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Lesson 3

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Lesson 3, The Literary Method and The Grammar – Translation Method
Goals: 
1. Conhecer os Métodos de Leitura (The Literary Method) e da Tradução e Gramática (The Grammar - Translation Method) sob uma perspectiva diacrônica;
2. reconhecer as características principais, os objetivos e as teorias da linguística/psicologia subjacentes aos Métodos de Leitura (The Literary Method) e da Tradução e Gramática (The Grammar - Translation Method).
Introdução
Sob uma perspectiva diacrônica, várias foram as propostas, as motivações e as necessidades envolvendo o ensino de línguas estrangeiras. Por isso, diversos métodos e abordagens do ensino de línguas alternaram-se ao longo dos tempos na busca do modo mais eficiente de se efetivar a aprendizagem de idiomas.
Studying literary texts can help to improve students’ overall knowledge of English […] students can be sensitized to the wide range of styles in English and the different purposes for which they can be used… (Collie & Slater. Literature in the Language Classroom. A Resource Book of Ideas and Activities, 1987, p.7).[1: (British English also sensitise) BrE /ˈsensətaɪz/ ; NAmE /ˈsensətaɪz/ [usually passive]sensitize somebody/something (to something) to make somebody/something more aware of something, especially a problem or something bad]
Na história do ensino de idiomas, nem sempre existiu a preocupação pela busca do método ou da abordagem mais adequado(a). Somente a partir do Renascimento, iniciaram-se tentativas de criação de um método que superasse a tradição gramatical greco-latina.
Com o surgimento da linguística, no final do século XIX, e o avanço da psicologia, foi que surgiu um ambiente propício para a formulação de métodos com embasamento científico.
A passagem entre os séculos XIX e XX foi fundamental para o ensino de línguas, pois as pesquisas na área da fonética e a ascensão da linguística a status de ciência começaram a fornecer dados para a fundamentação teórica de que pesquisadores e professores de língua estrangeira necessitariam para o desenvolvimento de um método mais eficaz no ensino de idiomas. 
Entretanto, desde o humanismo havia tentativas no sentido de modernização do ensino de línguas, algumas delas retomadas no século XX, com o respaldo da Linguística Estruturalista.
As primeiras inovações datam do século XVI como reação ao ensino de línguas calcado na gramática normativa, típico da Idade Média. 
J. A. Commenius, bispo da Morávia (atual parte oriental da República Tcheca), defendia um método mais ativo e lançou a obra pioneira Orbis sensualium pictus, na qual ensinava o vocabulário da língua latina através de desenhos, antecipando o método visual. 
Também no século XVI, o gramático holandês Gerardus Vossius recomendava o ensino de línguas com gravuras, sem o uso da língua materna.
Sendo assim, o método indutivo de idiomas foi popular até o século XVIII, quando passou a ser suplantado pelo método dedutivo, tanto no ensino de línguas clássicas quanto no de línguas modernas.
O método dedutivo foi dominante durante toda a Idade Média, conviveu com o indutivo após o Humanismo e o superou totalmente a partir do século XIX. A provável explicação para tal substituição era o interesse dos aprendizes em ter acesso à literatura em línguas estrangeiras e não o uso ativo dessas línguas (VILAS BOAS et al., [20-]).
The Grammar-Translation Method (Método da Tradução e Gramática)
Durante muito tempo, até o século XIX, o ensino de língua, em especial nos monastérios europeus, tinha como recurso principal a literatura e mais especificamente a Bíblia. Isso acontecia não somente no ensino de língua inglesa, mas no ensino de línguas em geral, como o latim e o grego, por exemplo.
O estudo do latim clássico (com obras de grandes ícones latinos, como, por exemplo, Cícero, Virgílio e Ovídio) e sua respectiva análise gramatical e retórica foram o modelo para o estudo de línguas estrangeiras do século XVII ao XIX.
 
Com o aparecimento das línguas modernas nos currículos europeus, no século XVIII, os mesmos procedimentos para o ensino do latim eram aplicados a essas línguas ― livros-texto com frases contendo regras gramaticais abstratas, listas de vocabulário, frases para traduzir (SANT’ANNA, [20-]).
Derivado do interesse pelas culturas grega e latina na época do Renascimento e como consequência do estudo de línguas modernas do início do século XIX, surgiu o método da Tradução e Gramática (vigente, mais especificamente, do século XVIII até fins da década de 40). 
É também conhecido como Método Tradicional ou Clássico ou, ainda, AGT (Abordagem da Gramática e Tradução). Considerado o primeiro método de ensino de LE, o Método da Tradução e Gramática foi desenvolvido para escolas secundárias e teve seu início na Prússia, no final do século 18.
