 
O correntista incluso no CCF pode solicitar ao banco a 
exclusão de seu nome do Cadastro, desde que o cliente 
comprove o pagamento do cheque que deu origem à 
ocorrência e efetue o recolhimento das taxas decorrentes. 
 
Impedimento ao Pagamento 
Código Motivo 
20 talão extraviado em branco pelo cliente 
21 contraordem ou oposição ao pagamento pelo 
emitente ou portador 
22 divergência ou insuficiência de assinatura 
24 bloqueio judicial ou determinação do Banco Central do Brasil 
25 cancelamento de talonário pelo banco sacado 
28 contraordem/oposição por furto ou roubo 
29 cheque bloqueado por falta de confirmação de 
recebimento do talonário pelo correntista 
Impedimento ao Pagamento 
Código Motivo 
O motivo 29 se aplica aos talonários solicitados pelo 
cliente no autoatendimento, Internet ou telefone, e 
remetidos para sua residência pelo correio. O cliente deve 
confirmar junto ao banco o recebimento do talonário antes 
de emitir o cheque. 
30 roubo de malotes 
 
Cheque com Irregularidade 
Código Motivo 
31 
erro formal, ou seja, sem data de emissão, com 
o mês grafado numericamente, ausência de 
assinatura, não registro do valor por extenso, ou 
com erro no extenso 
32 ausência ou irregularidade na aplicação do 
carimbo de compensação 
33 divergência de endosso bancário 
O motivo 33 é utilizado em duas situações, ambas com o 
cheque cruzado em branco: 
• cheque nominativo a um banco e apresentado por outro; 
• cheque com dois ou mais carimbos de endosso bancário 
(carimbo de compensação aposto no verso do cheque) 
apostas por bancos diferentes, sem o cancelamento de 
um deles. 
34 
cheque apresentado por estabelecimento 
bancário que não o indicado no cruzamento em 
preto, sem o endosso-mandato 
35 
cheque fraudado, emitido sem prévio controle ou 
responsabilidade do estabelecimento bancário 
ou ainda com adulteração da praça sacada e 
cheque contendo a expressão "Pagável em 
qualquer Agência" impressa por meio diferente 
do utilizado para a sua personalização 
 
Cheque sem provisão de fundos 
Código Motivo 
43 
cheque devolvido anteriormente pelos códigos 
21, 22, 23, 24, 31 e 34, não passível de 
reapresentação em virtude de persistir o motivo 
da devolução 
44 cheque prescrito 
48 
cheque de valor superior ao estipulado pelo 
Banco Central emitido sem a identificação do 
beneficiá rio, ou seja, cheque acima de R$ 
100,00 ao portador 
49 
remessa nula, caracterizada pela 
reapresentação de cheque devolvido pelos 
códigos 12, 13, 14, 25, 28, 30, 35, 43, 44, 
podendo a devolução ocorrer a qualquer tempo 
 
 
 
 
 
Grancursos – Conhecimentos Bancários - Contas e Cheques – Prof. Cid Roberto (29.04.2010) Página 8/8 
Banco do Brasil - Cesgranrio - 2010 
818. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído 
por todas as instituições financeiras públicas ouprivadas 
existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a) 
(A) Banco Central do Brasil. 
(B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social. 
(C) Conselho Monetário Nacional. 
(D) Ministério da Fazenda. 
(E) Caixa Econômica Federal. 
819. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma 
autarquia ligada ao Poder Executivo que atua sob a 
direção do Conselho Monetário Nacional e tem por 
finalidade básica 
(A) normatização e controle do mercado de valores 
mobiliários. 
(B) compra e venda de ações no mercado da Bolsa de 
Valores. 
(C) fiscalização das empresas de capital fechado. 
(D) captação de recursos no mercado internacional. 
(E) manutenção da política monetária. 
820. O SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia 
foi desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e 
pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do 
Mercado Aberto) com a finalidade de 
(A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no 
mercado aberto antes de sua liquidação financeira. 
(B) liquidar financeiramente as ações negociadas no 
mercado de Bolsa de Valores e custodiar os títulos 
públicos. 
(C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia 
dos títulos públicos federais, exercida pelas instituições 
financeiras. 
(D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos 
públicos e privados antes da sua custódia. 
(E) controlar e liquidar financeiramente as operações de 
compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia 
física e escritural. 
821. Os depósitos à vista são os recursos captados dos 
clientes pelos bancos comerciais que, para facilitar livre 
movimentação desses recursos, disponibilizam o serviço 
bancário sem remuneração denominado 
(A) Certificado de Depósito Bancário (CDB). 
(B) conta-corrente. 
(C) poupança. 
(D) cartão de crédito. 
(E) fundo de investimento. 
822. Com a finalidade de captação de recursos, muitas 
empresas abrem seu capital e emitem ações para serem 
negociadas no mercado primário ou secundário, 
dependendo da ocasião da emissão das ações. A emissão 
de ações no mercado primário ocorre quando a 
(A) negociação é realizada no pregão da Bolsa de Valores. 
(B) negociação das ações não se concretizou no mercado 
secundário. 
(C) empresa emite ações para negociação somente com 
empresas do setor primário. 
(D) empresa emite pela primeira vez ações para serem 
negociadas no mercado. 
(E) rentabilidade das ações não atingiu o patamar 
desejado. 
823. O mercado de câmbio envolve a negociação de 
moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em 
movimentar essas moedas. O câmbio manual é a forma de 
câmbio que 
(A) pratica a importação e a exportação por meio de 
contratos. 
(B) pratica a troca de moeda estrangeira por uma 
mercadoria. 
(C) envolve a compra e a venda de moedas estrangeiras 
em espécie. 
(D) envolve a troca de títulos ou documentos 
representativos da moeda estrangeira. 
(E) exerce a função de equilíbrio na balança comercial 
externa. 
824. As Companhias ou Sociedades Anônimas podem ser 
classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas 
como abertas quando 
(A) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. 
(B) seus principais ativos são ações de outras companhias 
de capital aberto. 
(C) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios 
estrangeiros. 
(D) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no 
mercado balcão. 
(E) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e 
não estão à venda. 
 
 
Respostas: 
 
Gabarito: 
818. C; 
819. A; 
820. E; 
821. B; 
822. D; 
823. C; 
824. D;

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