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Apostila WISC III

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Disciplina: Técnicas de Avaliação da Inteligência
Material didático exclusivo para uso na disciplina.
Bibliografia: WECHSLER, David.(1991). WISC III - Escala de Inteligência Wechsler para Crianças: Manual/David Wechsler, 3ª Ed.; Adaptação e Padronização de uma amostra Brasileira, 1ª Ed.; Vera Lúcia Marques de Fiqueiredo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
Inteligência, Uso de Escalas de Avaliação e o WISC III.
	Encontra-se na literatura uma ampla discussão a respeito da utilização de testes para medir inteligência (Almeida 1992, Carvalho, 1993, Maia 1997, Patto, 1992). Já que o próprio conceito de inteligência é muito discutido. Falar de inteligência implica debater um dos temas mais controversos da Psicologia e, simultaneamente, um dos atributos psicológicos mais valorizados e mais temidos socialmente: por exemplo, a existência de uma correlação positiva entre o quociente de inteligência (QI) e os resultados escolares.
	O primeiro teste de inteligência foi criado por Alfred Binet, então diretor do laboratório de psicologia da Sorbone, por solicitação do Ministério da Educação da França. Ele elaborou um instrumento que consistia de um conjunto de tarefas breves, relacionadas aos problemas da visa cotidiana, que supostamente, implicavam certos procedimentos racionais básicos, para identificar crianças que necessitavam de educação diferenciada. No entanto, Binet defendia que a inteligência era por demais complexa para ser expressa por um único número (QI) e negou-se não apenas a qualificar o QI como inteligência inata, como também a considerá-lo um recurso geral para a hierarquização de alunos, segundo seu valor intelectual, chegando mesmo a prever a possibilidade de mau uso de suas escalas de inteligência. Fato que acabou acontecendo com sua morte em 1911, quando suas instruções foram distorcidas pelos hereditaristas americanos que em pouco tempo transformaram sua escala em um formulário aplicado de forma rotineira a todas as crianças, para classificá-las segundo seu QI inato (Gould 1991).
	As criticas aos testes de inteligência vem sendo constantes, Moysés e Collares (1997) descrevem como se fossem instrumentos que visam essencialmente classificar pessoas e que estão ligados ao ideário eugenista. 
	De acordo com Maia e Fonseca (2002) os resultados dos testes de inteligência ainda que usualmente limitados aos seus escores, rótulos e classificações de inteligência é na verdade, uma amostra comportamental, frente a um conjunto de tarefas, influenciáveis por situações ambientais diversas como história de vida, aprendizagens anteriores e habilidades acadêmicas. Assim devemos considerar os testes como um indicativo de determinadas habilidades, considerando sempre seu caráter situacional, e não como algo para determinar e rotular desempenho. 
	Ryle (1980) cita que a teoria cartesiana ao estudar a inteligência a relaciona com a mente de modo que comportamentos que manifestam um conhecimento sobre determinado assunto são considerados como expressões da mente: são os comportamentos inteligentes, portanto nesta perspectiva estudar a inteligência é estudar o pensamento, sendo que o pensamento, para esta teoria, manifesta-se de modo privado, assim para estudá-lo parte-se dos comportamentos observáveis que são resultados de processo “mentais internos”. O autor contesta esta proposição ao considerar que ser inteligente refere-se se comportar de modo diferenciado em situações diferentes, atingindo um bom resultado.Para ele o único critério para distinguir um desempenho inteligente de um simples fruto do acaso, portanto, é sua constância – um jogador de xadrez, para ser considerado inteligente, por exemplo, não pode, durante todo o jogo, fazer apenas um movimento bom. Outra importante característica das capacidades inteligentes é que elas estão em constante mudança, pois cada vez que o sujeito se comporta de forma inteligente em determinado contexto, os resultados dessa ação mudarão o modo dele comportar-se nesse contexto no futuro, no sentido de aprimorar cada vez mais a ação; sendo assim, "cada operação realizada é em si mesma uma nova lição" (Ryle, 1949/1980, p. 42).
