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CÂNCER DE PÊNIS: atuação da enfermagem da prevenção ao tratamento

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CÂNCER DE PÊNIS: atuação da enfermagem da prevenção ao tratamento
Adilelson Lopes Costa Júnior�;Bianca Cruz Corvelo*; Débora Cecília Pires dos Santos*; Jessica Santos Bezerra*; Leandro Silva Pereira*; Lucas dos Santos Silva*; Mariana Andrade Silva*; Nataliene Sousa e Silva*; Stefane Gonçalves Silva*; Josianne Rocha Barboza((
RESUMO
A discussão sobre o câncer peniano está envolto de muitas questões, que vão desde a condição social do indivíduo, abrangendo políticas públicas e falta de informação. Desta forma o artigo cientifico teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica buscando sintetizar o conhecimento na prevenção, manifestações clinicas e diagnostico, tratamento, e a intervenção da enfermagem. Portanto foi realizado o levantamento de dados bibliográficos por meio de artigos e livros em bases de dados como: SCIELO, GOOGLE ACADEMICO e LILAC. Como resultado foi observado que o câncer peniano é considerado raro em países desenvolvidos, apresentando relevância maior em países em desenvolvimento, sendo que o Brasil tem apresentado alto índice de incidência, especialmente no Norte-Nordeste acometendo principalmente homens na terceira idade. Desta forma, foi possível verificar a importância da atuação da equipe de enfermagem, havendo uma necessidade de se ter conhecimento técnico cientifico para identificar as possíveis manifestações clinicas e causas, no sentindo de desenvolver uma estratégia de prevenção.
	
Palavras - chave: Câncer. Higiene. Prevenções. Carcinoma de pênis.
1 INTRODUÇÃO 
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens, podendo está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima e a homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis). Além desses fatores, o estreitamento do prepúcio e infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) predispõem ao câncer peniano (RODRIGUES et al., 2016).
As manifestações clínicas iniciais do carcinoma peniano consistem no aparecimento de lesão e alterações de coloração na glande, ou em forma de ferida ou úlcera persistente que, ao não ser tratada, estende-se para o prepúcio e se infiltra nos tecidos adjacentes, como o tecido subepitelial conjuntivo, o corpo esponjoso e o corpo cavernoso, até invadir órgãos próximos como próstata e bexiga, levando, além da amputação, a danos mais extensos (RODRIGUES et al., 2016).
O tratamento muitas vezes consiste da penectomia parcial ou total, e uso concomitante de agentes quimioterápicos. Entretanto, esta apresenta uma eficácia limitada, causam a perda de controle urinário e da função sexual normal. Além disso, os homens diagnosticados no estágio de metástase possuem uma taxa de sobrevida de até três anos (DI LORENZO et al., 2011; NOVAIS et al., 2012). 
O câncer peniano é considerado um problema de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento, sendo rara e com incidência decrescente em países desenvolvidos. Em algumas regiões da África, da Ásia e da América do Sul chega a corresponder até 10% das neoplasias malignas no homem. A baixa incidência desta doença nos países desenvolvidos, em contraste com a alta incidência nos países em desenvolvimento, indica claramente a associação da doença com perfil socioeconômico e educacional destes países (SILVA REIS et al., 2010; De PAULA, SOUZA, ALMEIDA, 2016).
No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste. No Maranhão, estudos epidemiológicos revelam dados mais alarmantes, uma vez que representa quase 23 % dos casos de câncer de pênis do Brasil (FAVORITO et al., 2008). Todo o trabalho de pesquisa visou, além de informar e conscientizar a população quanto à gravidade da doença, mostrar a importância do profissional da enfermagem da prevenção ao tratamento do paciente oncológico e expressar os porquês e consequências de uma alta incidência na região norte-nordeste (COSTA, Adilelson* et al.*, 2017)
Portanto, levando em consideração a prevalência de câncer de pênis no Brasil e a necessidade de mostrar fatores tanto de risco como de prevenção dessa entidade, tão preocupante na população, o presente artigo teve o objetivo de realizar revisão da literatura em relação à etiologia, fatores predisponentes, prevalência, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e a intervenção da enfermagem para esta patologia nas bases de dados científicas PubMed, Scientific Eletronic Library Online (SciELO), National Library Of Medicine (MedLine) e LILACS, utilizando os descritores “Carcinoma de pênis”, “Higiene”, “Prevenções”, “Epidemiologia”. 
