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SUMÁRIO 4 Transformada de Laplace 119 4.1 Existência da transformada de Laplace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Exercícios 4-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 4.2 Transformada inversa de Laplace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Exercícios 4-2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 4.3 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Exercícios 4-3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 APÊNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 117 118 Solução Séries e Equações Diferenciais Capítulo 4 Transformada de Laplace 4.1 Existência da transformada de Laplace Exercícios 4-1 Exercício 4.1.1. Determine para que valores de s, a integral imprópria ∫ ∞ 0 e−sxdx converge. Solução. Temos I = ∫ ∞ 0 e−sxdx = −1 s e−sx ∣∣∣m→∞ 0 = −1 s lim m→∞ e−sm + 1 s . Quando s > 0 temos I = 1 s converge. Quando s ≤ 0 temos I = +∞ diverge. Exercício 4.1.2. Mostre que se f(t) e g(t) são de ordem exponencial quando t→∞, então f(t) · g(t) e f(t) + g(t) também são de ordem exponencial quando t→∞. Solução. • Como f(t) e g(t) são de ordem exponencial quando t→∞, então Existem α, β, C1 > 0 e C2 > 0 números reais, tais que |f(t)| ≤ C1eαt e |g(t)| ≤ C2eβt, ∀ t ≥ 0, então |f(t) · g(t)| ≤ |f(t)| · |g(t)| ≤ C1eαt · C2eβt = C1C2e(α+β)t, ∀ t ≥ 0 Disto temos que existe α + β > 0 tal que lim t→∞ |f(t) · g(t)| e(α+β)t = 0. Portanto, f(t) · g(t) também é de ordem exponencial. • Como f(t) e g(t) são de ordem exponencial quando t→∞, então Existem α, β, C1 > 0 e C2 > 0 números reais, tais que |f(t)| ≤ C1eαt e |g(t)| ≤ C2eβt, ∀ t ≥ 0, então |f(t) + g(t)| ≤ |f(t)|+ |g(t)| ≤ C1eαt + C2eβt ≤ Ceγt, ∀ t ≥ 0, γ = max{α, β} 119 120 Solução Séries e Equações Diferenciais e C = max{C1, C2}. Disto temos que existe γ > 0 tal que lim t→∞ |f(t) + g(t)| eγt = 0. Portanto, f(t) + g(t) também é de ordem exponencial. Exercício 4.1.3. Determine uma função, F (t), que seja de ordem exponencial, e que f(t) = F ′(t) não seja de ordem exponencial. Construa uma função f que não seja de ordem exponencial, porém cuja transformada de Laplace exista. Solução. Exercício 4.1.4. Mostre que se f(t) e g(t) são de classe A, então f(t) · g(t) e f(t) + g(t) também são de classe A. Solução. Sendo f(t) e g(t) são de classe A, logo elas são de ordem exponencial, pelo exercício (4.1.2) temos que f(t) · g(t) e f(t) + g(t) também são de ordem exponencial. Por outro lado, suponhamos que f(t) e g(t) sejam seccionalmente contínuas em A tais que, para α, β ∈ A com α 6= β, a função f seja somente descontínua em α e g seja somente descontínua em β, logo existem f(β) , g(α) e os limites lim x→α+ f(x) = L1, lim x→α− f(x) = L2 e lim x→β+ g(x) = M1, lim x→β− g(x) = M2 ⇒ lim x→α+ [f(x) + g(x)] = L1 + g(α) ∈ R e lim x→α− [f(x) + g(x)] = L2 + g(α) ∈ R lim x→α+ [f(x) · g(x)] = L1 · g(α) ∈ R e lim x→α− [f(x) · g(x)] = L2 · g(α) ∈ R também lim x→β+ [f(x) + g(x)] = f(β) +M1 ∈ R e lim x→β− [f(x) + g(x)] = f(β) +M2 ∈ R lim x→β+ [f(x) · g(x)] = f(β) ·M1) ∈ R e lim x→β− [f(x) · g(x)] = f(β) ·M2 ∈ R Para o caso de existir mais pontos em A de descontinuidade, procedemos do mesmo modo acima descrito, e cocluimos que f(t) ·g(t) e f(t)+g(t) são seccionalmente contínuas em A. Christian José Quintana Pinedo 121 Portanto, se f(t) e g(t) são de classe A, então f(t) · g(t) e f(t) + g(t) também são de classe A. Exercício 4.1.5. Demonstre que as funções dadas são de classe A, n ∈ N, k ∈ R. Solução. 