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Aula 12
Legislação Tributária p/ ICMS/SP - 2016
Professor: Alexandre JK
Legislação Tributária p/ ICMS-SP ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 12 
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AULA 12 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Previsões Constitucionais 03 
2. Lei Paulista - nº 10.705/00 06 
3. Das Isenções 13 
4. Dos Contribuintes e Responsáveis 18 
5. Da Base de Cálculo 20 
6. Questões da Aula ± Sem comentários 28 
7. GABARITO 37 
8. Questões da Aula comentadas 38 
 
 Olá pessoal! 
Bem vindos a décima terceira aula de nosso curso! Hoje iremos 
estudar o ITCMD. Iremos ver que a maior dificuldade desse imposto reside 
no necessário conhecimento de Direito Civil, o que irei mastigar para vocês. 
Vamos em frente! 
 
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Programa de Coaching com o Prof. JK 
 Olá futuro colega, antes de começar a aula gostaria de fazer uma 
pergunta: Você sente dificuldade em estudar? Sente que seu rendimento 
não melhora, apesar de sua dedicação ao estudo aumentar? Tem 
dificuldades em montar um planejamento de estudos adequado? 
 Tenho a felicidade em informar que agora faço parte da equipe de 
Coaching do Estratégia! Mas, o que seria isso? O Coaching é um programa 
de 8 meses de assessoramento individual e personalizado do aluno. Eu irei 
detectar os seus pontos fortes e fracos e irei reforçá-los e corrigí-los. 
Nesses 8 meses, irei elaborar todo o seu cronograma de estudo de acordo 
com o seu objetivo e perfil. Saiba mais em: 
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382/ 
 Se possuir interesse, entre em contato diretamente comigo por 
WhatsApp: 11-96041-0707. Iremos conversar um pouco e direcionarei 
vocês à equipe responsável (coaching@estrategiaconcursos.com.br). 
 Abraços e bons estudos! 
 Prof. JK 
 
 
 
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ITCMD 
 
1. Previsões Constitucionais 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir 
impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
§ 1.º O imposto previsto no inciso I 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao 
Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao 
Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver 
domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei 
complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve 
o seu inventário processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
Vamos começar as aulas analisando o que 
a CF88 trouxe a respeito deste imposto. 
Como podemos ver, não foi muito!! RSSS! 
Entretanto, não se engane! Existem 
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importantes previsões aqui! O Art. 155 traz a competência do ITCMD, 
que fica por conta dos Estados e do DF. 
 Onde a coisa começa a realmente ficar interessante é no § 1.º. O 
ITCMD possui um duplo fato gerador. Ele pode ocorrer por causa mortis 
(heranças) ou por doações em vida. Até ai nenhum segredo. O que esse 
parágrafo traz e que confunde muito os alunos, é a definição da 
competência dos Estados sobre ele. Por exemplo, João, domiciliado em 
Pernambuco, vem a falecer, deixando um imóvel no Amazonas, dinheiro no 
Rio Grande do Sul. Um dos filhos de João, Marcelo, domiciliado em São 
Paulo, recebe de herança o dinheiro e o doa para seu irmão, Eduardo, 
domiciliado no Pará. RSSSS! Pra onde vai o imposto? É uma confusão e 
tanto!!! Para ajudar a vocês a matar isso de forma MUITO fácil, fiz um 
esquema para auxiliá-los. Vejam: 
 
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 Para quem não sabe, inventário e arrolamento são procedimentos 
para que se levantem todos os bens, direitos e obrigações do falecido 
�FKDPDGR� GH� ³GH� FXMXV´��� e� FRPR� VH� IRVVH� XP� EDODQoR� SDWULPRQLDO� GD�
contabilidade. A diferença entre os procedimentos reside em sua 
complexidade e celeridade. 
 Assim sendo, como podemos ver, a melhor forma de matarmos uma 
questão de ITCMD não é ir primeiramente pelo fato gerador e sim pela 
identificação do tipo de bem que está sendo transmitido. A identificação do 
fato gerador deve ser feita de forma secundária. Percebam também que no 
caso de bens imóveis a Sujeição Ativa é sempre a mesma. Apenas no caso 
de bens móveis que a Sujeição Ativa varia a depender do fato gerador. 
 A seguir, o inciso III define que lei complementar deve prever as 
situações onde os fatos geradores advierem do exterior. Vou dar um 
exemplo: o fato gerador da Doação de bem móvel não vai para o Estado 
de domicílio do Doador? OK! E se ele morar em Miami? Pois é! É ai que 
deve a lei decidir o que ocorre. Entretanto, essa norma não foi editada até 
hoje, o que faz com que vários Estados tentem puxar a sardinha para si. 
 Por fim, o inciso IV determina que o Senado Federal deva estipular 
as suas alíquotas máximas. Qual a lógica disso? A lógica é estabelecer um 
teto máximo para que os Estados não acabem por confiscar a herança com 
alíquotas abusivas. 
 
 
 
 
 
 
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2. Lei Paulista - nº 10.705/00 
 
Artigo 1º - Fica instituído o Imposto sobre Transmissão "Causa 
Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD, previsto no artigo 
155, I, da Constituição Federal, na redação da Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993. 
Artigo 2º - O imposto incide sobre a transmissão de qualquer bem 
ou direito havido: 
I - por sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão 
provisória; 
II - por doação. 
§ 1º - Nas transmissões referidas neste artigo, ocorrem tantos 
fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários ou 
donatários. 
§ 2º - Compreende-se no inciso I deste artigo a transmissão de bem 
ou direito por qualquer título sucessório, inclusive o fideicomisso. 
§ 3º - A legítima dos herdeiros, ainda que gravada, e a doação com 
encargo sujeitam-se ao imposto como se não o fossem. 
§ 4º - No caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a 
restituição do imposto recolhido pela sucessão provisória. 
§ 5º - Estão compreendidos na incidência do imposto os bens que, 
na divisão de patrimônio comum, na partilha ou adjudicação, forem 
atribuídos a um dos cônjuges, a um dos conviventes, ou a qualquer 
herdeiro, acima da respectiva meação ou quinhão. 
 
 
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Artigo 3º - Também sujeita-se ao imposto a transmissão de: 
I - qualquer título ou direito representativo do patrimônio ou 
capital de sociedade e companhia, tais como ação, quota, quinhão, 
participação civil ou comercial, nacional ou estrangeira, bem como, direito 
societário, debênture, dividendo e crédito de qualquer natureza; 
II - dinheiro, haver monetário em moeda nacional ou estrangeira e 
título que o represente, depósito bancário e crédito em conta corrente, 
depósito em caderneta de poupança e a prazo fixo, quota ou participação 
em fundo mútuo de ações, de renda fixa, de curto prazo, e qualquer outra 
aplicação financeira e de risco, seja qual for o prazo e a forma de garantia; 
III - bem incorpóreo em geral, inclusive título e crédito que o 
represente, qualquer direito ou ação que tenha de ser exercido e direitos 
autorais. 
§ 1º - A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel 
e de direito a ele relativo, situado no Estado, sujeita-se ao imposto, 
ainda que o respectivo inventário ou arrolamento seja processado em outro 
Estado, no Distrito Federal ou no exterior; e, no caso de doação, ainda que 
doador, donatário ou ambos não tenham domicílio ou residência neste 
Estado. 
§ 2º - O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se 
encontrem em outro Estado ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos 
ao imposto de que trata esta lei, no caso de o inventário ou 
arrolamento processar-se neste Estado ou nele tiver domicílio o 
doador. 
 
