Buscar

Resumo: Artrites Reumatoides

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Adriel C. C. Campos
Artrite Reumatoide
Definição: É uma doença inflamatória sistêmica crônica, de etiologia desconhecida. Sua prevalência é de 1% na população adulta mundial. 
	O alvo primário é da AR é a membrana sinovial, que é responsável pela maior parte das manifestações clínicas. O tecido sinovial prolifera de forma descontrolada, provocando produção elevada de líquido, destruição de cartilagem, erosão do osso marginal, frouxidão e dano nos tendões e ligamentos. 
Epidemiologia: Maior incidência nas mulheres (3:1) e pode acometer qualquer idade. O aparecimento de AR em homens acima de 45 anos é incomum. O médico deve atentar ao fator genético, visto que possui grande influência no aparecimento da AR. 
Fisiopatologia: Apesar da genética possuir grande influência na aparição e gravidade da AR, não é o único fator determinante. Se associa como fatores determinantes o uso de estrogênio (fator protetor), tabagismo e exposição à sílica. A proliferação dos tecidos sinoviais (sinovite) resultante acarreta a produção de quantidades excessivas de líquido sinovial e a infiltração do pannus no osso e na cartilagem adjacentes. 
	A sinovite provoca destruição da cartilagem e do osso marginal e estiramento ou ruptura da cápsula articular, tendões e ligamentos. Resultando em deformidade e incapacidade. 
Etiologia: Soro coletado de paciente com AR mostra alterações imunológicas anos antes da clínica da AR. Os autoanticorpos anticorpo antipeptídeo citrulinado (ACPA) e fator reumatoide( FR) estão presentes no soro de muitos indivíduos 5 a 10 antes das suas manifestações clínicas de AR. O FR é marcador sorológico da AR, sendo associado a doença mais grave. 
Clínica: Tem início nas articulações metacarpofalangeanas (MCF), interfalangeanas proximais (IFP) e metatarsofalangeanas (MTF).
A AR pode afetar a coluna em sua articulação C1-C2, mas diferente das espondilopatias se limita a essa região. Pacientes com AR possuem maior risco de desenvolver osteoporose. 
De maneira mais específica temos: 
Mãos: Principal área acometida pela AR. Raramente acomete as articulações IFD, devendo pensar a possibilidade de diagnóstico diferencial como osteoartrites. 
Pés: Acompanha as manifestações da mãos, a articulação MTF perde seu coxim gorduroso que leva a clínica de deambulação dolorosa. 
Punhos: O desvio radial é a regra. Pode ocorrer de comprimir o nervo mediano, causando a síndrome do túnel do carpo. Posteriormente a sinovite pode levar a ruptura dos tendões extensores. 
Grandes articulações: Sua manifestação ocorre de maneira simétrica. Os cistos sinoviais podem estar presentes em qualquer articulação e usualmente estão flutuantes como massas macias dentro do espaço articular. 
Pescoço: Acomete a articulação C1-C2.
Manifestações extra-articulares:
As manifestações sistêmicas ocorrem frequentemente, são elas:
Fadiga
Perda de peso
Febre baixa
Pele: Nódulos subcutáneos são encontrados em ¼ dos pacientes com AR. 
Cardíaco: Pouco comum. Podem apresentar pericardite constritiva, devido a inflamação crônica.
Pulmonares: derrames pleurais, nódulos reumáticos e doença pulmonar parenquimatosa podem ser provocadas pela AR, além da fibrose intersticial difusa. 
Oftálmica: Ceratoconjuntivite seca (olho seco), xerostomia (boca seca), edema de parótida ou ocasionalmente linfadenopatia.
Síndrome de Felty: Caracterizada pela tríade;
AR
Esplenomegalia
Neutropenia
Curso clínico: O paciente começa com início de dor, edema e rigidez articular em várias articulações durante vários dias. possui manifestações sistêmicas. A rigidez matinal é uma característica da AR inflamatória. 
Diagnóstico: Não existe um achado laboratorial ou exame físico que seja patognomônico na AR. Para o diagnóstico usa-se um conjunto de dados da história clínica, exame físico característico e um médico atento a manifestações da AR. 
	Para o diagnóstico temos a classificação com critérios, esses critério são amplamente utilizados no auxílio do diagnóstico. 
Os 4 primeiros critérios precisam estar presentes por pelo menos 6 semanas para fechar diagnóstico de AR. Muitas infecções virais podem causar poliartrites semelhantes a AR, inclusive com presença de FR, entretanto, são limitadas a uma duração de 2-3 semanas. Dessa forma, poliartralgia > 6 semanas deve ser considerada AR com início do tratamento. 
Os critérios são: 
Rigidez matinal;
Edema de 3 ou mais articulações;
Edema de articulação da mão;
Edema simétrico
Nódulos subcutâneos
Fator Reumatoide (soro)
Erosões e/ou osteopenia periarticular nas articulações da mão ou do punho, vista radiograficamente. 
Laboratorial: A alteração mais característica é a presença de FR, que é encontrado em aproximadamente 80% dos pacientes. Os anticorpos ACPA são encontrados em 70% dos pacientes com AR e estão relacionados com erosão grave. 
	A maioria dos pacientes com AR tem anemia de doença crônica, por deficiência de ferro. A trombocitopenia é comum, leucócitos pode estar elevado ou normal.
	No líquido sinovial pode se identificar contagem de glóbulos brancos entre 5.000-100.000/mm3. Não existe achado no líquido sinovial patognomônico da AR. 
Tratamento: De forma medicamentosa, temos a terapia inicial com AINEs, glicocorticoide e DMCD, enquanto a combinação dos 3 medicamentos é a regra. A prednisona (glicocorticóide) não se deve usar sem adjunto ao uso de DMCDs. 
Referência
Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 24 ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2014.

Continue navegando