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Aula Micronutrientes 2017

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Nutrição e Saúde
Profª Fabiana Viegas Raimundo
2017
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Micronutrientes
Profª Fabiana Viegas Raimundo
Nutrientes
 Carboidratos
 Lipídios
 Proteínas
 Vitaminas 
 Sais Minerais
Macronutrientes = energia
Micronutrientes
“ajuste do metabolismo’’
Vitaminas
Vitaminas 
Lipossolúveis
A, D, E, K
Vitaminas 
Hidrossolúveis
Complexo B e C 
Vitaminas
 1900 – substâncias nos alimentos que são essenciais para a vida
 deficiência de vitamina A: cegueira
 falta de vitamina B – niacina: demência
 falta de vitamina D: alterações ósseas
 Atualmente
 Alimentos enriquecidos com nutrientes específicos
 Suplementos vitamínicos industrializados
 Deficiências nutricionais
Vitaminas
 São compostos orgânicos requeridos pelo 
organismo em quantidades mínimas para 
realizar funções celulares específicas 
 São classificadas de acordo com sua 
solubilidade e suas funções no metabolismo 
 Não podem ser sintetizadas pelo organismo 
Questionamentos...
Vitaminas curam doenças?
 Auxiliam a saúde, mas não curam todas as doenças.
As vitaminas presentes nos suplementos vitamínicos 
atuam da mesma forma que os alimentos?
 Não oferecem os mesmos benefícios devido à 
biodisponibilidade relacionada com os outros nutrientes 
presentes nos alimentos.
Ex: vitaminas lipossolúveis – necessidade de gordura 
para facilitar absorção
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Vitaminas
 Estrutura
 Unidades individuais
 Função
 Não produzem energia estável, mas auxiliam as enzimas
que liberam energia dos carboidratos, gorduras e proteínas
 Conteúdo dos Alimentos
 As quantidades de vitaminas que as pessoas ingerem
diariamente nos alimentos e as quantidades que elas
necessitam são mediadas em microgramas (μg) e
miligramas (mg)
Quantidade de vitamina no alimento
Fácil determinação através da medida direta no alimento
Biodisponibilidade
Quantidade de vitamina disponível no alimento que 
efetivamente é absorvida e utilizada pelo corpo humano
Vitaminas
Vitaminas
 Biodisponibilidade
 Método de preparação do alimento
– cru, cozido ou processado
 Fonte do nutriente
– sintética, fortificada ou ocorrência natural
 Eficiência da digestão e tempo de trânsito através do TGI
 Ingestão anterior de nutrientes e condição nutricional
 Outros alimentos consumidos ao mesmo tempo
Vitaminas
 Precursores
 Forma inativa ou provitamina
 Também devem ser considerados ao medir a ingestão
 Natureza Orgânica
 Vitaminas orgânicas são facilmente destruídas ou 
inativadas
 Requer cuidado na manipulação – armazenamento e 
culinária
• Calor prolongado –Tiamina
• Exposição solar e raios ultravioleta – Riboflavina
• Oxigênio – Vitamina C
Como minimizar a perda de vitaminas?
 Manter frutas e legumes refrigerados para diminuir a
degradação de vitaminas
 Para minimizar a oxidação de vitaminas:
– armazenar frutas e legumes, que foram cortados, em
embalagens herméticas
– Armazenar sucos, que foram abertos, em recipientes
fechados (sob refrigeração)
Como minimizar a perda de vitaminas?
 Lavar e enxaguar frutas antes de cortar
 Cozinhar legumes em pequenas quantidades de água ou à
vapor
 Adicionar legumes na água após fervura
 Evitar altas temperaturas e tempo longo de cozimento
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Vitaminas
 Solubilidade
 A solubilidade é aparente nos alimentos que são fonte 
das diferentes vitaminas e isso afeta a sua absorção, 
transporte, armazenagem e excreção pelo corpo.
– Hidrossolúveis
– Lipossolúvies
 Hidrossolúveis 
– Circulam livremente nos compartimentos preenchidos por água 
no organismo 
– Pequenos excessos são detectados pelos rins e podem ser 
excretados
 Lipossolúveis
– Necessitam de proteínas transportadoras para deslocamento e 
ficam retidas no tecido adiposo e no fígado até que sejam 
necessárias
– Mais propensas a alcançarem níveis tóxicos
– Podem ser ingeridas em grandes quantidades em grandes 
intervalos de tempo (doses periódicas)
Vitaminas
Vitaminas - Classificação
 Toxicidade
 Quanto mais melhor?
 Essencial ou prejudicial – conforme a dose
 Recomendação Nutricional
– UL (Limite Superior Tolerável de Ingestão)
Vitaminas
Vitaminas do Complexo B
 Formação de enzimas que atuam na liberação de 
energia proveniente dos macronutrientes
 Tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico e biotina
 Auxiliam as enzimas que metabolizam aminoácidos
 B6 
 Multiplicação celular de glóbulos vermelhos e células 
que revestem o TGI
 Folato e B12
Tiamina
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Tiamina 
 Vitamina B1
 O pirofosfato de tiamina (TPP) é a forma biologicamente ativa 
da tiamina 
 Desempenha papel-chave no metabolismo energético da 
maioria das células 
 Conversão de piruvato em acetil-CoA
 Deficiência de tiamina resulta em redução da produção de 
ATP, diminuindo a função celular
Tiamina
Deficiência
 Associada com alcoolismo
– Álcool diminui sua absorção e aumenta a excreção na 
urina
 Deficiência prolongada: Beribéri
 Doença de Alzheimer: geralmente relacionada com 
deficiência
 Nas crianças em aleitamento materno, a falta de 
vitamina B1 ocorre se a mãe for deficiente e não 
suplementar
Tiamina
 Biodisponibilidade
 Redução:
– Fibras
– Compostos fenólicos (chá preto, café)
– Tiaminases (antagonista -relacionadas com consumo de pescados 
crus)
– Álcool
– Algumas drogas, principalmente as que causam náuseas e 
diminuição do apetite e as que aumentam o trânsito intestinal, 
diminuem a biodisponibilidade da tiamina por efeito antagônico.