 
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Finalmente chegamos ao último imposto de 
nosso curso. Ele representa atos da vida de 
um ser humano muito peculiares: o seu fim 
(morte) e a bondade, caracterizada pela 
doação. Assim sendo, temos neles, os dois possíveis fatos geradores 
autorizados pela Constituição Federal para o ITCMD. E sobre o que o 
imposto incidirá? Ele é bastante abrangente, atingindo quaisquer bens ou 
direitos. Lembrem-se que um bem é um conceito de gênero, enquanto 
móveis e imóveis são espécies e mercadorias, apartamentos, casas, etc., 
são sub-espécies. 
 Antigamente o ITCMD era exigido de forma conjunta com o ITBI. 
Entretanto, a CF88 passou esse último tributo para a competência dos 
Municípios. Tome muito cuidado, pois o ITBI é muito parecido com o ITMCD. 
A principal diferença é que no caso do imposto municipal trata-se de uma 
transmissão ONEROSA e de um bem IMÓVEL. Portanto, com uma 
abrangência bem mais restrita do que o imposto estadual. 
Seguindo em frente, no Art 2º temos a incidência do imposto. 
Pessoal, o ITCMD incidirá nos casos de sucessão legítima ou 
testamentária (falecimento de uma pessoa, deixando herança) e de 
sucessão provisória. Esse último é o caso de uma pessoa que simplesmente 
desaparece e depois de um determinado tempo e é considerada morta por 
presunção legal. Mesmo antes de ser declarado o seu falecimento definitivo, 
a lei já determina que se exija o ITCMD. Como por exemplo poderíamos 
citar uma situação em que uma pessoa vai para uma guerra e desaparece 
sem deixar vestígios (não há corpo). É claro que se a pessoa for 
encontrada, a depender do tempo, os bens retornarão a ela e o imposto 
será restituído (§ 4º). O imposto também incidirá na doação, que é um ato 
em que uma pessoa, de vontade própria, realiza uma transferência 
patrimonial para uma outra. 
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O § 1º do Art. 2º é questão certa de prova. É uma regrinha besta 
que os examinadores amam. Pessoal, existirão tantos fatos geradores 
quanto recebedores de uma causa mortis ou doação. Assim sendo, se 
Roberto deixar 100 casas para cada um de seus 3 filhos, teremos apenas 
3 fatos geradores. Simples assim! Um adendo: Legado é o que foi deixado 
por testamento para alguém. Legítima é a herança que os herdeiros têm 
direito por lei. 
Antes de analisarmos o § 2º, precisamos de mais um adendo: O 
fideicomisso é uma estipulação de última vontade (testamentária), em 
virtude da qual o testador, constituindo uma pessoa como herdeiro ou 
legatário, impõe-lhe a obrigação de, por sua morte ou sob certa condição, 
transmitir a outra pessoa, por ele indicada, a herança ou o legado. O 
fideicomisso implica a indicação de dois herdeiros ou legatários sucessivos, 
mostrando uma forma de substituição de herdeiros ou legatários. Por sua 
essência, somente é válido quando instituído por disposição testamentária. 
O primeiro herdeiro ou legatário toma a denominação de fiduciário; o 
segundo, a quem o fiduciário tem a obrigação de transmitir a herança ou o 
legado, fideicomissário. Feita essa análise, podemos afirmar que nesse tipo 
de procedimento incide o ITCMD. 
O § 3º nos mostra que não importa as dívidas dos bens transmitidos, 
pois elas não serão abatidas da base de cálculo. Assim sendo, se seu avô 
lhe deixa um apartamento avaliado em 1 milhão e que possui 900 mil de 
dívida, você ainda terá de pagar ITCMD sobre tudo. 
O § 5º exige novamente mais uma explicação adicional: Suponha 
que um casal se separe e um deles fique com um valor maior do que lhe 
era devido. Imagine a seguinte situação. Marina se separa de Jorge. Eles 
têm R$ 100 mil em patrimônio e cada um tem direito a 50% disso. Jorge 
fica com R$ 40 mil e Marina com R$ 60 mil. Perceba que Marina ficou com 
R$ 10 mil a mais. Esse valor é considerado como uma doação (excesso de 
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meação), estando sujeito ao ITCMD. Esse fato gerador também pode 
ocorrer na hora do falecimento, na situação em que um herdeiro ficar com 
uma parte maior do que lhe era devida. Assim sendo, podemos ver que 
esse fato gerador ocorre na hora da separação de patrimônios em vida ou 
na morte. 
 O Art. 3º apenas vem, de forma didática, exemplificar alguns bens 
que estão sujeitos à tributação. Por fim, o § 1º e o § 2º trazem a 
competência da Sujeição Ativa que expliquei no começo da aula através de 
um desenho. 
 
Artigo 4º - O imposto é devido nas hipóteses abaixo especificadas, 
sempre que o doador residir ou tiver domicílio no exterior, e, no caso de 
morte, se o "de cujus" possuía bens, era residente ou teve seu inventário 
processado fora do país: 
I - sendo corpóreo o bem transmitido: 
a) quando se encontrar no território do Estado; 
b) quando se encontrar no exterior e o herdeiro, legatário ou 
donatário tiver domicílio neste Estado; 
II - sendo incorpóreo o bem transmitido: 
a) quando o ato de sua transferência ou liquidação ocorrer neste 
Estado; 
b) quando o ato referido na alínea anterior ocorrer no exterior e o 
herdeiro, legatário ou donatário tiver domicílio neste Estado. 
 
 
 
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Artigo 5º - O imposto não incide: 
I - na renúncia pura e simples de herança ou legado; 
II - sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o 
falecimento do autor da herança ou legado; 
III
- sobre a importância deixada ao testamenteiro, a título de 
prêmio ou remuneração, até o limite legal. 
 
O Art. 4º vem suprir a lacuna deixada pela 
lei complementar nos casos em que o que 
o doador residir ou tiver domicílio no 
exterior, e, no caso de morte, se o "de 
cujus" possuía bens, era residente ou teve seu inventário processado fora 
do país. A lei paulista divide as possibilidades em bens corpóreos e 
incorpóreos. Sempre que esses primeiros estiverem em território do Estado 
de SP, o imposto será dele. Adicionalmente, se esses bens corpóreos 
estiverem no exterior, mas se os destinatários dos bens (herdeiro, legatário 
ou donatário) estiverem em SP, o imposto ficará para esse Estado. 
 Em relação aos bens incorpóreos, quando o ato de sua transferência 
ou liquidação ocorrer neste Estado, o imposto ficará para SP (uma venda 
de uma ação, por exemplo). Adicionalmente, quando esse ato de 
transferência ou liquidação ocorrer no exterior, e os destinatários dos bens 
(herdeiro, legatário ou donatário) estiverem em SP, o imposto ficará para 
esse Estado. Perceba que as regras são basicamente as mesmas para os 
dois tipos de bens. 
 Veja esse resumo para facilitar o estudo: 
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 Já o Art. 5º traz algumas hipóteses onde o ITCMD não incidirá. 
Vamos explicar o inciso I através de um exemplo: João vem a falecer. 
Deixa três filhos: Alexandre, Beto e Mauro. Para cada um, deixa uma 
herança no valor de R$ 100 mil. Beto, muito bem de vida, decide que não 
precisa desse dinheiro, renunciando à herança. É nesse momento que se 
tem que ter muito cuidado! Pois, Beto tem de renunciar a favor do monte 
mor sem ressalvas (renúncia pura e simples). Se ele renunciar em favor de 
Alexandre, por exemplo, ocorrerão dois fatos geradores distintos: o 
primeiro de causa mortis, pois ele aceitou a herança ou legado, e o segundo 
de doação, pois ele fez uma doação em vida para seu irmão. 
 Já o inciso II é mais simples. Suponha que o mesmo João tenha um 
grande imóvel na avenida paulista e venha a falecer. Suponha que este 
imóvel esteja alugado por 1 milhão por mês. Após a sua morte, todos os 
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pagamentos derivados desse aluguel não sofrerão a incidência do ITCMD, 
pois eles irão ocorrer após o momento do fato gerador. 
 Por fim, o inciso III é mais simples ainda. É comum deixar-se algum 
valor para aquele que realiza o testamento. Existe um limite legal para isso. 
Esse montante é considerado despesa do monte mor e não entra na base 
de cálculo do imposto. 
 
