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PEDIATRIA PNEUMONIAS

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PEDIATRIA 
PNEUMONIAS 
 
Quadro infeccioso do trato respiratório inferior que compromete os alvéolos, bronquíolos e espaço 
intersticial. Pode comprometer só alvéolos, só interstício ou também alvéolos e bronquíolos. 
Dependendo do local de acometimento você pode suspeitar dos germes. Se o quadro infeccioso for só na 
região intersticial do pulmão, os germes mais envolvidos são os vírus, fungos e germes atípicos (mycoplasma e 
clamydia). Se a pneumonia for mais lobar, geralmente é característica do streptococus pneumoniae. Se a pneumonia 
começar com uma broncopneumonia, que é com comprometimento de bronquíolo e alvéolos, geralmente esse 
padrão é mais de Staphilococus aureus. É muito importante você ver o padrão radiológico para poder sugerir o agente 
etiológico. 
Em geral a criança tem o direito de ter 6 infecções respiratórias/ano, é normal, mesmo sendo vacinada. 
Dessas, 2-3% evoluem para pneumonia e pode ter até 20% de mortalidade. É um quadro grave e constitui mais ou 
menos 3 milhões de óbito por ano. Vai mudar um pouco por causa da vacina antipneumocócica que foi incluída no 
calendário vacinal. 
 
FISIOPATOLOGIA 
Com relação à via, a mais importante é através das vias aéreas SUPERIORES, seguida da via 
HEMATOGÊNICA. O agente entra pelas vias aéreas superiores. Para que isso aconteça é preciso que haja falência do 
sistema de vigilância. Nosso trato respiratório inferior é estéril porque existe uma comunicação de fatores que evita 
com que a bactéria,vírus, ou fungo entrem em nosso trato respiratório inferior. Quando acontece uma falência nesse 
sistema de defesa das vias aéreas, o paciente fica mais predisposto a ter pneumonias. Essa alteração pode ser na 
fagocitose, na diminuição das imunoglobulinas pela imunodeficiência ou pela diminuição do batimento dos cílios. 
Então quando existe um defeito em qualquer um desses mecanismos existe possibilidade de ter pneumonia. 
Os agentes virais são agentes indutores de pneumonia, a criança começa com uma virose, com uma tosse 
seca, espirros e depois de 4-5 dias, a secreção fica amarela, tosse produtiva e pode evoluir para pneumonia. É como se 
os vírus abrissem as portas para infecções bacterianas na medida em que eles diminuem o movimento ciliar, dão 
hipersecreção e diminuem as imunoglobulinas a nível pulmonar. Na pediatria, os vírus são os maiores indutores de 
pneumonia, tanto que é muito comum as pneumonias MISTAS (pneumonia viral associada à pneumonia bacteriana). 
Dentre os vírus o que mais causa pneumonia na infância é o VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO. 
Com relação ás BACTÉRIAS o agente que mais causa pneumonia em todas as faixas etárias é o 
Streptococus pneumoniae, com exceção de crianças abaixo de 2 meses de idade. 
 
 
 
Com relação á via HEMATOGÊNICA, a criança tem uma infecção à distância e por via hematogênica essa 
bactéria entra na corrente sanguínea e vai atingir o pulmão. Por exemplo uma criança que tem uma osteomielite, ta 
internada e o médico começa a perceber que ela está tossindo, aumenta a freqüência respiratória, então ele pede um 
RX e ela está com uma pneumonia. O raciocínio correto é que a mesma bactéria que está causando a osteomielite 
também está causando a pneumonia. Se o paciente está com osteomielite e faz uma pneumonia qual o antibiótico que 
tem que ser feito para ele? OXACILINA!, pois o principal causador de osteomielite é o Staphilococus aureus. 
No caso de o paciente ter uma infecção de vias urinárias(ITU), uma pielonefrite grave e ele evolui para 
uma pneumonia, qual seria o antibiótico de primeira escolha? Geralmente o agente causal é a E. coli. Tem que fazer 
cobertura para Gram negativo ou associação de ampicilina e gentamicina ou ceftriaxona. Geralmente as 
QUINOLONAS NÃO é antibiótico de 1ª escolha para crianças porque altera o núcleo de crescimento, então deve usar 
ampicilina e gentamicina ou ceftraxona que é uma cefalosporina d 3ª geração. Paciente que tem duas infecções como 
uma pielonefrite e uma pneumonia, é um paciente grave, pode fazer sepse, então nunca deve ser tratado em casa. 
A terceira forma de adquirir pneumonia é por contiguidade, através de traumas torácicos ou no abdome 
superior. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Então temos a pneumonia comunitária, que geralmente é causada por STREPTOCOCUS PNEUMONIAE. 
Na pneumonias hospitalares os germes são diferentes, geralmente os germes que causam são as pseudômonas, o 
Staphilococus aureus resistente, os Gram negativos (geralmente são multiresistentes). 
Com relação às pneumonias típicas e atípica. A Típica é aquela causada por bactéria, principalmente o 
pneumococus, por Staphilococus meticilina não resistente e por Gram negativos (E. coli principalmente). Essa 
pneumonia geralmente é aguda, começa com tosse produtiva, secreção amarelada, febre alta (39-40°C), dispnéia ou 
taquipnéia sem dispnéia. No caso das pneumonias Atípicas, a febre é baixa ou pode nem existir febre e o paciente tem 
uma tosse seca intensa e um mal estar, como se ele estivesse com uma virose (dor no corpo, cefaléia, pode ter 
exantema). Os principais germes das atípicas são o Mycoplasma pneumoniae e a Clamídia trachomatis. 
 