Tiamina
 Fontes
 Todos tecidos animais e vegetais
 Leveduras
 Cereais integrais
 Farelo de trigo
 Castanhas
 Hortaliças, ovos, vegetais, carnes – quantidade 
intermediária
 Leite – quantidade baixa
Quando a quantidade ingerida ultrapassa a capacidade de 
absorção, a tiamina é excretada nas fezes
Ricos em vitamina B1
Riboflavina
Riboflavina
 Vitamina B2
 Formas biologicamente ativas são a flavina mononucleotídeo 
(FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD)
 A riboflavina também está envolvida nos processos de 
manutenção da integridade cutânea
 É facilmente destruída pela luz UV do sol
 Principais funções: desempenha um papel importante no 
metabolismo energético e como protetor da bainha de 
mielina
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Riboflavina
 Deficiência
 As primeiras manifestações de carência são:
– inflamações da língua, rachaduras nos cantos da boca, lábios avermelhados, 
dermatite seborreica da face, tronco e extremidades, anemia e neuropatias
 Nos olhos, pode surgir a formação de novos vasos nas 
conjuntivas, além de catarata
 Mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais, em gestação 
ou em fase de amamentação devem consumir uma dosagem 
maior desta vitamina
Riboflavina
 Principais fontes
 Leite
 Carnes
 Verduras
 Grãos
 Cereais
 Ovos
 Manifestações de excesso
 Não é tóxica, mesmo em altas doses
 Os excessos são eliminados pelos rins/urina
Quantidade de B2 em 100g de alimento
FONTE: Tabela de Composição Química dos Alimentos da UNIFESP, 2001.
Riboflavina
Alimento (100g) Quantidade (mg)
Ovo 0.478
Leite (vaca) 0.183
Queijo mozarela 0.283
Queijo ricota 0.195
Agrião 0.12
Rúcula 0.086
Sardinha 0.227
Fígado 2.755 
Arroz 0.048
Niacina
Niacina
 Também chamada de vitamina PP ou Vitamina B3
 A niacina participa da formação das coenzimas:
 NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo)
 NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato)
 A niacina é estável ao calor, à luz, ao ar e em meios 
alcalino e ácido
Niacina Deficiência - Pelagra
 Pele: ocorrem alterações na forma de eritema, 
descamação e pigmentação dos membros inferiores e 
superiores. 
 Alterações digestivas: acloridria, gastrite, estomatite, 
glossite, podendo ocorrer vômitos, diarreia ou 
constipação. 
 Sintomas neurológicos: consistem em depressão, 
apatia, tremores, cefaleia, fadiga, perda de memória e 
demência profunda
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Quantidade de niacina por 100g do alimento
FONTE: Tabela de Composição Química dos Alimentos da UNIFESP, 2001.
Niacina
Alimento (100g) Quantidade de niacina (mg)
Arroz branco 1,83
Amendoim 12,07
Atum grelhado 10,54
Aveia 0,96
Feijão 0,58
Figado 17,47
Filé-mignon assado 3,41
Frango (peito) assado 13,71
Leite 0,11
Lentilha 1,06
Ácido Pantotênico
Ácido Pantotênico
 Vitamina B5
 Substância amplamente distribuída nos alimentos
 Fator constituinte da coenzima A, essencial para várias
etapas do metabolismo celular e para obtenção de energia
 É bastante utilizada em produtos cosméticos por sua
propriedade hidratante e de reparação tecidual.
Ácido Pantotênico
 Pode ser aplicado de maneira tópica e auxilia na cicatrização 
de feridas, úlceras, inflamações e escaras.
 É estável ao cozimento e em soluções neutras, porém é 
perdido em processos de refinamento e processamento.
 Excreção: urinária (60– 70%)
fecal (30 – 40%)
 Álcool diminui sua absorção. Ácido acetilsalicílico é uma 
droga de ação antagonista.
Ácido Pantotênico
 A vitamina B12 tem ação de sinergismo na conversão do 
ácido pantotênico livre em coenzima A
 Sinais de deficiência são raros, devido à sua farta 
apresentação na natureza, mas formigamento em mãos e pés 
pode indicar falta desta vitamina.
 Existe uma tendência a considerar o uso de vitamina B5 em 
doenças hepáticas, na constipação em idosos e contra 
calvície.