3. Das Isenções 
 
Artigo 6º - Fica isenta do imposto: (Redação dada ao artigo pela 
Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-
2002) 
I - a transmissão "causa mortis": 
a) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não 
ultrapassar 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - 
UFESPs e os familiares beneficiados nele residam e não tenham outro 
imóvel; 
b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e 
quinhentas) UFESPs, desde que seja o único transmitido; 
c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, 
aparelho de uso doméstico e demais bens móveis de pequeno valor que 
guarneçam os imóveis referidos nas alíneas anteriores, cujo valor total não 
ultrapassar 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs; 
d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total 
não ultrapassar 1.000 (mil) UFESPs; 
 
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e) de quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos 
de Seguro Social e Previdência, oficiais ou privados, verbas e prestações 
de caráter alimentar decorrentes de decisão judicial em processo próprio e 
o montante de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço e do Fundo de Participações PIS-PASEP, não recebido em vida pelo 
respectivo titular; 
f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o 
instituidor; 
II - a transmissão por doação: 
a) cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) 
UFESPs; 
b) de bem imóvel vinculado a programa de habitação de interesse 
social; (Redação dada à alínea pela Lei 16.050, de 15-12-2015; DOE 16-
12-2015) 
c) de bem imóvel doado por particular para o Poder Público. 
§ 1º - Para fins de reconhecimento das isenções previstas nas alíneas 
"a", "b" e "c" do inciso I, e na alínea "a" do inciso II, poderá ser exigida 
a apresentação de declaração, conforme dispuser o regulamento. 
§ 2º - Ficam também isentas as transmissões "causa mortis" e 
sobre doação de quaisquer bens ou direitos a entidades cujos 
objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos humanos, 
da cultura ou à preservação do meio ambiente, observado o seguinte: 
 
 
 
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1 - o reconhecimento dessa condição deverá ser feito, de forma 
cumulativa, pela Secretaria da Fazenda e, conforme a natureza da 
entidade, pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, pela 
Secretaria da Cultura ou pela Secretaria do Meio Ambiente, de acordo com 
disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo; 
2 - deverão ser observados os requisitos do artigo 14 do Código 
Tributário Nacional e os demais previstos na legislação tributária. 
 
Pessoal, o Art. 6º trata das isenções do 
ITCMD. Não há muito o que explicar aqui, 
pois trata-se de uma lista discricionária da 
administração. Assim sendo, o melhor que posso fazer é uma tabela 
resumo para facilitar o seu estudo. Vamos lá: 
 
Tipo de isenção (Causa Mortis) Condição 
imóvel de residência, urbano ou 
rural (inciso I ± alínea a) 
1) cujo valor não ultrapassar 
5.000 UFESPs 
2) os familiares beneficiados nele 
residam 
3) não tenham outro imóvel 
Imóvel (inciso I ± alínea b) 1) cujo valor não ultrapassar 
2.500 UFESPs 
2) seja o único transmitido 
ferramenta e equipamento agrícola 
de uso manual, roupas, aparelho 
1) guarneçam os imóveis 
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de uso doméstico e demais bens 
móveis de pequeno valor (inciso I 
± alínea c) 
2) cujo valor total não 
ultrapassar 1.500 UFESPs 
depósitos bancários e aplicações 
financeiras (inciso I ± alínea d) 
cujo valor total não ultrapassar 
1.000 UFESPs 
de quantia devida pelo 
empregador ao empregado, por 
Institutos de Seguro Social e 
Previdência, oficiais ou privados, 
verbas e prestações de caráter 
alimentar decorrentes de decisão 
judicial em processo próprio e o 
montante de contas individuais do 
Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço e do Fundo de 
Participações PIS-PASEP (inciso I ± 
alínea e) 
não recebido em vida pelo 
respectivo titular 
extinção do usufruto (inciso I ± 
alínea f) 
nu-proprietário tiver sido o 
instituidor 
quaisquer bens
ou direitos a 
entidades cujos objetivos sociais 
sejam vinculados à promoção 
dos direitos humanos, da 
cultura ou à preservação do 
meio ambiente (§ 2º) 
1 - o reconhecimento dessa 
condição deverá ser feito, de forma 
cumulativa, pela Secretaria da 
Fazenda e, conforme a natureza da 
entidade, pela Secretaria da 
Justiça e da Defesa da Cidadania, 
pela Secretaria da Cultura ou pela 
Secretaria do Meio Ambiente, de 
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acordo com disciplina a ser 
estabelecida pelo Poder Executivo 
2 - deverão ser observados os 
requisitos do artigo 14 do Código 
Tributário Nacional e os demais 
previstos na legislação tributária. 
 
Tipo de isenção (Doação) Condição 
Bens (inciso II ± alínea a) cujo valor não ultrapassar 2.500 
UFESPs; 
 
bem imóvel (inciso II ± alínea b) vinculado a programa de habitação 
de interesse social 
bem imóvel (inciso II ± alínea c) doado por particular para o Poder 
Público 
quaisquer bens ou direitos a 
entidades cujos objetivos sociais 
sejam vinculados à promoção 
dos direitos humanos, da 
cultura ou à preservação do 
meio ambiente (§ 2º) 
1 - o reconhecimento dessa 
condição deverá ser feito, de forma 
cumulativa, pela Secretaria da 
Fazenda e, conforme a natureza da 
entidade, pela Secretaria da 
Justiça e da Defesa da Cidadania, 
pela Secretaria da Cultura ou pela 
Secretaria do Meio Ambiente, de 
acordo com disciplina a ser 
estabelecida pelo Poder Executivo 
2 - deverão ser observados os 
requisitos do artigo 14 do Código 
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Tributário Nacional e os demais 
previstos na legislação tributária. 
 
4. Dos Contribuintes e Responsáveis 
 
Artigo 7º - São contribuintes do imposto: 
I - na transmissão "causa mortis": o herdeiro ou o legatário; 
II - no fideicomisso: o fiduciário; 
III - na doação: o donatário; 
IV- na cessão de herança ou de bem ou direito a título não oneroso: 
o cessionário. 
Parágrafo único - No caso do inciso III, se o donatário não residir 
nem for domiciliado no Estado, o contribuinte será o doador. 
Artigo 8º - Nos casos de impossibilidade de exigência do 
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem 
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis: 
I - o tabelião, escrivão e demais serventuários de ofício, em relação 
aos atos tributáveis praticados por eles ou perante eles, em razão de seu 
ofício; 
 
 
 
 
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II - a empresa, instituição financeira e bancária e todo aquele a quem 
couber a responsabilidade do registro ou a prática de ato que implique na 
transmissão de bem móvel ou imóvel e respectivo direito ou ação; 
III - o doador, o cedente de bem ou direito, e, no caso do parágrafo 
único do artigo anterior, o donatário; 
IV - qualquer pessoa física ou jurídica que detiver o bem transmitido 
ou estiver na sua posse, na forma desta lei; 
V - os pais, pelos tributos devidos pelos seus filhos menores; 
VI - os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos seus 
tutelados ou curatelados; 
VII - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos 
por estes; 
VIII - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio. 
 
O Art. 7º trata da definição dos 
contribuintes do imposto. Pessoal, 
percebam que SP sempre elege o 
destinatário dos bens como o sujeito passivo. A lógica é que essa pessoa, 
teoricamente, tem mais interesse em pagar o imposto, pois é ela que vai 
usufruir do bem. Assim, ela teria mais incentivo em regularizar a sua 
situação. Só gostaria de chamar a atenção para um fato: POR FAVOR, não 
confunda sujeição ativa com passiva!!! Como assim professor? Na hora de 
sabermos para qual estado o imposto vai na doação, sempre será aquele 
em que tiver domicílio o DOADOR. Sabendo para qual estado vai o imposto, 
agora precisamos saber quem vai de fato pagá-lo. Veja que SP determinou 
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que seja o DONATÁRIO. Muito cuidado para não confundir os dois 
conceitos e etapas!!! 
 Por fim, o Art. 8º tenta encaixar alguém como solidário no caso de 
o contribuinte não cumprir com sua obrigação. Percebam que se trata de 
sujeitos que participam ativamente das transações. Apenas tome cuidado 
com o fato de que eles só podem ser considerados como responsáveis pelos 
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. 
 
