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Cirurgia (intervenção nutricional)

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Intervenção Intervenção 
nutricional nutricional 
no pré e pósno pré e pós--
cirúrgicocirúrgico
Professora: Rafaella de Andrade
A cirurgia envolve uma lesão intencional ao corpo,
imposta para o benefício global do paciente
O traumatismo cirúrgico resulta em várias respostas
que causam uma modificação do metabolismo em
direção ao catabolismo
Para a recuperação da cirurgia, é necessário que ocorra
uma inversão do catabolismo induzido pelo
traumatismo para o anabolismo
A nutrição, com a oferta de energia e proteínas, representa 
uma parte essencial do tratamento perioperatório
NUTRIÇÃO NO PRÉ E PÓS CIRÚRGICO
Desnutrição pode afetar adversamente:
 Evolução clínica dos pacientes por aumentar o
tempo de permanência hospitalar e a incidência
de complicações pós-operatórias (infecções,
retardo na cicatrização de feridas, fístulas,
deiscências de anastomoses)
 Aumentar a taxa de mortalidade
A conduta nutricional adequada é fundamental no 
tratamento cirúrgico 
1-REDUZ A MORBIMORTALIDADE
2-DIMINUI O TEMPO DE INTERNAMENTO 
3-DIMINUI INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA
Avaliação nutricional é importante no 
período pré-operatório
Objetivando...
 Definir o grau de desnutrição
 Identificar indivíduos em risco de
desenvolver complicações por déficits
nutricionais
 Instituir precocemente terapia nutricional
especializada
ADMISSÃO NUTRICIONAL HOSPITALAR
Investigação de:
 Aversões e alergias alimentares
 Alterações no peso corporal e apetite
 Avaliação do estado nutricional (objetiva e
subjetiva)
 Avaliação bioquímica
 Determinação do risco nutricional – permite o
planejamento da intervenção nutricional
Parâmetros que definem risco nutricional grave:
- Perda de peso > 10 a 15% em 6 meses
- Índice de massa corporal <18,5Kg/m2
- Avaliação nutricional subjetiva grau C ou
indicando desnutrição grave
- Albumina sérica <3g/dL
Pacientes com risco nutricional grave são candidatos
à nutrição enteral por um período de 10 a 14 dias
antes de cirurgia de grande porte, mesmo que isso
implique num atraso na realização da cirurgia
Estado nutricional grave...
Aumento da morbidade, tempo de internamento e
mortalidade
Estimativa das necessidades de energia e proteínas
para pacientes cirúrgicos:
- Necessidade de energia: GEB + FA + FL
- Estimativa do GEB por meio de Harris Benedict
Mulheres: 655 + (9,6 x peso [Kg]) + (1,7 x altura [cm]) x
(4,7 x idade)
Homens: 66 + (13,7 x peso) + (5 x altura) x (6,8 x idade)
- Fator atividade:
Acamado: 1,2
Deambulando: 1,3
- Fator lesão:
Cirurgia eletiva: 1-1,2
Fratura múltipla: 1,2-1,3
Peritonite: 1,2-1,5
Traumatismos em tecidos moles:1,14-1,37
- Necessidades proteicas: 1-1,5g/Kg/dia
Cirurgias que não envolvem o sistema digestório: 
Ortopédicas, ginecológicas, pulmonares, 
vasculares e outras que não interferem na 
funcionalidade do trato digestório
DIETA VIA ORAL: 
Presença de ruídos hidroaéreos X Recuperação 
anestésica
Cirurgias que envolvem o sistema digestório:
Manipulação intensa dos órgãos do trato digestivo 
Dieta - PARTICULARIDADES
CIRURGIAS: BUCOMAXILARES
Impossibilidade de mastigação 
POI  náuseas e vômitos  grande quantidade de
sangue é deglutida
Via oral (líquida) ou por via enteral por meio de
sondas passadas durante a cirurgia
Possibilidade de mastigação progressão da dieta
CIRURGIAS: ESÔFAGO
Indicação cirúrgica: 
 Megaesôfago, Estenoses e Tumores
Tipos de cirurgias:
• Cardiomiotomia a heller com terapia anti refluxo 
(fundoaplicatura).
