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SLIDE 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
PROCESSO E PROCEDIMENTO
Processo – operação destinada a solucionar um litígio.
Desenvolvimento do processo - através de atos processuais
Procedimento: a sucessão de atos - forma como o processo se desenvolve
processo -o meio, o instrumento através do qual se obtém a prestação jurisdicional, o caminho formado por atos processuais que obedecem uma regra e que vão culminar em uma sentença. 
procedimento - o modo em que se executa estes atos processuais.
ESPECIEIS DE PROCEDIMENTO
Procedimento Comum
Art. 318 e ss, CPC
Procedimento especial 
CPC (art. 539 e ss.) - consignação em pagamento, inventário e partilha, ações possessórias, etc
LEGISLAÇÕES ESPARSAS 
Lei 9099/95 (juizados),
 lei nº 12.016/09 – Mandado de segurança.
 Lei 5478/68 – Alimentos
OAB – ver se é leis especiais/consumidor/sumário/sobra ordinário
Procedimento Comum
Aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução (art. 318, parágrafo único )
Procedimento especial 
CPC 
LEGISLAÇÕES ESPARSAS 
PROCEDIMENTO COMUM
FASES PROCEDIMENTAIS: 
Fase postulatória: é a primeira das fases, atuando autor e réu no manejo da demanda e da defesa, fixando a res deducta (o objeto do processo) sobre a qual vai incidir a jurisdição.
Fase conciliatória
Fase saneadora: fase de verificação da utilidade do processo sob o ângulo da inexistência de defeitos formais capazes de inviabilizar o julgamento. É estágio de preparação da fase instrutória.
Fase instrutória: fase em que as partes tentaram provar o quanto alegaram, com elementos de convicção que escapem à oportunidade de produção antecedente, como os documentos.
Fase decisória: o julgamento; aqui, erroneamente se diz que a sentença extingue o processo; mais correto se dizer que a sentença extingue a fase do procedimento.
NEGOCIO JURIDICO PROCESSUAL
ARTIGO 190 -Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
FLEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL RELATIVA
TEORIA DO CONTRATUALISMO PROCESSUAL.
As partes podem convencionar questões de ordem processualista ( sobre o procedimento)
 Negócios jurídicos processuais, por convenção das partes, de modo bilateral e no plano contratual; ou, ainda, de acordo das partes, celebrado em juízo para estabelecer o procedimento, no âmbito endoprocessual.
 Antes ou durante - antes mesmo do processo - inserir em contrato, público ou privado, negócio jurídico de natureza processual, que vai muito além da mera eleição de foro. 
Negócio processuais típicos - cláusula de eleição de foro, suspensão do processo e adiamento da audiência por vontade das partes, convenção para modificação dos prazos dilatórios, já contemplados no cpcp antigo
Negócios processuais atípicos – art.190 novo CPC - redução de prazos peremptórios (art. 222, § 1º), a calendarização processual e a escolha consensual de peritos
O juiz aferirá a validade das convenções previstas no art. 190 - depende da validação do juiz – mas ele está obrigado a validar se o acordo obedecer os ditames do artigo.
 recusando-lhes aplicação se houver nulidade ou inserção abusiva -contrato de adesão, ou, ainda, naquelas situações em que a parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade
 Partes capazes - Parte não plenamente capaz – nulidade
 Manifesta vulnerabilidade- caso de urgência atendimento hospital – contrato com cláusula alterando algum item de procedimento.
