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05/10/2017 1 Profª Manuela Poletto Klein manuelap@ufcspa.edu.br; sala 401b 2017/2 QUÍMICA DE ALIMENTOS AULA 7 – AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS Aminoácidos H3N+ COO- R H 21 aminoácidos Proteínas e peptídeos Cα 2 05/10/2017 2 Aminoácidos 3 Grupos ionizáveis R – define as propriedade de cada aa: � Estrutura � Tamanho � Carga elétrica � Solubilidade o Grupos R apolares, alifáticos o Grupos R aromáticos o Grupos R polares, não-carregados o Grupos R carregados positivamente o Grupos R carregados negativamente Aminoácidos 4 05/10/2017 3 Grupos R apolares, alifáticos Aminoácidos Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 5 Grupos R aromáticos Aminoácidos Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 6 05/10/2017 4 Propriedades de aminoácidos aromáticos Absorção de luz UV por AA aromáticos. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7 Polares, não carregados Aminoácidos Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. Pontes dissulfeto entre 2 cisteínas: • AA cistina • Estrutura de proteínas 8 05/10/2017 5 Selenocisteína Cys, C Sec, U Estrutura semelhante à da cisteína, mas com um átomo de selênio no lugar do átomo de enxofre. Proteínas com um ou mais resíduos de selenocisteína são chamadas selenoproteínas. Presente em muitas enzimas (glutationa peroxidase, tiorredoxina redutase, formiato desidrogenase , glicina redutase e algumas hidrogenases). 9 Grupos polares, carregados positivamente a pH 7 Aminoácidos Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 10 05/10/2017 6 Polares, carregados negativamente a pH 7 Aminoácidos Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 6ª ed. 11 o Sal do aminoácido ácido glutâmico Aminoácido de interesse em alimentos Ácido glutâmico Glutamato monossódico Realçador de sabor Gosto umami (旨味) 12 05/10/2017 7 Aminoácidos são ácidos e bases: anfólitos 13 Base (aceptor de prótons) Ácido (doador de prótons) Zwitterion (íon híbrido) pI: pH em que a quantidade de carga positiva é igual a quantidade de carga negativa (concentração do íon duplo é máxima) pK1: pH onde as concentrações de COOH e COO - são iguais pK2: pH onde as concentrações de NH3 + e NH2 são iguais pI pK1 pK2 Curvas de titulação de aminoácidos Informações importantes: • Medida do pKa • Regiões de tamponamento • Medida do pI 14 05/10/2017 8 Propriedades dos grupos ionizáveis dos aa Fonte: Química de Alimentos de Fennema, 4ª ed. pI: (pk1+pk2)/2 P/ aa ácidos: pI: média dos 2 menores pKs P/ aa básicos: pI: média dos 2 maiores pKs Aplicação no isolamento de proteínas 05/10/2017 9 pI de proteínas alimentícias ~ 4,5 Proteína isolada de soja Caseína isolada Iogurte Ricota pH > pI pH < pIpH = pI Aplicação no isolamento de proteínas 17 Se pH do meio < pI da proteína = carga global + Se pH do meio > pI da proteína = carga global - 18 Aplicação no isolamento de proteínas 05/10/2017 10 Fonte: Scopes. Protein Purification (1993). pI: pH de menor solubilidade 19 Formação da ligação peptídica Ligação peptídica Condensação Cadeia principal Cadeia lateral 20 05/10/2017 11 Peptídeos e proteínas Dois aminoácidos unidos por ligação peptídica: o DIPEPTÍDEO o Ex.: Aspartame (ácido aspártico + fenilalanina) 21 • Três aminoácidos unidos por 2 ligações peptídicas: • TRIPEPTÍDEO • Alguns poucos aminoácidos unidos por ligações peptídicas: • OLIGOPEPTÍDEO • Muitos aminoácidos unidos ligações peptídicas: • POLIPEPTÍDEO 22 Peptídeos e proteínas 05/10/2017 12 • Ocorrência natural: bacteriocinas; • Usado em produtos lácteos como conservante; • Ativo contra um amplo espectro de bactérias Gram-positivas Figura: Composição de aminoácidos da nisina (34 aa) 23 Peptídeos em alimentos Peptídeos bioativos: • Inativos no interior da proteína de origem; • Após liberação (hidrólise) possuem atividades: Adaptado de:http://www.uni-salzburg.at/index.php?id=25633 Hidrólise Peptídeo bioativo 24 Peptídeos em alimentos 05/10/2017 13 Proteína vegetal ou animal •Fermentação •Processamento alim. •Hidrólise enzimática Peptídeo Bioativo Opiácea e antagonistaAntioxidante Anti-hipertensivaAntimicrobiana