2 CÂNCER DE PÊNIS 
 
O câncer de pênis corresponde a uma lesão nodular ulcerada ou vegetante, de evolução lenta, geralmente indolor, localizada, preferencialmente na glande (60% dos casos) ou no prepúcio (35% dos casos), com diagnóstico realizado pela biópsia da lesão primária. (SAUIA, 2010).
Existem vários tipos de câncer de pênis, são eles: 
Carcinoma de Células Escamosas
É considerado o estágio inicial do câncer de pênis de células escamosas. Neste estágio, as células cancerígenas são encontradas apenas na superfície da pele. O carcinoma in situ da glande é também denominado de eritroplasia de Queyrat. Quando detectado no corpo do pênis ou outras partes dos órgãos genitais é denominado doença de Bowen (INSTITUTO ONCOGUIA, 2012) Carcinoma Verrucoso é uma forma rara de tumor de células escamosas e pode ocorrer em muitas áreas da pele. O carcinoma verrucoso, também conhecido como tumor de Buschke-Lowenstein, se parece muito com uma verruga genital benigna. Estes tumores têm crescimento lento, mas às vezes podem apresentar um crescimento rápido. Eles podem se disseminar para os tecidos adjacentes, mas raramente se espalham para outros órgãos (BRASIL, 2008).
Melanoma
O melanoma é um tipo de câncer de pele que começa nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele e proteção do sol. Esses tumores tendem crescer e se disseminar rapidamente e são mais agressivos do que outros tipos de câncer de pele. Os melanomas são mais frequentemente encontrados em peles expostas ao sol e raramente ocorrem em outras áreas do corpo. Apenas uma pequena porcentagem dos cânceres de pênis são melanomas (BRASIL, 2008).
.
Carcinoma Basocelular
O carcinoma basocelular é outro tipo de câncer de pele que pode se desenvolver no pênis, representando uma pequena porcentagem dos casos de câncer peniano. Este tipo de tumor é de crescimento lento e raramente se dissemina para outras partes do corpo (BRASIL, 2008).
Adenocarcinoma (Doença de Paget do Pênis)
O adenocarcinoma é um tipo muito raro de câncer de pênis que se desenvolve a partir das glândulas sudoríparas da pele do pênis, podendo ser difícil distingui-los do carcinoma in situ. Inicialmente, as células cancerígenas se disseminam pela pele, depois podem invadir o tecido subcutâneo, e em seguida, se disseminam para os nódulos linfáticos (BRASIL, 2008).
Sarcoma
Uma pequena porcentagem dos tumores de pênis se desenvolve a partir dos vasos sanguíneos, músculo ou outras células do tecido conjuntivo do pênis e são denominadas sarcomas (BRASIL, 2008).
2.1 Fatores de Risco do Câncer de Pênis
Os fatores de risco para o câncer de pênis são múltiplos. Dentre eles destacam-se a infecção pelo vírus do Papiloma Humano (HPV), higienização local precária, acúmulo de esmegma (determinando irritação crônica e alterações celulares), fimose, uma vez que dificulta a exposição da glande (cabeça do pênis) devido ao estreitamento do prepúcio (pele que reveste a glande), baixo nível socioeconômico e falta de informação (DILLNER et al., 2000).
Embora ainda não tenha sido encontrado um carcinógeno específico no esmegma, a presença de fimose dificulta a higienização adequada da glande contribuindo para o desenvolvimentode irritação crônica no epitélio (De PAULA et al., 2005).
O HPV é detectado em cerca da metade de todos os cânceres de pênis e muitos estudos sugerem a associação do HPV com o câncer peniano mesmo ainda sem o seu mecanismo de indução e promoção tumoral causado pelo HPV elucidado. Entretanto, especula-se que seja semelhante ao que acontece no carcinoma de colo uterino (COSTA et al., 2013).
 
2.2 Epidemiologia 
O câncer de pênis é uma patologia rara, com maior incidência em homens entre 40 e 50 anos, podendo às vezes ocorrer precocemente. Em algumas regiões da África, da Ásia e da América do Sul chega a corresponder até 10% das neoplasias malignas no homem (De PAULA, SOUZA, ALMEIDA, 2016).
No Brasil, o câncer de pênis corresponde cerca de 2,1% de todos os tumores do homem. Um estudo epidemiológico realizado no país mostrou que há regiões que registram 2,9 a 6,8 casos da doença por 100 mil habitantes. Esse percentual representa até 5,7% de todas as neoplasias (tumores) do sexo masculino. O Instituto Nacional do Câncer estimou mais de 4600 casos de câncer de pênis no Brasil, sendo a região Nordeste a mais prevalente. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Maranhão este tipo de tumor é o 2º mais frequente, atrás apenas do câncer de pele. Já no Sul do país, esse percentual chega a menos de 1% (PAULA SOUZA ALMEIDA, 2012; INCA, 2010).