	Na análise do comportamento Skinner (1966) considera a inteligência como um comportamento e não como uma entidade, critica os cognitivistas que substantivam a inteligência, e passam a considerar que na resolução de problemas o comportamento é um mero produto de processos mentais e conseqüentemente da inteligência – uma faculdade mental – que só pode ser estudada indiretamente (através do comportamento). Skinner considera a inteligência adjetivo do comportamento e nunca causa, assim para estudá-la deve-se olhar para o comportamento e para sua probabilidade de ocorrência. 
	A concepção de inteligência de David Wechsler que norteou a construção de escalas que levam o seu nome manteve-se a mesma ao longo de toda a sua trajetória científica. Para ele, a inteligência, enquanto construto hipotético, refere-se à "capacidade conjunta ou global do indivíduo para agir com finalidade, pensar racionalmente e lidar efetivamente com seu meio ambiente" (Wechsler, 1944, p. 3). Wechsler a considerava global por caracterizar o comportamento do indivíduo como um todo, e conjunta por ser composta de capacidades qualitativamente diferenciáveis, mas não inteiramente independentes, sendo então, multifacetada e multideterminada. Em seus artigos, o autor faz questão de ressaltar que inteligência e capacidades intelectuais são diferentes, pois a inteligência é inferida segundo os modos como as capacidades se manifestam sob diferentes condições e circunstâncias. 
	A utilização das Escalas Wechsler de Inteligência está voltada para os contextos clínicos, psicoeducacional e de pesquisa, possibilitando a avaliação minuciosa das capacidades cognitivas de crianças, adolescentes e adultos. A aplicação destas Escalas é individual e exige que o profissional seja altamente treinado tanto para a aplicação quanto para a correção. 
	A literatura sobre inteligência é bastante ampla e diversificada, em que não há um consenso entre os autores. É muito importante considerar todos os aspectos éticos envolvidos quanto a Avaliação Psicológica. 
	Atualmente, no Brasil, existem apenas testes de inteligência padronizados para pessoas com mais de 6 anos de idade. Crianças menores não podem ser avaliadas para questões relativas à inteligência. O que pode acontecer é uma investigação do desenvolvimento cognitivo por meio de inventários, mas não de testes padronizados. Logo não teremos como classificar crianças pequenas (menores de 6 anos) em nível de QI.
Instrumento de Avaliação WISC III
	A Escala Wechesler de Inteligência - WISC III (Wechesler Intelligence Scale for Children – Wechesler, 1997) para a avaliação intelectual de crianças de idade desde 6 anos até 16 anos e 11 meses. Para crianças de 6 anos a 7 anos e 3 meses pode-se utilizar o pré WISC, chamado de WPPSI-R e para adolescentes acima de 16 anos e adultos pode-se utilizar o teste WAIS-R. 
A aplicação desta escala de avaliação é individual, permitindo assim, que o examinador controle o tempo e o ritmo do teste podendo refazer ou esclarecer perguntas, além de sondar e registrar as respostas para que o examinando obtenha melhor desempenho.
	O objetivo do WISC III é avaliar o desempenho de uma criança sob um conjunto fixo de condições. Para obter resultados que sejam interpretáveis de acordo com as normas nacionais, deve-se seguir cuidadosamente as instruções de aplicação e avaliação. Para isso, o aluno deve estudar o capítulo 3 e 4 do Manual.