Ácido Pantotênico
 Fontes
 Presente em várias plantas e tecidos animais
– Ovos
– Leveduras
– Couve-flor, brócolis
– Soja, lentilha, ervilha
– Leite, iogurte
– Abacate
– Cogumelos
– Batata doce
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Vitamina B6
Vitamina B6
 A piridoxina é o nome comum dado à três substâncias 
interconversíveis entre si:
 piridoxina (um álcool)
 piridoxal (um aldeído)
 piridoxamina (uma amina)
 Composto ativo: coenzima piridoxal 5- fosfato (PLP)
Vitamina B6
 Coenzima piridoxal 5- fosfato
 Participa ativamente do metabolismo das proteínas
– reações de transaminação, dissulfidração e descarboxilação
dos aminoácidos
 É fundamental para ativação das enzimas responsáveis
pela síntese de neurotransmissores:
– dopamina, histamina, serotonina e epinefrina
Vitamina B6
 A piridoxina também é catalisadora das reações de
transformação do triptofano em niacina e participa da
formação do heme das moléculas de hemoglobina
 Nas reações metabólicas dos carboidratos auxilia na liberação
do glicogênio hepático e muscular para utilização periférica
 A vitamina B6 é estável ao calor, mas pouco estável à luz
Vitamina B6
 Excreção: renal
 O álcool diminui o armazenamento hepático e aumenta a 
excreção urinária de piridoxina.
 Algumas outras situações predispõem à deficiência de 
piridoxina:
 Gestantes e em período de lactação
 Mulheres em uso de anticoncepcionais orais com alto teor de 
estrogênio
 Situações de elevada ingestão proteica
Vitamina B6
 Não existe nenhuma doença, de sintomatologia específica, 
que determine a deficiência de piridoxina
 Casos de depleção crônica:
 Irritabilidade
 Depressão
 Convulsões
 Neuropatia periférica
 Alterações dermatológicas
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Vitamina B6
Fonte - alimentos ricos em proteína
 Carne
 Trigo integral
 Salmão
 Nozes
 Gérmen de trigo
 Arroz integral
 Ervilha
 Feijão
Vitamina B12
Vitamina B12
 Cianocobalamina
 Hidroxicobalamina
 Aquocobalamina
 A vitamina B12 é instável à luz, ácidos, bases, agentes 
oxidantes ou redutores e por isso é perdida no processo de 
cocção
 É absorvida no íleo, dependente de fator intrínseco
 Não existe toxicidade relatada à essa substância
biologicamente 
ativas
Vitamina B12
 A cobalamina é coenzima fundamental no metabolismo dos 
carboidratos, gorduras e proteínas
 participa da síntese de aminoácidos
 Atua na formação dos ácidos nucléicos
 imprescindível para o funcionamento de todas as células, 
principalmente do trato gastrointestinal, tecido nervoso e médula
óssea
 No tecido nervoso seu papel específico é na formação da 
bainha de mielina dos neurônios
 No sistema hematopoiético, é responsável pela maturação 
das hemácias
Vitamina B12
 A quebra das ligações peptídicas é feita no estômago pela 
ação do HCl, daí a cobalamina combina –se com o fator 
intrínseco para ser absorvida no íleo em um processo 
dependente do cálcio
 Manifestações de deficiência podem demorar até cinco anos 
para aparecerem
 A excreção é urinária ou fecal, nos casos de saturação dos 
transportadores plasmáticos.
 Na presença excessiva de álcool e em situações de deficiência 
de vitamnia B6 (que participa da formação do fator intrínseco 
gástrico) a absorção de cobalamina fica diminuída
Vitamina B12
 Redução de absorção
 doenças que levam a um estado de má – absorção 
intestinal que envolvem o íleo
 Hipocloridria (pouco HCl)
 Deficiência
 Anemia perniciosa (por ausência de fator intrínseco) ou 
megaloblástica. 
 Sintomas neurológicos associados: perda da memória, 
perestesias, diminuição da sensibilidade em membros 
inferiores e em casos avançados, desmielinização da 
medula espinal. 
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Vitamina B12
 Fontes Alimentares
 Carnes
 Leite e derivados
 Ovos
Leitura complementar
Nutrients. 2016 Nov 29;8(12). pii: E767.
Ácido Fólico
Ácido Fólico
 É essencial para maturação das hemácias e dos leucócitos na 
medula óssea
 É instável ao calor e por isso se perde com o processo de 
cozimento dos alimentos
 É absorvido por transporte ativo mediado por carreadores no 
intestino delgado
 Excreção: urinária e fecal
Ácido Fólico
 Também conhecido como folacina ou folato
 Participa da síntese de purinas e pirimidina, compostos 
utilizados na formação do DNA – guanina, adenina e timina
 atua em conjunto com cobalamina
 O ácido fólico participa dos processos de interconversão de 
aminoácidos, entre eles: 
 catabolismo da histidina à ácido glutâmico
 transformação da serina em glicina
 conversão da homocisteína à metionina
Ácido Fólico
 Os folatos também podem ser sintetizados por bactérias intestinais
 Sua absorção está diminuída em pacientes alcoólatras, em uso de 
contraceptivos orais ou medicação antiácida
 A baixa ingestão de ácido fólico leva à anemia megaloblástica em 
curto espaço de tempo, e os sintomas mais frequentes desta 
patologia são: 
 Cansaço, irritabilidade, perda de peso 
 Leucopenia no hemograma também pode ser um sinal desta doença
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Ácido Fólico
 Algumas situações clínicas levam à deficiência de ácido fólico:
 Gestação, pelo aumento da demanda deste nutriente
 Doenças inflamatórias intestinais, por diminuição da superfície 
de absorção
 Pacientes com câncer em quimioterapia
 Queimaduras
 Doenças hepáticas 
 Gestação
 suplementação de ácido fólico previne má-formações do tubo 
neural em fetos
Ácido Fólico
 Alimentos
 Fígado
 Feijões
 Vegetais folhosos verdes-escuros 
– brócolis, couve, espinafre, folhas de mostarda, folhas de nabo
 Amendoim
 Menor quantidade: 
– abacate, aspargos,suco de laranja, laranjas e morangos
Deficiência Vitamina B12
Deficiência Ácido Fólico
Anemia Megaloblástica
Anemia Megaloblástica
Conceito: Distúrbio da síntese de DNA que resulta em alterações
morfológicas e funcionais de eritrócitos, leucócitos e plaquetas e
seus precursores no sangue e na medula óssea.