5. Da Base de Cálculo 
 
Artigo 9º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem 
ou direito transmitido, expresso em moeda nacional ou em UFESPs 
(Unidades Fiscais do Estado de São Paulo). 
§ 1º - Para os fins de que trata esta lei, considera-se valor venal 
o valor de mercado do bem ou direito na data da abertura da sucessão ou 
da realização do ato ou contrato de doação. 
§ 2º - Nos casos a seguir, a base de cálculo é equivalente a: 
1. 1/3 (um terço) do valor do bem, na transmissão não onerosa 
do domínio útil; 
2. 2/3 (dois terços) do valor do bem, na transmissão não onerosa 
do domínio direto; 
3. 1/3 (um terço) do valor do bem, na instituição do usufruto, por 
ato não oneroso; 
 
 
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4. 2/3 (dois terços) do valor do bem, na transmissão não onerosa 
da nua-propriedade. 
§ 3º - Na hipótese de sucessivas doações entre os mesmos doador 
e donatário, serão consideradas todas as transmissões realizadas a esse 
título, dentro de cada ano civil, devendo o imposto ser recalculado a cada 
nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos bens 
anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já 
recolhidos. (Parágrafo acrescentado pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 
22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002) 
§ 4º - Para a apuração da base de cálculo poderá ser exigida a 
apresentação de declaração, conforme dispuser o regulamento. (Parágrafo 
acrescentado pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a 
partir de 01-01-2002) 
Artigo 10 - O valor do bem ou direito na transmissão "causa mortis" 
é o atribuído na avaliação judicial e homologado pelo Juiz. 
§ 1º - Se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o 
declarado pelo inventariante, desde que haja expressa anuência da 
Fazenda, observadas as disposições do artigo 9º, ou o proposto por esta e 
aceito pelos herdeiros, seguido, em ambos os casos, da homologação 
judicial. 
§ 2º - Na hipótese de avaliação judicial ou administrativa, será 
considerado o valor do bem ou direito na data da sua realização. 
§ 3º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, às 
demais partilhas ou divisões de bens sujeitas a processo judicial das quais 
resultem atos tributáveis. 
 
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Artigo 11 - Não concordando a Fazenda com valor declarado ou 
atribuído a bem ou direito do espólio, instaurar-se-á o respectivo 
procedimento administrativo de arbitramento da base de cálculo, para fins 
de lançamento e notificação do contribuinte, que poderá impugná-lo. 
§ 1º - Fica assegurado ao interessado o direito de requerer 
avaliação judicial, incumbindo-lhe, neste caso, o pagamento das 
despesas. 
§ 2º - As disposições deste artigo aplicam-se, no que couber, às 
demais partilhas ou divisões de bens sujeitas a processo judicial das quais 
resultem atos tributáveis. 
 
O Art. 9º trata da base de cálculo do 
ITCMD, determinando que ele será o valor 
venal dos bens ou direitos transmitidos na 
data do fato gerador (§ 1º). Pessoal, regra 
geral, eu digo a vocês que valor venal é igual a valor de mercado. Isso é 
uma simplificação OK? Na realidade temos as seguintes situações. 
- Valor venal: é o valor de mercado quando ele se encontra em suas 
condições normais (fora de uma crise, por exemplo) 
- Valor de mercado: é o valor que se atinge com as condições atuais do 
mercado. Perceba que ele pode ser igual ao valor venal, menor, ou maior 
(na bolha imobiliária de São Paulo, por exemplo, ele seria maior. Na crise 
imobiliária Americana, menor) 
- Valor da Transação: é o valor efetivamente realizado na transmissão 
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Já o § 2º traz casos específicos em que a base de cálculo não será o 
seu valor cheio. O motivo disso é que apenas está sendo transmitido uma 
parte do bem. Vamos a algumas definições: 
- A enfiteuse deriva do Direito Civil sendo o mais amplo de todos os 
direitos reais, pois consiste na permissão dada ao proprietário de entregar 
a terceiro todos os direitos sobre o bem. Assim sendo, o terceiro que o 
recebeu (enfiteuta) passa a ter o domínio útil da coisa, com a obrigação 
de pagamento de uma pensão ou foro ao senhorio, que continua a ser o 
real proprietário do bem. 
- O usufruto (direito sobre a coisa alheia) ± é o direito da posse 
direta sobre um bem. A pessoa poderá usá-la, administrá-la e perceber 
seus frutos. É o caso do aluguel, por exemplo. Faz parte do conceito de 
propriedade plena, representando uma fração dessa. 
- Nu proprietário ± quando uma propriedade possui um usufruto, o 
VHX�³GRQR´�SHUGH�XP�SHGDoR�GH�VHXV�SRGHUHV�VREUH�HOD��SRLV�XP�WHUFHLUR�
que possui a sua posse direta. Assim sendo, a nua propriedade representa 
a posse indireta do bem, revelando seu verdadeiro dono. 
A seguir no § 3º temos uma previsão com o objetivo de evitar 
fraudes. Como vimos, existe uma isenção para determinadas doações e 
heranças. Para fugir do imposto, uma pessoa poderia doar para outra de 
forma fracionada, ou seja, ao invés de fazer uma única doação sujeita ao 
ITCMD, ela faria 100 pequenas doações, que, isoladamente, estariam 
isentas. Assim sendo, o fisco irá considera-las em conjunto, retroagindo 
aos últimos meses dentro de cada ano civil. Vamos a um exemplo: Maria 
faz doações para sua filha todos os meses do ano no valor de R$ 1000. 
Isoladamente, essas doações podem ser isentas, mas ao fim do ano, serão 
consideradas como uma única doação no valor de R$ 12.000, que poderá 
ser tributada. 
 
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Artigo 12 - No cálculo do imposto, não serão abatidas quaisquer 
dívidas que onerem o bem transmitido, nem as do espólio. 
Artigo 13 - No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será 
inferior: 
I - em se tratando de imóvel urbano ou direito a ele relativo, ao 
fixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e 
Territorial Urbana - IPTU; 
II - em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo, ao valor 
total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do 
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR. 
Artigo 14 - No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo 
disposto nos artigos 9º, 10 e 13, a base de cálculo é o valor corrente de 
mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da transmissão ou do 
ato translativo. 
§ 1º - À falta do valor de que trata este artigo, admitir-se-á o que 
for declarado pelo interessado, ressalvada a revisão do lançamento pela 
autoridade competente, nos termos do artigo 11. 
§ 2º - O valor das ações representativas do capital de sociedades é 
determinado segundo a sua cotação média alcançada na Bolsa de Valores, 
na data da transmissão, ou na imediatamente anterior, quando não 
houver pregão ou quando a mesma não tiver sido negociada naquele dia, 
regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 (cento e oitenta) 
dias. (Redação dada ao parágrafo pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 
22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002) 
 
 
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§ 3º - Nos casos em que a ação, quota, participação ou qualquer 
título representativo do capital social não for objeto de negociação ou 
não tiver sido negociado nos últimos 180 (cento e oitenta) dias, admitir-
se-á o respectivo valor patrimonial. (Redação dada ao parágrafo pela 
Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-
2002) 
Artigo 15 - O valor da base de cálculo é considerado na data da 
abertura da sucessão, do contrato de doação ou da avaliação, devendo ser 
atualizado monetariamente, a partir do dia seguinte, segundo a variação 
da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP, até a data prevista na 
legislação tributária para o recolhimento do imposto. (Redação dada ao 
artigo pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a partir 
de 01-01-2002) 
§ 1º - O valor venal de determinado bem ou direito que houver sido 
fixado em data distinta daquela em que ocorreu o fato gerador deverá ser 
expresso em UFESPs. 
§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior, será observado 
o valor da UFESP vigente na data da fixação do valor venal. 
§ 3º - Não havendo correção monetária da UFESP, aplicar-se-á o 
índice adotado à época para cálculo da inflação, nos prazos já estabelecidos 
neste artigo. 
 