FATORES DE RISCO 
Pacientes que tem tendência a terem pneumonia: são os pacientes com imunodeficiência (1ª ou adquirida) criança 
que tem uma hipogamaglobulinemia (que tem deficiência de IgA, de IgG), desnutrição grave, pacientes nefropatas ou 
hepatopatas. O paciente nefropata e hepatopata tem mais tendência de fazer pneumonia porque são pacientes que 
tem uma hipoproteinemia e eles tem uma queda muito grande na imunidade. Além disso tem os pacientes com 
Sindrome de Down, os pacientes com anemia falciforme, que são pacientes que tem imunodeficiência e que tem 
tendência a fazerem sepse do que aqueles que não tem anemia falciforme. Pacientes com refluxo gastroesofágico, 
porque fazem pneumonia aspirativa; pacientes com asma é comum quando apresenta febre, no RX você perceber 
 
 
 
que está com pneumonia, pois a na asma há uma hipersecreção facilitando a contaminação por bactérias. Também é 
fator de risco as pneumonias crônicas, cirrose hepática e as neoplasias. 
 
 
ETIOLOGIA 
Com relação à etiologia da pneumonia, quando se fala em pneumonia da comunidade você trata sem ser 
preciso isolar o agente causal, diferentemente das pneumonias hospitalares, que você pega em UTI. Por exemplo, um 
paciente que tem AIDS e ele está na UTI com PNM grave e não se sabe a origem etiológica, terá que ser feito 
broncoscopia, um lavado alveolar ou uma biópsia a céu aberto se o diagnóstico dele não saiu o agente etiológico. É 
obrigatório isolar o agente etiológico em pacientes graves internados em UTI. 
Já os pacientes da comunidade, não é obrigatório fazer uma broncoscopia, um lavado broncoalveolar para 
saber que um paciente com pneumonia da comunidade tem infecção por pneumococo. A gente trata baseado na 
história clínica, na idade e na epidemiologia. Não se pode dar diagnóstico de pneumonia se não sabe a idade, pois 
dependendo da idade existe o germe que é mais frequente para cada faixa etária. A história epidemiológica também é 
muito importante no exame clínico. É importante uma anamnese bem feita, um exame físico bem feito, uma ausculta 
bem feita, vê se o paciente tem diminuição do murmúrio vesicular, estertores creptantes, se tem broncofonia, se 
tem sopro tubário, se está sibilando, se tem asma associado, se tem broncoespasmo associado. Outra coisa muito 
importante na suspeita de pneumonia é a FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA. È necessário todos termos o hábito de contar 
a frequência respiratória(FR) e a frequência cardíaca(FC). A FR dá o diagnóstico de pneumonia e também o 
prognóstico, saber se o paciente está melhorando ou não. Por exemplo, um paciente que está internado com 
pneumonia e todo diahá uma piora da FR, é sinal de que ele está piorando da PNM. Quando o paciente tem 
pneumonia, o padrão de melhora é o padrão respiratório, ou seja, ele diminui a frequência respiratória. 
Em um recém-nascido(RN) os germes que causam pneumonia são basicamente 3: Streptococcus 
agalactie (Streptococcus do grupo B), E. coli e Listeria monocytogenes, que é uma bactéria gram negativa. Em alguns 
serviços também o Staphylococcus aureus e o epidermidis. Mas geralmente são os 3 primeiros. Quem vai definir a 
bactéria mais provável em um RN é o tempo de vida. Se ele tem menos de 3 dias, significa que a infecção dele foi 
intraútero, então o agente etiológico mais provável é o Streptococcus do grupo B que pode causar uma sepse 
fulminante e o bebê pode morrer dentro de 24hs. Isso pode acontecer quando a mãe tem rotura de membrana por + 
de 18hs, pois essa bactéria fica na região anal, perianal, perineal e vaginal da mulher. Dessa forma quando a mulher 
esta com muitas horas de aminiorrexe, com muitos toques, a tendência é a bactéria ascender e causar uma infecção 
muito grave no bebê. Dessa forma a mãe que tem AMINIORREXE PREMATURA tem que usar PENICILINA CRISTALINA, 
não por conta dela, mas para prevenir a sepse neonatal pelo Streptococcus do grupo B. Se o bebê nasce 
taquidispnéico, cianótico, com aumento da FR e evidencia pneumonia ao RX, sem dúvida que é o Streptococcus do 
grupo B. Se ele tem + de 3 dias, nasceu bem, eupnéico, corado, chorando forte, apgar de 9 no primeiro minuto, de 10 
 