Causa: deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico.
Depleção de Reservas
Folato - 2 a 4 meses
Vitamina B12 – alguns anos
Suplementos de ácido fólico mascaram a deficiência de vit. B12!
Mahan & Scott-Stump, 2010
Anemia Megaloblástica
Deficiência de Vitamina B12
(Anemia Perniciosa)
• Secundária à produção e secreção
inadequada de fator intrínseco
• Helicobacter pylori
• Crescimento bacteriano
• Idosos: atrofia gástrica
- Acloridria
- Gastrite atrófica
Para a circulação geral através 
da veia porta e fígado
Mahan & Scott-Stump, 2010
Anemia Megaloblástica
Deficiência de Vitamina B12
Achados Clínicos
• Parestesias (mielinização inadequada de nervos)
• Diminuição de sensibilidade
• Má coordenação muscular
• Piora da memória e alucinações
• Glossite
• Lesão no sistema nervoso – irreversível conforme deficiência
Mahan & Scott-Stump, 2010
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Anemia Megaloblástica
Deficiência de Ácido Fólico
- Mulheres grávidas - defeitos tubo neural;
- Bebês cujas mães tinham deficiência;
- Etilistas;
Causas mais freqüentes: dieta inadequada, absorção incompleta, aumento
das necessidades (crescimento) e principalmente o consumo de álcool;
Álcool: interfere no ciclo entero-hepático do folato.
• Ingestão inadequada
• Absorção e uso ou excreção aumentados
• Necessidade maiores
• Destruição do ácido fólico
Mahan & Scott-Stump, 2010
Anemia Megaloblástica
Deficiência de Ácido Fólico
Achados clínicos semelhantes á deficiência de vitamina B12
Ácido Fólico Sérico – muito variável, não tem boa especificidade e
sensibilidade - embora seja o mais usado
Teste terapêutico: barato, preciso, sem danos
Tratamento: 1mg de folato/dia- via oral – 2 a 3 semanas para repor reservas
Deficiência complicada por alcoolismo – 0,5 a 1mg/dia (prazo indefinido)
Melhora hematológica: 1 mês
Mahan & Scott-Stump, 2010
Anemia Megaloblástica
Deficiência de Ácido Fólico
Dietoterapia
Após correção da anemia, orientar consumo de pelo menos uma fruta
ou vegetal fresco /dia.
Alimentos ricos em ácido fólico: agrião, brócolis, espinafre, couve,
alface, fígado, leveduras, carnes, feijão, aveia, centeio, iogurte,
banana, melão, mamão, abacaxi,ovos, couve-flor, repolho, laranja,
quiabo, nozes, manga beterraba, pão integral, lentilha, tomate, caqui;
Evitar: chá preto, chá mate, café, bebidas alcoólicas.
Manual de Nutrição Clínica,7ª ed, 2007
Vitamina C
Vitamina C
 Principais funções
 Antioxidante – defesa contra radicais livres
Relembrando conceitos...
Antioxidante
Substancia encontrada nos alimentos que diminuem 
significativamente os efeitos adversos de radicais livres nas funções 
fisiológicas regulares que ocorrem no corpo humano
Radicais Livres
Moléculas instáveis com um ou mais elétrons sem par
Estresse oxidativo
Desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a 
capacidade do corpo em lidar com eles e evitar danos
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Vitamina C
 Principais funções
 Cofator na formação do colágeno
– Matriz ossos e dentes
– Cicatrização
– Vit C + Ferro
Prolina→Hidroxiprolina
Vitamina C
 Principais funções
 Cofator em outras reações
– Carnitina – transporte de AGCL para mitocôndrias
– Triptofano → Serotonina
– Tirosina → Noraepinefrina
– Produção de Tiroxina
Vitamina C
 Principais funções
 Estresse
– Glândulas adrenais liberam vitamina C
– Sistema imunológico utiliza muito oxigênio e produzem 
radicais livres
• Explosão oxidativa para destruir vírus e bactérias
– Vitamina C atua como um antioxidante no controle dessa 
atividade oxidativa
Vitamina C
 Principais funções
 Cura para Refriados
– Estudos: Benefícios modestos
– Placebo X Vitamina C
– Vitamina c é um anti-histamínico 
• Congestão nasal
 Prevenção de doenças como câncer, cardiopatias, 
catrata: ainda em estudo
Vitamina C
 Excesso Consumido
 Acima de 200mg
– Prontamente excretado: urina
 Tabagistas
 RDA + 35mg/dia
 Após cirurgias ou queimaduras extensas
 1000mg/dia
Recomendação – RDA
Homens: 90mg/dia
Mulheres: 75mg/dia
Fumantes: +35mg/dia
Vitamina C
 Deficiência
 Escorbuto – deficiência severa
 Sinais clínicos
– Sangramento de gengivas
– Degeneração muscular
– Pela áspera, escamosa, seca
– Feridas que não curam
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Vitamina C
 Alimentos
 1 laranja: 70mg
 ½ xíc brócolis cozido: 55mg
 ½ xíc morangos: 40mg
 1 kiwi: 75mg
* Alimentos crus: maior quantidade
* Destruída pelo oxigênio: consumir sucos após preparo
Vitamina C
Vitamina C atua como Pró-oxidante
Ferro livre causa dano celular
Aumenta a absorção de ferro
Excesso de vitamina C
Atenção para o uso de suplementos...