Todavia, não é correto considerar o método da Tradução e Gramática um método propriamente dito, pois não possui fundamentação em nenhuma teoria de aprendizagem de línguas. Trata-se de uma continuação da maneira como se ensinava o latim e o grego há séculos, com o objetivo de formar eruditos (VILAS BOAS et al., [20-]).
O objetivo final do método em questão é levar o aluno a apreciar a cultura e a literatura da língua estrangeira, adquirindo, assim, um conhecimento mais profundo da própria língua, aguçando o raciocínio e se desenvolvendo intelectualmente. Esperava-se que os alunos, a partir do estudo da língua estrangeira, aprendessem mais sobre a língua materna e aprimorassem o desempenho na língua nativa.
Basicamente, o método consiste no ensino da língua estrangeira por meio da materna, privilegiando-se a compreensão e a prática da escrita. A ênfase está na forma escrita da língua alvo, e não na comunicação oral. Apesar do nome, o objetivo final não era a tradução, mas a leitura através do estudo da gramática e a aplicação desse conhecimento na interpretação de textos com o apoio de um dicionário.
Clique no ícone PDF e conheça as principais características do método da Tradução e Gramática:
 Principais características do método da Tradução e Gramática: 
aulas ministradas na língua materna dos alunos, com pouca ou nenhuma atenção à pronúncia da língua estrangeira. O que é requisitado do professor é que ele domine a terminologia gramatical e detenha o conhecimento profundo das regras do idioma com todas as suas exceções; 
ênfase na forma escrita da língua: os alunos fazem leitura de textos clássicos a partir dos estágios iniciais de aprendizagem; 
exercícios de tradução e versão; 
pouca atenção é dispensada ao conteúdo dos textos, que são vistos como exercício de análise gramatical; 
teste de compreensão de leitura; 
memorização de vocabulário (por meio de listas de palavras descontextualizadas); 
foco em explicações e análises detalhadas da gramática (ensino dedutivo: apresentação e estudo das regras para o exemplo; no caso, os exercícios de tradução), na análise da forma e flexão de palavras; 
procura de sinônimos e antônimos; 
identificação de cognatos; 
exercícios de preencher espaços com palavras que faltam no texto; 
formação de frases com palavras recém-aprendidas; 
composição escrita a partir de um tópico dado pelo professor; 
a interação na sala de aula se dá entre professor e alunos. Há pouca iniciativa por parte do aluno e raramente ocorre interação entre os alunos. 
A seguir, vamos ver a descrição de uma aula na qual tal método é aplicado (SANT’ANNA, [20-]): Local: uma universidade na Colômbia; Público: estudantes pré-universitários no nível pré-avançado; Sala: com 42 alunos; Frequência: aulas ministradas 3 vezes na semana, com duração de 2h/a.
	Princípios
	Técnicas
	O objetivo principal em aprender uma língua estrangeira é o de ser capaz de ler e apreciar a sua literatura. A linguagem literária é considerada superior à língua falada. O estudo é limita o a textos literários e ligados a artes.
	A sala lê uma passagem da obra Life on the Mississipi, de Mark Twain.
	O objetivo principal é que o aluno seja capaz de traduzir textosou passagens em língua estrangeira para sua língua materna. Se o aluno mostra-se capaz de realizar tal tarefa, é indício de que se u aprendizado em LE foi frutífero.
	Os alunos traduzem a passagem do inglês para o espanhol.
	
A habilidade em se comunicar na língua-alvo não é o objetivo no ensino da LE.
	O professor, usando a língua materna dos alunos, pergunta se há dúvidas. As perguntas são feitas e respondidas também na língua materna.
	A prioridade é voltada às habilidades de leitura e produção de textos escritos. Pouca atenção é aplicada às habilidades de compreensão oral e produção de fala. A prática de pronúncia não é considerada importante.
	
Os alunos respondem em LE à s questões de compreensão de texto.
	O professor é a autoridade em sala de aula. É de extrema importância que o aluno produza a resposta CORRETA.
	O professor escuta a resposta e decide se está certa ou não. Caso esteja incorreta, o professor escolhe outro aluno a fim de apresentar a resposta, ou ele/ela mesmo(a) apresenta a resposta correta.
	Quaisquer que sejam as línguas estudadas sempre haverá termos equivalentes entre estas.
	Os alunos traduzem as NOVAS PALAVRAS para a sua língua materna.
	A aprendizagem da LE é facilitada por meio das similaridades entre a LE e a LM.