	Como todo teste, o psicólogo que está aplicando o WISC III deve cuidar das condições ambientais para proporcionar um ambiente físico tranqüilo, silencioso, com adequada iluminação e boa ventilação. É importante organizar o material do teste WISC III para que a sessão de testagem flua serenamente. O psicólogo deve estudar e familiarizar-se com todo o procedimento de testagem, como também com o uso apropriado do cronometro. O rapport deve ser estabelecidoe mantido, proporcionando um relacionamento cooperativo entre a criança e o examinador. Você pode desenvolver o rapport por outras maneiras quando tem pleno conhecimento do mecanismo de aplicação e de avaliação dos subtestes do WISC III. Assim pode interagir com a criança sem interromper o ritmo do teste, reconhecendo os detalhes da aplicação e da correção, sem pausas inoportunas e ainda permitir que se preste o máximo de atenção na criança. Para manter o rapport durante todo o teste, o psicólogo pode transmitir seu entusiasmo e interesse pelo que a criança esteja fazendo. Elogie e encoraje-a pelos esforços feitos, mas não dê feedback se uma resposta em particular está certa ou errada. Se a criança disser que não sabe executar uma tarefa ou responder a uma pergunta, encorajá-la, dizendo: “tente”, “ eu acho que você sabe” ou “tente novamente”. Se a criança pedir ajuda, dizer “eu quero ver como é que você faz”.
	O objetivo desta escala, de acordo com Cunha (1993), é avaliar diversos aspectos e aptidões de um indivíduo e os seus resultados gerais envolvem uma variedade de desempenhos que refletem correlatos de diversas funções mentais. A inteligência é avaliada através da capacidade de prever conseqüências, compreender palavras e resolver problemas. Já as operações mentais são medidas por meio de: associação de fatos, com lembranças deles separadamente ou em conjunto no momento desejado (aprendizagem); capacidade de tirar conclusões (raciocínio); capacidade de retenção, mede a função do pensamento – atenção e concentração (memória); organização visual e coordenação viso motora.
O WISC III foi elaborado segundo o modelo de teoria de Cattell-Horn-Carroll (CHC) enfatizando a natureza multidimensional da inteligência ao invés da visão unidimensional que dominou o início do desenvolvimento dos testes psicométricos. Na Escala de Inteligência Infantil de Wechsler III (Wechsler, 1991) os subtestes Informação,Semelhanças, Vocabulário, e Compreensão são medidas de fatores específicos da inteligência cristalizada, o subteste Aritmética do fator Conhecimento Quantitativo. O subteste Dígitos mede o fator memória de curto prazo. Os subtestes Completar Figuras, Arranjo de Figuras, Cubos e Armar Objetos medem o processamento visual. Os subtestes Código e Procurar Símbolos são medidas específicas de Velocidade de Processamento. Portanto o QI total WISC-III reflete principalmente três fatores amplos: inteligência cristalizada (Gc), processamento visual (Gv) e velocidade de processamento (Gs).
	A Escala Wechesler está dividida em dois subgrupos: 1) Escala Verbal, que engloba os subtestes: Informação, Compreensão, Aritmética, Semelhanças, Números ou Retenção de Dígitos e Vocabulário e, 2) Escala de Execução ou Desempenho com os subtestes: Completar Figuras, Arranjo de Figuras ou Ordenamento de Historias, Construção de Cubos, Armar Objetos, Código e Labirinto. 
Os subtestes verbais e de execução são aplicados em ordem alternada para tornar a sessão de testagem mais interessante e variada. Os pontos iniciais e as regras de interrupção de cada subteste estão incluídos nas instruções de aplicação de cada subteste específico, no Capítulo 4 do Manual. 
A seguir, os subtestes serão apresentados de acordo com seus objetivos:
Escala Verbal
 Informação
Este subteste avalia a habilidade da criança para responder a questões do cotidiano, informações gerais que o sujeito abstrai do seu meio ambiente, ou seja, o conteúdo interrogado é um conteúdo aprendido, consiste em informações que se supõem que o sujeito tenha adquirido em meios educacionais formais e informais. Aqui são avaliados a memória remota, a habilidade de compreensão e a capacidade de pensamento associativo. O grau de informação do individuo é uma indicação de sua capacidade intelectual (Glasses & Zimmerman, 1977).
