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Direito Civil - 2º Semestre (Aula V)

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Direito Civil – 2º Semestre (Aula V)
Dos Bens
Bens principais e acessórios
Bens acessórios
- Os produtos: São todos os rendimentos provenientes dos bens principais, de caráter não renovável, ou seja, todo aquele rendimento que uma vez “retirado” do bem, não será mais produzido;
- Os frutos: São todos os bens provenientes dos bens principais, de caráter renovável. Os frutos podem ser:
Quanto a origem:
Naturais: São os frutos provenientes da natureza e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leites, cria dos animais, etc.);
Industriais: Frutos provenientes da intervenção humana, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica);
Civis: São os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros e aluguéis, etc.).
Quanto ao estado (Art. 1.214 a 1.216 do Código Civil):
Frutos pendentes: Aqueles que ainda estão unidos à coisa que os produziu, não estando propícios a perceber/retirar/colher;
Frutos percebidos ou colhidos: Consideram-se àqueles frutos depois de separados da coisa que os produziu, no momento adequado, ou seja, nem antes do tempo, nem depois do tempo propício. Quanto a utilização da terminologia “percebido” e “colhido”, emprega-se o termo “percebido” para os frutos civis (ex.: juros aluguéis), ao passo que se utiliza o termo “colhido” para os frutos naturais (ex.: frutas, leite, cereais). Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos tão logo sejam separados, porquanto os frutos civis reputam-se percebidos dia a dia (art. 1.215 do Código Civil);
Frutos antecipados: São os frutos separados da coisa que os produziu antecipadamente;
Frutos percipiendos: são os frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos;
Frutos estantes: são os frutos separados e armazenados ou acondicionados para venda;
Frutos consumidos: são os frutos que não existem mais porque foram utilizados.
“Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.”
“Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.”.
Titularidade dos bens
“Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.”.
Bem particular
Bens de titularidade de Pessoa Jurídica Privada.
Bem “res nullius”
Bens sem donos, coisa de ninguém que não pertence a nenhum titular, mas poderá pertencer, por exemplo, através da ocupação.
Bem público
São aqueles bens que pertencem a União, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Município, não sujeitos a usucapião (Art. 102 do Código Civil), que somente podem ser alienados na forma e nos casos especificados em lei.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
OBS.: São os bens de acesso a todos. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem (Art. 103 do Código Civil).
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
OBS.: Trata-se dos bens públicos, porém de uso limitado a poucos; uso limitado aos que possuem direito/autorização para tal (ex.: uso de viaturas, que apesar de serem bens públicos, não podem ser utilizados por todos.). Inalienáveis.
(Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.).
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
OBS.: Bens dominicais são aqueles que, apesar de constituírem o patrimônio público, não possuem uma destinação pública determinada ou um fim administrativo específico (por exemplo, prédios públicos desativados). São bens alienáveis.
Estes podem ser:
- Terras devolutas: espaços de terra que ninguém se interessa, que nasceu sem utilidade ou destinação;
- Bens especiais que perderam o seu valor e tornaram-se dominicais. O ato de tornar um bem especial em um bem dominical denomina-se desafetação e ocorre por meio de processo administrativo. Tornando-se um bem dominical, este passa a ter uma numeração específica e única. Assim, para alienar este bem, cria-se uma lei autorizando a venda e/ou doação, tendo especificado o número do bem dominical.
(Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.).
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Bens fora do comércio e dentro do comércio
Bens dentro do comércio
Todos os bens passíveis de alienação.
Bens fora do comércio
- Bens inalienáveis: Em regra, são bens fora do comércio por serem inalienáveis os bens públicos, os direitos da personalidade, os bens de família convencionais, ou ainda, os bens gravados com cláusulas de inalienabilidade (bens determinados inalienáveis pelo doador, através de escritura pública ou testamento).
Os bens gravados com cláusulas de inalienabilidade podem ser revistos mediante requerimento ao juiz, apenas nos casos em que o doador já tiver falecido. Caso contrário, apenas se o doador mudar as cláusulas;
- Bens insuscetíveis de apropriação: São os bens de uso inexauríveis/inesgotáveis, como por exemplo a água do oceano, o ar atmosférico, entre outros.

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