	Alunos aprendem que o sufixo "-ty" em inglês corresponde ao "- dad" e "-tad" em espanhol.
	É importante que o aluno aprenda sobre a forma da LE.
	Os alunos aprendem as regras gramaticais no uso de objeto direto em grupos verbais.
	A aplicação dedutiva de uma regra gramatical ensinada de forma explícita é uma técnica pedagógica muito válida.
	Os alunos aplicam as regras aprendidas referentes à LE, aos exemplos dados pelo professor.
	A aprendizagem de uma LE propicia um bom exercício mental.
	Os alunos memorizam o vocabulário.
	Os alunos devem ser conscientes das regras gramaticais da LE.
	O professor pede que os alunos expliquem as regras gramaticais concernentes aos exercícios aplicados na aula.
	Sempre que possível, conjugações verbais e demais regras gramaticais devem ser pra ticadas a fim de serem relembradas com facilidade e rapidez.
	Os alunos memorizam as formas 'present tense, past tense, and past participle' de uma lista de verbos.
Lembrando que não existe método ou abordagem perfeitos, algumas críticas ao método da Tradução e Gramática (VILAS BOAS et al., [20-] e HARMER, 1998):
• não é apropriado para o desenvolvimento da habilidade comunicativa dos alunos, que têm de fazer um grande esforço para memorizar listas intermináveis de palavras e regras gramaticais raramente usadas;
• não exige proficiência por parte do professor nem habilidade para o planejamento de aulas;
• impede que os alunos adquiram a língua estrangeira de forma natural, não estimulando conhecimento prévio ou associações no processo de aprendizagem da língua;
• ensina sobre a língua, e não a língua em si.
The Grammar-Translation Method (Método da Tradução e Gramática)
Literary texts have a powerful function in raising moral and ethical concerns in the classroom […] these texts should encourage our students to explore these concerns and connect them with the struggle for a better society. (Collie & Slater. Literature in the Language Classroom. A Resource Book of Ideas and Activities, 1987, p.3)
O método de Leitura, ou abordagem para leitura, surge a partir dos anos 20, como resultado da preocupação das autoridades educacionais estadunidenses que concluíram que o desenvolvimento da língua oral não era o objetivo principal do ensino de idiomas nas escolas secundárias dos EUA. 
Em vez disso, o ensino de línguas deveria visar ao gosto pela cultura e literatura do povo estudado, o que seria conseguido com mais sucesso em versões atualizadas do método da Tradução e Gramática (LEFFA, 1988).
Vemos, então, que os métodos de Leitura e da Tradução e Gramática têm semelhanças. No Método de Leitura, o caminho considerado ideal para o aprendizado da língua estrangeira era a memorização de gramática e vocabulário através da leitura de textos literários clássicos, como a Bíblia, e, em alguns casos, obras de Shakespeare (VALENTE; PINHEIRO, [20-]). O objetivo era possibilitar que os alunos, ao término de um curso de 2 anos, fossem capazes de ler em língua estrangeira sem grandes dificuldades. 
Esse método foi disseminado pelas escolas secundárias dos EUA na década de 30 e assim permaneceu até o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). Foi uma reação ao método Direto, o qual vamos estudar na próxima aula.
Clique no ícone PDF e conheça agora, as principais características do método de leitura:
 Principais características do método de Leitura: 
o desenvolvimento da habilidade de leitura e o conhecimento atual e histórico do país onde a língua alvo é falada; 
desde o início, há grande quantidade de leitura em língua estrangeira, tanto em sala de aula quanto fora dela; 
a única habilidade linguística enfatizada é a leitura, embora a linguagem oral não seja completamente banida; 
ensino da gramática relevante e útil apenas à compreensão da leitura, com ênfase nos aspectos morfofonológicos e nas construções sintáticas mais comuns; 
a expansão do vocabulário é essencial. A cada lição, aprendiam-se palavras novas, ainda que de modo controlado. Tais palavras baseavam-se em estatísticas de frequência, utilidade e grau de dificuldade; 
a expansão do vocabulário é essencial. A cada lição, aprendiam-se palavras novas, ainda que de modo controlado. Tais palavras baseavam-se em estatísticas de frequência, utilidade e grau de dificuldade; 
ênfase na tradução na sala de aula (atrelada à compreensão do texto, à apreensão do sentido, e não à “tradução pela tradução”, com o objetivo de conhecer a estrutura da LE em detalhes); 
predomínio dos exercícios escritos, principalmente questionários baseados em textos; 
atenção mínima à pronúncia, embora existisse a preocupação de produzir e reconhecer os sons da língua; 
o professor não precisa ter boa fluência oral na língua alvo; 
aulas ministradas na língua materna; 
o curso era dividido em Leitura Intensiva e Leitura Extensiva. 