O Art. 12 traz algo bastante interessante 
que é o fato de que nenhuma dívida 
inerente ao bem será deduzida da base de 
cálculo. Assim sendo, se você receber um 
imóvel de 1 milhão de herança, mas que tenha uma dívida no banco de 
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financiamento de 2 milhões, ainda terá de pagar o ITCMD sobre a base de 
1 milhão, ou seja, sem qualquer desconto. Já o Art. 13 é essencial para a 
prova, pois os alunos sempre confundem o conceito embutido nele. Pessoal, 
qual a base de cálculo do ITCMD? Algumas pessoas responderiam que é a 
mesma para o IPTU. Muito cuidado, pois isso está totalmente errado! A 
base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem, ou seja, o valor de 
mercado. O que a lei paulista traz é um limite mínimo para ela. Assim 
sendo,
ela não poderá ser inferior à base utilizada para o IPTU no caso de 
imóveis urbanos e para o ITR no caso de imóveis rurais. É só isso! Cuidado 
para não igualar as coisas!!! 
O Art. 14 traz o valor da base de cálculo no caso de bem móvel ou 
direito que não se enquadrar nas regras gerais. Ele será o valor corrente 
de mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da transmissão ou 
do ato translativo. Em uma situação extrema, se esse valor também não 
existir, será admitido como tal o que o sujeito passivo declarar. É claro que 
essa declaração vai ser avaliada e dependerá de aprovação do fisco (§ 1º). 
Agora, se a transmissão envolver uma ação, para determinar a sua 
BC devemos seguir os seguintes passos de forma obrigatória: 1) sua 
cotação média na Bolsa de Valores, na data da transmissão, 2) se na data 
da avaliação ela não tiver sido negociada, retroagir ao dia imediatamente 
anterior, até o máximo de 180 dias e 3) se tudo falhar, a BC será o valor 
patrimonial (§§ 2º e 3º). 
O Art. 15 traz uma regra que vocês usarão bastante quando forem 
fiscais. Pessoal, a base de cálculo é aquela da data do fato gerador! Isso é 
meio óbvio! Por que essa regra existe então? Ela serve apenas para auxiliar 
no cálculo atualizado do imposto a pagar. Vamos a um exemplo: Imagine 
que Roberto venha a falecer em 2010, quando a UFESP era de 10, deixando 
100 mil de herança. Suponha que o imposto venha a ser pago apenas em 
2015, quando a UFESP era de 15. E ai? Qual a base de cálculo? 100 mil? 
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Errado! Temos de usar a conversão em UFESP para descobrir. Em 2010, a 
base de cálculo era de 10 mil UFESPS. Como em 2015 esse valor é de 15, 
a base de cálculo nesse ano será de 150 mil. É assim que se calcula o valor 
atualizado desse parâmetro (§§ 1º, 2º e 3º). 
 
É isso ai pessoal! Por hoje é só! Reparem que a maior dificuldade do 
ITCMD reside nos conhecimentos derivados do Direito Civil. Percebam 
como é um imposto que não possui muitos detalhamentos. Vamos 
praticar um pouco? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
Q.01 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer 
bens ou direitos (ITCMD) tem suas alíquotas mínimas fixadas pelo 
Senado Federal. 
 
Q.02 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
A doação em dinheiro feita de pai para filho é isenta de pagamento 
de ITCMD. 
 
Q.03 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer 
bens ou direitos (ITCMD) não é devido em caso de herança deixada 
por ato de vontade para as igrejas 
 
Q.04 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ITCMD relativo a bens imóveis compete ao estado de Alagoas 
sempre que o bem for nele situado, independentemente do local 
onde se processar o inventário. 
 
Q.05 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
Relativamente a bens imóveis, o imposto sobre a transmissão causa 
mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) compete ao 
estado da situação do bem. 
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Q.06 ± (CESPE ± FISCAL DA RECEITA ± SEFAZ AC ± 2006) 
A herança é fato compreendido entre as hipóteses de incidência do 
imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer 
bens ou direitos (ITCMD), que ocorre com a cessão de direitos à 
herança. Todavia, a legislação relativa a esse imposto não 
considera ocorrido o fato gerador do ITCMD dentro de certas 
circunstâncias. Em face dessas circunstâncias, configura hipótese 
de incidência do ITCMD o caso de 
a) renúncia feita sem ressalva. 
b) renúncia feita em benefício de outro herdeiro especificado. 
c) sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o falecimento 
do autor da herança ou legado. 
d) bens ou direitos legados ou doados à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal ou aos Municípios. 
e) sobre a importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou 
remuneração, até o limite legal. 
 
Q.07 ± (CESPE ± FISCAL DA RECEITA ± SEFAZ AC ± 2009) 
Assinale a opção correta com relação ao ITCMD. 
a) O valor do bem na transmissão causa mortis é o homologado pelo 
secretário da Fazenda. 
b) Sobre a herança, em caso de sucessão provisória, não incide o ITCMD. 
c) Sobre a doação de bem imóvel por particular ao poder público incide o 
ITCMD. 
d) Em caso de instituição de usufruto temporário, incide o ITCMD. 
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Adalberto faleceu. Deixou testamento válido com uma única 
disposição na qual conferiu, como legado, um de seus três carros 
ao seu amigo de infância, Joaquim. Ultimamente, Adalberto morava 
em São Paulo com seus dois filhos menores, André e Adriano, 
havidos na constância de seu segundo casamento. Havia seis meses 
que estava separado de fato de Joana, com quem era casado em 
regime de comunhão universal. Do primeiro casamento, Adalberto 
deixou um único filho, Gilson. Gilson é casado, em regime de 
comunhão parcial de bens, com Maria, com quem tem duas filhas, 
Nathália e Marina. Infelizmente, tempos atrás, Gilson brigou com 
seu pai e não se falavam desde então. A despeito disso, ele se 
habilitou à sucessão. Além dos carros, Adalberto era proprietário 
de um apartamento em São Paulo, de uma casa em Ubatuba-SP, de 
R$ 300.000,00 em aplicações financeiras e de 30 mil ações da 
Petrobrás. Na partilha, processada em São Paulo, excluindo-se o 
legado, não houve atribuição individual de bens, de sorte que a 
cada herdeiro fora atribuído o seu respectivo quinhão. 
 
Q.08 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
Neste caso, considerando as disposições da Lei, são contribuintes 
do ITCMD, além de André, Adriano e Gilson, 
a) Joana e Maria. 
b) Joana. 
c) Joaquim e Joana. 
d) Joaquim e Maria. 
e) Joaquim. 
 
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Q.09 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
Com base nas disposições da Lei, na hipótese de existir sentença 
judicial transitada em julgado, declarando Gilson indigno, quantos 
seriam os fatos geradores do ITCMD? 
a) 4 
b) 5 
c) 6 
d) 7 
e) 8 
 
Q.10 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Considere os seguintes eventos ocorridos no Estado: 
I. Um pai realiza seis doações a seu filho, cada uma no valor equivalente a 
500,00 UFESPS, sendo a primeira em agosto e as demais nos meses 
imediatamente subsequentes. 
II. Extinção do usufruto da chácara em virtude do falecimento da mãe de 
João (usufrutuária). João, como proprietário, havia instituído o usufruto em 
favor de sua mãe. 
III. Famoso compositor converteu-se recentemente a outra religião. 
Mediante escritura pública passada em cartório, transferiu os direitos 
autorais da
sua mais conhecida canção, incorporando-os ao patrimônio 
daquele templo religioso. 
Segundo as disposições da Lei, quanto ao ITCMD, as situações 
tributárias dos eventos I, II e III, respectivamente, representam 
casos de 
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a) isenção, não-incidência e não-incidência. 
b) tributação, não-incidência e tributação. 
c) tributação, tributação e isenção. 
d) não-incidência, isenção e tributação. 
e) isenção, tributação e não-incidência. 
 
Q.11 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Quanto às hipóteses de não-incidência e de isenção do ITCMD, 
previstas na Lei, é correto afirmar: 
a) A importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou 
remuneração, até o limite legalmente estabelecido, goza de isenção do 
ITCMD. 
b) O ITCMD não incide na renúncia sob condição resolutiva, a menos que a 
condição venha a se implementar. 
c) Os frutos e os rendimentos dos bens do espólio, havidos após o 
falecimento do autor da herança, não são alcançados pela incidência do 
ITCMD. 
d) A isenção do ITCMD em benefício das entidades cujos objetivos estejam 
vinculados à promoção dos direitos humanos, à cultura ou à preservação 
do meio ambiente independe de reconhecimento pela Secretaria da 
Fazenda. 
e) A lei do ITCMD atualmente prevê hipótese de não-incidência na 
transmissão de bens ou direitos ao patrimônio das entidades sindicais 
patronais, mas condiciona tal benefício ao atendimento de determinados 
requisitos. 
 