1. A função sen (kt) é contínua em R para qualquer k ∈ N, logo é seccionalmente contínua. Por outro lado, |sen (kt)| ≤ 1 = Ceαt, ∀ t ≥ 0 e algúm α ∈ R logo sen (kt) é de ordem exponencial. Portanto, sen (kt) é de classe A. 2. A função cos(kt) é contínua em R para qualquer k ∈ N, logo é seccionalmente contínua. Por outro lado, | cos(kt)| ≤ 1 = Ceαt, ∀ t ≥ 0 e algúm α ∈ R logo cos(kt) é de ordem exponencial. Portanto, cos(kt) é de classe A. 3. A função senh (kt) é contínua em R, logo é seccionalmente contínua. Por outro lado, |senh t| ≤ 1 2 [|et|+ |e−t|] = C1eαt + C2eβt ≤ Ceγt, ∀ t ≥ 0 onde γ = max{|α|, |β|} e C = max{C1, C2}. 4. cosh(kt) 5. tn 6. tnekt 7. tnsen (kt) 8. tn cos(kt) 9. tnsenh (kt) 10. tn cosh(kt) 11. sen (kt) t 12. 1− cos(kt) t 13. 1− e−t t 122 Solução Séries e Equações Diferenciais 14. cos t− cosh t t Exercício 4.1.6. Determine a transformada de Laplace para as seguintes funções: Solução. 1. Dado f(t) = { 1 se, t ≥ 0 0 se, t < 0 Heaviside L[f(t)] = ∫ ∞ 0 f(t)e−stdt = ∫ ∞ 0 1 · e−stdt = −1 s e−st ∣∣∣∞ 0 = 1 s 2. g(t) = eαtf(t) 3. Dado h(t) = { 4 se, 0 < t < 1 3 se, t > 1 L[f(t)] = ∫ ∞ 0 f(t)e−stdt = ∫ 1 0 4 · e−stdt+ ∫ ∞ 1 3 · e−stdt = L[f(t)] = −4 s e−st ∣∣∣1 0 − 3 s e−st ∣∣∣∞ 0 = 1 s (1− 4e−s) + 3 s = 4 s (1− e−s) Portanto, L[f(t)] = 4 s (1− e−s) 4. ϕ(t) = { 1 se, 0 < t < 2 t se, > 2 5. ψ(t) = { sen (2t) se, 0 < t < pi 0 se, t > pi 6. Dado φ(t) = 0 se 0 < t < 1 t se 1 < t < 2 0 se t > 2 L[φ(t)] = ∫ ∞ 0 φe−stdt = ∫ 1 0 0 · e−stdt+ ∫ 2 1 t · e−stdt+ ∫ ∞ 2 0 · e−stdt = = − t s e−st ∣∣∣2 1 + 1 s ∫ 2 1 e−stdt = 1 s (e−s−2e−2s)− 1 s2 e−st ∣∣∣2 1 = 1 s (e−s−2e−2s)− 1 s2 (e−2s−e−s) Christian José Quintana Pinedo 123 Portanto, L[φ(t)] = 1 s2 (se−s − 2se−2s − e−2s + e−s) 7. f(t) = sen 2t+ cos 2t ⇒ L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−st(sen 2t+ cos 2t)dt L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−stsen 2tdt+ ∫ ∞ 0 e−st cos 2tdt L[f(t)] = −1 s e−stsen 2t ∣∣∣∞ 0 + 2 s ∫ ∞ 0 e−st cos 2tdt− 1 s e−st cos 2t ∣∣∣∞ 0 − 2 s ∫ ∞ 0 e−stsen 2tdt L[f(t)] = 2 s ∫ ∞ 0 e−st cos 2tdt+ 1 s − 2 s ∫ ∞ 0 e−stsen 2tdt novamente por partes L[f(t)] = 2 s [ 1 s − 2 s ∫ ∞ 0 e−stsen 2tdt ] + 1 s − 2 s [ 2 s ∫ ∞ 0 e−st cos 2tdt ] ⇒ L[f(t)] = 2 + s s2 − 4 s2 L[f(t)] ⇒ L[f(t)] = s+ 2 s2 + 22 8. f(t) = (1 + e2t)2 9. f(t) = (et − e−t)5 ⇒ f(t) = 5∑ i=0 (−1)i5! i!(5− i)!e (5−i)te−it ⇒ L[f(t)] = 5∑ i=0 (−1)i5! i!(5− i)! ∫ ∞ 0 e−st(e(5−i)te−it)dt = 5∑ i=0 (−1)i5! i!(5− i)! ∫ ∞ 0 e−(s−5+2i)tdt = L[f(t)] = 5∑ i=0 (−1)i5! i!(5− i)! [ − e −(s−5+2i)t (s− 5 + 2i) ∣∣∣∞ 0 ] = L[f(t)] = 1 s− 5 − 5 s− 3 + 10 s− 1 − 10 s+ 1 + 5 s+ 3 − 1 s+ 5 L[f(t)] = 10 s2 − 52 − 30 s2 − 32 + 20 s2 − 12 10. f(t) = t2 − 2t+ 2 11. f(t) = t3 + 4t2 + 4t 12. f(t) = (t− 2)3(t+ 2) 13. f(t) = te−at 14. f(t) = (t+ 2)tet 124 Solução Séries e Equações Diferenciais 15. f(t) = cosh2 at ⇒ f(t) = 1 2 + 1 2 cosh(2t) L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−st [1 2 + 1 2 cosh(2t) ] dt = 1 2s + 1 2 ∫ ∞ 0 e−st cosh(2t)dt L[f(t)] = 1 2s + s 2(s2 − 22) 16. f(t) = eatsen bt 17. f(t) = sen t t 18. f(t) = sen 22t 19. f(t) = tsen t 20. f(t) = Exercício 4.1.7. Verifique as seguintes igualdades: Solução. 1. L[2e3t − e−3t] = s+ 9 s2 − 9 , s > 3 2. L[t2 − 3t+ 5] = 2 s3 − 3 s2 + 5 s , s > 0 3. L[cosh(kt)] = s s2 − k2 , s > |k| L[cosh(kt)] = ∫ ∞ 0 e−st cosh(kt)dt = −e −st s cosh(kt) ∣∣∣∞ 0 + 1 s ∫ ∞ 0 e−stsenh (kt)dt L[cosh(kt)] = 1 s + k s [ −e −st s senh (kt) ∣∣∣∞ 0 − k s ∫ ∞ 0 e−st cosh(kt)dt ] , s > |k| (1− k 2 s2 )L[cosh(kt)]= 1 s ⇒ L[cosh(kt)] = s s2 − k2 , s > |k| 4. L[ 1 2 t3 + t2 − 1] = 3 s4 + 2 s3 − 1 s , s > 0 L[ 1 2 t3 + t2 − 1] = ∫ ∞ 0 e−st( 1 2 t3 + t2 − 1)dt = 5. L[senh (kt)] = k s2 − k2 , s > |k| Christian José Quintana Pinedo 125 6. L[e−4t + 3e−2t] = 2(2s+ 7) (s+ 2)(s+ 4) , s > −2 Exercício 4.1.8. Aplicando propriedade da linearidade, achar a transformada de Laplace para as fun- ções: 1. sen 3t 2. sen 2(kt) 3. sen (kt) cos(kt) Solução. Exercício 4.1.9. Mostre que, L[e−at − e−bt] = b− a (s+ a)(s+ b) onde s > max{ −a, −b } Solução. Pela definição da transformada de Laplace, temos L[e−at − e−bt] = ∫ ∞ 0 e−st[e−at − e−bt]dt = ∫ ∞ 0 [e−(s+a)t − e−(s+b)t]dt = Considerando s+ a > 0 e s+ b > 0 segue = − 1 s+ a e−(s+a)t ∣∣∣∞ 0 + 1 s+ b e−(s+b)t ∣∣∣∞ 0 = 1 s+ a − 1 s+ b = b− a (s+ a)(s+ b) Portanto, se s > max{ −a, −b }, temos L[e−at − e−bt] = b− a (s+ a)(s+ b) . Exercício 4.1.10. Determine a transformada de Laplace para as seguintes funções f(t) e f ′(t): Solução. 