Vitaminas Lipossolúveis
Vitaminas Lipossolúveis
 São absorvidas com a gordura da dieta
 Requerem:
 Bile para a digestão
 Quilomicrom para o transporte
– A e D: Proteínas específicas
– E e K: Lipoproteínas
Vitaminas Lipossolúveis
 Armazenamento
 A - fígado
 D - tecido adiposo e fígado
 E - tecido adiposo e muscular
 K - não é armazenanda
* Doses elevadas = toxicidade
Vitaminas Lipossolúveis
 Excreção
 Fezes
 Mínimo: urina
 Fonte
 Principal: alimentos
 Vitamina D - ??
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Vitamina A
Vitamina A
 Termo genérico para todos retinóides
 Retinol - transporte e armazenamento vit A
 Retinaldeído - visão
 Ácido retinóico
 Estável ao calor
 Sensível ao oxigênio e radiação UV
Função 
reprodutora
Vitamina A
Funções
 Visão
 Manutenção da córnea
 Conversão da energia luminosa em impulsos nervosos
 Síntese de Proteínas e Diferenciação celular
 Reprodução e Crescimento
 Betacaroteno - antioxidante
Vitamina A - Alimentos
Vitamina A
Alimentos
Carotenoides Pró-vitamina A - alimentos de origem vegetal
 óleo de dendê, óleo de buriti
 frutas e hortaliças
– Cor amarelo-alaranjado: cenoura, morango, 
abóbora, manga, mamão
– Cor verde- escuro:mostarda, couve, agrião, almeirão
Vitamina A
Atenção!
Ser alaranjado ou vermelho não garante a vitamina A
Ex: Milho – xantofilas
Tomates – licopeno
Beterraba - betanina
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Vitamina A
Alimentos
Vitamina A Pré-formada ou Retinol: alimentos de 
origem animal
 Fígado
 Gema de ovo
 Leite integral e produtos lácteos como manteiga, 
creme de leite e queijo
Melhor aproveitamento quando administrada com
vitamina E
Abóbora, cenoura, mamão, damasco, melão,
pêssego, abacate, caju, pêssego, mamão, tomate,
manga, fígado, manteiga, leite, gema de ovos,
sardinha, queijos gordurosos, batata-doce, folhas
como couve, espinafre e acelga.
Os beta-carotenos (pró-vitamina A) são lipossolúveis.
Cozimento por alguns minutos, até que as paredes das
células se rompam e liberem cor, aumenta a absorção.
Shils, 2009
Deficiência de Vitamina A
Vitamina A
Excesso
 Pele amarelada – betacaroteno
 Suplementos de betacaroteno: ação pró-oxidante
 Osteoporose
 Teratogênico – defeitos congênitos
Vitamina E
Vitamina E
 Alfatocoferol – único com atividade de vitamina E no 
corpo humano
 Principal função: Antioxidante lipossolúvel
 Protege componentes vulneráveis das células e suas 
membranas
 Evita oxidaçãode ácidos graxos poli-insaturados
 Protege outros lipídios e a vitamina A
 Protege as LDL contra a oxidação – protetor para doenças 
cardíacas
Vitamina E
 Deficiência
 Ingestão insuficiente: rara
 Relacionada com doenças de absorção inadequada de 
gorduras
 Hemólise de eritrócitos – prematuros
 Sintomas comuns
– Disfunção neurovascular: perda de coordenação muscular 
e reflexos; visão e fala prejudicada
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Vitamina E
 Toxicidade: rara
 Aumenta os efeitos de medicamentos anticoagulantes
 Fontes Alimentares
 Óleos vegetais poli-insaturados
– Margarina, molhos para salada, manteiga
 Vegetais de folhas escuras, gérmen de trigo, fígado, gema 
de ovo, oleaginosas, sementes
* facilmente destruída pelo calor e oxigênio
Vitamina K
Vitamina K
 Bactérias do TGI sintetizam vitamina K
 Funções
 coagulação sanguínea 
– Deficiência: doença hemorrágica
 formação óssea – osteocalcina
– Deficiência: baixa densidade mineral óssea
Vitamina K
 Sinais de Deficiência
 Palidez – sangramento
 Episódios hemorrágicos
 Antibióticos
 Secundário ao uso de anticoagulantes: varfarina
 Toxicidade: rara
 Reduzem a eficácia dos anticoagulantes
 Fontes: hortaliças de folhas verdes, hortaliças da família do 
repolho, leite
Diminuição dos fatores de 
coagulação II, VII, IX, X
Tirapegui, 2011
Vitamina D Principal Função
Regulação os níveis séricos de cálcio e fósforo
Mineralização óssea
D2 (Ergocalciferol): Sintetizada em plantas
D3 (Colecalciferol): Sintetizada em tecidos animais por radiação UVB
Raquitismo
Am J Clin Nutr 2008;87:1080S-6S
Recomendações Nutricionais (DRI 2010)
1 a 60 anos: 600UI/dia
71 anos: 800 UI /dia
Vitamina D
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Fontes de Vitamina D
J Cell Biochem. 2003;88(2):296-307 
Osteoporos Int. 2009;20(11):1807-20
Am J Physiol Endocrinol Metab. 2009;296(6):E1183-94
Nat Rev Cancer. 2007 Sep;7(9):684-700.