Não pode em situação de desigualdade 
 contrato de adesão – pode – mas terá nulidade se tiver abusividade
a causa deve versar sobre direitos que admitam autocomposição 
 não confundir direito indisponível com direito que não admita autocomposição - porque mesmo nos processos que versam sobre direito indisponível é cabível a autocomposição (alimentos. Ex)
a autocomposição não tem como objeto o direito material, mas sim as formas de exercício desse direito, tais como os modos e momentos de cumprimento da obrigação. 
direitos referentes ao patrimônio são caracterizados pela disponibilidade, enquanto os direitos pessoais, sobre tudo os essenciais, são caracterizados como indisponíveis, mas cabem autocomposição
direitos que admitam autocomposição – abrir mão de valores, composição de valores 
 Em direito de família pode existir autocomposição – há direitos disponíveis (uso de sobrenome, partilha, alimentos do ex-cônjuge) , mas há direitos indisponíveis (alimentos de menor são irrenunciáveis, embora passível de composição)
 não se está falando do direito material só e sim de questões de direito procedimental
NÃO PODE
 impossibilidade dos negócios processuais sempre que a questão de fundo versar sobre direitos dos quais as partes não possuem livre disposição - estabelecem ligação entre a indisponibilidade e a ordem pública
Não pode em garantias constitucionais 
Poder de julgamento do Juízo
Reexame necessário – duplo grau de jurisdição
Remoção do direito do contraditório
 supressão de direito de defesa, do contraditório, do direito de produzir provas
acordo para modificação da competência absoluta
 acordo para supressão da primeira instância. 
É inválida a convenção para excluir a intervenção do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica
Acordo para Afastar - nem criar segredo de justiça – princípio da publicidade (artigo 189)
PODEM AJUSTAR
 eleição de foro – (já existia)
a respeito de ônus da prova – quem vai provar o que inversão cronológica de atos processuais – inversão de ônus de prova – momento de produzir prova
Calendário processual dispensando intimações sobre datas e dando maior celeridade.
cláusula de contrato compra e venda – abrir mão da prova testemunhal
Prazos diferenciados - Ampliação ou redução de prazos para resposta, recursos ou manifestações em geral
acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza – redução que coloque em desvantagem não pode – contestação 2 dias p.ex. acarreta mitigação exacerbada ao direito de defesa do réu e, conseguintemente, afeta direito processual indisponível
escolha do mediador ou conciliador (art. 168 do NCPC), 
 suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II, do NCPC),
 convenção de arbitragem (art. 3º, § 1º, do NCPC) 
 saneamento consensual (art. 357, § 2º, do NCPC)
 acordo para o adiamento da audiência de instrução e julgamento (art. 362, I, do NCPC),
 convenção entre os litisconsortes para dividir entre si o tempo das alegações finais orais em audiência (art. 364, § 1º, do NCPC)
 convenção sobre a redistribuição do ônus da prova (art. 373, § 3º do NCPC),
 acordo para retirar dos autos o documento cuja falsidade foi arguida (art. 432, parágrafo único, do NCPC) 
 escolha consensual do perito (art. 471, do NCPC)
acordo para a superação da preclusão; 
 acordo de substituição do bem penhorado; 
acordo de rateio das despesas processuais; 
 acordo para retirar o efeito suspensivo da apelação
Alteração de tempo de sustentação oral
dispensa consensual de assistente técnico
pacto de impenhorabilidade
acordo para não promover execução provisória
pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334 (inclusive em contrato)
pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de disclosure),
O art. 191 no novo código, por exemplo, dispõe que o juiz e as partes poderão fixar calendário para a prática dos atos processuais.
Calendário processual dispensando intimações sobre datas e dando maior celeridade
 A razoável duração do processo estará objetiva e previamente assegurada
o § 1.º do art.191 do CPC de 2015, o calendário vincula as partes e o juiz, de modo que os prazos nele previstos somente poderão ser modificados em casos excepcionais e devidamente justificados
§ 2.º do art. 191: tendo havido o pacto, o negócio que fixou um calendário que passa a vincular partes e juiz, ficam dispensadas todas as intimações das partes para a prática de ato processual ou para a realização de audiências, cujas datas tenham sido previamente designadas no calendário
INDEFERIMENTO LIMINAR DA INICIAL
requisitos de admissibilidade dessa = art. 319 ( Contexto intrínseco), art. 106 e art. 320 ( Contexto extrínseco))
Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; 
§ 1o Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição. 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
o contrato de locação na ação de despejo
o instrumento da promessa de compra e venda na ação de adjudicação compulsória.
