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Hérnias em Pequenos Animais PROFA. MSC. ADRIANA RESMOND CRUZ PATOLOGIA CLÍNICO CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS Hérnia Def. Saída de uma víscera de seu local de origem 2. Partes de uma Hérnia Anel herniário Saco herniário – formada pelo mesotélio/peritônio Conteúdo herniário 3. Classificação Quanto ao local anatômico Quanto à forma (globosa, piriforme, lobada) Quanto ao conteúdo Quanto à topografia: - externas (umbilical, inguinal, perineal) - internas (diafragmática) Hérnias podem ser... Congênita Redutível Adquirida Irredutível 4. Sinais de Herniação Aumento de volume = dor Obstrução intestinal – aquesia Anúria ou disúria Dispnéia (hérnia diafragmática) 5. Complicações Encarceramento: conteúdo preso com alterações fisiológicas (ex.: obstrução) Estrangulamento: fechamento gradativo do anel com alt. circulatórias graves (ex.: necrose de alça) 6. Diagnóstico Histórico e anamnese Inspeção Exame clínico = palpação US e RX 6. Diagnóstico Não puncionar!!!!!! Diferencial: edema, abscesso, seroma, hematoma, neoplasias 7. Princípios da Herniorrafia Retorno do conteúdo ao seu local de origem Uma oclusão segura Uso do próprio tecido do paciente preferencialmente 8. Técnica Cirúrgica - Herniorrafia Incisão sobre o saco herniário Ter manipulação cuidadosa do conteúdo Alargamento/dilatação do anel herniário se necessário Remoção de tecidos desvitalizados Oclusão do anel Se necessário usar retalhos musculares, fáscias ou próteses 9. Pós-operatório AINEs ATBs: Analgésicos 1. Hérnia Inguinal Sinais Clínicos: Massa uni ou bilateral Indolor Mais comum no lado esquerdo Histerocele (útero é o conteúdo herniário) Bexiga e jejuno são comuns Técnica Cirúrgica Recomendações Castrar animais com hérnias inguinais (caráter hereditário?) Alertar proprietários de cadelas inteiras de que pode ocorrer a recidiva em casos de gestação ou piometra. OBS: Não confundir a gordura abdominal caudal em gatos obesos com hérnia inguinal 2. Hérnia Umbilical Conteúdo: epiplon e alças intestinais Congênita: Akita, Labrador, Weimaraner, Pequinês, Lhasa apso, Shih tzu Adquiridas: filhotes (traumas, subnutrição) 2. Hérnia Umbilical Tratamento: Hérnias pequenas e filhotes: conservativo até 6°mês de vida => bandagens abdominais Complicações = herniorrafia 2. Hérnia Umbilical Avaliar o cão com hérnia umbilical congênita para outros defeitos Ex: criptorquidismo, defeitos de septo ventricular 3. Hérnia Perineal Aspecto lobado ou globoso Conteúdo: bexiga, próstata, intestino Incidência: cães, machos, >5 anos 3. Hérnia Perineal Causas: Desbalanço hormonal (testosterona) – flacidez mm pélvica Fragilidade diafragma pélvico Pressão abdominal : doenças prostáticas/uterinas Variações anatômicas Seminomas (t. testículas – 90%) 3. Hérnia Perineal Sinais clínicos Aumento volume perineal Disquesia, aquesia Incontinência fecal/ urinária Anúria Uremia 3. Hérnia Perineal Tratamento: Herniorrafia/ orquiectomia/ OSH Técnica: meia-lua, sutura da mm. com sultan e fio abs. sintético, tela de polipropileno ou membrana biológica Sondar o animal antes (esvaziar a bexiga)! Bolsa de tabaco. Possíveis Complicações da Herniorrafia Hemorragia Anorexia Tenesmo, disquesia, flatulência Hematoquesia Prolapso retal (previne com colopexia) Incontinência fecal, urinária Dano uretral Disúria Necrose da vesícula urinária, intestino Fístula perineal 3. Hérnia Perineal Pós-operatório: Lactulose : 1mL/Kg/BID ou TID Alimentos ricos em fibras Verificar se há contaminação nos pontos cirúrgicos Prognóstico: Bom para reservado = muitas recidivas 4. Hérnia Diafragmática Def. Deslocamento de vísceras do abdome para cavidade torácica (ruptura do diafragma) > incidência em gatos Trauma abdominal Conteúdo: fígado, estômago, baço, ID Compressão de coração e pulmão 4. Hérnia Diafragmática Sinais Clínicos: Dispneia, taquipneia, respiração oral com aumento de movimento abdominal Atelectasia pulmonar Taquicardia reflexa Êmese Mucosas cianóticas, cansaço fácil Posição ortopneica 4. Hérnia Diafragmática Tratamento: Herniorrafia = emergência!!!! Considerações Anestésicas Oxigenioterapia antes da indução Deixar todos os dispositivos de ventilação, equipamentos de monitoramento e medicamentos de emergência imediatamente disponívies antes da indução Animal deve ficar sob ventilação manual ou controlada Técnica Cirúrgica Animal em decúbito dorsal Incisão na linha média abdominal ventral Reposicionar os órgãos na cavidade abdominal (se necessário aumentar o defeito diafragmático) Suturar o diafragma com pontos contínuos ou “x” separado Remover o ar da cavidade pleural após a correção da hérnia Explorar toda a cavidade abdominal quanto a lesões associadas e reparar os defeitos Complicações Pneumotórax = especialmente em hérnias crônicas Prognóstico Se sobreviver 12 a 24 horas = excelente Taxa de mortalidade: 12% a 48% Dúvidas? Obrigada!
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