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Q.12 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Em relação à base de cálculo e à alíquota do ITCMD, conforme 
disposições da Lei, é correto afirmar: 
a) No cálculo do ITCMD, não serão abatidas quaisquer dívidas que onerem 
o bem transmitido, exceto as do espólio. 
b) As alíquotas são progressivas em função da essencialidade do bem ou 
do direito transmitido. 
c) Na transmissão não-onerosa do domínio útil de um bem, a base de 
cálculo corresponderá a dois terços do valor do bem. 
d) Na transmissão causa mortis de um bem imóvel, a base de cálculo será 
o valor venal do bem na data do registro do instrumento de transmissão 
(formal de partilha ou carta de adjudicação) no cartório de registro de 
imóveis competente. 
e) Em caso de ocorrer sobrepartilha, o ITCMD será recalculado para 
considerar o acréscimo patrimonial de cada quinhão 
 
Q.13 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Tártarus, casado sob o regime de comunhão universal de bens com 
Afrodite, faleceu e deixou viúva e dois filhos de nomes Oranos e 
Hemera, dois netos, filhos desta última, de nomes Theia e Brontes 
e nenhum ascendente. Os bens comuns do casal foram avaliados 
em R$ 100.000,00. Os filhos do falecido, Oranos e Hemera, 
renunciaram à herança. Quanto à sujeição passiva do ITCMD e ao 
montante do imposto causa mortis a ser recolhido, é correto 
afirmar: 
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a) Afrodite, viúva, em face da renúncia dos filhos do falecido, herdará a 
totalidade da herança, respondendo pelo pagamento do imposto, no valor 
total de R$ 4.000,00. 
b) Theia e Brontes, netos do falecido, são considerados contribuintes do 
imposto, pois herdam por direito próprio e por cabeça. O valor do imposto 
devido será de R$ 1.000,00 para cada um. 
c) Oranos e Hemera são responsáveis individualmente pelo pagamento do 
imposto, no valor de R$ 2.000,00, cada um, por se tratar de renúncia pura 
e simples. 
d) Afrodite, viúva, recolherá o imposto, no valor de R$ 2.000,00, 
correspondente aos bens que herdou do falecido marido, por ser a próxima 
da classe a suceder. 
e) Theia e Brontes são considerados contribuintes do imposto, por serem 
sucessores do falecido, em decorrência da renúncia pura e simples de sua 
mãe e de seu tio, devendo cada um deles pagar o imposto no valor de R$ 
2.000,00. 
 
Q.14 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
O ITCMD é um tributo que incide sobre relações jurídicas não-
onerosas, como ocorre nas transmissões causa mortis e por doação. 
A lei do ITCMD também considera dentro de seu campo de 
incidência a doação efetuada com encargo, o excesso de quinhão 
ou meação e a cessão de direitos. Com base nessas disposições, 
considere: 
I. Partilha de bens de Veloso, consistentes em uma biblioteca particular, 
com 38 mil volumes, avaliada em um milhão de reais, para seus dois únicos 
filhos, os quais receberam quinhões desiguais, na proporção de 60% e 40% 
do respectivo patrimônio. 
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II. Argus e Selene, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, em 
cláusula de separação consensual homologada, transferiram, sem qualquer 
encargo, aos filhos menores, o bem imóvel no valor de R$ 250.000,00, de 
que são donos e do qual estão dispondo. 
III. Por ocasião do falecimento de Caio, abriu-se o processo de arrolamento 
para partilhar o patrimônio comum do casal, avaliado em R$ 600.000,00, 
entre a viúva e seus dois filhos. À viúva coube o equivalente a R$ 
400.000,00 e a cada um dos filhos a importância de R$ 100.000,00. 
IV. Antônio, por cessão de direitos, cede onerosamente ao seu amigo José 
a sua cota hereditária, em face do falecimento de seu pai, estimada em R$ 
300.000,00, após oferecê-la aos co-herdeiros, tanto por tanto, que não a 
quiseram. 
V. Por meio de disposição testamentária, foi partilhado o patrimônio do de 
cujus, consistente em R$ 600.000,00, em dinheiro, entre seus três filhos, 
únicos herdeiros, da seguinte forma: ao primeiro filho coube a importância 
de R$ 400.000,00, a quem o testador deixou também a sua parte 
disponível; ao segundo filho coube a importância de R$ 100.000,00 e ao 
terceiro filho coube a importância de R$ 100.000,00. 
NÃO caracterizam incidência sobre doação APENAS as hipóteses 
expressas em 
a) I, IV e V. 
b) I, III e IV. 
c) II e III. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
 
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Q.15 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RO ± 2010) 
Na transmissão causa mortis, ocorre o fato gerador do Imposto 
sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou 
'LUHLWRV�í ITCD 
a) na renúncia à herança, em favor de pessoa determinada. 
b) em que ocorrer fato ou ato jurídico que resulte na consolidação da 
propriedade na pessoa do nu proprietário, na extinção de usufruto. 
c) do ato da transmissão onerosa, ainda que a título de adiantamento da 
legítima. 
d) da renúncia ao legado ou à doação, em favor de uma igreja. 
e) doação feita a partido político. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 12: GABARITO 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05
06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 
E E C C C B D E B A C E B A A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
Q.01 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens 
ou direitos (ITCMD) tem suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado 
Federal. 
Comentários: 
O ITCMD tem a suas alíquotas MÁXIMAS fixadas pelo Senado Federal. O 
objetivo é impor limites na tributação de heranças e doações. 
GABARITO: E 
 
Q.02 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
A doação em dinheiro feita de pai para filho é isenta de pagamento de 
ITCMD. 
Comentários: 
Não existe essa doação específica em nosso Estado. Entretanto, existe uma 
isenção para a doação de bens cujo valor não ultrapassar 2.500 UFESPs. 
GABARITO: E 
 
Q.03 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens 
ou direitos (ITCMD) não é devido em caso de herança deixada por ato de 
vontade para as igrejas 
Comentários: 
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Correto. Não há uma isenção específica para isso em nosso Estado. 
Entretanto, isso é relevante, pois as igrejas são imunes a impostos devido 
a previsão constitucional. Como nas doações quem é contribuinte é o 
donatário, não haverá imposto a pagar. 
GABARITO: C 
 
Q.04 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ITCMD relativo a bens imóveis compete ao estado de Alagoas sempre 
que o bem for nele situado, independentemente do local onde se processar 
o inventário. 
Comentários: 
Existem dois fatos geradores para o ITCMD: 1) doação em vida e 2) causa 
mortis. Em ambas situações, quando se tratar de bem imóvel, o imposto 
irá para o Estado onde o bem estiver localizado. Apenas nos casos de bens 
móveis que possuímos regras diferentes a depender do fato gerador. 
GABARITO: C 
 
Q.05 ± (CESPE ± FISCAL DE TRIBUTOS ± SEFAZ AL ± 2002) 
Relativamente a bens imóveis, o imposto sobre a transmissão causa mortis 
e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) compete ao estado da 
situação do bem. 
Comentários: 
Essa afirmativa possui a mesma explicação que a anterior. 
GABARITO: C 
 
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Q.06 ± (CESPE ± FISCAL DA RECEITA ± SEFAZ AC ± 2006) 
A herança é fato compreendido entre as hipóteses de incidência do imposto 
sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos 
(ITCMD), que ocorre com a cessão de direitos à herança. Todavia, a 
legislação relativa a esse imposto não considera ocorrido o fato gerador do 
ITCMD dentro de certas circunstâncias. Em face dessas circunstâncias, 
configura hipótese de incidência do ITCMD o caso de 
a) renúncia feita sem ressalva. 
b) renúncia feita em benefício de outro herdeiro especificado. 
c) sobre o fruto e rendimento do bem do espólio havidos após o falecimento 
do autor da herança ou legado. 
d) bens ou direitos legados ou doados à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal ou aos Municípios. 
e) sobre a importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou 
remuneração, até o limite legal. 
Comentários: 
Das situações acima expostas, apenas a renúncia feita em benefício de 
outro herdeiro especificado configura fato gerador do imposto. Aqui, 
considera-se que o herdeiro tenha aceitado a herança e posteriormente a 
tenha doado a um terceiro. Assim sendo, teríamos a ocorrência de dois 
fatos geradores: um causa mortis e um doação. 
GABARITO: B 
 
Q.07 ± (CESPE ± FISCAL DA RECEITA ± SEFAZ AC ± 2009) 
Assinale a opção correta com relação ao ITCMD. 
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a) O valor do bem na transmissão causa mortis é o homologado 
pelo secretário da Fazenda. 
Não há essa necessidade de homologação pelo secretário da Fazenda. Em 
alguns casos, esse valor poderá ser determinado pelo Juiz da causa. 
Alternativa incorreta. 
b) Sobre a herança, em caso de sucessão provisória, não incide o 
ITCMD. 
A morte presumida configura fato gerador do imposto. Alternativa 
incorreta. 
c) Sobre a doação de bem imóvel por particular ao poder público 
incide o ITCMD. 
Estamos diante de um caso de não incidência. Alternativa incorreta. 
d) Em caso de instituição de usufruto temporário, incide o ITCMD. 
Se há a instituição de usufruto, estamos diante de fato gerador do imposto, 
mesmo que esse fato seja temporário. Alternativa correta. 
GABARITO: D 
 