O recibo de pagamento na ação de repetição do indébito. 
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. 
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. 
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. 
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. 
Essa sentença- não resolve o mérito da questão (CPC, art. 485, inc. I
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - indeferir a petição inicial;
Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Nos casos do artigo 332 – impede nova interposição
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
assunção de competência - o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos” (art. 947)
 decadência
 Prescrição
Art. 332.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. 
Nos casos do artigo 332 – impede nova interposição
RESPOSTA DO REU
ATITUDES DO RÉU
OMISSÃO – contumácia processual passiva – Revelia: 
Presunção relativa de veracidade dos fatos (CPC, 344)
-Só se pode falar em revelia com produção de efeitos diante de uma citação válida. 
Não comunicação dos atos processuais: A partir do comparecimento do réu, este passará a ser comunicado dos atos processuais, mas receberá o processo no estado em que se encontra
Julgamento antecipado da lide (CPC, 355)
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. 
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: 
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
CONTESTAÇÃO 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: 
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; 
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; 
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. 
Art. 231.  
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio; 
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça; 
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria; 
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; ....
33 7 - PRELIMINARES - antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; (três vezes a extinção de um mesmo tipo de ação.)
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada;VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
33 7 - PRELIMINARES - antes de discutir o mérito, alegar: 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. 
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. 
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: 
I - a execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
MÉRITO
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Princípio da concentração de defesas: Também conhecido como princípio da eventualidade. 
Na contestação o réu deve lançar todas as matérias de defesa, ainda que haja incompatibilidade entre elas. As defesas incompatíveis devem ser lançadas em caráter de subsidiariedade. 
DEFESA DE MÉRITO
Regra do ônus da impugnação específica: 
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: 
I - relativas a direito ou a fato superveniente; 
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; 
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
O réu pode lançar na contestação uma defesa processual ou uma defesa de mérito.
 Defesa processual
o réu ataca a relação processual. Esta pode ser: 
Dilatória: É aquela que, uma vez acolhida, não leva à extinção do processo. Haverá apenas uma postergação do julgamento da causa. Ex: ausência de citação, nulidade da citação, incompetência absoluta (em regra), conexão. 
Peremptória: É aquela que, uma vez acolhida, leva à extinção do processo. Ex: incompetência absoluta em sede de Juizado, inépcia da inicial (em regra), perempção, litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem. 
Dilatória potencialmente peremptória: É aquela em que o juiz inicialmente abre prazo para a correção do vício, e que, não sendo sanado, dará causa à extinção do processo. Ex: incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização. 
o réu combate a relação jurídica de direito material. Pode ser direta ou indireta. 
Direta: O réu nega o fato constitutivo afirmado pelo autor / O réu afirma que o fato ocorreu de forma diversa; / O réu afirma que não é possível extrair da norma as consequências jurídicas pretendidas pelo autor. 
o ônus da prova é do autor
Indireta: O réu, sem negar o fato constitutivo do direito do autor, apresenta outro fato, impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 
Ônus da prova réu.
CONTAGEM DE PRAZO
São contados com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
Diferença contagem de prazo quando a publicação sai em diário eletrônico.
Suspende – conta de onde parou
Interrupção – zera- reinicia – ex. não acha processo
A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; sendo que o prazo restante recomeçará a correr a partir do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias.
prazos Legais: fixados em lei. Ex: art. 297, 508, etc./ Judiciais: fixados por critérios do juiz. Ex: art. 182 / Convencionais: estabelecido pela convenção das partes. Ex: art.181. === Dilatórios /Peremptórios
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
No que diz respeito à incompetência relativa, o réu deve contestar e simultaneamente excepcionar;
Ao contestar sem excepcionar, fica atingida pela preclusão consumativa. 