• Esofagectomia total
CIRURGIAS: ESÔFAGO
DIETA PRÉ-OP: Dieta livre, consistência c/a
 Jejum de 8 à 12h antes da intervenção (???)
PROJETO ACERTO: 2h de jejum
CIRURGIAS: ESÔFAGO
DIETA PÓS-OP: 
• Cardiomiotomia à Heller: Dieta via oral fracionada, 
progressão c/a do paciente
Líq prova  Líq total/Semi-líquida  Pastosa 
Branda Livre
• Esofagectomia total: Dieta por SNE (risco de deiscência de 
anastomose, fístulas)
Via oral (ausência de complicações): Evolução gradativa
Líq. de prova → Líq. total → Pastosa → Branda → Livre
CIRURGIAS: ESTÔMAGO
Indicação cirúrgica: 
• Úlceras perfuradas, tumores
Tipos de cirurgias:
• GASTRECTOMIA TOTAL - esofagojejenoanastomose
• GASTRECTOMIA PARCIAL OU SUBTOTAL -
Bilroth I (gastroduodenoanastomose) 
Bilroth II (gastrojejunoanastomose)
CIRURGIAS: ESTÔMAGO
DIETA PRÉ-OP: Dieta sem irritantes gástricos, c/a,
seguida de jejum de 8 à 12h antes do procedimento
cirúrgico (**PROJETO ACERTO)
DIETA PÓS-OP:
Gastrectomia Total: Iniciar dieta por SNE progredir via
oral: Líq prova progredir até branda (sem sacarose e sem
lactose) fracionada e em pequena quantidade por 30 dias.
Após 30 dias - retorna consulta = dieta livre .
Gastrectomia Subtotal: Dieta oral: Liquida de Prova,
evoluindo até branda, sem sacarose, sem lactose por 30
dias.
CIRURGIAS: ESTÔMAGO
DIETA PÓS-OP: até 1 mês pós op
• Líquidos protéicos com proteínas de alto valor biológico
(leites sem lactose, extratos de soja, iogurtes líquidos, sem
carboidratos simples = sacarose, lactose).
• Sucos naturais frescos, adicionados de carboidratos
complexos a 5-10%.
• Evitar grão de feijão e verduras cruas (amilose , pectina,
estaquinose, rafinose).
• Frutas sem casca e bagaço. Preferir frutas macias.
Síndrome de dumping:
Resposta fisiológica complexa à presença de
quantidades maiores que o habitual de alimentos na
porção proximal do delgado
Perda da regulação normal do esvaziamento gástrico e
das respostas gastrointestinais e sistêmicas a uma
refeição
1º estágio  plenitude abdominal e náusea 10 a 20’ após
refeição  distensão do delgado + modesta alteração de
fluido pela circulação sistêmica  alimentos hipertônicos
Estágio intermediário  20’ a 1h  inchaço abdominal,
flatulência aumentada, cólica e diarréia  má absorção de CH
e outros gêneros alimentares e a fermentação dos substratos
no cólon
Estágio final  1 a 3h  hipoglicemia reativa (sudorese,
ansiedade, fraqueza, tremores, dificuldade de concentração)
Rápida 
hidrólise e 
absorção de 
CH
 Exagerado dos 
níveis de insulina
 Subsequente da 
glicemia
Diarreia osmótica e hipoglicemia  presença de
monossacarídeos não absorvidos no jejuno
Mais frequente na gastrectomia parcial com
reconstrução jejunal
Ptnas e Gorduras  + bem toleradas que os CH 
hidrolisadas + lentamente
Limitar CH simples (lactose, sacarose, dextrose) 
rapidamente hidrolisados
Evitar líquidos nas refeições  entram no jejuno
rapidamente
Fibras  taxa de absorção de glicose
Gastrectomia total:
Falta do fator intrínseco  má absorção de Vit B12 
anemia megaloblástica
Administração contínua da vitamina por via
intramuscular (anualmente ou semestralmente)
Prejuízo na absorção de Fe
CIRURGIAS: INTESTINO
Indicação cirúrgica: 