 
 
no quinto minuto e com mais de 72 horas começa um quadro de desconforto respiratório e feito o RX tem uma 
condensação, geralmente não é o Streptococcus agalactiae, já é a E. coli. 
No RN não se considera só pneumonia, é sepse, pois é um paciente muito imunodeprimido e a 
classificação já é de sepse. Na sepse precoce, nos primeiros três dias é o S. agalactiae e mais de 3 dias a E. coli. 
 O esquema de 1ª escolha que é feito no RN para pegar esses 3 agentes mais comuns é a associação de AMPICILINA + 
GENTAMICINA. Ampicilina pega gram positivas e gram negativas, as três bactéria envolvidas na sepse neonatal. A 
necessidade de associas o aminoglicosídeo é para aumentar o espectro e por causa da ação sinérgica entre eles, ou 
seja, uma droga potencializando a ação da outra. 
Penicilina cristalina não pega Gram negativo, serviria apenas para S. agalactiae que é Gram positivo e a 
penicilina pega bem. Ceftriaxona não se usa em RN porque ela aumenta a icterícia (causa problema na hora de 
conjugar a bilirrubina). Se for usar cefalosporina de terceira geração tem que usar a cefotaxima. 
Não se usa ampicilina sozinha, nem se usa gentamicina só, pois as duas juntas são bem mais potentes. 
Então a 1ª escolha para tratar PNM em RN é AMPICILINA + GENTAMICINA. Se o paciente tem de 1 a 3 meses aí já 
entra no diagnóstico, além das bactérias gram-negativas, já entra com DD a pneumonia ativa pro Clamydia tracomatis, 
porque é exatamente nesta faixa, de 1 a 3 meses, que o bebê começa a apresentar sintomas. Aquele bebê nasce bem, 
tem alta e quando chega em casa, com 15 dias, começa a tossir seco, confunde com coqueluche, tosse muito até se 
engasgar, fica cianótico e com hipersecreção. A mãe leva para o serviço de urgência de neonatologia, faz um raio x de 
tórax que apresente infiltrado intersticial. Pergunta: deu febre? – Não, nunca deu febre! É que se chama de 
PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE. É por isso que o MS não considerou com critério clinico importante para 
pneumonia a febre (traduzindo: febre não é critério importante para pneumonia). Pacientes imunodeprimidos e 
pacientes com pneumonia atípica podem ter pneumonia sem febre. 
Pergunta para a mãe se ela teve o bebê por parto vaginal, se tinha leucorreia amarelada e aí é que entra 
a epidemiologia, a importância da história. Paciente tem tosse coqueluchose, em acesso, nasceu de parto vaginal e a 
mãe tinha leucorreia, até que prove o contrário é pneumonia por C. trachomas. Pode ser uma pneumonia atípica 
nessa faixa etária, como pode ser também viral ou bacteriana. 
Até 2 anos entra o pneumococos. O pneumococos é o Estreptococos pneumoniae, é o agente que mais 
causa pneumonia na infância, em todas as faixas etárias, exceto abaixo de 2 meses. Abaixo de 2 meses são os gram 
negativos, é por isso que toda criança abaixo de 2 meses tem que ser tratada com AMPICILINA + GENTAMICINA e 
não com penicilina cristalina. 
O paciente com 1 mês a 2 anos, onde o agente mais comum é o pneumococos. O tratamento de primeira 
escolha é penicilina cristalina na dose de 200.000 U/kg/dia de 6 em 6 horas, por 8 a 10 dias. 
De 2 a 5 anos também é o vírus sincisial respiratório, seguido por pneumococo. De 6 a 18 anos também o 
vírus sincisial e pneumococos. Como vocês já perceberam, já começa a apresentar Mycoplasma pneumoniae. 
 