Legitimidade: O CPC, 304 fala que o autor e o réu podem oferecer exceção para alegar a incompetência relativa, o impedimento ou a suspensão
O CPC, 305 trata do prazo e do termo a quo. - Procedimento Ordinário: 15 dias. O termo a quo para a incompetência relativa segue a regra do CPC, 241; e para a suspeição e impedimento, o prazo começa a contar da ciência do fato. 
Suspensão: O CPC, 306 afirma que o recebimento da exceção suspende o processo. 
No tocante à exceção oferecida no último dia do prazo, a doutrina entende que, neste caso, a parte ainda teria mais um dia para contestar, pois aquele quando foi oferecida a exceção não decorreu por inteiro. Incompetência relativa: No âmbito dos juizados especiais, a incompetência relativa é alegada na contestação, nos termos do art. 30 da lei nº 9.099/95.
Oferecida apenas a exceção, o juiz vai julgá-la procedente ou improcedente através de decisão interlocutória, pelo que o recurso cabível em qualquer hipótese será o agravo de instrumento. 
O prazo da contestação “volta a correr” a partir da intimação da decisão de recebimento dos autos.
objetivo: sanar a falta de pressuposto processual subjetivo referente ao juiz (a competência).
tipo de incompetência argüível: a relativa (art. 304 c/c o art. 112). A incompetência absoluta se argúi como preliminar da contestação (arts. 113, e seu § 1º, e 301, II).
Ausência de oferecimento: prorrogação voluntária tácita da competência.
STJ 33: “A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.”
EXCEÇÃO DE INCOMPETENCIA ABSOLUTA
Não há forma especial
pode ser alegada em qualquer momento e grau de jurisdição ordinário. OBS: Se o réu não alegar a incompetência na 1ª oportunidade, responderá pelas custas de retardamento do processo (CPC, 267, §3º)
Preliminar contestação
Qualquer um interveniente pode alegar 
ex oficcio inclusive
Não pode ser afastada 
Convalidação – pós prazo ação rescisória
EXCEÇÃO DE INCOMPETENCIA RELATIVA
Por exceção de incompetência - No procedimento comum ordinário, o prazo é o de 15 dias. No procedimento sumário, deve ser alegada em audiência de conciliação. 	
No âmbito dos Juizados Especiais, deve ser alegada no bojo da contestação. (Art. 30 da Lei nº 9.099/95). Aqui, acolhida a exceção, o processo será extinto. 	
pode ser alegada APENAS PELO RÉU – não ex oficcio salvo - CPC 112, § único c/c 114 - cláusula eletiva de foro abusiva em contrato de adesão 
As regras podem ser afastadas: a) por vontade exclusiva do autor; b) inércia do réu; c) foro de eleição; d) conexão/continência.
EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO
Requisitos : 
petição escrita;
fundamentação do pedido em um dos casos dos arts. 134 a 136;
endereçamento ao juiz da causa;
documentos e rol de testemunhas, se for o caso (CPC, art. 312);
Exceções instrumentais: estas defesas também são chamadas de exceções instrumentais, em razão de formarem um instrumento em separado ao processo principal, causando verdadeiro incidente processual.
Legitimidade: qualquer das partes (CPC, art. 304). Não apenas o réu poderá argüir exceções. Em regra, a qualquer das partes se faculta o oferecimento de exceção.
Denominação das partes: excipiente (quem oferece a exceção) e excepto ou exceto (quem responde exceção oferecida).
Efeito comum: suspensão do processo (CPC, art. 306, c/c art. 265, III).
Prazo: 15 dias contados da data do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento e a suspeição.
objetivo: afastar o juiz dacausa, por lhe faltar capacidade subjetiva ou compatibilidade, que é pressuposto processual subjetivo referente ao juiz.
Conceito: trata-se do meio pelo qual a parte, denunciando a falta de capacidade subjetiva do juiz, provoca seu afastamento da relação processual.
Reconhecimento de ofício: em ambos os casos, poderá o magistrado reconhecer a incapacidade de ofício.
Casos de suspeição(135): há dúvidas quanto parcialidade. Gera nulidade relativa.		