• Megacólon Chagásico, Volvo de Sigmóide, 
DII - Retocolite, Diverticulite, Câncer
Tipos de cirurgias: 
• Intestino grosso: Colectomia total, Hemicolectomia
direita, Colectomia transversal, Colectomia esquerda, 
Sigmoidectomia
• Intestino delgado: Ressecções jejuno, Ressecções Íleo
CIRURGIAS: INTESTINO
DIETA PRÉ-OP: Líquidos claros + Lavagem
intestinal (refresco ou chá + manitol)
PROJETO ACERTO: Contra indica preparo mecânico
do cólon fezes líquidas na cavidade abdominal
CIRURGIAS: INTESTINO
DIETA PÓS-OP:
Colectomia total, Hemicolectomia direita:
• Dieta via: Líq. prova - Líq. Total/Semi-líquida - Pastosa
– Branda)
CONSTIPANTE, ↑ líquidos, suplementar eletrólitos
Colectomia transversal, Colectomia esquerda e
Sigmoidectomia:
• Dieta via: Líq. prova - Líq. Total/Semi-líquida - Pastosa
– Branda)
LAXANTE, ↑ líquidos
CIRURGIAS: INTESTINO
DiverticulectomiaVolvo Sigmóide
PRÉ-OP: Pobre em resíduos
PÓS-OP: Dieta laxante
CIRURGIAS: INTESTINO
Colostomia Ileostomia
Ileostomia fezes líquidas
Colostomia cólon: reabsorve água = fezes formadas
O odor é um problema significativo
Diretrizes da terapia nutricional por via oral após 
cirurgias intestinais: 
- Iniciar com dieta líquida, evoluindo
gradativamente
- No caso de ressecções do íleo, com remanescente <
100cm, é recomendada dieta hipolipídica com uso
de TCM
- Oferta abundante de líquidos
- Introdução gradativa das fibras. Iniciar com dieta
rica em fibras solúveis e pobre em insolúveis.
Somente a partir da normalização do trânsito
intestinal, introduzir as fibras insolúveis
- Introduzir a lactose gradativamente
- Probióticos e prebióticos auxiliam na recolonização
- Evitar alimentos relacionados à formação de gases
Brócolis, couve-flor, couve e repolho
Nabo, cebola crua, pimentão verde, rabanete, pepino e
batata doce
Grãos de leguminosas: feijão, ervilha, soja, grão-de-
bico, lentilha
Frutos do mar (especialmente mariscos e ostras)
Melão, melancia e abacate
Ovo cozido ou frito, especialmente consumido inteiro
Normalmente, a maior parte da digestão e absorção
dos alimentos e nutrientes ocorre nos primeiros 100
cm do intestino delgado
Íleo motilidade comparativamente mais lenta
Hormônios secretados no íleo e cólon ajudam a
diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico e as
secreções
CIRURGIAS: INTESTINO
Ressecções do jejuno: 
CIRURGIAS: INTESTINO
Ressecções do íleo: 
Ressecções significativas, especialmente da porção
distal, geralmente causam complicações nutricionais e
clínicas importantes
Único local de absorção de vitamina B12 e sais biliares
Absorve a maior porção de vários litros de líquidos
ingeridos e secretados no TGI  má absorção de
líquidos
Adaptações fisiológicas: 
Lactase  enzima de frágil inserção no enterócito 
intolerância à lactose
O íleo é capaz de assumir as funções do jejuno, mas a
recíproca não é verdadeira
Íleo  região seletiva para absorção de sais biliares e
vitamina B12
Má absorção de sais biliares...
Se o íleo não consegue reciclar os sais biliares, a
produção hepática não consegue manter um pool
de sais biliares suficiente
Má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis
Má absorção de ácidos graxos...
