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WEB AULA 03 – DIREITO DO TRABALHO II – CCJ0132 – 2018.1 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA – PROFESSORA GRAZIELA NASCIMENTO BARREIRA 
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MERETÍSSIMO JUIZO FEDERAL DA ____ VARA DO TRABALHO DE 
NATAL/RN 
 
 
(Espaço de 10 linhas) 
 
 
 SUZANA, (qualificação completa), vem, respeitosamente, perante V. Exa., 
por seu procurador devidamente constituído (procuração anexa), este com 
endereço profissional na (endereço completo), onde recebe intimações, ajuizar 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
pelo RITO ORDINÁRIO, nos termos do art. 840, da CLT, c/c art. 319, do 
CPC/15, em face de “FAMÍLIA MORAES”, (qualificação completa), pelas razões 
de fato e de direito que passa a aduzir: 
I. DOS DADOS CONTRATUAIS 
A Autora foi contratada pela Ré para laborar como empregada doméstica 
em 15/06/2016, a título de experiência por 45 (quarenta e cinco dias), tendo 
este prazo sido ultrapassado e ocorrido a indeterminação prazal do contrato de 
trabalho. 
Em 15/09/2016, o contrato de trabalho foi extinto, imotivadamente, por 
iniciativa da Ré, sem qualquer tipo de prévio aviso. 
II. DO AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO 
O artigo 7º, XXI, CRFB, c/c o artigo 23 da LC nº 150/2015, determinam 
que não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, 
quiser rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção, sendo certo que este 
deverá ser concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte 
com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador (parágrafo primeiro). 
 
 
 
 
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA – PROFESSORA GRAZIELA NASCIMENTO BARREIRA 
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Importante esclarecer que o referido período do aviso-prévio, ainda que 
indenizado, nos termos da OJ nº 82 da SDI-I do TST deve integrar o contrato de 
trabalho para todos os fins, incluindo o cálculo das demais verbas rescisórias, 
tendo em vista a projeção da extinção contratual para 15/10/2016. 
No caso em questão, quando da extinção contratual, a Autora não 
recebeu a referida parcela do aviso-prévio. Importante esclarecer que, como 
ainda não tinha completado um ano de serviço quando da terminação 
contratual, a Autora fará jus apenas ao aviso-prévio mínimo, sem qualquer 
proporcionalidade. 
Assim sendo, frente o acima exposto, faz jus, a Autora, a 30 (trinta) dias 
de aviso prévio. 
III. DA RETIFICAÇÃO DA DATA DE BAIXA NA CTPS 
A OJ nº 82 da SDI-I do TST c/c §3º do artigo 23 da LC nº 150/2015, 
dispõem que que a data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à 
do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado, uma vez que a falta 
de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários 
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período 
ao seu tempo de serviço. 
No caso em questão, a Autora foi dispensada em 15/09/2016, sem aviso 
prévio, motivo pelo qual tem-se que o contrato desta se prorrogou até 
15/10/2016. 
Frente ao exposto, requer seja retificada a CTPS da Autora para fazer 
constar a data de baixa 15/10/2016 ao invés de 15/09/2016. 
IV. DO SALDO DE SALÁRIO 
Nos termos do artigo 2º da LC nº 150/2015, o salário-dia normal, em 
caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por 30 
(trinta) (...). 
 
 
 
 
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No caso em questão, a Autora, quando da extinção contratual não 
recebeu o saldo de salário devido. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, a 15 (quinze) dias a título de saldo de 
salário. 
V. DA GRATIFICAÇÃO NATALINA PROPORCIONAL 
O artigo 7º, VIII, da CRFB (EC nº 72/2013) dispõe que são direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais o recebimento de décimo terceiro salário com 
base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. 
Neste mesmo sentido, a Lei 4.090/62, caput, §§1º e 2º, dispõem que a 
gratificação natalina (décimo terceiro salário) será pago na proporção de 1/12 
(um doze avos) para cada mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 
(quinze) dias de trabalho. 
No caso em questão, quando da extinção contratual, a Autora recebeu a 
gratificação natalina proporcional do ano de 2016 a menor. Isto porque a 
projeção do aviso-prévio não foi considerada para este cálculo, sendo certo que 
recebeu 3/12 (três doze avos) quando deveria receber 4/12 (quatro doze avos). 
Assim sendo, faz jus, a Autora, ao recebimento do remanescente de 1/12 
(um doze avos) de gratificação natalina proporcional. 
VI. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS 
 O artigo 7º, XVII, da CRFB (EC nº 72/2013) dispõe que são direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal. 
 Na mesma esteira, o artigo 17 da LC nº 150/2015, §1º, determina que a 
cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenha sido 
demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período 
incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fração 
superior a 14 (quatorze) dias. 
 