Casos de impedimento(134): há presunção absoluta de parcialidade. Gera nulidade absoluta.
CONTESTAÇÃO
Impedimentos e suspeição (arts. 134 ao 138, CPC)
O impedimento e a suspeição são formas de exceção processual (defesa), pelas quais o magistrado será afastado do julgamento de determinado processo, seja de ofício seja por meio de exceção processual. 
Impedimento: quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou na colateral, até o terceiro grau
Suspeição: se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes 
A forma correta de se argüir o impedimento ou a suspeição é pelo uso das exceções. Estas deverão ser apresentadas em petição no prazo de 15 dias, contados da data da juntada da citação nos autos. 
Se deferida pelo juiz, a exceção será apensada aos autos e suspenderá o feito até que seja julgada em primeira instância.
RECONVENÇÃO
é uma ação incidente, que o réu pode mover contra o autor, dentro do mesmo processo. Equivale a um verdadeiro contra-ataque. 
A reconvenção deve ter conexão com a ação principal, competir ao mesmo juiz e permitir o mesmo rito processual. 
É matéria exclusiva da defesa e deve ser apresentada em peça autônoma, ao mesmo tempo em que se apresenta a contestação. 
o prazo para sua apresentação é de 15 dias, porém, vale salientar, que ambas devem ser protocoladas juntas, no mesmo dia, mesmo que o prazo de 15 dias ainda não se tenha encerrado.
 O réu - reconvinte e/ou autor de reconvindo. O reconvindo não é citado, mas intimado, na pessoa de seu procurador, para contestá-la em 15 dias
 o juiz competente para julgá-la é o mesmo que está julgando a ação principal e em sua sentença ele decidirá sobre a ação e a reconvenção.  
Pode haver reconvenção sem contestação, mas, nesse caso, não deixa de se caracterizar a revelia. 
 a reconvenção pode ser julgada procedente, ainda que o pedido do autor também seja deferido. Podem ambas serem procedentes.
No pedido contraposto não pode. – Neste caso as partes prestam suas queixas sobre os mesmos fatos, sendo julgadas numa só sentença, sem que haja a necessidade de contestação, em virtude da contraposição lógica dos pedidos. Também por esse motivo, não se admite o deferimento de ambos os pleitos; a procedência de um implica necessariamente na improcedência do outro. 
O pedido contraposto só é admitido desde que fundado nos mesmos fatos previstos na petição inicial, no que a corrente minoritária sustenta a possibilidade de reconvenção quando não fundado nos mesmos fatos. O entendimento amplamente dominante é o de que não cabe reconvenção no procedimento sumário. 
LIMINAR E TUTELA ANTECIPADA
LIMINAR
Antecipação de Tutela 
273 CPC
ANTECIPATÓRIA DO PROVIMENTO JURISDICIONAL
Prova Inequívoca, a Verossimilhança das Alegações e a Possibilidade de Reversibilidade da Medida
PROVA
a princípio são permitidos todos os tipos de provas, salvo aquelas que sejam ilícitas (vedadas por lei) ou que sejam imorais.  
Das Provas (artigos 332 a 443) – São todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil. São hábeis para provar a verdade dos fatos em que se fundam a ação ou a defesa. 
Ônus da Prova (artigos 333 do CPC) - O ônus da prova incumbe: ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.Toda convenção que distribui, de maneira diversa, o ônus da prova é nula quando recair sobre direito indisponível da parte ou quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
Deverá a parte especificar e justificar a prova que quer ver produzida, indicando os pontos de fato que deseja demonstrar. 
 não basta requerer a produção de prova pericial, devendo indicar qual o tipo de perícia (se odontológica, se contábil, etc.). 
No que tange à prova testemunhal - apresentar o rol - no prazo indicado no CPC, 407 (o rol será apresentado em até 10 dias antes da AIJ). 
prova ilícita é "aquela produzida em contrariedade às normas de direito material. - confissão escrita obtida através de tortura e o documento obtido através da violação de domicílio 
prova ilegítima é aquela produzida em contrariedade às normas de direito processual. -a prova exclusiva testemunhal sobre um contrato de valor superior a dez vezes o salário mínimo
MEIOS DE PROVA
demonstração da verdade nas alegações sobre a matéria fática controvertida e importante para o julgamento da causa.