Segundo a Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão, os anos de 2014 e 2016 foram os anos com maior número de óbitos correlacionados com o câncer de pênis, sendo observado que a faixa etária mais acometida foi de 50 a 69 anos (Tabela1).
Tabela 1: Taxa de mortalidade do câncer de pênis no estado do Maranhão entre 2013 e 2017 
	Faixa etária
	2013
	2014
	2015
	2016
	2017
	Total
	20-29 anos
	5
	0
	1
	0
	0
	6
	30-39 anos
	3
	2
	1
	4
	1
	11
	40-49 anos
	2
	3
	4
	2
	0
	11
	50-59 anos
	4
	8
	1
	4
	2
	19
	60-69 anos
	3
	7
	2
	7
	1
	20
	70-79 anos
	5
	4
	2
	3
	1
	15
	+ 80 anos
	6
	6
	4
	4
	1
	21
	Total
	28
	30
	15
	24
	6
	103
Fonte: SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) - Vigilância Epidemiológica do Estado do Maranhão, 2017. 
Considerando a tabela acima, observou-se que entre os anos 2013 e 2017, há dois anos que se destacam pela alta incidência de óbitos tendo como causa o câncer peniano, sendo eles: 2014, com 8 (oito) casos registrados representando 42% dos casos registados neste ano entre pacientes com idades entre 50 e 59 (cinquenta e cinquenta e nove) anos. Já os pacientes oncológicos com idades entre 60 e 69 (sessenta e sessenta e nove) anos, apresentam 70% dos casos de óbitos registrados entre os anos de 2014 e 2016 (dois mil e quatorze e dois mil e dezesseis). Com base nos dados da tabela acima, os anos de 2014 (dois mil e quatorze) e 2016 (dois mil e dezesseis), juntos, apresentaram 52% de todos os casos de óbitos registrados de câncer peniano no estado do Maranhão.
2.3 Manifestações clínicas 
O sintoma mais comum é o aparecimento de uma ferida avermelhada, que não cicatriza, ou de um pequeno nódulo, na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis. Inicialmente, essas lesões podem não doer, o que retarda o diagnóstico. Outros sintomas são manchas esbranquiçadas ou perda de pigmentação na glande, presença de esmegma com cheiro forte e de gânglios inguinais inchados na virilha (BRASIL, 2008).
A queixa do paciente com câncer de pênis é comumente relacionada à presença de lesão vegetante ou de áreas de ulceração peniana. As lesões variam quanto às dimensões, e, com frequência, o paciente procura o atendimento médico tardiamente, por falta de recursos locais ou mesmo por temer o tratamento cirúrgico (POMPEO et al., 2003).
Placas vermelho-vivo, bem delimitadas são típicas da eritroplasia de Queyrat e podem ser consideradas lesões pré-malignas que evoluirão para câncer de pênis, se não forem devidamente diagnosticadas e tratadas (BRASIL, 2008).
2.4 Diagnóstico e Tratamento 
O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. A cirurgia é o tratamento mais frequentemente realizado para controle local da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento desse tipo de câncer e a posterior amputação do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura (INCA, 2010).
Paciente apresenta lesão no pênis com mau aspecto e exalando odor, resistente a tratamento local, evolutiva e muitas vezes exsudativa, ocasionando dificuldades no convívio social e interferindo na qualidade de vida do paciente. Dor e sintomas sistêmicos são incomuns na apresentação inicial, quando 70 a 80% têm doença restrita ao pênis. Envolvimento dos linfonodos inguinais é visto em 10 a 30%, e somente em 1 a 3% a apresentação acompanha-se de metástases viscerais aos pulmões, fígado ou aos ossos (Nordoza Júnior, Zerati Filho, Reis. 2010).
O tratamento cirúrgico convencional para carcinoma peniano envolve penectomia parcial ou radical com margem de segurança de 2 cm. Ambas as opções cirúrgicas conseguem controle local adequado, mas tanto a doença quanto seu tratamento causam grande repercussão psicológica na vida do homem afetado por ela (ZEQUI, 2012).
O tratamento do câncer de pênis é decidido pelo médico em função do seu estágio. Pode-se optar por tratar com medicamentos aplicados no local (apenas para estágios muito iniciais) radioterapia, cirurgia, amputação parcial ou total do órgão. O recurso da quimioterapia é menos freqüente e depende da presença de metástases e outras variáveis. Quando o câncer já atingiu o sistema linfático, a cirurgia para extração dos gânglios afetados também se faz necessária (Hospital do Câncer, 2005). 