 
 
 
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No caso em questão, quando da extinção contratual, a Autora recebeu as 
férias proporcionais do ano de 2016 a menor. Isto porque a projeção do aviso-
prévio não foi considerada para este cálculo, sendo certo que recebeu 3/12 (três 
doze avos) quando deveria receber 4/12 (quatro doze avos). 
Assim sendo, faz jus, a Autora, ao recebimento do remanescente de 1/12 
(um doze avos) de férias proporcionais, estas acrescidas do terço constitucional. 
VII. DA INDENIZAÇÃO ANÁLOGA AOS 40% SOBRE O FGTS 
O artigo 7º, XVII , da CRFB (EC nº 72/2013) dispõe que são direitos dos 
trabalhadores urbanos e rurais o fundo de garantia do tempo de serviço. 
Neste sentido, o artigo 22 da LC nº 150/2015, determina que o 
empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois 
décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada 
empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do 
emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao 
empregado doméstico o disposto nos §§ 1º a 3º do art. 18 da Lei no 8.036, de 
11 de maio de 1990. 
No caso em questão, na ocasião de sua dispensa imotivada, a Autora não 
recebeu a referida parcela. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, ao recolhimento da parcela análoga aos 
40% do FGTS. 
VIII. DAS GUIAS PARA SAQUE DO FGTS 
A Lei que regulamenta o FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, 
Lei 8.036/90, em seu artigo 20, I, dispõe que a conta vinculada do trabalhador 
no FGTS poderá ser movimentada quando da despedida sem justa causa. 
Para tanto, imperioso se faz a expedição de guias TRCT, código 01, bem 
como chave de conectividade, o que não foi feito pela Ré. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, à liberação das guias TRCT, código 01, e 
chave de conectividade, garantida a integralidade dos depósitos. 
 
 
 
 
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Ressalta-se, aqui, que, muito embora a Lei 13.467/17, ao alterar o artigo 
477 da CLT, tenha dispensado o empregador da emissão das guias em questão, 
tendo em vista a existência do e-Social, este programa ainda não está em pleno 
funcionamento, motivo pelo qual imperioso se faz a liberaçãodas guias, sob 
pena de lesão a direito do empregado. 
IX. DAS GUIAS PARA O SEGURO-DESEMPREGO 
A Lei nº 7.998/90, a qual regulamenta o Seguro-Desemprego, dispõe, em 
seu artigo 3º, I, que terá direito a este benefício o trabalhador dispensado sem 
justa causa (cuja concessão estará sujeita à verificação dos requisitos 
específicos pela autoridade administrativa). 
No caso em questão, a Ré não liberou as guias do seguro-desemprego 
para o Autor. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, à liberação das guias do seguro-
desemprego, para habilitar-se no referido programa, sob pena de indenização 
substitutiva, caso a Autora não receba por culpa da Ré. 
Ressalta-se, aqui, que, muito embora a Lei 13.467/17, ao alterar o artigo 
477 da CLT, tenha dispensado o empregador da emissão das guias em questão, 
tendo em vista a existência do e-Social, este programa ainda não está em pleno 
funcionamento, motivo pelo qual imperioso se faz a liberação das guias, sob 
pena de lesão a direito do empregado. 
X. DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT 
O Artigo 477, §§ 6º e 8º, da CLT (alterado pela Reforma Trabalhista), 
dispõe que a entrega ao empregado de documentos que comprovem a 
comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o 
pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de 
quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do 
contrato e que a inobservância deste prazo sujeitará o infrator à multa a favor 
do empregado, em valor equivalente ao seu salário. Nesse sentido, extrai-se da 
jurisprudência: 
 
 
 
