ALCOOLISMO

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ALCOOLISMO 
E SUAS CONSEQUÊNCIAS
 Etanol ou Álcool etílico:
 A pior de todas
- 30% das internações e atendimentos em
 ambulatórios de hospitais gerais, 
- 50% dos atendimentos de emergência,
- 70% dos acidentes de trânsito, 
- 30% das licenças de saúde e 
 20 a 30% das internações psiquiátricas.
 Etanol ou Álcool etílico:
 A pior de todas
Homicídios, 
abusos sexuais, 
assaltos, 
violência doméstica com agressões em crianças e mulheres, 
atos transgressores.
MS: > nº de mortes por doenças relacionadas ao álcool. De 10,7 mortes/100 mil habitantes em 2000 para 12,64 em 2006 (18,3%).
92.946 óbitos exclusivamente pelo álcool e 146.349 por doenças associadas à ingestão.
Causas mais comuns: cirrose, pancreatite aguda e crônica, doenças cerebrovasculares, envenenamento pelo álcool, entre outras.
Sistema digestivo: gastrite aguda, úlceras, hemorragia digestiva, diarréia, pancreatites, esteatose, hepatite e cirrose.
Brasil Campeão Mundial de Consumo de Bebidas Destiladas
 Álcool – prevalência
• Mundo: 10% da população mundial é dependente
• BRASIL: 12,3% da população entre 12 e 65 anos é dependente (CEBRID/2005)
Uso no BRASIL, por faixas etárias:
• 12-17 anos: 54,3% (em 2001: 48,3%)– aumento de 12%
• 18-24 anos: 78,6% ( em 2001: 73,2%)– aumento de 7%
• 25-34 anos: 79,5% (em 2001: 76,5%)
• Mais de 35 anos: 75% (em 2001: 70,1%)
Aumento de consumo em todas as faixas etárias, comparado a 2001 (UNIFESP)
 Álcool – mortalidade
• A OMS estima que 3,7% das mortes em todo o mundo (6,1% entre homens e 1,1% entre mulheres) estão diretamente ligadas ao uso de álcool (2,3 milhões de mortes, em 2002). 
4ª causa entre 25-64 anos.
 
 USO DE ÁLCOOL E ACIDENTES DE TRÂNSITO
 
• 61% dos acidentados usaram álcool (pesquisa ABDETRAN, 1997).
• ESTUDO ABRAMET (2005): 96% das vítimas fatais tinha alcoolemia acima do permitido e 43% tinha 3 vezes acima do permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito (0,6 g/l).
 Álcool e violência doméstica
 Estudo CEBRID (2003)
• 52% dos casos de violência estão relacionados com o consumo de álcool.
(Entrevistadas 2.372 pessoas, entre 12 e 65 anos, em 27 cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes).
 Por que se bebe?
- Ansiedade 
- Depressão
- Timidez
- Disponibilidade
- Adaptação social
- Divulgação das “qualidades”
- Melhorar o coração?
- Comemorar as vitórias
- Esquecer as derrotas 
 
 Dependência é imprevisível
 
 
Álcool, Boca, Faringe e Esôfago 
- Câncer de boca (Tonnense et al., 1994)
 
- Câncer de orofaringe
- DRGE (Sueoka, 1994)
- Barrett (Messian et al., 1978)
- Síndrome de Mallory-Weiss
- Ruptura Varizes de esôfago
- Câncer de esôfago
Álcool, Estômago 
e Duodeno
- Lesão aguda da mucosa gastroduodenal
- Ruptura de varizes gástricas
- Gastropatia hipertensiva
- Agravamento de úlceras pépticas
- Dispepsias
- Câncer gástrico
 Álcool, delgado 
 e cólon
- Altera estrutura das células epiteliais
- Altera a permeabilidade da mucosa
- Hipoglicemia
- 60% má absorção (Rogghi et al., 1961)
- Miopatia (Preedy et al., 1993)
- Câncer
 Pancreatites 
Pancreatite aguda é um processo inflamatório agudo do pâncreas.
80 % leve, mortal < 2%
20% grave, mortal > 30%
Litíase – 55%, Álcool – 35%, Outras – 
 20%
Álcool e Fígado
 Álcool e Fígado
 
- Esteatose - 50%, mais nos obesos, assintomático, 
 reversível.
- Hepatite - Lesão necroinflamatória, se fibrose pode
 ser irreversível.
- Cirrose - Fase terminal da doença alcoólica, se não
 realizado transplante todos evoluirão para óbito.
- Câncer - 5-10%.
 Álcool e Fígado
 Limite social para Homens:
Destilada (em média) até 500 ml semana.
Fermentada em média até 14 garrafas semana
 Para mulheres - ADH (álcool dehidrogenase) e a ALDH (aldeído dehidrogenase) 
Destiladas até 300 ml semana
Fermentadas até 8 garrafas semana
 (Mincis, M & Mincis, R, doença hepática alcoólica. RBM, 57 (11), 2000)
ASCITE HEPATOGÊNICA
 É a manifestação mais
 freqüente de cirrose
 descompensada.
 No Brasil 60% da ascite
 é por cirrose (MATTOS,
 2004).
 A sobrevida média é de 2
 anos (FERNANDEZ et al.,
 2001).
 
 Álcool e Fígado
Exame Físico normal ou:
 
 Álcool e Fígado
 Icterícia
 
circulação colateral 
na região umbilical 
Hemorróidas e
varizes retais 
25
RISCO DE HEMORRAGIA POR VARIZES
26
27
TRANSPLANTE ORTOTÓPICO DE FÍGADO 
Sobrevida em 1 ano – 90%
Sobrevida em 5 anos – 70%
Sobrevida em 10 anos – 60%
Fonte: Programa de Educação Médica Continuada. SBHepatologia, 2008.