 
 
 
QUADRO 
 RN < 3 dias: Streptococcus do grupo B, GRAM- (E. coli), Listeria sp. 
 RN> 3 dias: S. aureus, S. epidermidis e GRAM- 
 1 a 3 meses: vírus sincicial respiratório (VSR), Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum. 
 1 mês a 2 anos: VSR, S. pneumoniae, H. influenza tipo B, S aureus. 
 2 a 5 anos: VSR, S. pneumoniae, H. influenza tipo B, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, S aureus. 
 6 a 18 anos: VSR, S. pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, H influenza não tipável. 
Nos EUA o agente que mais causa pneumonia não é o pneumococo, é o mycoplasma. Então eles têm 
muito mais pneumonias atípicas do que típicas, porque toda a população praticamente é vacinada para pneumococos. 
Aqui (no Brasil) já deve suspeitar de mycoplasma toda vez que for uma criança escolar, adolescente e até mesmo 
adulto que tem uma tosse, como um paciente que tem infecção por clamydia tipo coqueluchosa. Tosse coqueluchóide 
é aquela que o paciente tosse uma vez atrás da outra, até esgotar, até ficar sem fôlego e ficar todo cianótico. Essa é a 
tosse em acesso ou coqueluchóide. Então faz um raio X, tem uma discreta e geralmente é mycoplasma. 
Como trata os germes atípicos(Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia)? Tratamento de 1ª escolha para 
Mycoplasma: azitromicina(Macrolídeo), mas não só azitromicina, pode ser feito eritromicina e claritromicina. O 
problema da claritromicina é que ela tem um custo muito elevado. Em relação a eritromicina, bebê que tem 
pneumonia por Chlamydia, não está usando muito eritromicina, está se usando a azitromicina porque foi anunciado 
que a eritromicina está relacionada com estenose hipertrófica de piloro. Pesquisas recentes têm mostrados que 
lactentes que fizeram uso de eritromicina têm mais tendência a evoluir com vômitos e desenvolver estenose 
hipertrófica de piloro, então não se usa mais eritromicina, inclusive na coqueluche, usa-se azitromicina 10mg/kg/dia. 
Então tem que associar a idade com o agente etiológico, porque só se sabe tratar se souber o agente etiológico e só 
sabe o agente de acordo com a faixa etária do paciente. 
 