 
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MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. O pagamento rescisório regulado pelo 
art. 477 da CLT é ato jurídico complexo, envolvendo também a "baixa" 
na CTPS, a expedição de documentos tanto para saque do FGTS com 
40% como para habilitação ao seguro desemprego. Recurso obreiro a 
que se dá parcial provimento. (Processo 0001236-96.2015.5.05.0195, 
Origem PJE, Relator Desembargador NORBERTO FRERICHS , 5ª. 
TURMA, DJ 18/03/2017). 
VERBAS RESCISÓRIAS. PAGAMENTO EFETUADO A MENOR. SALDO 
REMANESCENTE INCONTROVERSO. MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA 
CLT. CABIMENTO. Hipótese em que a empresa efetua o pagamento 
parcial das verbas rescisórias dentro do prazo legal e, posteriormente, 
procede à complementação devida, fora do prazo previsto na norma 
consolidada. A ausência de controvérsia acerca do crédito operário e a 
quitação integral aperfeiçoada apenas fora do prazo legal autorizam a 
incidência da sanção de que trata o § 8º do art. 477 da CLT. (Processo 
0001367-09.2014.5.05.0033, Origem PJE, Relator Desembargador 
PIRES RIBEIRO , 3ª. TURMA, DJ 16/09/2016). 
Vê-se, do acima exposto que, mesmo em caso de pagamento parcial das 
verbas rescisórias, bem como em decorrência da não entrega das guias para 
saque do FGTS, incluindo a indenização de 40% (no caso, análoga) e habilitação 
no seguro-desemprego, cabível a multa em questão. 
No caso em questão, a Ré não respeitou o prazo supracitado, sendo certo 
que, até a presente data, a Autora não recebeu a completude das verbas 
rescisórias a que tem direito, tampouco as guias para saque do FGTS e 
habilitação no seguro-desemprego. 
Tem-se, pois, que a Autora faz jus à percepção da multa de que trata o 
artigo 477 da CLT, no importe de um salário. 
XI. DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT 
O Artigo 467 da CLT dispõe que, em caso de rescisão de contrato de 
trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o 
empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à 
Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las 
acrescidas de cinquenta por cento. 
No caso em questão, entende-se que TODAS as parcelas resilitórias são 
incontroversas, uma vez que não pairam dúvidas acerca da modalidade de 
extinção contratual, ou seja, são todas inequívocas. 
 
 
 
 
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Assim sendo, caso as verbas resilitórias remanescentes não sejam pagas 
até a primeira assentada, faz jus, a Autora, ao recebimento da multa de que 
trata o artigo 467 da CLT, no importe de 50% sobre a totalidade destas verbas 
que ainda remanescem o pagamento. 
XII. DO DESCONTO DO VALE-TRANSPORTE 
Os artigos 1º e 4º, parágrafo único, da Lei nº 7418/85 e o artigo 2º, caput 
e parágrafo único, do Decreto nº 95.247/87 determinam que o Vale-Transporte 
constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para a 
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, 
cabendo ao empregador participar dos gastos deste deslocamento com ajuda de 
custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário 
básico. 
Ocorre que, no caso em questão, ignorando o parâmetro legal, a Ré 
descontava, a título de vale-transporte, o valor de 10% (dez por cento) de seu 
salário. 
Tal situação, vale ressaltar, que contraria, inclusive, o princípio da 
intangibilidade salarial, o qual não permite descontos não autorizados no 
complexo remuneratório do empregado. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, à devolução de 4% (quatro por cento) de 
seu salário, mês a mês, durante todo o pacto laboral. 
XIII. DO DESCONTO DA ALIMENTAÇÃO 
O Art. 18 da Lei Complementar nº 150/2015 determina que é vedado ao 
empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por 
fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por 
despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de 
acompanhamento em viagem. 
 
 
 
 
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Ocorre que, contrariando a determinação do legislador, a Ré descontava 
25% (vinte e cinco por cento) do salário da Autora, a título de ressarcimento das 
despesas da alimentação que esta consumia no emprego. 
Assim sendo, faz jus, a Autora, à devolução de 25% (vinte e cinco por 
cento) do seu salário, mês a mês, durante todo o pacto laboral. 
XIV. DA REMUNERAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE VIAGEM 
O Art. 11 da Lei Complementar nº 150/2015 dispõe que, em relação ao 
empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em 
viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no 
período, cuja remuneração será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) 
superior ao valor do salário-hora normal. 
Na vigência no seu contrato de trabalhador, a Autora viajou por 04 
(quatro) dias para a cidade de Gramado/RS, sendo que, nesta oportunidade, 
laborou das 8h às 17h, com 01 (uma) hora de intervalo para descanso e 
alimentação. No entanto, não recebeu nenhum adicional em sua remuneração. 
Assim, faz jus, a Autora, ao adicional de 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre o valor do salário-hora normal, em 32 (trinta e duas) horas laboradas 
durante a viagem da primeira, em acompanhamento à Ré, para a cidade de 
Gramado/RS. 
XV. DAS HORAS EXTRAS 
O Art. 2º, caput, e § 1º, da LC nº 150/2015, dispõem que a duração 
normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta 
e quatro) semanais, sendo certo que a remuneração da hora extraordinária será, 
no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal. 
Durante todo o contrato de trabalho, com exceção dos dias em que viajou 
com a Ré para Gramado/RS, a Autora laborava das 07h às 16h, de segunda a 
sexta-feira, com intervalopara repouso e alimentação de 30 (trinta) minutos. 
 