1. f(t) = teαt cos(βt) 2. f(t) = senh 3t 3. f(t) = teαtsen (βt) 4. f(t) = isent+ cos t 126 Solução Séries e Equações Diferenciais 5. f(t) = senh 3t 6. f(t) = cosh tsen t 7. f(t) = sen t− t cos t 8. f(t) = e−tsen 2t 9. 1 2 (cosh tsen t+ senh t cos t) Exercício 4.1.11. Seja a ∈ R constante, mediante o cálculo da transformada da função f(t) = eiat, i2 = −1, determine a transformada de Laplace para as funções sen at e cos at. Solução. Como i2 = −1, podemos supor i ∈ C como uma constante e pela definição da trans- formada de Laplace, temos L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−st · eiatdt = ∫ ∞ 0 e−(s−ai)tdt = − 1 s+ ai e−(s−ai)t ∣∣∣∞ 0 = 1 s+ ai Por outro lado L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−st · eiatdt = ∫ ∞ 0 e−st(cos at+ isen atdt = F (s) + iH(s) Das duas igualdades F (s) + iH(s) = 1 s+ ai = s+ ia s2 + a2 = s s2 + a2 + i a s2 + a2 Igualando as partes reais e as partes imaginarias concluimos que F (s) = L[sen at] = s s2 + a2 , H(s) = L[cos at] = a s2 + a2 , s > a Exercício 4.1.12. Determine a transformada de Laplace para a função “seno integral” f(t) = t∫ 0 sen τ τ dτ Solução. Christian José Quintana Pinedo 127 Exercício 4.1.13. Mostre que, se ∞∫ p L[f(t)]dt converge, então L [ f(t) t ] = ∞∫ p L[f(t)]ds. Solução. Exercício 4.1.14. Utilizar a exercício (4.1.13) para mostrar que ∞∫ 0 sen t t dt = pi 2 Solução. Seja f(t) = sen t, então pelo exercício (4.1.13) segue que ∞∫ 0 sen t t dt = ∞∫ 0 L[sen t]ds = ∞∫ 0 1 s2 + 1 ds = arctan t ∣∣∣∞ 0 = pi 2 − 0 Portanto, ∞∫ 0 sen t t dt = pi 2 . Exercício 4.1.15. Mostre que a função f(t) = 1/t2 não tem transformada de Laplace. Sugestão: Aplique a definição da integral imprópria para mostrar que 1∫ 0 e−stf(t)dt não existe. Solução. Pela definição L [ 1 t2 ] = ∞∫ 0 e−st · 1 t2 dt = 1∫ 0 e−st · 1 t2 dt+ ∞∫ 1 e−st · 1 t2 dt Integrando por partes I = ∫ e−st · 1 t2 dt = −1 t · e−st − se−stLnt− s2 ∫ e−st · Lntdt] logo 1∫ 0 e−st · 1 t2 dt = −[1 1 · e−s + se−sLn1] + lim a→0 [ 1 a · e−sa + se−saLna]− s2 1∫ 0 e−st · Lntdt 128 Solução Séries e Equações Diferenciais 1∫ 0 e−st · 1 t2 dt = −e−s + lim a→0 [ 1 a + sLna]− s2 1∫ 0 e−st · Lntdt = @ A segunda integral existe. Portanto, L [ 1 t2 ] não existe. Christian José Quintana Pinedo 129 4.2 Transformada inversa de Laplace Exercícios 4-2 Exercício 4.2.1. Mostre que se f(t), f ′(t), f ′′(t), · · · , f (n−1)(t) são contínuas de ordem exponencial, e f (n)(t) seccionalmente contínua em [0, ∞), então L[fn(t)] = snL[f(t)]− sn−1f(0)− sn−2f ′(0)− · · · − sf (n−2)(0)− f (n−1)(0), s > 0 Solução. Mostraremos por indução matemática. Suponhamos n = 1, como f(t) é de ordem exponencial, e f ′ é seccionalmente contínua, existe a seguinte integral L[f ′(t)] = ∫ ∞ 0 e−stf ′(t)dt para s > 0. Integrando por partes L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−stf(t)dt = −1 s e−stf(t) ∣∣∣∞ 0 + 1 s ∫ ∞ 0 e−stf ′(t)dt ísto é L[f(t)] = ∫ ∞ 0 e−stf(t)dt = 1 s f(0) + 1 s L[f ′(t)] ⇒ L[f ′(t)] = sL[f(t)]− f(0) Suponhamos que, para n = h seja verdadeira a igualdade a mostrar. Logo para n = h+ 1, sendo e f (h) é seccionalmente contínua, existe a seguinte integral L[f ′(t)] =∫ ∞ 0 e−stf (h+1)(t)dt para s > 0. Integrando por partes L[f (h)(t)] = ∫ ∞ 0 e−stf (h)(t)dt = −1 s e−stf (h)(t) ∣∣∣∞ 0 + 1 s ∫ ∞ 0 e−stf (h+1)(t)dt então L[f (h+1)(t)] = sL[f (h)(t)]− f (h)(0), isto é L[f (h+1)(t)] = s [ shL[f(t)]− h−1∑ k=1 sh−kf (k−1)(0) ] − f (h)(0) L[f (h+1)(t)] = sh+1L[f(t)]− h∑ k=0 sh−kf (k)(0) Portanto a fórmula é verdadeira para todo n ∈ N. 130 Solução Séries e Equações Diferenciais Exercício 4.2.2. Calcular as transformadas de Laplace das funções f(t) = cos at e sen at calculando a transformada de Laplace da função h(t) = eiat, i2 = 1.