Imuno-moduladora Anti-inflamatório ... Peptídeos bioativos: 25 Peptídeos em alimentos Peptídeos lácteos que inibem a produção da angiotensina (responsável pelo estreitamento dos vasos sanguíneos) Peptídeos lácteos que auxiliam na redução do colesterol 26 Peptídeos em alimentos 05/10/2017 14 o Massa molecular acima de 10.000: o PROTEÍNA oEx.:TAUMATINA (22 kDa; ~2500 x + doce que a sacarose) Desenho estrutural da taumatina Fruta: Katemfe (planta africana) Proteínas 27 Ex.: chocolates adoçados com taumatina 28 05/10/2017 15 29 Estrutura das proteínas Estrutura: • Primária • Secundária • Terciária • Quaternária 05/10/2017 16 A ligação peptídica C-N é rígida e planar. Estrutura primária das proteínas α-HÉLICE Descreve o arranjo espacial dos átomos na cadeia principal α-hélice Estrutura secundária das proteínas Ligações hidrogênio intracadeia 05/10/2017 17 FOLHAS β Cadeia polipeptídica em zigue-zague A conformação β é mais estendida Ligações hidrogênio intercadeia β-pregueada Estrutura secundária das proteínas Descreve o arranjo espacial total de todos os átomos na proteína. Aminoácidos distantes dentro da cadeia podem interagir na estrutura da proteína completamente dobrada. Estrutura terciária das proteínas 05/10/2017 18 Estrutura quaternária das proteínas Fonte: http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_proteinas/introducao_ proteinas_tres.htm Ligações internas de uma proteína 05/10/2017 19 Importância da água (Chaplin, 2001) Proteínas em solução aquosa Conformação de Proteínas Conformação: Arranjo espacial dos átomos em uma proteína; Proteínas nativas: proteínas dobradas em suas conformações ativas; Estabilidade: tendência em manter a conformação nativa; Proteínas desnaturadas: perda da conformação ativa. 05/10/2017 20 Desnaturação de Proteínas Estrutura nativa Estrutura desnaturada Mudanças no ambiente Mudanças estruturais (perda de função) Proteína desnaturada A desnaturação nem sempre é um processo indesejável: • GELATINA: colágeno desnaturado; Ex.: proteína desnaturada 05/10/2017 21 Desejável Desnaturação parcial: • Melhora as propriedades de interface (propriedades emulsificantes e de formação de espuma) • Melhora digestibilidade Indesejável: Desnaturação excessiva: • Diminuição da solubilidade (ex.: clara do ovo); • Perda de propriedades interfaciais. Desnaturação de Proteínas • Obtenção de propriedades funcionais das proteínas; • Inativação de fatores antinutricionais proteicos (inibidores de protease) – aumento de digestibilidade; Fig. Estrutura primária do inibidor Bowman-Birk da soja Desnaturação de Proteínas 05/10/2017 22 • Inativação de enzimas com atividade indesejável (PPO’s); • Desnaturação de toxinas (ricina – sementes de mamona, toxinas de microrganismos). Desnaturação de Proteínas Físicos • Temperatura • Ação mecânica • Pressão • Raio X • Ultrassom Químicos • pH • Sais • Detergentes Fatores que influenciam na desnaturação de proteínas 05/10/2017 23 • Desestabilização de interações não-covalentes • (ligações H, interações eletrostáticas); • Maior estabilidadeem baixas temperaturas. Desnaturação pela temperatura • Agitação, amassamento, batimento, homogeneização, extrusão; • Incorporação de ar e ligação das proteínas na interface ar-líquido; • Mudanças conformacionais (estrutura quaternária e terciária); • Ex.: merengue. Desnaturação por agitação mecânica 05/10/2017 24 • Maior estabilidade à desnaturação no pI; • pH neutro: carga negativa, repulsão eletrostática leve; • pHs extremos: forças de repulsão eletrostáticas são fortes; • Inchamento e desdobramento das proteínas; • Reversível ou irreversível (ex.: hidrólise de ligação peptídica em pHs muito altos). Desnaturação pelo pH Referências bibliográficas FENNEMA, O. R.; DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L. Química de Alimentos de Fennema – 4ª ed. - Editora Artmed, 2010. BOBBIO, F.O.; BOBBIO, P.A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2003. 238p. LEHNINGER, A. L.; Nelson, D. L.; Cox, M. M., Lehninger principles of biochemistry. Worth Publishers: New York, 2000. 48
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