Não há descrições de aulas observadas, porém, é possível apontar princípios gerais, técnicas e práticas que regem o Método de Leitura, além de pontos positivos e negativos (SANT’ANNA, [20-]):
	Princípios 
	Técnicas 
	A facilidade na leitura somente será desenvolvida se o aluno ti ver contato com o sistema fonológico (pronúncia) da LE.
	Nas primeiras semanas, os alunos eram expostos ao sistema sonoro da LE, por meio de textos contendo padrões orais simples, e habituavam-se a ouvir e dizer frases simples.
	A imagem acústica da língua auxilia na apreensão de sentido, no momento da leitura do texto.
	Os alunos podem ler em voz alta para auxiliar a compreensão e ouvir o texto mentalmente enquanto leem silenciosamente.
	O estudo da gramática deve atender especificamente às necessidades do leitor. A habilidade de produção textual (escrita) deve ajudar apenas o aluno a fixar novo vocabulário.
	Exercícios de reconhecimento rápido de formas verbais, tempos, formas de negação e transformações são aplicados.
	A apreciação pela cultura da LE motiva a leitura e a aprendizagem.
	Os trabalhos em sala de aula são inspirados no cenário do país de origem da LE; nas formas de vida e costume do povo.
Principais práticas adotadas por professores de LE que utilizavam (utilizam) este método: A leitura é feita em voz alta pelo professor ou pelo aluno. Em seguida, são formuladas perguntas referentes ao texto que são respondidas na LM.
Na leitura intensiva:
• É supervisionada pelo professor que desenvolve a compreensão de seus alunos por exercícios que focam em estruturas gramaticais; apresentação de novo vocabulário e desenvolvem a leitura de orações completas.
• O professor evita a tradução. Para tanto, ele aplica exercícios de contextualização que levem o aluno a inferir o sentido das palavras pelas palavras familiares ou cognatas(momento em que o professor verifica o grau de entendimento do aluno).
Na leitura extensiva:
• O aluno lê, por conta própria, textos considerados compatíveis com seu nível de conhecimento.
• Os livros-texto são adaptados à frequência vocabular e algumas expressões idiomáticas são apresentadas pelo professor.
• O professor verifica a aprendizagem por formulação de perguntas específicas sobre o conteúdo do texto lido.
Pontos positivos:
• Aumenta a capacidade de ler dos alunos mais aplicados e independentes.
• Os alunos com mesmo perfil podem trabalhar textos de diferentes níveis de dificuldade.
• A leitura pode despertar interesse pelos falantes da LE e curiosidades sobre seu modo de vida.
Pontos negativos:
• Se não controlado devidamente, a satisfação se dá pelo número de páginas ‘lidas’ e não pelo conteúdo apreendido na leitura.
• Geralmente, os alunos se sentem satisfeitos por serem capazes de responder a perguntas específicas do texto, sobretudo a respeito de estrutura gramatical a despeito do léxico.
• No momento em que estes mesmos leitores se deparam com textos de níveis acima dos que estão acostumados a ler, a maioria retorna à prática tradicional de tradução.
• A duração do curso é pequena para a devida conscientização dos problemas de comunicação e para prover uma intravisão dos modos de pensar de um povo de LE.
• É comum produzir alunos incapazes de compreender e falar LE em demais contextos comunicativos que avançam os níveis simples de comunicação oral.
• Por ocasião da Segunda Guerra Mundial (contatos mais próximos e frequentes entre diferentes nações) demonstrou que a habilidade de leitura, apenas esta, não é suficiente como produto de um curso de línguas estrangeiras.
Além dos aspectos negativos citados anteriormente, o método de Leitura foi duramente criticado por enfatizar apenas uma habilidade linguística para fins específicos (no caso, a leitura), sob pena de simplificação da língua e da negação da interdependência entre as quatro habilidades (leitura, escrita, compreensão e fala) no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira. 
Atividade Proposta
Leia a passagem a seguir, extraída de um artigo das pesquisadoras Marcela Iochem Valente e Rosane de Sena Pinheiro, da Faculdade Cenecista de Vila Velha - ES:
“O ensino de língua estrangeira, se associado a elementos de prazer e diversão, pode acelerar bastante o aprendizado do aluno, pois o entretenimento o distrai e torna a sua tarefa mais leve. A literatura pode perfeitamente cumprir esse papel, motivando o aluno, aumentando seu interesse pela língua e agilizando seu processo de aprendizagem.