[?] Solução. Exercício 4.2.3. Seja n um inteiro positivo. Calcular a transformada de Laplace da função fn : [0,∞) −→ R dada por fn(t) = tn , para n = 0, 1, 2, . . .. Solução. Para n = 0 temos f0(t) = 1, logo L[f0(t)] = ∫ ∞ 0 e−stdt = 1 s , s > 0 Para n = 1 temos f1(t) = t, logo L[f1(t)] = ∫ ∞ 0 e−sttdt = −e −stt s ∣∣∣∞ 0 + 1 s ∫ ∞ 0 e−stdt L[f1(t)] = −e −st s2 ∣∣∣∞ 0 = 1 s2 Para n = 2 temos f2(t) = t2, logo L[f2(t)] = ∫ ∞ 0 e−stt2dt = −e −stt2 s ∣∣∣∞ 0 + 2 s ∫ ∞ 0 e−sttdt L[f2(t)] = 2 s ∫ ∞ 0 e−sttdt = 2 s L[f1(t)] = 2 s3 Para n = 3 temos f3(t) = t3, logo L[f3(t)] = ∫ ∞ 0 e−stt3dt = −e −stt3 s ∣∣∣∞ 0 + 3 s ∫ ∞ 0 e−stt2dt L[f3(t)] = 3 s ∫ ∞ 0 e−stt2dt = 3 s L[f2(t)] = 3× 2 s4 = 3! s4 Suponhamos que para n = h seja L[fh(t)] = ∫ ∞ 0 e−stthdt = h! sh+1 , s > 0 Para n = h+1 temos L[fh+1(t)] = ∫ ∞ 0 e−stth+1dt = −1 s e−stth+1 ∣∣∣∞ 0 + h+ 1 s ∫ ∞ 0 e−stthdt L[fh+1(t)] = ∫ ∞ 0 e−stth+1dt = h+ 1 s L[fh(t)] = h+ 1 s · h! sh+1 Portanto, L[fn(t)] = n! sn+1 , s > 0, n = 0, 1, 2, . . . Exercício 4.2.4. Christian José Quintana Pinedo 131 Usando a propriedade do deslocamento, determine uma função f(t) sabendo que sua transformada de Laplace é F (s) = s− 2 2s2 + 2s+ 2 Solução. Temos F (s) = s− 2 2s2 + 2s+ 2 = 1 2 [ s− 2 (s+ 1 2 )2 + ( √ 3 2 )2 ] ⇒ F (s) = 1 2 [ s+ 1 2 (s+ 1 2 )2 + ( √ 3 2 )2 − 5 2 (s+ 1 2 )2 + ( √ 3 2 )2 − ] = F (s) = 1 2 [ s+ 1 2 (s+ 1 2 )2 + ( √ 3 2 )2 − 10 2 √ 3 · √ 3 2 (s+ 1 2 )2 + ( √ 3 2 )2 − ] = Observando a Tabelas, usando o propriedade do deslocamento e o Teorema da Linea- ridade vemos que a função cuja transformada de Laplace é F (s) é dada por f(t)) = 1 2 e− 1 2 t [ cos (√3 2 t )− 10 2 √ 3 sen (√3 2 t )] Exercício 4.2.5. Aplicando a transformada de Laplace da derivada, verificar que, se f(t) = t cos at então L[f ](s) = s2 − as (s2 + a2)2 Solução. Seja f(t) = t cos at então f ′(t) = cos at−tasen at ⇒ f ′′(t) = −ta2 cos at−2asen at L[f ′′(t)] = −a2L[t cos at]− 2aL[sen at] s2L[f(t)]− sf(0)− f ′(0) = −a2L[f(t)]− 2aL[sen at] (s2 + a2)L[f(t)] = 1− 2aL[sen at] ⇒ (s2 + a2)L[f(t)] = 1− 2a a s2 + a2 = s2 − a2 s2 + a2 Portanto, L[f ](s) = s2 − as (s2 + a2)2 . Exercício 4.2.6. Sem calcular a integral, determine as transformadas de laplace. Solução. 1. L [ t∫ 0 exdx ] 2. L[ t∫ 0 cosxdx ] 132 Solução Séries e Equações Diferenciais 3. L [ t∫ 0 sen x cos(t− x)dx ] 4. L [ t∫ 0 xet−x ] 5. L [ t∫ 0 e−xsen xdx ] 6. L [ t · t∫ 0 sen xdx ] 7. L [ t∫ 0 e−xdx ] 8. L [ t∫ 0 xsen xdx ] 9. L [ t · t∫ 0 xe−xdx ] Exercício 4.2.7. Mostre que se 0 ≤ x < b ≤ k n ≤ 1 ou 0 ≤ k n ≤ b < x ≤ 1, então x k n (1− x)1− kn ≤ e−2(x−b)2b kn (1− b)1− kn Solução. A mostrar que x k n (1− x)1− kn b k n (1− b)1− kn ≤ e−2(x−b)2 . Aplicando o logaritmo F (x) = Ln [ x k n (1− x)1− kn b k n (1− b)1− kn ] − 2(x− b)2 ≤ 0, ⇒ F (b) = 0 ⇓ ⇓ ⇓ Christian José Quintana Pinedo 133 Exercício 4.2.8. Determine a transformada inversa de Laplace para as funções: Solução. 1. 2s− 5 s(s2 + s+ 12) 2. s s4 + 4 − e −s s2 − e −2s s2 − 1 3. s s4 + 4 4. 5s+ 3 (s+ 1)(s+ 2)(s+ 3) Resposta f(t) = [−e−t + 7e−2t − 6e−3t]u(t) 5. p p4 + 4 − e −p p2 − e −2p p2 − 1 6. Pelo método das frações parciais, obtemos 1 s(s2 + 4) = 1/4 s + (−1/4)s s2 + 4 . Assim, L−1 [ 1 s(s2 + 4) ] = 1 4 L−1 [ 1 s ] − 1 4 L−1 [ s s2 + 4 ] = 1 4 − 1 4 cos 2x. Exercício 4.2.9. Determine: Solução. 