Compreensão
O objetivo deste subteste é avaliar a habilidade de compreensão que o individuo tem quanto a instruções verbais ou costumes e normas especifica. Envolve o julgamento prático e o senso comum, a aquisição de informações práticas e uma aptidão geral para avaliar a experiência passada. Acredita-se que a criança adquire comportamentos sociais e morais através de experiências vividas no seu dia-a-dia, como em ambientes da educação escolar e formal (Salvia e Ysseldyke,1991). 
Aritmética
Os itens deste subteste avaliam a inteligência geral, a capacidade de atenção, concentração e abstração através da habilidade para resolver problemas que exigem aplicação de operações aritméticas. A utilização de conceitos abstratos de números pela criança, é uma medida do seu desenvolvimento cognitivo (Glasses & Zimmerman, 1977).
Semelhanças
Este subteste foi desenvolvido para medir os aspectos qualitativos das relações abstraídas pelo sujeito de seu meio ambiente através da memória remota, habilidade para compreender, pensamento associativo, interesses e leituras do sujeito, habilidade para selecionar e verbalizar a relação apropriada entre dois objetos e conceitos diferentes (Glasses e Zimmerman, 1977).
Números ou Retenção de Dígitos 
Avalia-se neste item a recordação imediata de números apresentados oralmente, ou seja, mede a memória auditiva imediata da criança. A memória imediata é uma habilidade que é requerida em todos os níveis de funcionamento mental (Salvia e Ysseldyke,1991). 
Vocabulário 
Definir palavras implica em uma reorganização de idéias pelo sujeito através de uma manipulação implícita de símbolos e signos verbais, o que pode ser considerado um critério de inteligência. Este subteste avalia a habilidade da criança para definir palavras. Sua proposta é medir a inteligência geral da criança através da capacidade para aprender, quantidade de informação, riqueza de idéias, tipo e qualidade de linguagem, grau de pensamento e o meio ambiente, que também pode refletir o nível de educação da criança (Salvia e Ysseldyke,1991). 
 
Escala de Execução
 Completar Figuras
Neste subteste, a criança deve identificar nas figuras apresentadas às partes que estão faltando. Desta forma, é medido a atenção e a concentração da criança, a habilidade para perceber visualmente objetos familiares e posteriormente, identificar e isolar características essenciais das não essenciais (Glasses e Zimmerman, 1977).
Arranjo de Figuras ou Ordenamento de Histórias
É pedido para que a criança coloque as figuras apresentas em uma seqüência tal que surja uma historia compreensível e consistente, com uma lógica correta. Desta forma mede-se a percepção, a compreensão visual e a habilidade de planejar, envolvendo eventos seqüenciais e causais e síntese de todos inteligíveis. Através deste subteste, procura-se medir a “inteligência social”, que é a inteligência aplicada a situações sociais e interpessoais (Glasses e Zimmerman, 1977).
Construção de Cubos
A atividade exigida neste subteste consiste na manipulação de blocos pela criança a fim desta reproduzir um desenho-estímulo (padrão geométrico bidimensional) apresentado visualmente. Esta atividade tem por objetivo medir a habilidade de perceber, analisar e sintetizar a reprodução de um desenho abstrato, assim como medem também, a lógica e raciocínio aplicados as relações espaciais, além da coordenação viso motora (Glasses e Zimmerman, 1977).
Armar Objetos ou Composição de Objetos
Neste subteste, a criança deve reunir peças de quebra-cabeça para formar objetos inteiros. A capacidade de sintetizar partes de um todo organizado e integrado é considerado um critério de inteligência. E é, através desta atividade, que a percepção, a coordenação viso motora e a simples capacidade de montagem é medida (Glasses e Zimmerman, 1977).
Códigos 
O conceito de que a habilidade de aprender combinações de símbolos e formas ou símbolos e números e recriar essas combinações no papel com o lápis dentro de um limite de tempo é o critério de inteligência avaliado neste subteste. Através dele é medido a destreza viso motora (a manipulação do lápis) e a capacidadede associação (Glasses e Zimmerman, 1977).