Sabemos que no passado alguns métodos já se utilizaram de textos literários para o ensino de língua
estrangeira. É conveniente dizer, inclusive, que os primeiros métodos que foram utilizados para o ensino de língua tinham como base a literatura. Dentre eles, podemos citar os métodos Grammar Translation e o Literary Method. Infelizmente, a forma como esses métodos eram utilizados possuía várias deficiências, pois nessa ocasião eles tinham como foco somente a leitura e deixavam a desejar no desenvolvimento de algumas habilidades como, por exemplo, a prática oral.”
 
Fonte: http://www.facevv.edu.br/Revista/01/L%C3%8DNGUA%20E%20LITERATURA%20UMA%20PARCERIA%20DE%20SUCESSO%20NO%20MUNDO%20DAS%20LETRAS.pdf
Você concorda que a literatura pode auxiliar no aprendizado de uma língua estrangeira? Explique. Aponte as deficiências, na sua opinião, dos métodos da Tradução e Gramática e de Leitura.
A resposta é pessoal, e, como tal, varia de aluno para aluno a abordagem dos temas propostos: a literatura como instrumento auxiliar na aprendizagem de uma LE e as deficiências dos métodos da Tradução e Gramática e de Leitura. 
O importante é que o estudante de Letras, ao ler o artigo em questão, desenvolva o espírito crítico e seja capaz de analisar a interdisciplinaridade das matérias que constam do seu currículo de formação acadêmica e as possibilidades que tal interdisciplinaridade lhe confere no fazer profissional: no caso, o professor de línguas fazendo a ponte entre estudos de linguagem e literatura. 
Quanto à literatura ser um instrumento auxiliar, podem ser levantados os seguintes pontos: a leitura é entretenimento, arte, então o aluno aprende “se divertindo”, com prazer. Além disso, é recorte cultural de um povo, permitindo que os alunos entrem em contato com a cultura do povo falante da língua estrangeira que ele estuda. Outro aspecto é o estímulo ao hábito da leitura, nada em voga “seja por preguiça ou falta de incentivo de pais, professores e até da sociedade de um modo geral”. Ainda segundo Marcela I. Valente e Rosane S. Pinheiro, é possível: 
Desenvolver o prazer da leitura e ainda ensinar uma língua estrangeira. Aumentar os conhecimentos dos aprendizes e ainda lhes oferecer um leque de opções no que se refere a obras qualificadas e consagradas, que vão fazer parte para sempre de seus arquivos de memória. 
A língua dentro do contexto literário pode ser mais rapidamente acessada no cérebro, da mesma forma que uma palavra ou estrutura gramatical pode ser mais facilmente lembrada, se for contextualizada numa letra de música. É uma estratégia de associação mnemônica que não deve ser descartada. 
Em relação às críticas aos métodos abordados nesta aula, podem ser assinalados os seguintes pontos: 
Método da Tradução e Gramática: 
- não desenvolve a habilidade comunicativa dos alunos, que ficam mais preocupados em memorizar longas listas de palavras (muitas delas descontextualizadas) e regras gramaticais raramente usadas; 
- a língua estrangeira não é adquirida de forma natural, não estimulando o conhecimento prévio ou associações no processo de aprendizagem por parte dos alunos; 
- ensina sobre a língua, e não a língua em si; 
- enfatiza apenas uma habilidade linguística: a leitura. 
Método de Leitura: 
- quando deparados com textos com nível de dificuldade maior do que estão habituados, os alunos não conseguem avançar (“empacam”) e recorrem a estratégias de tradução; 
- enfatiza apenas uma habilidade linguística: a leitura. 
Por fim, há de ressaltar que, dependendo do propósito para o qual a LE é ensinada, apenas o desenvolvimento da habilidade linguística de leitura é o suficiente. Já é um vislumbre, para o aluno, do ESP (English for Specific Purposes), o inglês para usos específicos, quando veremos na penúltima aula deste curso o inglês instrumental para leitura.
Nesta aula, você:
Conheceu os Métodos de Leitura (The Literary Method) e da Tradução e Gramática (The Grammar-Translation Method) para o ensino da língua inglesa;
reconheceu as características e o contexto histórico desses respectivos métodos.
 
Na próxima aula, você vai estudar:
Introdução aos métodos Direto (The Direct Method) e Silencioso (The Silent Way) sob uma perspectiva diacrônica;
apresentação das características principais, dos objetivos e das teorias da linguística/psicologia subjacentes aos métodos Direto (The Direct Method) e Silencioso (The Silent Way).

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