Associação a cátions divalentes (cálcio, zinco e
magnésio) sabões de ácidos graxos-minerais
Hiperoxalúria e cálculos renais de oxalato
Íleo remanescente inferior a 100cm  reposição
intramuscular de vitamina B12 e dieta hipolipídica
TCM (gordura do coco e produtos industrializados)
Não são fonte de ácidos graxos essenciais
Tamanho da ressecção intestinal  fator decisivo
para prognóstico e definição da conduta nutricional
Até 50% de intestino ressecado: geralmente é bem
tolerado, pois a capacidade absortiva é recuperada
com o processo de adaptação
50 a 75% do intestino ressecado: modificações dietéticas
específicas, geralmente com NPT no POI.
Farmacoterapia para auxiliar no controle da diarreia
Mais de 75% do intestino ressecado: NPT (dependência =
capacidade adaptativa do intestino remanescente).
Farmacoterapia para controle da diarreia e reposição
de nutrientes
Cirurgia: Apendicectomia
Hemorroidectomia:
• Permitir a cicatrização da ferida e impedir sua
infecção pelas fezes   frequência das fezes 
drogas constipantes e dieta de  resíduo
• Após cicatrização completa  dieta normal 
fibras e  em líquidos
CIRURGIAS: FÍGADO
Indicação cirúrgica: 
• Cisto, abcessos, câncer, falência hepática, outras
Tipos de cirurgias: Hepatectomia
• Dieta pré-op: Dieta conforme aceitação
• Dieta pós-op: Via oral líq de prova - progredir c/a
CIRURGIAS: VESÍCULA BILIAR
Indicação cirúrgica: 
• Cálculo, Câncer, outras.
Tipos de cirurgias: Colescistectomia convencional ou 
Videolaparoscópica
• Dieta pré-op: Dieta hipolipídica
• Dieta pós-op: Via oral líq. de prova progredir até 
hipolipídica (manter hipolipídica por 30 dias)
Cirurgias por vídeo:
Ato cirúrgico cada vez menos invasivo
Diminuição do estresse e do tempo de internamento
Catabolismo diminuído 
Recuperação mais rápida
CIRURGIAS: PÂNCREAS
Indicação cirúrgica: Tumor
Tipos de cirurgias: Derivação Biliodigestiva (a), 
Gastroduodenopancreatectomia Cefálica (b)
• Dieta pré-op (a)/(b): Dieta hipolipídica 
• Dieta pós-op (a): Via oral líq. de prova progredir até 
hipolipídica (manter hipolipídica por 30 dias)
• Dieta pós-op (b): Via oral líq. de prova evoluir até 
branda hipolipídica, sem sacarose, sem lactose por 30 dias
Outras recomendações:
PROJETO ACERTO
- Livre ingestão de líquidos claros até 2 a 3 horas antes
da cirurgia  evita o desconforto da sede e evita a
desidratação
- Bebida rica em carboidratos isoosmolar  quando
oferecida no período pré-operatório é rapidamente
eliminada do estômago e diminui a fome a ansiedade
pré-operatória, assim como o paciente vai para a
cirurgia num estado alimentado e não de jejum.
Também reduz a resistência à insulina no pós
operatório
Principais aspectos relacionados no perioperatório:
Evitar longos períodos de jejum pré-cirurgia
Restabelecimento da alimentação por via oral o mais
precoce possível
Integração da nutrição no manuseio global do
paciente
Controle metabólico, especialmente da glicose
sanguínea
Redução de fatores que podem aumentar o
catabolismo ou prejudicar o funcionamento
gastrointestinal
Mobilização precoce
1) Que alterações acontecem após um ato cirúrgico?
2) Quais as complicações decorrentes da desnutrição
no perioperatório?
3) Qual a conduta nutricional no pré-cirúrgico de
procedimentos que envolvem o preparo do cólon?
4) Qual a conduta nutricional em procedimento que
não envolvem sistema digestório?
5) Qual a conduta nutricional nas esofagectomias?
6) Qual a conduta nutricional nas gastrectomias?
7) Qual a conduta nutricional nas ressecções
intestinais?
8) Qual a conduta nutricional em casos de colostomia
e ileostomia?