Excreção da Bile
CCK
Gordura 
Metabolismo da Vitamina D
moderado
Índice Ultravioleta em Horário de Máxima 
Insolação
Índice Ultravioleta em Porto Alegre
http://br.weather.com/
Franco G. Tabela de composição química dos alimentos. 9ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Livraria Atheneu,1999.
Mahan, L. K.; Escott-Stump, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 9ª edição, São Paulo:Roca, 1998
PHILIPPI, S. T. . Tabela de Composição de Alimentos: suporte para decisão nutricional. 2. ed. Brasília: Editora Gráfica Coronário, 2002. 
Quantidade de vitamina D nos alimentos
Alimento Porção (g ou ml) UI VD /porção
Queijo mussarela 1 fatia (20g) 1,2
Creme de leite 1 col sopa rasa (15g) 1,2
Queijo Cheddar 1 fatia (20g) 2,4
Manteiga 1 Colher de chá cheia (8g) 4,4
Filé de frango 1 bife pequeno (60g) 6
Leite integral 1 copo (240ml) 7,6
Fígado bovino 1 bife pequeno (80g) 8,8
Leite materno 1 copo (240ml) 9,6
Lingüiça de porco Colher de sopa cheia picada (22g) 22,8
Ovo de galinha 1 unidade (45g) 23,2
Atum enlatado 1 colher de sopa cheia (16g) 34,4
Sardinha enlatada com óleo 1 unid média (40g) 108,8
Arenque defumado 1 filé pequeno (100g) 120,0
Salmão cozido 1 filé (135g) 162,0
Banha de porco 1 colher chá cheia(8g) 224,0
Óleo de fígado de bacalhau 1 colher de sopa (8ml) 800
Global vitamin D status and determinants
of hypovitaminosis D
Osteoporos Int (2009) 20:1807–1820
• Todas regiões do planeta apresentaram prevalência de níveis de
25(OH)D abaixo de 75 nmol/L (ou 30ng/ml);
Idade avançada
Sexo feminino
Maior latitude
Inverno
Pigmentação mais escura da pele
Menor exposição solar
Hábitos alimentares
Ausência de fortificação dos alimentos
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Risco de intoxicação
Monitoramento
Poucos alimentos contém 
naturalmente ou são 
suplementados
Deficiência de Vitamina D
N Engl J Med. 2007 Jul 19;357(3):266-81.
Estágio de Vida EAR - Estimativa de 
requerimento médio 
(IU/dia)
RDA- Dose diária 
recomendada
(IU/dia)
UL- Ingestão de nível
Superior (IU/dia)
0 a 6 meses ** ** 1000
6 a 12 meses ** ** 1500
1 – 3 anos 400 600 2500
4 – 8 anos 400 600 3000
9 – 13 anos 400 600 4000
14 – 18 anos 400 600 4000
19 – 30 anos 400 600 4000
31 – 50 anos 400 600 4000
51 – 70 anos (Homens) 400 600 4000
51 – 70 anos (Mulheres) 400 600 4000
> 71 anos 400 800 4000
14 – 18 anos 
(grávida/lactente)
400 600 4000
19 – 50 anos 
(grávida/lactente)
400 600 4000
Recomendação Dietética de Consumo (DRI) - Vitamina D
Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Institute Of Medicine. Nov/2010 
** A Ingestão Adequada de Vitamina D para as crianças de 0-6 meses de idade é 400 UI/dia, para as de 6 a 12 meses de 
idade 400 UI/dia. 
Como atingir essa recomendação?
Risco de intoxicação
Monitoramento
Poucos alimentos contém 
naturalmente ou são 
suplementados
Poucas opções...
Sais Minerais
Micronutrientes
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Sais Minerais
 Macronutrientes
 Mais de 5g no corpo humano
Cálcio
Fósforo
Potássio
Enxofre
Sódio
Cloreto Magnésio
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Sais Minerais
 Microminerais
 Menos de 5g no corpo humano
Ferro
Zinco
Cobre
Manganês
Iodo
Selênio
Sais Minerais
 Todos são vitais
 São elementos inorgânicos
 Preservam a sua identidade química
 Não são destruídos por calor, ar, ácidos...
 Diferentes formas de manuseio pelo corpo
 Potássio: facilmente absorvido e excretado
 Cálcio: necessita de transportadores para absorção e transporte
Sais Minerais
 Biodisponibilidade Variável
Aglutinadores: combinam-se quimicamente com os minerais, 
evitando a sua absorção e transportando-os para fora do corpo 
juntamente com outros resíduos
 Fitatos (leguminosas e grãos)
 Oxalatos (espinafre)
Sais Minerais
 Interação entre Nutrientes
 Cálcio e sódio
– Sódio excreta cálcio
 Fósforo e Magnésio
– Se ligam no TGI e fósforo reduz absorção de magnésio
 Quem são o maiores vilões:
Alimentos ou Suplementos?