SITUAÇÕES PARTICULARES 
PNEUMONIA ASPIRATIVA: Bacilos entéricos GRAM – (E. coli) ou anaeróbios ou S. aureus 
PNEUMONIA INTRA-HOSPITALAR: Gram – ou S. aureus 
FIBROSE CÍSTICA (tem tendência a fazer infecção por pseudomonas): Lactentes (<1 ano): S. aureus; >1 
ano: Pseudomonas aeruginosa. Tto: oxacilina e ceftazidima. 
HIPOGAMAGLOBULINEMIA (esses pacientes têm tendência a fazer infecção por pneumococos quando a 
infecção é bacteriana): Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae 
LEUCOPENIA OU DISFUNÇÃO DOS GLÓBULOS BRANCOS: Streptococcus pneumonae, S. aureus, GRAM – 
Pacientes que tem hipogamaglobulinemia e tem anemia falciforme tem tendência a fazer infecção por 
germes capsulados (Haemophilus, Pneumococos e Meningococos). Esses pacientes têm uma deficiência imunológica 
contra esses germes capsulados.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Manifestações clínicas em que se suspeita que o paciente tem uma pneumonia de cara: aumento da 
frequência respiratória (taquipneia) e tosse, não precisa nem colocar o esteto nele porque só pela inspeção já vai 
levantando a possibilidade desse paciente ter pneumonia. 
Quais são as outras condições clinicas que um paciente pode ter taquipneia e tosse? DD: ASMA (tosse e 
aumenta a FR), bronquite, ICC, sepse (paciente muito grave). Então o DD mais importante no paciente? é a ASMA, que 
é o que mais acontece. Todas elas aumentam a frequência e causam tosse. Os 2 sintomas (tosse produtiva ou seca e 
taquipneia) que estão em amarelo são os mais importantes e escolhidos pelo MS para que o médico suspeite de 
pneumonia. Febre não está, exatamente pelo fato dos pacientes imunodeprimidos, desnutridos e os pacientes que 
têm pneumonia atípica evoluírem afebris. Então pode ter febre, prostração, dor torácica, cefaleia, irritabilidade, 
vômito, dor abdominal (15%). 
Outra coisa que tem que aprender é a FR normal para cada faixa etária, porque para saber se o paciente 
está eupneico ou dispneico tem que saber a FR. Isso é um dado que tem nas questões de pneumonia. 
 Até 2 meses: FR normal é até 60 irpm 
 2 meses a 1 ano: 50 irpm 
 1 a 4 anos: até 40 irpm 
 >4 anos: 30 irpm 
 >7 anos: 20 irpm, que é a FR de um adulto. 
Um RN é taquipneico. Às vezes a mãe diz que o filho não está respirando normal, que a respiração é 
muito acelerada. Quando vê está 55, isso é normal. Se passar de 60 o paciente está taquipneico. 
Qual a diferença de taquidispneia e taquipneia? E qual a importância disso? O que muda do ponto de 
vista clínica e do ponto de vista de conduta? Taquipneia é só o aumento da FR. Taquidispneia além do aumento da FR, 
o paciente tem desconforto respiratório. Quais as manifestações que o paciente mostra que tem um desconforto 
respiratório? Batimento de asas de nariz, tiragem subdiafragmática e intercostal, gemidos. Qual a importância de 
reconhecer se o paciente tem desconforto ou só aumento da FR? Se o paciente tem taquipneia e não tem 
desconforto, ou seja, sem sinais de gravidade, ele pode ser tratado em casa. Porém um paciente que apresenta pelo 
menos 1 sinal de desconforto, ele nunca pode ser tratado em casa, tem que ser internado no hospital. É por isso que o 
MS classificou pneumonia, pneumonia GRAVE e pneumonia MUITO GRAVE. 
A pneumonia grave é aquela que o paciente tem taquidispneia, desconforto, gemido, batimento de asa 
de nariz, menos de 2 meses de idade (toda criança que tem menos de 2 meses de idade é considerado grave pela 
imunodeficiência que a idade apresenta), pacientes que têm cormobidades graves (nefropatia, fibrose cística, 
 
 
 
cardiopatas, hepatopatias, desnutridos graves). Então tem que considerar as cormobidades. Outra situação é quando 
ele tem padrão radiológico de gravidade: presença de derrame pleural volumoso, abscesso, pneumatocele e 
pneumotórax. Então paciente que tem pneumonia, faz raio X e tem um desses sinais radiológicos de gravidade, você 
não é louco de tratá-lo em casa, tem que internar! 
Sinais que mostram uma pneumonia MUITO GRAVE: sepse, saturação abaixo de 92%, rebaixamento do 
nível de consciência, cianose (paciente que tem cianose, está mal perfundido e tem instabilidade hemodinâmica tem 
que ir para UTI). Esse paciente tem que ser internado em UTI. Então tem que reconhecer um paciente grave e um 
muito grave. Pacientes que estão em cidades do interior, estão cianóticos, mal perfundidos, tem instabilidade 
hemodinâmica têm que ser transferidos para UTI para fazer ventilação mecânica. O médico tem que reconhecer isso 
precocemente e transferir o paciente antes dele fazer uma parada, porque depois que ele fizer uma para respiratória 
vai ser difícil ressuscitar em uma cidade pequena que não tem estrutura ou até menos nos hospitais de periferia em 
Teresina. Paciente grave tem que transferir. Aí a importância de reconhecer cada caso, o que tem que ser tratado no 
hospital de médio risco e o que que tem que transferir para poder o paciente se beneficiar. 
 