1. L−1 [ 1 s4 ] 2. L−1 [ 1 s2 − 64 s5 ] 3. L−1 [(3 s − 1 s3 )2] 4. L−1 [ 1 s2 − 1 s− 2 + 1 s ] 5. L−1 [ 12s s2 + 9 ] 6. L−1 [ 1 s2 + s− 6 ] 134 Solução Séries e Equações Diferenciais 7. L−1 [ s− 5 (s+ √ 5)(s−√5) ] 8. L−1 [ s (s− 1)(s− 2)(s− 3) ] 9. L−1 [ s− 2 s2(s2 + 4) ] 10. L−1 [ 1 (s2 + 9)(s2 + 4) ] 11. L−1 [ 6s+ 3 (s2 + 1)(s2 + 4) ] 12. L−1 [ 1 s4−16 ] Exercício 4.2.10. Considere L[f ](s) = F (s), determine f(t). Solução. 1. Temos a transformada F (s) = 2 s2(s+ 2)(s− 1) + 1 (s+ 2)(s− 1) , é imediato que 1 (s+ 2)(s− 1) = 1 3(s− 1) − 1 3(s+ 2) 2 s2(s+ 2)(s− 1) = A s + B s2 + C s+ 2 + D s− 1 ⇒ 2 = As(s+ 2)(s− 1) +B(s+ 2)(s− 1) +Cs2(s− 1) +Ds2(s+ 2) ⇒ s = 0⇒ B = 1 s = 1⇒ D = 2 3 , s = −2⇒ C = −1 6 , s = −1⇒ A = 3 2 logo F (s) = [ 3 2s + 1 s2 − 1 6(s+ 2) + 2 3(s− 1) ] + [ 1 3(s− 1) − 1 3(s+ 2) ] F (s) = 3 2s + 1 s2 − 1 2(s+ 2) + 1 s− 1 ⇒ f(t) = 3 2 + t− 1 2 e−2t + et Portanto, f(t) = 3 2 + t− 1 2 e−2t + et Solução. 2.. Temos a transformada F (s) = 3 (s− 1)(s2 + 4) ccc Christian José Quintana Pinedo 135 Exercício 4.2.11. Seja a constante, sabe-se que a transformada de Laplace de f(t) = sen at é a s2 + a2 , s > 0 e a de g(t) = t cos at é s2 − a2 (s2 + a2)2 , s > 0. Determine a transformada de Laplace de h(t) = sen at+ t cos at.[?] Solução. Exercício 4.2.12. Determine a função cuja transformada de Laplace é s+ 1 s2(s+ 2)3 .[?] Solução. Exercício 4.2.13. Determine a função cuja transformada de Laplace é s2 + 2 s(s2 + 2s+ 2) .[?] Solução. Exercício 4.2.14. Determine a função f(t), sabendo que L−1 [ Ln[1 + 1 s2 ] ] = f(t).[?] Solução. Exercício 4.2.15. Teorema de aproximação de Weierstrass. Demonstrar que se f : [a, b] −→ R é uma função contínua, então para todo � > 0, existe um polinômio p(t) tal que |f(t)− p(t)| < �, para todo t ∈ [a, b]. Demonstração. Seja t = (1− x)a + xb, então x = 1 b− a(t − a) e t ∈ [a, b] se e somente se x ∈ [0, 1]. Seja fˆ : [0, 1] −→ R definida por fˆ(x) = f((1− x)a + xb). Consideremos o polinômio de 136 Solução Séries e Equações Diferenciais Bernstein1 pˆ(x) = n∑ k=0 fˆ( k n )xk(1− x)n−k e p(t) = pˆ ( 1 b− a(t− a) ) Sabendo que ∑ k∈A ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ n∑ k=0 ( n k ) xk(1− x)n−k = 1 (4.1) para qualquer A ∈ {0, 1, 2, 3, · · · , }. Por outro lado, como f é contínua, existe δ > 0 tal que |x− y| < δ ⇒ |f(x)− f(y)| < � 2 (4.2) Sejam b1 = x− δ, b2 = x+ δ, M = max x∈[0,1] |f(x)| e n tal que 4Me−2δ2n < � 2 . Pela Propriedade (??) b2 ≤ k n ≤ 1 ou o ≤ k n ≤ b1 ⇒ x kn (1− x)1− kn ≤ e−2(x−b)2b kn (1− b)1− kn (4.3) Das relações (4.1), (4.2) e (4.3) tem-se |fˆ(x)− pˆ(x)| = ∣∣∣∣∣ n∑ k=0 fˆ(x) ( n k ) xk(1− x)n−k − n∑ k=0 fˆ( k n ) ( n k ) xk(1− x)n−k ∣∣∣∣∣ ≤ ≤ n∑ k=0 ∣∣∣∣fˆ(x)− fˆ(kn) ∣∣∣∣ ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ ≤ � 2 + ∑ | k n −x|>δ ∣∣∣∣fˆ(x)− fˆ(kn) ∣∣∣∣ ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ � 2 + 2M ∑ k n ≥b2 ( n k ) xk(1− x)n−k + 2M ∑ k n ≤b1 ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ � 2 + 2Me−2δ 2n ∑ k n ≥b2 ( n k ) bk2(1− b2)n−k + 2Me−2δ 2n ∑ k n ≤b1 ( n k ) bk1(1− b1)n−k ≤ � 2 + 4Me−2δ 2n ≤ � 1Sergey Natanovich Bernstein (1880 − 1968) foi um matemático ucraniano. Sua tese de doutorado, defendida em 1904 na Sorbonne, resolveu o décimo-nono problema de Hilbert sobre a solução analítica de equações diferenciais elípticas. Publicou diversos trabalhos em teoria da probabilidade, fundamentos matemáticos da genética entre outros. Christian José Quintana Pinedo 137 4.3 Aplicações Exercícios 4-3 Exercício 4.3.1. Qual é a tranformada de Laplace da função periódica mostrada na seguinte Figura (a) ? - 