Sódio
Sódio
 Histórico
 Sal (NaCl) foi muito valorizado
– Sabor marcante
– Acentua outros sabores
– Elimina parte do sabor amargo
Curiosidade: expressões ‘‘salário’’ e ‘‘sal da terra’’
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Sódio
 Principal cátion do fluido extracelular
– regulador do volume
 Equilíbrio acidobásico
– transmissão de impulsos nervosos e contração muscular
 Alimentos fornecem mais sódio que o necessário
 UL - Ingestão máxima: 2300mg/dia para adultos
Sódio
 Todo sódio ingerido é excretado na urina
– Primeiro sinal de excesso de sódio no sangue: sede
 Hipertensão
– Relacionada com consumo de NaCl
– Consumo recomendado: 6g NaCl = 2400mg Na
– Potássio x Sódio
Sódio
 Sódio e Osteoporose
 Ainda controverso
 Indicado:
Alimentos com altas 
concentrações de cálcio e 
potássio e baixas concentrações 
de sódio
Sódio
 Sódio nos alimentos
 Alimentos processados
 De onde vem o sódio da dieta: 
– 75% - adicionado aos alimentos pelos fabricantes
– 15% - adicionado no cozimento
– 10% - conteúdo natural dos alimentos
Sódio
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Cloreto
 Cloreto Cl2 é um gás venenoso
 Quando reage com Sódio ou Hidrogênio: forma o íon Cloreto 
(Cl-)
 Funções:
 Principal ânion dos fluidos extracelulares
 Mantém o equilíbrio hidroeletrolítico
 Ácido clorídrico no estômago
 Abundante nos alimentos
1g NaCl = 600mg cloreto
Mais temperos e menos sal...
Alho e Cebola
Mais temperos e menos sal...
Sálvia
Mais temperos e menos sal...
Mais temperos e menos sal... Maistemperos e menos sal...
Salsinha
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Mais temperos e menos sal... Mais temperos e menos sal...
Açafrão
Mais temperos e menos sal... Mais temperos e menos sal...
Mais temperos e menos sal... Mais temperos e menos sal...
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Mais temperos e menos sal... Mais temperos e menos sal...
Potássio
Potássio
 Principal cátion intracelular
 Funções
 Equilíbrio hidroeletrolítico
 Bomba sódio/potássio; controle do volume intra e extra celular
 Fontes
 Alimentos frescos
 Processados: menos potássio e mais sódio
 Para atingir necessidades: 5 a 9 porções de frutas e 
hortaliças/dia
Potássio Ricos em potássio Pobres em potássio
A
lim
en
to
s e
 P
ot
ás
sio
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Cálcio
Cálcio
 Mineral essencial para organismo, porém não é produzido 
endogenamente
 Cálcio x Massa óssea
 DRI 2010
 Obtido exclusivamente através da ingestão diária dos 
seguintes alimentos: leite e derivados como iogurte e 
queijos, sardinha, bacalhau, farinha de soja e vegetais 
verdes (agrião, brócolis, espinafre, manjericão, salsa)
Quantidade de Cálcio nos Alimentos
1 copo de leite
250 mg de cálcio
1 col de sopa de doce de leite
90 mg de cálcio
3 unidades de sardinha em 
lata
234 mg de cálcio
1 bola de sorvete
150 mg de cálcio
3 colheres de sopa de brócolis
200 mg de cálcio
1 colher de sopa de amêndoas
50 mg de cálcio
1 fatia de pizza de mussarela
115 mg de cálcio
1 fatia média de queijo branco
275 mg de cálcio
Fatores dietéticos que afetam a 
absorção de cálcio dietético
 Diminui
 Álcool, cafeína, fibra em excesso (acima de 30g por 
dia), fitatos (aveia e cereais), ferro, fosfato, fósforo, 
oxalatos (acelga, chocolate, espinafre, nozes, 
pimenta), TCL não digerido
 Aumenta
 Carboidratos (particularmente lactose), proteínas e 
alguns aminoácidos específicos (arginina e lisina), TCM 
e TCL metabolizados
Calixto, 2012
Funções do Tecido ósseo
 Sustentação
 Proteção de órgãos visíveis
 Ancoramento de grande e pequenos músculos
 Mastigação
 Homeostase do Cálcio
Mahan, 2010
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Osteoporose
 Definição
 distúrbio na qual ocorre redução da resistência óssea
 Resistência óssea: densidade e qualidade óssea
 Grande prevalência em idosos 
 Brasil – 6ª maior população idosa do mundo em 2025
 Fraturas: alto custo e morbi-mortalidade
Osteoporose
 Sítios de Fraturas Osteoporóticas
 Fratura do fêmur proximal
 Fratura de coluna vertebral
 Fratura de antebraço
Vannucchi, 2007
Fatores de Risco para Osteoporose
 História de fratura
 Baixo peso corporal (<56,7kg)
 Tabagismo
 Caucasianos
 Idade avançada
 Sexo feminino
 Demência
 Deficiência de estrógeno
 Baixa ingestão de cálcio
 Alcoolismo
 Dificuldade visual
 Sedentarismo
 Debilidade física Vannucchi, 2007
Prevenção da Osteoporose
 Hábitos de vida
 Prática de atividade física
 Nutrição
 Em todas as fases da vida
 Cálcio
 Vitamina D
 Proteínas
 Provavelmente contribuem: manganês, cobre, zinco, 
vitamina C e K.
