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negociação coletiva

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ICEC – INSTITUTO CUIABÁ DE ENSINO E CULTURA
CURSO BACHARELADO EM DIREITO
DIREITO TUTELAR E COLETIVO DO TRABALHO
Negociação Coletiva
Alunos: Franciele Marques da Silva
Hélder da Silva Brito
Turma: DR7/P/Q/S – Noturno
Prof.: Rodolpho Vasconcellos
CUIABÁ-MT
2018
Negociação Coletiva
A negociação coletiva é uma modalidade de auto composição de conflitos advinda do entendimento entre os interlocutores sociais. Entre os princípios dos instrumentos coletivos, destaca-se o da boa-fé ou da lealdade, cuja consequência é o dever formal de negociar, consubstanciado na obrigação do exame de propostas recíprocas e na formulação de contrapropostas convergentes. Para tanto, as partes deverão concordar em estabelecer com antecedência a finalidade e o alcance da negociação.
	No âmbito brasileiro, a Constituição de 1988 reconhece as convenções coletivas, bem como os acordos coletivos de trabalho, a teor do artigo 7º, inciso XXVI. Embora as Cartas Magnas anteriores mencionassem apenas as convenções coletivas, o acordo coletivo já existia desde a publicação do Decreto nº 229/1967. Tal Decreto fora responsável pela nova redação aos artigos 611 a 625 da CLT, dos quais se suprimiu a expressão “acordo coletivo”, que foi substituída por “convenção coletiva” (caput) e “acordo coletivo” (§1º). Dessa forma, a Constituição Federal de 1988, ao reconhecer os acordos coletivos de trabalho, somente elevou a status constitucional um instituto já consolidado no ordenamento pátrio.
Alice Monteiro de Barros conceitua negociação coletiva como "modalidade de auto composição de conflitos advinda do entendimento entre os interlocutores sociais".
 	Segundo Sergio Pinto Martins, "a negociação coletiva é uma forma de ajuste de interesses entre as partes, que acertam os diferentes entendimentos existentes, visando encontrar uma solução capaz de compor suas posições".
	A negociação coletiva tem grande importância e é considerada o melhor sistema para resolução de problemas, que surgem com frequência entre o empregador e o trabalhador, não apenas como uma forma de aumento salarial e estabelecimento das condições do labor, mas, para regular as relações de trabalho entre o empregador e o empregador.
Assim, permite que haja uma flexibilização e uma adaptação dos direitos previstos na CLT, para que seja melhor adequado os direitos, as funções exercidas, sendo a multiplicidade de seus elementos mais maleável aos procedimentos legislativos, judiciais e administrativos regulamentados.
Além disso, gera uma igualdade de condição aos trabalhadores, uma vez que, em negociação individual, alguns trabalhadores poderiam conseguir alguns direitos e outros poderiam não consegui-los, além disso, a negociação coletiva fera uma rapidez maior na solução dos conflitos, não precisando, devido a sua força diante as entidades patronais, ser alvo de ação judicial, sendo assim gera celeridade judicial, diante da negociação individual e isonomia contratual entre os trabalhadores.
Visa, também, a manutenção da paz social, procurando assim o bem comum e a justiça social, de uma forma pacifica, através do entendimento entre as partes, como dito acima, não sendo necessária a intervenção judicial, sendo assim uma resolução amigável, sendo um caminho muito eficaz para a solução dos problemas que atingem o coletivo.
Constitui-se um veículo normativo, do qual as partes negociadoras administram o conflito e que tem um procedimento ritualístico que regulamenta o processo de negociação e o comportamento das partes, possuindo sempre um custo econômico-financeiro a ser pago pelo empregador. Além disso, é exigido um planejamento estratégico e tático, onde os negociadores são submetidos à pressão externa exercida por parte dos representantes de ambas as partes.
A negociação coletiva pode ser dividida em quatro etapas, que são a etapa preliminar onde o sindicato faz suas exigências e inicia o movimento para negociação coletiva; aproximação das partes, onde as partes iniciam um dialogo para encontrar uma solução para o conflito; discussão onde as partes se reúnem e passam a discutir quanto às propostas, negociando um termo comum entre a proposta do sindicato e a proposta patronal e o fechamento onde os termos comuns são escritos e convencionados na forma de Convenção ou Acordo Coletivo, tendo assim a mesma importância que as leis trabalhistas e o contrato individual do trabalhador.
Para obtenção de melhores resultados, os sindicatos muitas vezes decretam a paralização dos funcionários sindicalizados, utilizando desse direito de greve como uma forma de pressão ao empregador, que terá suas atividades financeiras prejudicadas e assim estará mais propenso a aceitar e a ceder aos termos propostos pelo sindicato, além disso, os sindicatos utilizam-se de precedentes nas negociações, como argumento para melhores condições de trabalho e aumento salarial e apresentam dados como o crescimento do custo de vida e o aumento da inflação para melhoria salarial.
Referências Bibliográficas
www.google.com.br
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16677&revista_caderno=25
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,formas-de-negociacao-coletiva,37533.html
http://www.ibrajus.org.br/revista/artigo.asp?idArtigo=207

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