6 T 2T 4T f(t) 1 -1 t Figura (a) Solução. Observe que o período é 2T , além disso:∫ 2T 0 f(t)e−stdt = ∫ T 0 f(t)e−stdt+ ∫ 2T T f(t)e−stdt Isto ; e: ∫ 2T 0 f(t)e−stdt = ∫ T 0 e−stdt+ ∫ 2T T (−1)e−stdt ∫ 2T 0 f(t)e−stdt = e−st −s ∣∣∣∣T 0 − e −st −s ∣∣∣∣2T T = 1 −s [(e −sT − 1)− (e−2sT )− e−sT ] ∫ 2T 0 f(t)e−stdt = 1 s [e−2sT − 2e−sT + 1] = 1− (e −sT )2 s Sabe-se que se uma função f(t) é de período K, então a transformada de Laplace; e: L[f(t)] = ∫ K 0 f(t)e−stdt 1− e−Ks Substituindo nesta expressão: L[f(t)] = (1− e−sT )2 s 1− e−2Ts = (1− e−sT )2 s(1− e−2Ts) = 1− e−sT s(1 + e−sT ) = 1 s tanh Ts 2 Portanto, a gransformada pedida é L[f(t)] = 1 s tanh [ Ts 2 ] . 138 Solução Séries e Equações Diferenciais Exercício 4.3.2. Achar f(t) da seguinte igualdade f(t) = t∫ 0 f(r)dr = 1.[?] Solução. Exercício 4.3.3. Aplicar a Propriedade (??) para mostrar a fórmula de Duhamel 2 sL[f(t)]L[g(t)] = f(t)g(t) + t∫ 0 f(x)g(t− x)dx Solução. Exercício 4.3.4. Achar as transformadas de Laplace para as seguintes funções 1. (t− 1) · u(t− 1) 2. (t− 1)2 · u(t− 1) 3. (t− 1)u(t− pi) · (cos t 4. t · u(t− 1) 5. t2 · u(t− 1) 6. (t− 1)u(t− pi 2 ) · sen t 7. et · u(t− 1 2 ) 8. u(t− 1) · cosh t . Solução. Exercício 4.3.5. Determine a transformada de Laplace para as funções:[?] Solução. 2Duhamel (1797− 1872) matemático francês. Christian José Quintana Pinedo 139 1. f(t) = { 0 se 0 ≤ t < 1 (t− 1)2 se 1 ≤ t 2. f(t) = { sen t se 0 ≤ t < pi 0 se t ≥ pi 3. f(t) = 0 se 0 ≤ t < 1 2 se 1 ≤ t < 2 0 se t ≥ 2 4. f(t) = Exercício 4.3.6. Mostre que a função f(t) = { ket 2 se t < B 10M se t ≥ B admite transformada de laplace, onde k,M e B são constantes. Solução. Pela definição da transformada de Laplace tem-se L[f(t)] = ∞∫ 0 e−stf(t)dt = B∫ 0 e−st · ket2dt+ ∞∫ B e−st · 10Mdt L[f(t)] = k B∫ 0 e−st+t 2 dt+ 10M lim R→∞ R∫ B e−stdt = 10M lim R→∞ R∫ B e−stdt+ ke−s 2/4 B∫ 0 et−s/2) 2 dt O valor obtido assim, será finito e bem definido, sem importar quais grandes sejam M , B ou k, para qualquer s > 0. A última integral, em verdade não podemos calcular mediante funções elementares, não obstante podemos limitar assim. Seja m(s) = max(t− s 2 )2 para 0 ≤ t ≤ B, então B∫ 0 et−s/2) 2 dt ≤ B∫0 em(s)dt = em(s)B Deste modo, a transformada de Laplace existe para qualquer s > 0. Exercício 4.3.7. Mostrar que não existe transformada de Laplace para a função f(t) = et2, para nenhum valor de s. Solução. 140 Solução Séries e Equações Diferenciais Pela definição da transformada de laplace, tem-se L[et 2 ] = +∞∫ 0 e−st · et2dt Com efeito, desde que ev2 > ev em (1,+∞), então. se s > 0 L[et 2 ] = +∞∫ 1 e−st · et2dt = +∞∫ 0 et 2−stdt = +∞∫ 0 et 2−st+s2/4 · e−s2/4dt = +∞∫ 0 e(t−s/2) 2 · e−s2/4dt = e−s2/4 +∞∫ 0 e(t−s/2) 2 dt Considerando v = t− s/2 L[et 2 ] = e−s 2/4 +∞∫ 0 e(t−s/2) 2 dt = = e−s 2/4 ∞∫ −s/2 ev 2 dv = e−s 2/4 1∫ −s/2 ev 2 dv + +∞∫ 1 ev 2 dv ≥ e−s2/4 1∫ 0 ev 2 dv + +∞∫ 1 ev 2 dv ≥ e−s2/4 +∞∫ 1 ev 2 dv ≥ e−s2/4 +∞∫ 1 evdv =∞ Exercício 4.3.8. Mostre que a função f(t) = tan t se 0 ≤ t < pi 2 0 se t ≥ pi 2 não admite transformada de laplace Solução. Suponhamos m(s) = min 0≤t≤pi 2 {e−st } = min{1, e−spi/2}, então como a função tangente tem assíntota em pi/2 +∞∫ 0 f(t)e−stdt = pi/2∫ 0 tan t · e−stdt ≥ pi/2∫ 0 m(s) · tan tdt = = m(s) pi/2∫ 0 tan tdt = m(s) lim R→pi 2 R∫ 0 tan tdt Christian José Quintana Pinedo 141 = m(s) lim R→pi 2 [Ln(secR)− Ln(sec 0)] =∞ Exercício 4.3.9. Resolver as seguintes equações diferenciais de PVI. 1. { f ′′(t)− f(t) = 1 f(0) = 0, f ′(0) = 1 2. { f ′′(t) + f(t) = 0 f(0) = 1, f ′(0) = 0 3. f ′′(t) + ωf(t) = 0 f(0) = A, f ′(0) = 0 ω e A constantes 4. Lf ′(t) +Rf(t) = E f(0) = 0 L, R e E são constantes Solução. Exercício 4.3.10. Resolver cada um dos PVIs. [?] 