Adalberto faleceu. Deixou testamento válido com uma única 
disposição na qual conferiu, como legado, um de seus três carros 
ao seu amigo de infância, Joaquim. Ultimamente, Adalberto morava 
em São Paulo com seus dois filhos menores, André e Adriano, 
havidos na constância de seu segundo casamento. Havia seis meses 
que estava separado de fato de Joana, com quem era casado em 
regime de comunhão universal. Do primeiro casamento, Adalberto 
deixou um único filho, Gilson. Gilson é casado, em regime de 
comunhão parcial de bens, com Maria, com quem tem duas filhas, 
Nathália e Marina. Infelizmente, tempos atrás, Gilson brigou com 
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seu pai e não se falavam desde então. A despeito disso, ele se 
habilitou à sucessão. Além dos carros, Adalberto era proprietário 
de um apartamento em São Paulo, de uma casa em Ubatuba-SP, de 
R$ 300.000,00 em aplicações financeiras e de 30 mil ações da 
Petrobrás. Na partilha, processada em São Paulo, excluindo-se o 
legado, não houve atribuição individual de bens, de sorte que a 
cada herdeiro fora atribuído o seu respectivo quinhão. 
 
Q.08 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
Neste caso, considerando as disposições da Lei, são contribuintes do 
ITCMD, além de André, Adriano e Gilson, 
a) Joana e Maria. 
b) Joana. 
c) Joaquim e Joana. 
d) Joaquim e Maria. 
e) Joaquim. 
Comentários: 
Essa é uma das questões mais complexas de ITCMD que já vi. Entretanto, 
a solução é simples. Todos os herdeiros e legatários de Adalberto serão 
contribuintes. Joana não é contribuinte, pois se ela estava casada, seria 
cônjuge meeira, o que não configura fato gerador do imposto. Se não 
estava mais casada, já não teria direito a mais nada. Portanto, além dos 
filhos de Adalberto, Joaquim também é contribuinte na qualidade de 
legatário. 
GABARITO: E 
 
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Q.09 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
Com base nas disposições da Lei, na hipótese de existir sentença judicial 
transitada em julgado, declarando Gilson indigno, quantos seriam os fatos 
geradores do ITCMD? 
a)
4 
b) 5 
c) 6 
d) 7 
e) 8 
Comentários: 
Primeiramente, cabe lembrar que a lei faz a seguinte previsão sobre a 
quantidade de fatos geradores do ITCMD: 
³Art. 2º § 1º - Nas transmissões referidas neste artigo, ocorrem 
tantos fatos geradores distintos quantos forem os herdeiros, legatários 
ou donatários. 
Assim sendo, o número de fatos geradores será aquele que representar o 
número de pessoas que receberam algo advinda dessa causa mortis. 
Quando um herdeiro é considerado indigno, seus filhos entram em seu 
lugar na sucessão e irão receber a parte do patrimônio que seria devida ao 
seu pai e irão a dividir. Isso denomina-se sucessão por estirpe. Assim 
sendo, tínhamos no problema anterior três herdeiros e um legatário, em 
um total de quatro pessoas. Entretanto, Gilson saiu, entrando suas duas 
filhas, o que aumenta o número de pessoas que irão participar da sucessão 
para cinco, exatamente o número de fatos geradores que ocorrem por 
determinação legal. 
GABARITO: B 
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Q.10 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Considere os seguintes eventos ocorridos no Estado: 
I. Um pai realiza seis doações a seu filho, cada uma no valor 
equivalente a 500,00 UFESPS, sendo a primeira em agosto e as 
demais nos meses imediatamente subsequentes. 
Existe um limite de isenções de 2500 UFESPS. Entretanto, esse limite só se 
aplica a um ano civil. Como houve 6 doações, sendo que 5 delas foram e 
um ano e 1 em outro, não haverá imposto a pagar. Situação de isenção. 
Art. 9º § 3º - Na hipótese de sucessivas doações entre os mesmos 
doador e donatário, serão consideradas todas as transmissões realizadas a 
esse título, dentro de cada ano civil, devendo o imposto ser recalculado 
a cada nova doação, adicionando-se à base de cálculo os valores dos bens 
anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já 
recolhidos. (Parágrafo acrescentado pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE 
22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002) 
II. Extinção do usufruto da chácara em virtude do falecimento da 
mãe de João (usufrutuária). João, como proprietário, havia 
instituído o usufruto em favor de sua mãe. 
Essa situação é um caso de isenção. 
Art. 6º, I f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário 
tiver sido o instituidor; 
III. Famoso compositor converteu-se recentemente a outra 
religião. Mediante escritura pública passada em cartório, transferiu 
os direitos autorais da sua mais conhecida canção, incorporando-
os ao patrimônio daquele templo religioso. 
Temos mais um caso de não incidência. 
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Segundo as disposições da Lei, quanto ao ITCMD, as situações 
tributárias dos eventos I, II e III, respectivamente, representam 
casos de 
a) isenção, não-incidência e não-incidência. 
b) tributação, não-incidência e tributação. 
c) tributação, tributação e isenção. 
d) não-incidência, isenção e tributação. 
e) isenção, tributação e não-incidência. 
GABARITO: A 
 
Q.11 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Quanto às hipóteses de não-incidência e de isenção do ITCMD, previstas na 
Lei, é correto afirmar: 
a) A importância deixada ao testamenteiro, a título de prêmio ou 
remuneração, até o limite legalmente estabelecido, goza de isenção 
do ITCMD. 
Olha a pegadinha! Esse é um caso de não incidência e não de isenção. 
Alternativa incorreta. 
b) O ITCMD não incide na renúncia sob condição resolutiva, a 
menos que a condição venha a se implementar. 
O ITCMD não incide apenas na renúncia sem ressalvas. Na condição 
resolutiva o negócio já acontece. Apenas no futuro ele poderá ser desfeito 
a depender do acontecimento de determinada condição. Alternativa 
incorreta. 
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c) Os frutos e os rendimentos dos bens do espólio, havidos após o 
falecimento do autor da herança, não são alcançados pela 
incidência do ITCMD. 
Perfeito. Percebam como esses rendimentos e frutos ocorrem após o fato 
gerador do imposto. Assim sendo, esses fatos não pertencem mais ao autor 
da herança e sim aos herdeiros. Alternativa correta. 
d) A isenção do ITCMD em benefício das entidades cujos objetivos 
estejam vinculados à promoção dos direitos humanos, à cultura ou 
à preservação do meio ambiente independe de reconhecimento 
pela Secretaria da Fazenda. 
Depende sim. Essa é uma isenção condicionada. Vejam: 
Art. 6º, § 2º - Ficam também isentas as transmissões "causa 
mortis" e sobre doação de quaisquer bens ou direitos a entidades 
cujos objetivos sociais sejam vinculados à promoção dos direitos 
humanos, da cultura ou à preservação do meio ambiente, observado 
o seguinte: 
1 - o reconhecimento dessa condição deverá ser feito, de forma 
cumulativa, pela Secretaria da Fazenda e, conforme a natureza da 
entidade, pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, pela 
Secretaria da Cultura ou pela Secretaria do Meio Ambiente, de acordo com 
disciplina a ser estabelecida pelo Poder Executivo; 
2 - deverão ser observados os requisitos do artigo 14 do Código 
Tributário Nacional e os demais previstos na legislação tributária. 
Alternativa incorreta. 
e) A lei do ITCMD atualmente prevê hipótese de não-incidência na 
transmissão de bens ou direitos ao patrimônio das entidades 
sindicais patronais, mas condiciona tal benefício ao atendimento de 
determinados requisitos. 
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A não incidência é para as entidades sindicais dos TRABALHADORES e não 
para as entidades sindicais PATRONAIS. Alternativa incorreta. 
GABARITO: C 
 