Fontes de prova e meios de prova. 
Fontes de prova são pessoas e coisas de onde provém a prova, enquanto meios de prova são os instrumentos que permitem levar ao juiz os elementos que o ajudarão a formar seu entendimento acerca do caso.
Fontes de prova
pessoais ou reais. Nas fontes pessoais, as informações são fornecidas diretamente pelas pessoas, como a prova testemunhal, por exemplo. Nas fontes reais, as informações são provenientes das provas, estas serão interpretadas por pessoas que vierem a examiná-las, como a prova pericial, por exemplo.
Os meios legais de prova são definidos em lei
são os meios de prova típicos. 
O Código de Processo Civil enumera como meios de prova o depoimento pessoal (Art. 342 a 347), a exibição de documentos ou coisa (Art. 355 a 363), a prova documental (Art. 364 a 399), a confissão (Art. 348 a 354), a prova testemunhal (Art. 400 a 419), a inspeção judicial(Art. 440 a 443) e a prova pericial (Art. 420 a 439).
Supremo Tribunal Federal decidiu que uma gravação magnética, clandestinamente obtida pelo marido para comprovar ligações amorosas da esposa, é prova inadmissível em nosso direito, por afronta direta ao art. 332 do CPC (RTJ 84/609, RE 85.439, rel. Ministro Xavier de Albuquerque).
Depoimento Pessoal – , é o ato pelo qual as partes comparecem em juízo para serem ouvidas pelo juiz. Ressalvam-se o sigilo de certas profissões e a imputação de culpa sobre o depoente. 
Confissão – Admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte em contrário. Não se aplica em direito disponível, e pode ser aplicada pelo juiz no caso de negativa de depoimento da parte devidamente intimada para tal ato. 
Exibição de Documento ou Coisa – Ordem judicial emanada por juiz para que a parte exiba documento ou coisa sob sua guarda. 
Prova Documental – São todos os documentos que compõem o corpo probatório do processo, os quais devem acompanhar a inicial ou a contestação, podendo ser juntados aos autos após decorridos os prazos desses, somente quando se tratar de fato novo relativo à causa (fato já existente, cuja prova foi conseguida posteriormente).
Prova Testemunhal – Consiste na apresentação de testemunhas para serem ouvidas em juízo (no prazo de até dez dias antes da audiência), para fim de complementação de prova anteriormente produzida, ou a ser produzida em audiência. 
Prova Pericial – São provas produzidas por meio de exame, vistoria ou avaliação efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por assistentes nomeados pelas partes. 
Inspeção Judicial – Ato pelo qual o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer fato que interesse à decisão da causa.
Audiência Instrução - Vai ser designada quando houver necessidade de produção de provas.
- Esclarecimento do perito
Ordem da colheita de provas – Depoimento 1º - Autor/ 2º - Réu
- Testemunhas 1º - do Autor / 2º - do Réu
- Acareação
- Não existe mais hierarquia entre as provas, todas estão no mesmo nível (Princípio do livre convencimentodo juiz – o magistrado pode se basear em qualquer uma das provas).
O juiz não está adstrito ao laudo pericial
Razões Finais
Art. 454 CPC – 20 minutos – ou prazo (complexidade)
ATOS DO JUIZ
Arts 162 a 165 CPC
 Poderes de decisão e condução do processo (CPC 162)
Sentença
 ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269
Livre Convencimento Motivado (CPC 131)
 Limites - Princípio da Congruência ou Correlação: O juiz não pode dar mais, diferente, nem deixar de analisar os pedidos formulados pelo autor (ultra, extra ou citra-petita, respectivamente)
Decisões interlocutórias – resolve questão incidente no curso do processo
Despachos- demais atos

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