Magnésio
Magnésio
 Funções
 Participa na produção de proteínas
 Sistemas enzimáticos – catalisador do último fosfato no ATP
 Com o cálcio: contrações musculares e coagulação sanguínea 
(Cálcio +/Mg -)
 Transmissão de impulsos nervosos
 Funcionamento do sistema imunológico
 Prevenção de cáries
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Magnésio 
30 mg/100g de alimento
Frutas e hortaliças
 abacate, banana, folha de beterraba, beterraba, grão-de-bico,
figo seco, feijão ervilha, mandioca (raiz), lentilhas, quiabo, batata
com casca, fécula de batata, figo (seco), uva passa, algas
marinhas, soja, espinafres, couve
Nozes e sementes
 nozes e sementes secas fornecem mais Mg do que as torradas.
Sementes de abóbora, girassol, gergelim. Amêndoas, castanhas,
amendoim, pistaches, soja, nozes
Magnésio 
30 mg/100g de alimento
Grãos e derivados
 Mais de 80% do Mg é perdido com a remoção do gérmen e das
camadas externas dos grãos
 Cevada, granola, aveia (grãos inteiros), farelo aveia, arroz integral,
farelo de milho, farelo de arroz, farinha de centeio, farelo de trigo,
gérmen de trigo, farinha de trigo integral, massas preparadas com trigo
integral, cereais instantâneos ricos em fibras (ex. All Bran)
Outros alimentos
 melaço, manteiga de amendoim, produtos de soja (molho, farinha,
tofu) camarão, ostra, fermento, leite em pó
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Depressão, Insônia e Hiperatividade
 O magnésio é um mineral fundamental para a formação de 
serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de 
prazer, bem estar e regularização do sono. 
 Na deficiência de magnésio é muito comum ocorrer 
alterações de humor levando a quadros de ansiedade, 
irritabilidade, nervosismo, hiperatividade e insônia. 
(queda da produção de serotonina ↔depressão)
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Osteoporose
 O magnésio é necessário para a formação óssea
 A deficiência deste nutriente é encontrada com frequência 
em indivíduos com osteoporose
 A deficiência de magnésio está relacionada à formação óssea 
inadequada, colaborando com a perda da massa óssea.
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Doenças Cardiovasculares
 Inibe a agregação plaquetária e promove relaxamento dos 
vasos sanguíneos, o que facilita o controle da pressão arterial.
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Hipertensão Arterial
 O magnésio participa da formação do óxido nítrico que
apresenta ação vasodilatadora, promovendo diminuição da
pressão arterial.
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Benefícios do Magnésio
Magnésio x Diabetes Mellitus
 A deficiência de magnésio está relacionada ao aumento da 
resistência periférica à ação da insulina, o que compromete o 
metabolismo da glicose.
Magnésio x Envelhecimento
 A deficiência de magnésio leva a uma diminuição da 
multiplicação de células, o que está relacionado ao 
envelhecimento precoce.
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Contração Muscular
 O magnésio está relacionado não só a contração muscular no
exercício físico, mas também a contração que envolve vários
órgãos como o coração.
 A deficiência de magnésio também afeta a parte
neuromuscular, um sintoma clássico de deficiência de
magnésio é o tremor nos olhos.
 O formigamento exacerbado é resultado de déficit de
magnésio e de vitaminas do complexo B.
Benefícios do Magnésio
Magnésio x Tensão Pré-Menstrual
 Estudos apontam que a 
suplementação de magnésio, que 
normalmente é deficiente em 
mulheres com TPM, melhora 
sensivelmente o humor e os 
sintomas desagradáveis deste 
período.
Ferro
Ferro
Absorção do Ferro
Anemia
Condição na qual a deficiência no tamanho ou
no número de hemácias ou na quantidade de
hemoglobinas limita a troca de oxigênio e dióxido de
carbono entre o sangue e as células do tecido.
Mahan & Scott-Stump, 2010
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Prevalência de Anemia, de acordo com sexo e idade
NHANES III Diagnóstico
Sinais
 Palidez Cutâneo-Mucosa
 Taquicardia
 Sopro Cardíaco
 Unhas em coloníquia
Sintomas
 Fadiga
 Dispnéia aos esforços
 Vertigens
 Cefaléia
 Angina
Presente nos casos graves. 
Achados clínicos tem baixa sensibilidade para anemias leves a moderadas.
Anemia Ferropriva
Etiologia – Deficiência de Ferro
Ingestão inadequada
Absorção inadequada
Utilização inadequada Defeitos da liberação dos 
depósitos
Aumento da perda de 
sangue ou excreção
Aumento das necessidadesMahan, 2010
Necessidade de ferro (mg/dia) x idade
Mahan & Scott-Stump, 2010
Substâncias que melhoram a 
biodisponibilidade
Ácido ascórbico
Proteínas
Ácidos orgânicos
Vitamina A
Substâncias inibidoras
Cálcio
Fitatos
Oxalatos
Taninos
Fibras
EDTA
Fosfatos 
Zinco
Soja
Anemia Ferropriva - Alimentos
Manual de Nutrição Clínica,7ª ed, 2007
Obrigada!
fabiananutri@gmail.com

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