Ausculta. Slide: - varia de acordo com o padrão anatômico e a extensão da pneumonia. 
Diminuição do MV: condensação, derrame pleural e atelectasia  macicez à percussão. 
- estertores crepitantes 
- frêmito tóraco-vocal: aumenta na consolidação, diminui no derrame pleural. 
- sopro tubário 
 
A OMS PRECONIZA “TOSSE E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ELEVADA” COMO INDICATIVO DE PNEUMONIA EM 
CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS. Tanto faz ser adulto ou criança. Toda pessoa que tem tosse e aumento da FR tem 
que suspeitar de pneumonia. 
Se a FR está normal é pouco provável q seja uma pneumonia, se a FR estiver aumentada pode fazer 
diagnóstico diferencial com ASMA, aí se deve observar se ele está sibilando na ausculta, se houver sibilância pensar 
em asma, pedir raio-x, porque ele pode ter os 2 quadros associados. A doença que mais comumente está associada a 
pneumonia é a asma. Se por outro lado, não houver sibilância, muito provavelmente será pneumonia e deve ser 
confirmada com raio-x. Se você estiver no interior e não houver raio-x, você trata mesmo sem confirmação 
radiológica. Uma vez diagnosticada pneumonia esse paciente deve ser reavaliado em 48-72h, porque algumas 
pneumonias podem complicar, por exemplo com um derrame pleural, ou o germe pode ser existente ao ATB que foi 
prescrito. De forma q deve-se sempre solicitar q o paciente retorne para avaliação. Pneumonia grave, muito grave... 
ela sugere q olhemos a diretriz de pneumonia na infância. Abaixo os critérios de gravidade, para indicar internação. 
 
 
 
 
O diagnóstico radiológico das pneumonias é de suma importância, pois confirma o diagnóstico, avalia se 
há complicações (DP, pneumatocele, abcessos), mostra se há 
comprometimento bilateral. 
O padrão clássico das pneumonias VIRAIS é o PADRÃO 
INTERSTICIAL, não é alveolar, nem lobar, característicos das 
pneumonias bacterianas, nas quais pode ter broncograma aéreo, que 
é responsável pela ausculta de sopro tubário. Pode estar associado à 
hiperinsuflação (sinais: aumento do espaço intercostal ...) 
 
 
BRONCOGRAMA AÉREO é quando você faz um raio X num paciente com condensação e o brônquio aparece bem 
bonitinho, ou seja, a condensação envolve o brônquio de forma que os limites ficam bem definidos, e qdo se faz a 
ausculta tem um sopro tubário, porque naquela região onde existe uma condensação, o MV fica bem audível como se 
estivesse soprando no seu ouvido. O pneumococo tem essa característica de fazer condensação e portanto, causar 
sopro tubário. 
Nas pneumonias atípicas você pode ter as vezes um padrão intersticial, e outras uma condensação. 
Diagnóstico laboratorial, ela disse q não ia dar, ressaltou apenas a importância da toracocentese nos casos em q o 
paciente tiver derrame pleural, de forma q se o paciente tiver derrame deve-se fazer a análise do líquido pleural 
antes de iniciar ATB, pra saber qual melhor opção terapêutica. Deve-se fazer a cultura, porém, a cultura demora em 
média 72h, você deve analisar o resultado do Gram, se der um diplococo Gram + → você já pode iniciar o tratamento, 
pois já sabe que é um pneumococo→(Streptococo pneumonie). Deve-se iniciar tto, como ele está com DP, deve ser 
tratado internado, então não deve usar amoxicilina porque tem critério de gravidade, ela é a primeira escolha para 
pacientes sem critérios de gravidade, pra tratamento em domicílio na dose de 50 mg/Kg/dia. Se tiver critério de 
gravidade, a primeira escolha é Penicilina Cristalina, não é Ceftriaxona, esta só deve ser usada quando o pneumococo 
for resistente à Penicilina ou quando o paciente for alérgico à penicilina. Deve-se usar macrolídeos, quando houver 
suspeita de pneumonia atípica, pormicoplasma ou clamídia. 
 
Quando indicar a drenagem torácica? pH<7,2; DHL>300 Glicose <40. 
Como se faz Diagnóstico de pneumonia atípica? Sorologia para Clamydia trachomatis IgG e IgM e sorologia para 
Micoplasma pneumonie IgG e IgM. É um exame fácil de ser colhido, e de resultado rápido. 
 