1. y′ − 3y = e2t, y(0) = 1 Calculamos primeiramente a transformada de cada membro da equação diferencial dada: L[y′]− 3L[y] = L[e2t] Dai, L[y′] = sY (s)− y(0) = sY (s)− 1 e L[e2t] = 1 s− 2 . Resolvendo: sY (s)− 1− 3Y (s) = 1 s− 2 Y (s) = s− 1 (s− 2)(s− 3) Usando fracções parciais s− 1 (s− 2)(s− 3) = A s− 2 + B s− 3 o que implica s− 1 = A(s− 3) +B(s− 2). Fazendo s = 2 e s = 3 na última equação concluímos que A = −1 e B = 2, respectivamente. 142 Solução Séries e Equações Diferenciais Consequentemente Y (s) = −1 s− 2 + 2 s− 3 ⇒ y(t) = L−1 [ −1 s− 2 ] + 2L−1 [ 2 s− 3 ] De onde, y(t) = −e−2t + 2e3t 2. y′ + y = e−t, y(0) = 5 Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para obter: L[y′ + y] = L[e−t] pelas propriedades enunciadas segue que L[y′ + y] = 1 s+ 1 Usando a fórmula da transformada da derivada, obtemos sY (s)y(0)+Y (s) = 1 s+ 1 ⇒ sY (s)−5+Y (s) = 1 s+ 1 ⇒ Y (s) = 1 (s+ 1)2 + 5 s+ 1 Aplicando a transformada inversa de Laplace a esta equação e observando na tabela que L[te−t = 1 (s+ 1)2 e L[e−t = 1 s+ 1 obtemos a solução do PVI. Portanto, y(t) = e−t + 5e−t. 3. y′′ + y′ − 2y = 2t; y)0) = 0, y′(0) = 1 4. Tem-se: y′′ − 2y′ + y = et + t; y(0) = 1, y′(0) = 0. Aplicando a transformada de Laplace à equação y′′ − 2y′ + y = et + t; y(0) = 1, y′(0) = 0, tem-se L [y′′ − 2y′ + y] = L [et + t] ⇒ (s2L[y]−s)−2(sL[y]−1)+L[y] = 1 s− 1+ 1 s2 ⇒ (s− 1)2L[y] = 2 + 1 s− 1 + 1 s m m m Christian José Quintana Pinedo 143 m 5. y′′ + 2y′ + 5y = 4e−t cos 2t; y(0) = 1, y′(0) = 0 6. y′′ + 4y = t2 + 3et; y(0) = 0, y′(0) = 2 Temos L[y′′ + 4y] = L[t2 + 3et] = 2! s3 + 3 s− 1 ⇒ [ s2Y (s)− sy(0)− y′(0)]+ 4Y (s) = 2! s3 + 3 s− 1 (s2 + 4)Y (s) = 2! s3 + 3 s− 1 + s(0) + 2 ⇒ Y (s) = 2! s3(s2 + 4) + 1 + 2s (s− 1)(s2 + 4) a transformada da equação diferencial é 3s2Y (s)− 3C1s− 3C2 − 2sY (s) + 12C1 + 12Y (s) = 8 (s− 2)2 + 4 7. y′′ − 2y′ + y = tet + 4; y(0) = 1, y′(0) = 1 8. y′′ − 2y′ − 3y = 3te2t; y(0) = 1, y′(0) = 0 9. y′′ + 4y = 3sen 2t; y(0) = 2, y′(0) = −1 10. y′′ + 4y = et; y(0) = 0, y′(0) = 0. 11. y′′ − 2y′ + y = e2t; y(0) = 0, y′(0) = 0. 12. y′′ + 2y′ + 2y = et; y(0) = 0, y′(0) = 0. 13. 3y′′ − 12y′ + 12y = 4e2xsen (2x), y(0) = C1, y′(0) = C2 onde C1 e C2 cons- tantes. Temos L[y] = Y (s), L[y′] = sY (s)− y(0), L[y′′] = s2F (s)− sy(0)− y′(0) L[e2xsen (2x)] = 2 (s− 2)2 + 4 a transformada da equação diferencial é 3s2Y (s)− 3C1s− 3C2 − 2sY (s) + 12C1 + 12Y (s) = 8 (s− 2)2 + 4 144 Solução Séries e Equações Diferenciais Esta equação é uma equação algébrica que pode ser simplificada, issolando Y (s) na forma Y (s) = 3C1s+ 3C2 − 3C1 3s2 − 12s+ 12 + 8 [(s− 2)2 + 4](3s2 − 12s+ 12) ⇒ Y (s) = A s− 2 + B (s− 2)2 + 2C (s− 2)2 + 4 + D(s− 2) (s− 2)2 + 4 onde calculando A, B, C e D obtém-se A = C1, B = C2 − 2C1 + 2 3 , C = −1 3 e D = 0, assim Y (s) = C1 s− 2 + C2 − 2C1 + 23 (s− 2)2 − 2 3 (s− 2)2 + 4 A transformada inversa de cada uma das fracções parciais identificamos usando as transformadas calculadas em secções anteriores. Portanto, f(t) = [(1− 2x)y(0) + xy′(0) + 2x 3 − 1 3 ]e2x. 14. y′′ + 4y′ + 13y = 2t+ 3e−2tcos3t, y(0) = 0, y′(0) = −1 Exercício 4.3.11. Resolver cada um dos PVIs [?] 1. y′′ − y = δ(t− 2pi); y)0) = 0, y′(0) = 1 2. y′′ + 2y′ + 2y = cos t · δ(t− 3pi); y(0) = 1, y′(0) = −1 3. y′′ + y = δ(t− pi) cos t; y(0) = 0, y′(0) = 1 4. y′′ + 2y′ = δ(t− 1); y(0) = 0, y′(0) = 1 5. y′′ + 4y′ + 5y = δ(t− 2pi); y(0) = 0, y′(0) = 0 6. y′′ + y = etδ(t− 2pi); y(0) = 0, y′(0) = 0 7. y′′ − 2y′ = 1 + δ(t− 2); y(0) = 0, y′(0) = 1. Exercício 4.3.12. Christian José Quintana Pinedo 145 Resolver o PVI [?] 2y′′ + 2y′ + 2y = 0 se 0 ≤ t < 2 2 se 2 ≤ t < 10 0 se t ≥ 10 ; y(0) = 0, y′(0) = 0 Solução. Exercício 4.3.13. Determine a solução das seguintes equações de valores iniciais 1. y′′ − 4y′ + 4y = t3e2t; y(0) = y′(0) = 0. [?] 