Labirinto
Este subteste é aplicado opcionalmente e avalia a percepção viso motora através da habilidade para traçar um caminho através de labirintos cada vez mais difíceis (Salvia e Ysseldyke,1991). 
 
É através da avaliação destes subtestes, inseridos nestes dois subgrupos (Escala Verbal e Escala de Execução), que se obtêm três medidas de resultados: o QI Verbal, o QI de Execução e o QI Total, além dos fatores de Compreensão Verbal, Organização Perceptual, Resistência a Distratibilidade e Velocidade no Processamento.
Pontuação das respostas do WISC III
Instruções para anotar e pontuar o desempenho da criança em cada subteste são dadas no Capítulo 3 e 4 do Manual.
O Protocolo de Registro do WISC III foi planejado para facilitar a aplicação e a pontuação do teste. Ele proporciona espaço para anotar e pontuar as respostas da criança aos itens do teste e também fornece informações tais como os pontos iniciais e as regras de interrupção, tempos-limites e outros lembretes para ajudar a adequada aplicação do teste.
Precisão do Registro
Será de grande utilidade levar em conta as seguintes orientações:
Registre a pontuação de cada item administrado; faça com exatidão e de modo perfeitamente legível.
Para crianças maiores que iniciam Completar Figuras, Informação, Aritmética e Cubos com itens posteriores, assegure-se de creditar pontos aos itens precedentes que não foram administrados. Por exemplo: se sua cliente tem 11 anos, vai iniciar o subteste de acordo com sua idade, isso representa você dar os pontos aos itens anteriores.
Quando são permitidas bonificações, não deixe de incluí-las na pontuação do item.
Ao computar os itens brutos para cada subteste confira cuidadosamente a soma.
Verifique a transferência de cada escore bruto de cada subteste para a Tabela Resumo.
Confira o cálculo da idade cronológica da criança depois de verificar a data de aplicação do teste e a data de nascimento.
Para evitar erros de conversão dos pontos brutos em ponderados e em somas para cálculo dos QIs e índices Fatoriais repita os passos ao usar as tabelas de conversão. 
 
INTERPRETAÇÃO DO WISC III
Para correção e interpretação do WISC III, seguir o Manual, CAPITULOS 3 e 4. Abaixo seguem alguns passos principais: 
* No Capítulo 3, página 56 existem as abreviaturas para anotações das respostas do examinando.
*Capítulo 4: Instruções para Aplicação e Avaliação (atentar-se quando iniciar, quando interromper cada subteste).
*SOMENTE Aplicar e Corrigir de acordo com o Manual.
* Calcular a idade cronológica da criança: subtrair da data de aplicação do teste, a data de nascimento da criança. É essencial que a idade da criança seja corretamente calculada, porque a interpretação depois será de acordo com sua faixa etária. Por exemplo:
Data de Avaliação do Teste: 23/09/1991
Data de Nascimento da criança: 27/07/1984
Idade atual: 7 anos 1 mês e 26 dias.
Para o cálculo da idade, convenciona-se que todos os meses possuem 30 dias. Os dias de idade não são arredondados para cima, para o mês mais próximo. Por exemplo, a didade de 6 anos, 1 mês e 26 dias não é arredondada para 6 anos e 2 meses, da mesma forma que o cálculo da idade de 8 anos, 11 meses e 29 dias não é arredondada para 9 anos e 0 mês.
*Anotar os pontos brutos ao final de cada subteste.
*Passar os Pontos Brutos de cada subteste para a folha de rosto do Protocolo de Resposta.
*No APÊNDICE A (pág 227 do Manual) estão as Tabelas para a Amostra Brasileira, seguir a idade do examinando.
*Converter os Pontos Brutos em Ponderados, repetir o nº Ponderado nos espaços em branco da mesma linha.
*O Subteste Labirintos, é o único ainda não padronizado para a população brasileira, corrigi-lo de acordo com a Amostra Americana, página 283 do Manual.
