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O documentário História da Saúde Pública no Brasil

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O documentário História da Saúde Pública no Brasil – Um Século de Luta Pelo Direito à Saúde, dirigido por Renato Tapajós, faz uma síntese dos acontecimentos marcantes no contexto de saúde pública do país, mostrando a desigualdade e a luta de décadas para conseguir o direito universalizado à saúde.
Primeiro mostra-se o Período Colonial que foi marcado por epidemias de cólera, varíola, malária, tuberculose e febre amarela. Dessa época ao começo do século XX, os ricos conseguiam pagar consultas particulares, porém, as pessoas pobres e imigrantes só possuíam o serviço de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja.
Com o advento da República, Rodrigues Alves, então presidente, nomeou Oswaldo Cruz como Diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública. Este criou o controle epidemiológico e liderou a Reforma Sanitária Brasileira, instituindo a vacina contra a varíola como medida obrigatória. Esta medida não é foi aceita pela população da cidade do Rio de Janeiro, que se manifestou, organizando a Revolta da Vacina.
Com o advento do capitalismo no Brasil, começaram os primeiros movimentos de industrialização do país, e cresce o número de imigrantes, que traziam consigo a experiência do modelo industrial que já era forte na Europa. A saúde ainda era precária no país, principalmente no que dizia respeito à parcela da população sem recursos financeiros. Os vários movimentos de greves dos operários, principalmente na cidade de São Paulo, em busca de melhores condições de trabalho e de acesso à saúde, resultaram na consolidação da Lei Eloy Chaves em 1923. Essa lei criava e regulamentava as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP’s), que garantiam assistência medica para os trabalhadores.  Essa lei é o marco para a criação da Previdência Social no Brasil.
No entanto, com a crise financeira mundial, o sistema capitalista entra em colapso, cresce o número de manifestações em prol do direito à liberdade de expressão e melhor qualidade de vida no Brasil, dentre eles, as Revolução Sanitarista em 1980, que reivindicava saúde para todos, não apenas para trabalhadores com carteira assinada, e o movimento: Diretas Já, em 1985, que culminou na eleição de Tancredo Neves, marcando o fim do Regime Militar. Surgem nesse período os conselhos populares querendo ter vez e voz nos serviços já conquistados e nas políticas de saúde.
Em 1986 aconteceu a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que lutava pela criação de um sistema único de saúde, igualitário e com controle popular. Nessa conferência foi aprovada a constituinte o Sistema Único de Saúde (SUS). Na constituição de 1988, o SUS nasce com os princípios de: universalidade, Integralidade e equidade, com participação popular. Em 1990 é implantada a Lei 8.080 que estabeleceu recursos destinados ao SUS. Em 1996 as Normas de Operação Básica (NOB) do SUS regulamenta e lançado o Programa Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários (PACS). Em seguida, foi permitida a transferência da gestão de serviços públicos de saúde para Instituições Privadas e Sem Fins Lucrativos (OSS). Acontece a Reforma Previdenciária, mas o SUS não é afetado, pois não depende mais Previdência Social para se manter. Em 2006 o SUS disponível para todos, igualmente, como uma política social pública, popular e democrática.
Embora não seja um sistema cem por cento eficaz, devido as inúmeras filas em hospitais, desvios de verbas e falta de materiais, o SUS é uma das poucas políticas públicas que saíram do papel. Ademais, este é um programa idealizado pela própria comunidade e é dever desta cobrar dos seus governantes a sua plena execução.

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