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Proteínas Resumo de Química de Alimentos AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS Importância - ● Fornecem elementos necessários para a síntese proteica. ● Aa e peptídeos são precursores dos compostos de cor e aroma dos alimentos ● Proteínas têm capacidade de estabilizar ou formar géis, espumas, massas e emulsões. ● Valor energético de 4 kcal/g ● Principais fontes: cereais, sementes oleaginosas; leguminosas; carne e leite; algas (Chlorella, Scenedesmus, Spirulina spp.) e leveduras Concentrados proteicos (soja, trigo, ovos, leite) Introdução - ● Um aminoácido é um ácido carboxílico com um grupo amina no carbono α. ● As unidades de repetição são chamadas “resíduos de aminoácidos Polímeros de aminoácidos podem ser compostos de qualquer número de resíduos de aminoácidos: Dipeptídeos, Tripeptídeos, Oligopeptídeos, Polipetídeos - proteínas fibrosas - proteínas globulares Os aminoácidos são ligados entre si por ligações amida Aminoácidos - Nomenclatura e classificação São quase sempre chamados por seus nomes comuns – que muitas vezes diz algo sobre o aminoácido: ● GLICINA – sabor doce, do grego glykos, que significa “doce” ● ASPARAGINA – encontrada inicialmente em aspargos ● TIROSINA – isolada do queijo, do grego tyros, que significa “queijo” Os aminoácidos têm uma abreviação de 3 letras e uma abreviação de apenas 1 letra Nove aminoácidos são chamados de essenciais Devemos obtê-los a partir da dieta – não podemos sintetizá-los de modo algum ou em quantidades adequadas São essenciais: valina, leucina, isoleucina, treonina, metionina, lisina, fenilalanina, histidina e triptofano Valor biológico – conteúdo de aa essenciais e aproveitamento pelo corpo humano ● Grupos R apolares, alifáticos ● Grupos R aromáticos ● Grupos R polares, não-carregados ● Grupos R carregados positivamente ● Grupos R carregados negativamente Selenocisteína - Estrutura semelhante à da cisteína, mas com um átomo de selênio no lugar do átomo de enxofre. Proteínas com um ou mais resíduos de selenocisteína são chamadas selenoproteínas. Presente em muitas enzimas (glutationa peroxidase, tiorredoxina redutase, formiato desidrogenase, glicina redutase e algumas hidrogenases). Propriedades ácido-base dos aminoácidos - Os grupos carboxila (pKa ~ 2) e amino (pKa ~ 9) podem existir em sua forma ácida ou básica dependendo do pH: ● Abaixo do pKa - forma ácida, com seus prótons ligados (capaz de doar prótons) ● Acima do pKa - forma básica, sem seus prótons ligados (capaz de receber prótons) Se pH do meio < pI da proteína = carga global + Se pH do meio > pI da proteína = carga global - Peptídeos e proteínas - Dois resíduos aminoácidos unidos por ligação peptídica: ● DIPEPTÍDEO ● Ex.: Aspartame (ácido aspártico + fenilalanina) ● Três resíduos de aminoácidos unidos por 2 ligações peptídicas: TRIPEPTÍDEO ● 3 a 10 resíduos de aminoácidos unidos por ligações peptídicas: OLIGOPEPTÍDEO ● Muitos resíduos de aminoácidos unidos ligações peptídicas: POLIPEPTÍDEO Glutationa: ácido glutâmico + cisteína + glicina - presente em tecidos animais, vegetais e microrganismos – transporte de aa e reações redox Carnosina, ,Balenina, Anserina - Dipeptídeos presentes na carne bovina, de frango e de baleia (recuperação do músculo) Peptídeos bioativos Inativos no interior da proteína de origem; Após liberação (hidrólise) possuem atividades bioativas Exemplo: bacteriocinas ● Produzido por cepas de Streptococcus lactis ● Usado em produtos lácteos como conservante ● Ativo contra um amplo espectro de bactérias Gram-positivas Peptídeos lácteos que auxiliam na redução do colesterol Peptídeos lácteos que inibem a produção da angiotensina (responsável pelo estreitamento dos vasos sanguíneos) Proteínas ● Estrutura primária das proteínas - Descreve as ligações covalentes ligando resíduos de aa em uma cadeia polipeptídica. ● Estrutura secundária das proteínas - Descreve como os segmentos do esqueleto se dobram: α-hélice - Cada H ligado de um aa faz ligação com O de outro aa localizado a 4 resíduos de aa de distância. β-pregueada - Cadeia polipeptídica estendida em zigue-zague (pregas) Ligações hidrogênio entre cadeias peptídicas vizinhas. ● Estrutura terciária das proteínas - Descreve o arranjo tridimensional de todos os átomos na proteína. Aminoácidos distantes dentro da cadeia podem interagir na estrutura da proteína completamente dobrada. Tendência a se dobrar – maximizar as interações estabilizantes. ● Estrutura quaternária das proteínas - Proteínas fibrosas: cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas (forma e proteção); Proteínas globulares: cadeias arranjadas em forma esférica ou globular (enzimas e proteínas reguladoras); Monomérica: proteínas formadas por um só polipeptídeo; Multimérica: proteínas formadas por dois ou mais subunidades de polipeptídicas. Fatores que influenciam na desnaturação de proteínas 1. Físicos ● Temperatura ● Ação mecânica ● Pressão ● Raio X ● Ultrassom 2. Químicos ● pH ● Sais ● Detergentes Desnaturação pelo calor Desestabilização de interações não-covalentes (fracas): (ligações H, interações hidrofóbicas) – aumento do movimento dos átomos da proteína Ex.: cozimento, tratamento térmico, esterilização em autoclave: desnaturação de proteínas bacterianas Desnaturação por ácidos e bases Alteram a distribuição de cargas na proteína pHs extremos: forças de repulsão eletrostáticas fortes, causam inchamento e desdobramento das proteínas; Reversível ou irreversível (ex.: hidrólise de ligação peptídica em pHs muito altos); Ex.: desnaturação durante digestão, “cozimento” de peixes em pH baixo
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