Q.12 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Em relação à base de cálculo e à alíquota do ITCMD, conforme disposições 
da Lei, é correto afirmar: 
a) No cálculo do ITCMD, não serão abatidas quaisquer dívidas que 
onerem o bem transmitido, exceto as do espólio. 
Nosso Estado não permite o abatimento das dívidas do de cujus nem as do 
espólio. Alternativa incorreta. 
b) As alíquotas são progressivas em função da essencialidade do 
bem ou do direito transmitido. 
As alíquotas são ad valorem. Alternativa incorreta. 
c) Na transmissão não-onerosa do domínio útil de um bem, a base 
de cálculo corresponderá a dois terços do valor do bem. 
Nesse caso, a base de cálculo fica reduzida em 2/3, ou seja, ela será de 
1/3. Alternativa incorreta. 
d) Na transmissão causa mortis de um bem imóvel, a base de 
cálculo será o valor venal do bem na data do registro do 
instrumento de transmissão (formal de partilha ou carta de 
adjudicação) no cartório de registro de imóveis competente. 
Existem várias hipóteses de determinação da base de cálculo. Para esse 
caso, o momento correto é o da abertura da sucessão. Alternativa 
incorreta. 
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e) Em caso de ocorrer sobrepartilha, o ITCMD será recalculado para 
considerar
o acréscimo patrimonial de cada quinhão 
Se algum herdeiro receber mais do que tinha direito na partilha, ocorrerá 
novo fato gerador do imposto. Alternativa correta. 
GABARITO: E 
 
Q.13 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
Tártarus, casado sob o regime de comunhão universal de bens com 
Afrodite, faleceu e deixou viúva e dois filhos de nomes Oranos e Hemera, 
dois netos, filhos desta última, de nomes Theia e Brontes e nenhum 
ascendente. Os bens comuns do casal foram avaliados em R$ 100.000,00. 
Os filhos do falecido, Oranos e Hemera, renunciaram à herança. Quanto à 
sujeição passiva do ITCMD e ao montante do imposto causa mortis a ser 
recolhido, é correto afirmar: 
a) Afrodite, viúva, em face da renúncia dos filhos do falecido, herdará a 
totalidade da herança, respondendo pelo pagamento do imposto, no valor 
total de R$ 4.000,00. 
b) Theia e Brontes, netos do falecido, são considerados contribuintes do 
imposto, pois herdam por direito próprio e por cabeça. O valor do imposto 
devido será de R$ 1.000,00 para cada um. 
c) Oranos e Hemera são responsáveis individualmente pelo pagamento do 
imposto, no valor de R$ 2.000,00, cada um, por se tratar de renúncia pura 
e simples. 
d) Afrodite, viúva, recolherá o imposto, no valor de R$ 2.000,00, 
correspondente aos bens que herdou do falecido marido, por ser a próxima 
da classe a suceder. 
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e) Theia e Brontes são considerados contribuintes do imposto, por serem 
sucessores do falecido, em decorrência da renúncia pura e simples de sua 
mãe e de seu tio, devendo cada um deles pagar o imposto no valor de R$ 
2.000,00. 
Comentários: 
Do patrimônio do casal, metade pertence à Afrodite, o que não configura 
fato gerador do ITCMD. Como Oranos e Hemera renunciaram a herança, os 
filhos de Hemera podem sucedê-los. Cada um tem direito a metade da 
herança, ou seja, 25.000. Isso irá resultar em um imposto a pagar de 
25.000 x 4% = 1.000 para cada filho. 
GABARITO: B 
 
Q.14 ± (FCC ± AGENTE FISCAL± SEFAZ SP ± 2009) 
O ITCMD é um tributo que incide sobre relações jurídicas não-onerosas, 
como ocorre nas transmissões causa mortis e por doação. A lei do ITCMD 
também considera dentro de seu campo de incidência a doação efetuada 
com encargo, o excesso de quinhão ou meação e a cessão de direitos. Com 
base nessas disposições, considere: 
I. Partilha de bens de Veloso, consistentes em uma biblioteca 
particular, com 38 mil volumes, avaliada em um milhão de reais, 
para seus dois únicos filhos, os quais receberam quinhões 
desiguais, na proporção de 60% e 40% do respectivo patrimônio. 
O ITCMD não incide nesse caso devido à imunidade constitucional sobre 
livros. 
II. Argus e Selene, casados sob o regime de comunhão parcial de 
bens, em cláusula de separação consensual homologada, 
transferiram, sem qualquer encargo, aos filhos menores, o bem 
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imóvel no valor de R$ 250.000,00, de que são donos e do qual estão 
dispondo. 
Como a transferência foi sem encargo, configura-se uma doação. 
III. Por ocasião do falecimento de Caio, abriu-se o processo de 
arrolamento para partilhar o patrimônio comum do casal, avaliado 
em R$ 600.000,00, entre a viúva e seus dois filhos. À viúva coube o 
equivalente a R$ 400.000,00 e a cada um dos filhos a importância 
de R$ 100.000,00. 
A viúva tem direito a 300.000, o que não configura FG do ITCMD. 
Entretanto, ela recebeu 100.000 a mais, caracterizando a ocorrência de 
doação dos filhos para ela. 
IV. Antônio, por cessão de direitos, cede onerosamente ao seu 
amigo José a sua cota hereditária, em face do falecimento de seu 
pai, estimada em R$ 300.000,00, após oferecê-la aos co-herdeiros, 
tanto por tanto, que não a quiseram. 
Como a cessão foi onerosa, trata-se de fato gerador do ITBI. Não há 
doação. 
V. Por meio de disposição testamentária, foi partilhado o 
patrimônio do de cujus, consistente em R$ 600.000,00, em 
dinheiro, entre seus três filhos, únicos herdeiros, da seguinte 
forma: ao primeiro filho coube a importância de R$ 400.000,00, a 
quem o testador deixou também a sua parte disponível; ao segundo 
filho coube a importância de R$ 100.000,00 e ao terceiro filho coube 
a importância de R$ 100.000,00. 
A parte disponível é aquela passível de ser deixada por testamento. Não 
pode ultrapassar 50% do patrimônio, ou seja, 300.000. Esse valor ele 
deixou ao primeiro filho. Restaram mais 300.000, que foi dividido de forma 
igualitária pelos três filhos. Assim sendo, não há fato gerador de doação. 
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NÃO caracterizam incidência sobre doação APENAS as hipóteses 
expressas em 
a) I, IV e V. 
b) I, III e IV. 
c) II e III. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
GABARITO: A 
 
Q.15 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RO ± 2010) 
Na transmissão causa mortis, ocorre o fato gerador do Imposto sobre a 
Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou DireitoV�í�,7&'� 
a) na renúncia à herança, em favor de pessoa determinada. 
Nesse caso temos dois fatos geradores. Um causa mortis e outro doação. 
Alternativa correta. 
b) em que ocorrer fato ou ato jurídico que resulte na consolidação 
da propriedade na pessoa do nu proprietário, na extinção de 
usufruto. 
Temos ai um caso de não incidência. Alternativa incorreta. 
c) do ato da transmissão onerosa, ainda que a título de 
adiantamento da legítima. 
Transmissão onerosa sujeita-se ao ITBI. Alternativa incorreta. 
d) da renúncia ao legado ou à doação, em favor de uma igreja. 
Temos ai um caso de imunidade. Alternativa incorreta. 
92908223171
Legislação Tributária p/ ICMS-SP ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 12 
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e) doação feita a partido político. 
Temos ai um caso de imunidade. Alternativa incorreta. 
GABARITO: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É isso ai pessoal! Essa foi a nossa décima terceira aula. Vocês viram 
o trabalhão que tivemos para matar o ICMS? Agora, vejam como foi 
tranquilo ver tudo do IPVA. A mesma coisa vai se aplicar ao ITCMD. 
Gostaria de chamar a atenção para o fato de que as bancas vêm 
explorando esses assuntos considerados secundários pelos alunos. 
Normalmente as 5 primeiras questões da prova de legislação não 
versam sobre o ICMS. Ai o aluno se mata de estudar esse imposto 
e quando chega na prova leva uma baita rasteira. Tome muito 
cuidado com isso! Na próxima aula iremos finalizar esse tributo. 
 
Até a próxima aula! 
 
Estou à disposição para tirar as dúvidas. Bons estudos! 
 
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