2. y′ = 1− sen t− t∫ 0 y(t)dy; y(0) = 0. [?] 3. ty′′ − y′ = t2; y(0) = 0. [?] 4. ty′′ + y = 0; y(0) = 0. [?] 5. y′′ − 6y′ + 9y = t2e3t; y(0) = 2, y′(0) = 6. [?] 6. y′′ − 2y′ + y = et−1; y(1) = 0, y′(1) = 5. [?] Exercício 4.3.14. Determine f(t) para a seguintes equações integrais.[?] 1. f(t) + t∫ 0 f(x)dx = 1 2. f(t) + t∫ 0 (t− x)f(x)dx = t 3. f(t) + 4 t∫ 0 sen xf(t− x)dx = 2t 4. f(t) = tet + t∫ 0 xf(t− x)dx 5. f(t) + t∫ 0 f(x)dx = et 6. f(t) + t∫ 0 f(x)dx = t Solução. 146 Solução Séries e Equações Diferenciais Exercício 4.3.15. Mostre as seguintes propriedades da convolução 1. f ∗ g = g ∗ f 2. f ∗ (g ∗ h) = (f ∗ g) ∗ h 3. f ∗ 0 = 0 4. f ∗ (g + h) = f ∗ g + f ∗ h 5 f ∗ δ = f onde δ é a distribuição delta de Dirac. Solução. Exercício 4.3.16. Calcular cada convolução indicada 1. u2(t) = (u ∗ u)(t) onde u = u(t) é a função degrau unitário. 2. un(t) = (u ∗ u ∗ . . . ∗ u)(t) (n-vezes). 3. f ∗ g sendo f(t) = eat e g(t) = ebt . 4. f ∗ g sendo f(t) = eat e u = u(t) Solução. Exercício 4.3.17. Seja y(t) a solução da equação de Bessel de ordem zero ty′′ + y′ + ty = 0, tal que y(0) = 1 e y′(0) = 0. Mostre que 1. L[y(t)](s) = L[J0(t)](s) = 1√ s2 + 1 2. +∞∫ 0 J0(y)dy = 1 3. J0(y) = 1 pi pi∫ 0 cos(y cos t)dt. Sugestão pi∫ 0 cos2n ydy = 1 · 3 · 5 · 7 · · · (2n− 1) 2 · 4 · 6 · · · (2n) pi. Solução. Christian José Quintana Pinedo 147 Exercício 4.3.18. Usando a transformada de Laplace e convolução, resolva o problema de valores iniciais. y′′ + 2y′ + 2y = f(t) = { et se 0 ≤ t < pi et(1 + e−pi) se t ≥ pi , y(0) = 1, y ′(0) = 0 Solução. Como f(t) = et + et−piu(t− pi) ⇒ L[f(t)](s) = 1 s− 1 + e−pit s− 1 . Considerando Y (s) = L[f(t)](s) e aplicando a transformada de laplace à equação obtém-se ((s+ 1)2 + 1)Y (s) = s+ 2 + 1 s− 1 + e−pit s− 1 logo Y(s) = s+ 2 (s+ 1)2 + 1 + 1 s− 1 · 1 (s+ 1)2 + 1 + e−pis 1 s− 1 · 1 (s+ 1)2 + 1 = s+ 1 (s+ 1)2 + 1 + 1 (s+ 1)2 + 1 + 1 s− 1 · 1 (s+ 1)2 + 1 + e−pis 1 s− 1 · 1 (s+ 1)2 + 1 = L[e−t cos t](s) + L[e−tsen t](s) + L[et ∗ e−t cos t](s) + e−pisL[et ∗ e−t cos t](s) = L[e−t cos t](s)+L[e−tsen t](s)+L[et∗e−t cos t](s)+L[[(et−pisaste−t+pisen (t−pi)]u(t−pi)](s) e nossa solução é y(t) = e−t cos t+ etsen t+ et ∗ e−tsen t+ [et−pi ∗ e−t+pisen t]u(t− pi) = e−t(cos t+ sen t) + e−t 5 [1− cos t− 2sen t] + e −t 5 [1− sen t− 2sen t]u(t− pi) Exercício 4.3.19. Usando a transformada de Laplace, verifique a igualdade eat ∗ ebtsen (ct) = c c2 + (b− a)2 [e at − ebt cos(ct)] + b− a c2 + (b− a)2 e btsen (ct) Solução. Seja f(t) = 2t+ 3e−2tcos3t, de onde F (s) = L[2t+ 3e−2tcos3t] = 2 s2 + 3L[cos3t](s+ 2) ⇒ F (s) = 2 s2 + 3(s+ 2) (s+ 2)2 + 9 148 Solução Séries e Equações Diferenciais Seja Y (s) = L[y(t)](s), de onde L[y′′(t)](s) = sY (s)− y(0)s− y′(0) = s2Y (0) + 1 L[4y′(t)](s) = 4[sY (s)− y(0)] = 4sY (s) Logo, aplicando transformada de Laplace à equação inicial obtém-se (s2 + 4s+ 13)Y (s) + 1 = 2 s2 + 3(s+ 2) (s+ 2)3 + 9 assim, Y (s) = − 1 (s+ 2)2 + 9 + 2 s2((s+ 2)2 + 9) + 3(s+ 2) ((s+ 2)2 + 9)2 Por outro lado, como L−1 ( − 1 (s+ 2)2 + 9 ) (t) = −1 3 e−2tsen 3t. Então como 2 s2((s+ 2)2 + 9) = As+B s2 + C(s+ 2) +D (s+ 2)2 + 9 de onde obtemos os valores A = − 8 169 B = 2 13 , C = 8 169 , D = − 10 169 de onde L−1 ( − 1 (s+ 2)2 + 9 ) (t) = − 8 169 + 2 13 t+ 8 169 e−2t cos 3t− 10 169 e−2tsen 3t Finalmente, como 3(s+ 2) ((s+ 2)2 + 9)2 = −3 2 d ds ( 1 (s+ 2)2 + 9 ) = −1 2 d ds ( 3 (s+ 2)2 + 9 ) temos que L−1 ( 3(s+ 2) ((s+ 2)2 + 9)2 ) (t) = 1 2 te−2tsen 3t Portanto, de todos estes resultados tem-se a solução do PVI y(t) = − 8 169 + 2 13 t+ e−2t[ 8 169 cos 3t− 179 507 sen 3t+ tsen 3t] Índice Teorema aproximação de Weierstrass, 135 149
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