*Escores em QI e Índices Fatoriais da Amostra Brasileira (a partir da página 235).
Como obter os Escores das Escalas Verbal, Execução e Total
O escore na escala Verbal corresponde à soma dos pontos ponderados na escala dos cinco subtestes verbais padrões que são: Informação, Semelhanças, Aritmética, Vocabulário e Compreensão. Daqui será encontrado o QI Verbal (vide página 237 do Manual)
O escore em Execução é a soma dos pontos ponderados na escla dos cinco subtestes de execução que são: completar figuras, código, arranjo de figuras, cubo e armar objetos. Daqui será encontrado o QI Execução (vide página 238 do Manual) 
 Para obter o QI TOTAL somar os pontos ponderados da Escala Verbal e de Execução, ou seja, a soma dos dez subtestes. (vide página 239 e 240 do Manual). 
ATENÇÃO: NÃO SE DEVE SOMAR OS NÚMEROS PONDERADOS DOS SUBTESTES: Procurar símbolos, Dígitos e Labirintos para encontrar QI Verbal ou QI Execução ou QI Total. No protocolo de resposta estes subtestes estão entre parenteses ( ). Tal orientação está de acordo com a página 59 do Manual. 
Os referidos testes suplementares: Procurar Símbolos, Dígitos e Labirintos são importantes para o cálculo dos índices fatoriais. 
*Tabela Compreensão Verbal (página 241)
*Tabela Organização Perceptual (página 242)
*Tabela Resistência à distração (página 243)
*Tabela Velocidade de Processamento (página 243)
*Interpretação dos QIs (página 31 do Manual).
	QI
	Classificação
	Curva Normal
Teórica
	Amostra Real*
	130 e acima
	Muito Superior
	2,2
	2,1
	120-129
	Superior
	6,7
	8,3
	110-119
	Média Superior
	16,1
	16,1
	90-109
	Média
	50,0
	50,3
	80-89
	Média Inferior
	16,1
	14,8
	70-79
	Limítrofe
	6,7
	6,5
	69 e abaixo
	Intelectualmente Deficiente
	2,2
	1,9
*As porcentagens mostradas são para o QI Total e baseiam-se na amostra de padronização total (N=2.200).
Depois de realizada a análise quantitativa do Teste WISC III poderemos compreender a parte qualitativa do teste, levantando as POTENCIALIDADES e as FRAGILIDADES apresentadas em cada subteste pelo examinando. Poderemos ressaltar o que a criança sabe, quais são seus pontos fortes e o que precisa ser mais estimulado (para isso é preciso estudar os textos sobre o WISC III, o próprio Manual e analisar os erros da criança, que podem ser explorados durante a aplicação por meio do Q (questionamento da resposta emitida pelo examinando).
 Deste modo poderemos indicar orientações para a família, para a escola e para o próprio examinando, auxiliando em programas de intervenção/estimulação. 
Poderemos também indicar possíveis Encaminhamentos para o caso atendido, como por exemplo: avaliação neurológica, ou avaliação fonoaudiológica, pedagógica, oftalmológica, entre outras.
É útil e adequado para fins:
Avaliação psicoeducacional como parte de planejamento e colocação educacional;
Diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar;
Avaliação clínica;
Avaliação neuropsicológica;
Pesquisa. 
Prezado aluno(a):
Além das nossas aulas você pode marcar horário no nosso Laboratório de TEAP. Caso haja interesse ou necessidade de algum aluno usar o laboratório, peço que me comunique com uma semana de antecedência para que possamos solicitar um funcionário que o acompanhe. É muito importante que você leia o Capítulo 3 e 4 na íntegra, verifique a caixa de material do WISC III. Se quiserem, pode um aluno aplicar no outro, treinar e corrigir. Lembrem-se que este teste não é para a idade de vocês! Então o resultado não é válido, mas vale o treino e estudo! 
Bom Estudo!

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