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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CRISTIANE KATLEM CRISTINO, RU: 1250342.
CRISTIANE ALVES, RU: 1285401.
KATIA ROCHA, RU: 646692.
PORTFÓLIO
UTA: EDUCAÇÃO E TRABALHO
MÓDULO A – FASE I
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2018
A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA
A pesquisa efetuada para esse Diário de Campo foi realizada em uma escola municipal regular do Ensino Fundamental I. A escola adaptou-se à Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, muito antes de ela ser sancionada. E toda essa adaptação se deve, em especial, a uma aluna matriculada no 1° ano do ensino fundamental, no ano de 2010, ainda sem sintomas de qualquer doença. A aluna era considerada ”normal”, para a idade.
Segundo o relato da Diretora da escola, que na ocasião era professora da aluna, no 1° ano, não foram percebidas mudanças na locomoção e coordenação motora, a aluna andava, corria, registrava as atividades de sala de aula e se alimentava como toda criança de sua faixa etária. No 2° ano, durante o ano letivo, e em uma das aulas de Educação Física, a professora observou em um exercício que a aluna caminhava na ponta dos pés e com a cabeça ligeiramente inclinada para trás, não corria, pois toda vez que tentava, caía. E aos poucos foram observados pequenos tropeços quando andava, falta de equilíbrio, dificuldade em segurar com firmeza copos e talheres na hora do lanche, e o rendimento escolar que também foi afetado.
Com todos esses acontecimentos em apenas um ano, as professoras e a coordenação pedagógica entraram em contato com a mãe da aluna, para questionar sobre a saúde da mesma, e que devido à gravidade dos relatos, a aluna necessitava de acompanhamento médico. A mãe, que também tinha notado vários momentos em que a aluna se desequilibrava e acabava derrubando ou tropeçando em seus próprios pés, concordou em leva-la ao médico pediatra. Assim sendo, depois de consultas e exames, diagnosticou-se que a aluna era portadora da doença chamada: “Distrofia Muscular”.
Segundo o site oapd.org.br, “Distrofia Muscular” se trata:
As distrofias musculares (DM) são um grupo inerente de um conjunto de desordens caracterizadas por fraqueza e atrofia musculares e partilham de características histológicas comuns, quando analisados na biópsia muscular, de um padrão “distrófico” incluindo:
Variação no tamanho da fibra muscular;
Degeneração e regeneração da fibra muscular;
Substituição de tecido muscular por tecido conjuntivo-gorduroso.
No entanto, há uma grande diversidade clínica e genética entre os tipos de distrofias musculares, variando de acordo com o início das manifestações (fase pré-natal ou idade adulta), progressão da doença (progressão mais rápida ou com longos períodos de estabilidade), o sexo acometido (sexo masculino ou ambos os sexos) e comprometimento de outros sistemas como, por exemplo, o sistema cardíaco.
Logo após o diagnóstico, foram tomadas algumas providências, por se tratar de uma escola do município, a coordenação e direção da escola, solicitou um andador para que aluna pudesse andar de maneira mais autônoma, porém, como ela andava com a cabeça ligeiramente inclinada para trás, não conseguia ver para onde ia, ocorrendo até uma queda com o andador, que acabou sendo doado. Dessa forma a aluna andava segurando nas paredes para poder se locomover.
No 3° ano, o quadro de Distrofia Muscular da aluna se agravou, com o apoio da Prefeitura do Município, foi necessário que uma cadeira de rodas exclusiva fosse adquirida, para que a aluna pudesse se locomover dentro das dependências da escola. 
Até então, a escola não era preparada para receber alunos com deficiência motora, apenas dispunha de uma sala para alunos com dificuldades de aprendizagem, e nessa época pouco se falava em Inclusão.
Aos poucos a escola se adaptou para receber a aluna. Segundo a Inclusão: Revista da Educação Especial, da Secretaria de Educação Especial, na Sessão Enfoque, no Artigo Acessibilidade Escolar: O direito ao acesso e à participação dos alunos com deficiência entende-se que:
“A acessibilidade como direito a ser efetivado para garantia do acesso e da participação das pessoas com deficiência. Nessa abordagem, tendo como foco de estudo o contexto escolar, a acessibilidade é compreendida enquanto ação integrante dos processos organizacionais da instituição escolar, e portanto, elemento de autogestão.”
A escola se submeteu a algumas adaptações: rampas de acesso no portão de entrada e nas salas; mesa exclusiva com altura suficiente para que a cadeira de rodas se encaixasse; sala adaptada com porta larga, para a passagem da cadeira, que nesse caso, todos os anos em que a aluna esteve na escola, à turma em que ela estava inserida, ficavam nesta sala; e que também ficava próxima ao banheiro adaptado com porta larga, circulação para a cadeira de rodas e barras nas paredes ao lado do vaso sanitário. Seguindo as normas do Ministério da Educação.
Também foi solicitada à Prefeitura do Município, uma auxiliar para melhor apoio à aluna, no registro das atividades em sala, na higiene e uso do banheiro, no lanche e na locomoção dentro das dependências da escola.
Ao observar a Lei, percebemos que em especial na escola citada e na situação descrita, praticamente a escola se adaptou sozinha, pensando no bem estar da aluna, na qualidade de vida e do ensino aprendizagem.
A comunidade escolar, que inclui direção, coordenação pedagógica, aluna e pais, juntos conseguiram uma melhor adaptação para que a aluna se mantivesse estudando. 
A aplicação da lei no dia a dia, vem de encontro com a dificuldade de adaptação da escola, por se tratar de uma escola municipal, sem recursos próprios, depende da prefeitura para qualquer ato, seja de mudanças arquitetônicas ou, para contratação de profissionais. 
Referências Bibliográficas
CIBEC/MEC. Inclusão: Revista da Educação Especial/ Secretaria de Educação Especial. v. 5, n. 1 ( jan/jul ) DF, Brasília: Secretaria de educação Especial, 2010.
OAPD - Organização de Apoio às Pessoas com Distrofias, contato@oapd.org.br, 
São Paulo, SP, Brasil. http://www.oapd.org.br/o-que-sao-distrofias-musculares-progressivas/

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