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SISTEMAS ADESIVOS ADESÃO: Formação de uma camada adesiva, a qual torna dois substratos unidos. É a força de união (atração molecular) existente entre duas substâncias de natureza distinta (material restaurador/ substrato dental), quando estão em íntimo contato. ADESIVO: Geralmente constitui-se em um líquido que promove união entre duas estruturas. ADERENTE: São as estruturas que serão unidas através do adesivo PRÍNCIPIOS BÁSICOS DE ADESÃO: A. Contato íntimo (substratos/ adesivo): Deve existir um contato máximo entre os substratos; Superfícies limpas e secas; Capacidade de molhamento do adesivo; Energia de superfície dos substratos (capacidade de ser molhado, quanto maior a energia melhor o molhamento); Recepção às uniões químicas: através dos radicais de hidroxiapatita e fibras colágenas; ● Por mais lisa que seja a superfície sempre existira ausência de contato ● O adesivo permite um íntimo contato. B. Fatores dependentes do adesivo Tensão superficial – quanto menor, melhor adesão; Capacidade de molhamento – menos viscoso (adesivo velho é mas viscoso não molha bem); Estabilidade dimensional Resistência mecânica Biocompatibilidade ADESÃO AOS SUBSTRATOS DENTÁRIOS UNIÃO AO ESMALTE Condicionamento Total (Total etching) Ação sobre o esmalte: -Dissolução ácida dos primas de esmalte -Aumenta energia de superfície -Facilita a penetração dos monômeros -Remove aproximadamente 10um (micrômetro) da superfície do esmalte -Cria poros de 5 á 50 um (micrômetro) de profundidade PADRÕES DE CONDICIONAMENTO ● Tipo I: Núcleo dos prismas ● Tipo II: Periferia dos primas ● Tipo III: Desmineralização generalizada (preferencial) CONCENTRAÇÃO DO ÁCIDO (Concentração ideal) ● 30 a 40% - Melhor forma para se obter uma superfície para adesão ● Nesta concentração a dissolução do cálcio e a profundidade de condicionamento produzem melhor retentividade do adesivo Objetivos do condicionamento ácido do esmalte ● Remover os cristálitos prismáticos e interprismáticos, aumentando a energia livre de superífice do esmalte ● Produzir suficiente infiltração do monômero, selar a superfíce com resina e retendo os materiais restauradores ● Limpar ● Remover a lama do esmalte ● Aumentar microscopicamente a rugosidade CONDICIONAMENTO TOTAL (TOTAL ETCHING) -Condicionamento com ácido fosfórico -Aplicação do adesivo -Penetração do adesivo -Tags de resina UNIÃO À DENTINA A instrumentação da dentina leva à formação da camada de esfregação (smear layer), que causa a diminuição da energia de superfície da estrutura dental, dificultando as reações de adesão e justaposição dos materiais não adesivos. SMEAR LAYER: Camada compreendendo uma mistura proveniente do desgaste dos tecidos duros agregado à água/saliva/líquido dentinário, que recobre as superfícies desgastadas numa espessura de 0,5 a 2 micrômetros. SMEAR PLUG: Formada por micropartículas que penetram por alguns micrômetros no interior do complexo tubular da dentina. SMEAR LAYER VANTAGENS: 1-Forrador cavitário, 2-Diminuir permeabilidade dentinária a fluidos bucais e produtos tóxicos, 3- Diminui movimentos dos fluidos dentinários, dificulta a penetração de bactérias nos túbulos dentinários por deixá- los obliterados. DESVANTAGENS: 1-Depósito de bactérias, 2-Oblitera os túbulos dentinários dificultando a penetração do adesivo. ADESÃO A DENTINA ÁCIDO – remove a fase mineral totalmente ou parcialmente. PRIMER – reveste as fibras colágenas para posterior infiltração da resina hidrofóbica. ADESIVO – ocupa a região que era antes ocupada por mineral. CAMADA HÍBRIDA – o agente de união infiltra na rede de fibrila colágena. FATORES QUE INFLUENCIAM A ADESÃO À DENTINA a. Umidade; - Dentina Desidratada – Colapso das fibras colágenas dificultando a penetração do adesivo. -Dentina Excessivamente Úmida – O excesso de água impede a penetração total do adesivo DESFAVORÁVEL À ADESÃO b. Uniformidade do condicionamento ácido; A uniformidade do condicionamento ácido depende: *Variações regionais de composição (conteúdo de mineral); *Morfologia da dentina; Desmineralização não uniforme = Deficiência na adesão. c. Extensão (profundidade) de desmineralização e extensão de infiltração; ZONA DESMINERALIZADA > ZONA INFILTRADA Tempo excessivo de condicionamento ácido ou Incompleta impregnação do primer/adesivo d. Profundidade da cavidade; A maior área de dentina intertubular presente na dentina superficial permite uma adesão mais efetiva (menor qtd e diâmetro dos túbulos dentinários). e. Alterações fisiológicas e patológicas do substrato; *Obliteração gradual dos túbulos dentinários (dentina secundária) – reação fisiológica. *Hipermineralização da dentina intertubular (dentina esclerosada) – reação frente a um processo patológico. Dentina hipermineralizada = Adesão menos efetiva f. Importância dos diferentes solventes na umidade dentinária. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS 1. Quanto ao uso do ácido fosfórico; a) Adesivos com condicionamento ácido prévio – Convencionais (All etch) Sistemas que necessitam de condicionamento prévio com ácido fosfórico. Disponível no mercado em: Multifrascos: Adesivo de três etapas => 1° Ácido / 2° Primer / 3° Adesivo Frasco único: Adesivo de duas etapas => 1° Ácido / 2° Primer + Adesivo b) Adesivos autocondicionantes (Self etch) Sistemas que não necessitam de condicionamento prévio com ácido fosfórico. Podem ser classificados quanto: Aplicação / Acidez Nos sistemas adesivos simplificados, as funções de desmineralização, infiltração e ligação com o material restaurador são combinadas em uma única solução. Classificações: Quanto a aplicação: Passo único Dois passos Quanto a acidez: Adesivos autocondicionantes médio: pH ≥2 2. Quanto à presença de carga; Adesivos com carga: Clearfil SE Bond (Kuraray) Excite (Ivoclar Vivadent) One-Up Bond F (Tokuyama) 3. Quanto à presença de flúor; Auxilia a inibir a progressão da lesão de cárie nas margens da restauração 4. Quanto ao sistema de ativação; Quimicamente ativado: ED primer (Kuraray) Fotoativado: Stae (SDI) Dual: Activator + Optibond Solo Plus (Kerr) 5. Quanto ao tipo de solvente utilizado; Acetona Álcool Água APLICAÇÃO DOS ADESIVOS TÉCNICA DE APLICAÇÃO ADESIVO COM ÁGUA = FORMA ATIVA ADESIVO SEM ÁGUA = FORMA PASSIVA 6. Adesivos com agentes antimicrobianos. Adesivos autocondicionantes com monômeros antimicrobianos; Objetivo: agir sobre as bactérias presentes na smear layer que o primer acídico não removeu; Estudos ‘in vitro’ comprovam a sua eficácia, porém estudos clínicos são insuficientes Ex: Liner Bond 2, Fluoro bond, Tokuso Mac Bond. CLASSIFICAÇÃO Quanto ao tratamento da smear layer: #Sistemas que removem a smear layer através de condicionamento ácido prévio (Total Ecth) Convencionais: (3 PASSOS) Agente Condicionador + Primer + Adesivo / (2 PASSOS) Agente Condicionador + Primer e adesivo Autocondicionantes: 2 PASSOS / PASSO ÚNICO pH acima de 2.0 é considerado suave, entre 2.0 e 1.0 é considerado moderado e abaixo de 1.0 é considerado forte. COMPOSIÇÃO Monômeros formadores de ligações cruzadas Viscosidade Solubilidade BIS-GMA Alta Baixa TEGDMA Baixa Alta GDMA Baixa Alta Difusão no tecido condicionado Melhora união à dentina humana Miscibilidade, viscosidade, molhamento, difusão, reatividade de polimerização Resistência mecânica, sorção de água, estabilidade hidrolítica Formam ligações lineares após polimerização Aditivos Canforoquinona; ácidos ascórbicoou sulfínico; combinação Partículas esféricas de vidro, sílica manométrica Solução aquosa de acetona ou álcool Pré-requisitos dos componentes: Alto nível de polimerização com outros do adesivo Solubilidade nos solventes Estabilidade dos manômeros e do polímero gerado Mínima absorção de água do polímero Baixa contração de polimerização Mínima formação de estresse térmico na camada adesiva Ausência de efeitos citotóxicos e mutagênicos ou carcinogênicos ARMAZENAMENTO Deve ser armazenado à temperatura ambiente. O frasco deve ser tampado imediatamente após o uso. Não expor o material a temperatura elevadas ou luz intensa. O sistema foi desenvolvido para ser utilizado a temperatura de 21 á 24°C. A vida útil do produto á temperatura ambiente é de 36 meses. A data em que o produto expira está no verso da embalagem. O adesivo não polimerizado pode ser removido com álcool. INDICAÇÃO (Procedimentos diretos e indiretos) Uso em restaurações diretas de resina composta Dessensibilização de superfícies radiculares Cimentação de restaurações indiretas Reparo em resina composta, porcelana e amálgama Cimentação de pinos PROBLEMAS Porosidade na interface Comprometimento da polimerização Sensibilidade pós-operatória Maior susceptibilidade à degradação no meio bucal PROTOCOLO DE APLICAÇÃO Apresentação Adesivo de fraco único Frasco com 6 ml (rende até 280 gotas) Tampa flip-top. Pode ser aberto somente com uma mão – evita o desperdício e dosa corretamente o adesivo Embalagem que permite a visualização da quantidade do produto Remoção da restauração Remoçao do tecido cariado Condicionamento ácido Aplicação do sistema adesivo Restauração final.
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