 
 
 
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Assim, faz jus, a Autora a 30 (trinta) minutos, estes acrescidos do 
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), durante todo o pacto. 
Ressalta-se, aqui, que não havia qualquer acordo para compensação de 
jornada e/ou de intervalo intrajornada, conforme a LC nº 150/2015 determina. 
Presente a habitualidade, requer a incidência dos reflexos em todas as 
parcelas de natureza salarial, a saber: aviso prévio, gratificações natalinas, 
férias acrescidas do terço constitucional, recolhimentos de FGTS (incluindo a 
indenização análoga aos 40%) e Repousos Semanais Remunerados. 
XVI. DO INTERVALO INTRAJORNADA 
O Art. 13 da LC nº 150/15, determina que é obrigatória a concessão de 
intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora 
e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito 
entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. 
No caso em questão, a Autora sempre gozou de intervalo intrajornada de 
30 (trinta) minutos, durante todo o pacto laboral. Esclarece-se que não há 
acordo para a compensação de jornada, situação esta que não autoriza o gozo 
de intervalo intrajornada em lapso temporal inferior a 01 (uma) hora. 
Assim, faz jus, a Autora a 30 (trinta) minutos, estes acrescidos do 
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), durante todo o pacto 
laboral (não foi pedida a hora inteira e seus reflexos, tendo em vista o §4º do 
artigo 71 da CLT com redação da Reforma Trabalhista). 
XVII. DOS PEDIDOS 
Requer seja citada empresa Ré para que compareça à audiência 
inaugural a ser designada por este D. Juízo e para que, querendo apresente 
contestação, sob pena de revelia e confissão. 
Frente ao exposto, em final sentença, requer sejam julgados procedentes 
os seguintes pedidos: 
 
 
 
 
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a. Retificação a CTPS da Autora para fazer constar a data de baixa 
15/10/2016 ao invés de 15/09/2016 – não aferível economicamente; 
b. Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço (30 dias) – R$...; 
c. Saldo de salário (15 dias) – R$...; 
d. Complementação da gratificação natalina proporcional (1/12) – R$...; 
e. Complementação das férias proporcionais acrescidas do terço 
constitucional (1/12) – R$...; 
f. Indenização análoga aos 40% sobre o FGTS – R$...; 
g. Liberação das guias para saque do FGTS (garantida a integralidade 
dos depósitos) – não aferível economicamente; 
h. Liberação das guias para a habilitação no seguro desemprego (sob 
pena de indenização substitutiva, caso o Autor não receba por culpa 
da empresa Ré) – não aferível economicamente; 
i. Multa de que trata o artigo 477 da CLT, no importe de um salário – 
R$...; 
j. Caso as verbas resilitórias não sejam pagas até a primeira assentada, 
faz jus, o Autor, ao recebimento da multa de que trata o artigo 467 da 
CLT, no importe de 50% sobre a totalidade destas verbas – R$...; 
k. Devolução de 4% (quatro por cento) do salário da Autora, mês a mês, 
durante todo o pacto laboral, tendo em vista o desconto do vale-
transporte em patamar superior ao legal – R$...; 
l. Devolução de 25% (vinte e cinco por cento) do salário da Autora, mês 
a mês, durante todo o pacto laboral, tendo em vista o desconto ilegal 
de parcela a título de alimentação da Autora – R$...; 
m. Adicional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do salário-hora 
normal da Autora, sobre 32 (trinta e duas) horas laboradas durante a 
viagem da primeira, em acompanhamento à Ré, para a cidade de 
Gramado/RS – R$...; 
n. 30 (trinta) minutos extras em decorrência da extrapolação do limite 
legal da jornada diária, estes acrescidos do adicional de, no mínimo, 
50% (cinquenta por cento), durante todo o pacto (exceto pelo período 
da viagem a Gramado/RS). Presente a habitualidade, requer a 
 
 
 
 
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incidência dos reflexos em todas as parcelas de natureza salarial, a 
saber: aviso prévio, gratificações natalinas, férias acrescidas do terço 
constitucional, recolhimentos de FGTS (incluindo a indenização 
análoga aos 40%) e Repousos Semanais Remunerados. 
o. 30 (trinta) minutos extras, tendo em vista a concessão de intervalo 
intrajornada em patamar inferior ao legal, estes acrescidos do 
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento), durante todo o 
pacto laboral; 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente 
a documental, testemunhal e pericial, além de depoimento pessoal da Ré, sob 
pena de confissão quanto à matéria de fato, nos termos do 385, §1º, c/c art. 
369, ambos do CPC/15. 
Requer seja condenada a empresa Ré ao pagamento das custas 
processuais e honorário advocatícios (art. 791-A, incluído pela Reforma 
Trabalhista) no importe de 15% (quinze por cento). 
Dá à causa valor líquido correspondente à soma dos pedidos, superior a 
40 (quarenta) salários mínimos. 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
Local, data... 
 
ADVOGADO 
OAB...

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