Pacientes graves devem ser identificados agente etiológico, através de lavado broncoalveolar ou biópsia a céu aberto. 
A PNM pneumocócica é a mais frequente em crianças, a penicilina cristalina é a droga de eleição, com exceção para 
crianças abaixo de 2 meses, nos quais o provável agente é a E. coli e o tratamento de eleição é ampicilina + 
 
 
 
gentamicina. Benzetacil não é tratamento, CUIDADO! Benzetacil só trata faringoamigdalite por estreptococo 
betahemolítico do grupo A. 
No Raio-X de uma criança que tem PNM pneumocócica, você observa que o padrão é lobar, alveolar e sempre avaliar 
os sinais de gravidade, para decidir se vai tratar em casa ou no hospital. Não se diz que o paciente tem sinais de 
gravidade somente pelo raio-x, exceto se ele tiver sinais de gravidade radiológicos como pneumatocele, derrame 
pleural ou abcesso e condensação não é sinal de gravidade radiológico. Quando o paciente tiver uma PNM 
RESISTENTE à penicilina cristalina, usar uma CEFALOSPORINA. 
E o germe que mais cursa com derrame plural é o pneumococo, geralmente não volumoso, um derrame 
discreto. Entretanto se a pneumonia for por staphylococos aureus, vai ser bastante volumoso o derrame. Pneumococo 
é mais comum com derrame não volumoso e Staphylococos é menos comum com derrame bem avantajado. 
 
PNEUMONIAS ESTAFILOCÓCICAS 
O que geralmente as crianças que tem PNM ESTAFILOcócicas tem que as PNM pneumocócicas não tem é a queda do 
estado geral, a TOXEMIA! A criança com PNM estafilocócica é EXTREMAMENTE TOXEMIADA, não quer conversa com 
ninguém, não quer comer, quer só ficar na dela, a criança tem o semblante de doença. As crianças que tem 
pneumonias pneumocócicas normalmente tem um estado geral bem melhor. Outro ponto importante é a evolução 
RÁPIDA da pneumonia estafilocócica, que caso você não haja rapidamente, ele vai evoluir para sepse, derrame 
pleural volumoso e no raio-x o estafilo normalmente cursa com broncopneumonia. 
A broncopneumonia normalmente é difusa, bilateral e se dissemina pelos brônquios e vai dando um 
padrão muito parecido com edema agudo de pulmão. Se o radiologista pegar o raio-x de um paciente com edema 
agudo de pulmão e de um paciente com broncopneumonia e não souber a história desse paciente é muito pouco 
provável que ele saiba dar o diagnóstico. Não existe condensação de um lobo pulmonar, existem condensações 
difusas. Os germes que podem cursar com abcessos, além do staphylococos aureus, são os anaeróbios. A secreção do 
abcesso é geralmente achocolatada, da cor de nescau e é extremamente fétido. Fungos também podem cursar com 
abcessos, sendo o principal representante o Aspergylus. OBS: tuberculose pode cursar com abcesso. Presença de 
abcesso sempre suspeitar de TB, principalmente se for uma pneumonia muito arrastada. 
A pneumonia por klebsiela vai deixar a cisura pulmonar côncava e ela vai dar uma imagem de pseudo-
tumor, o que chamamos de abaulamento. Para tratar pneumonia por anaeróbio, se usa clindamicina ou metronidazol. 
Pneumonia por micoplasma pode não ter vir acompanhada de febre, ou de uma febre bem baixa, além de poder 
cursar com exantema geral no corpo. 
Como diferenciar uma pneumonia de padrão instesticial de uma broncopneumonia? A pneumonia 
instesticial tem um padrão mais fino, estilo vidro fosco, possui trabéculas. E quem causa esse tipo de pneumonia 
instesticial? Vírus, clamídia pneumonie (cuidado para não confundir com a clamidia tracomatis. A clamídia pneumonie 
acomete crianças da fase escolar, adolescente e adultos principalmente), fungos e micoplasma pneumonie. Se a 
 
 
 
criança sibilar é preciso fazer broncodilatador e muitas vezes oxigênio porque é um caso grave. Pneumonia de 
repetição e que não melhoram, lembrar-se de imunodeficiência e sempre pedir sorologia para HIV e sempre investigar 
também tuberculose. 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (DD) Tuberculose; Neoplasia; Edema agudo de pulmão. 
A história é fundamental para diferenciar os diversos DD. 
Professora termina com uma lapada nos nossos coros e manda a gente estudar!!!

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