Estes tratamentos não costumam afetar definitivamente a fertilidade, mas, nos casos de amputação, podem afetar a vida sexual do paciente, tornando-o impotente (Hospital do Câncer, 2005).
2.5 Prevenção 
Segundo o INCA, um terço dos casos de câncer no mundo poderia ser evitado, o que faz da prevenção essencial para todos os planos de controle da doença. Sendo assim, a prevenção do câncer de pênis refere-se ao conjunto de medidas para reduzir e evitar exposições ao risco havendo uma necessidade da continuidade de investimento no desenvolvimento de ações preventivas, socioeducativas e promoção da saúde (COSTA et al., 2013).
Uma pratica simples de autoexame do órgão, facilita a detecção precoce da doença melhorando o prognóstico e qualidade de vida dos pacientes, aumentando a recuperação e manutenção da saúde (INCA, 2007).
O câncer de pênis também está relacionado diretamente ao precário padrão de higiene da população, com maior ou menor pratica de circuncisão e a idade na qual e praticada passando a ideia de que a doença pode ser evitável (FONSECA et al., 2010).
Antigamente, a circuncisão era sugerida como uma forma de prevenir o câncer de pênis, baseado em estudos que relatavam que a taxa de incidência era menor entre homens circuncidados. Porém, na maioria desses estudos, o efeito preventivo da circuncisão deixou de ser efetivo quando fatores, como esmegma e fimose foram levados em conta. Atualmente, os especialistas concordam que a circuncisão não deve mais ser recomendada apenas como uma forma de evitar o câncer de pênis (COSTA et al., 2013).
Por fim, a ação educativa para a prevenção desse tipo de câncer, que compõem as ações básicas de saúde, deve ser entendida como compromisso profissional com a qualidade de vida da população (FRANCO et al., 2005; COSTA et al., 2013).
2.6 Assistência da Enfermagem 
Um elemento essencial para a prática de enfermagem e para a avaliação das necessidades culturais depende de uma comunicação eficazcom todos os pacientes e seus familiares, assim, cuidado competente significa ser sensível, além, claro, respeitar a forma como os próprios pacientes desejam ser tratados. Durante a interação com os pacientes, é importante saber escuta-los ativamente, observar a linguagem corporal, ouvir o que eles estão dizendo (COSTA; LUNARDI FILHO; SOARES, 2013).
Embora tenha ocorrido uma evolução com relação ao tratamento oncológico, é possível perceber, que o câncer ainda carrega o estigma do sofrimento, da angustia, da indignação e do medo frente às incertezas do futuro; porém, muitas vezes, tais significados, construídos na vida social e pela forma particular de interpreta tais acontecimentos, levam esses pacientes ao enfrentamento desse medo e assim produzem uma força intrínseca gerada, principalmente, pela vontade de viver e, dessa forma, proporcionam não somente um significado ao câncer ou à sua origem, mas sim um real significado à própria vida, sendo capazes de renovarem-se diante de transformações complexas em sua existência. (GUERRERO et al., 2009).
A assistência humanizada ao paciente com câncer e seus familiares consiste no emprego de atitudes que originem espaços que permitam a todos verbalizar seus sentimentos e valoriza-los; identificar áreas potencialmente problemáticas; ou fora da própria família; fornecer informações e esclarecer problemas relacionados ao tratamento; instrumentalizá-los para desempenho de ações de autocuidado, dentro de suas possibilidades. Entre as múltiplas ações de saúde para propiciar cuidados que privilegiem, dentre outros, os aspectos psicológicos, estão à disponibilidade, a atitude de aceitação e de escuta e a manutenção de um ambiente terapêutico. (COSTA; LUNARDI FILHO; SOARES, 2013).
O profissional de enfermagem também apresenta significativa relevância na inserção de programas de educação em saúde para prevenção do câncer de pênis, bem com reforçada a importância do papel do enfermeiro nessa atividade, uma vez que a sobrevida deste tipo de câncer está relacionada diretamente à detecção precoce. Assim, o enfermeiro pode iniciar a educação em saúde para adolescente do sexo masculino ressaltando a importância do auto-exame peniano, o qual deve ser realizado semestralmente através da implementação de estratégias de atividades educativas no ensino médio, no qual está inserida a faixa etária de início da incidência desse tipo de câncer, que é 15 anos de idade (SOUSA; REIS; GOMES; CARVALHO, 2011). 
3 CONCLUSÃO 
Segundo as análises apresentadas ao longo do trabalho, constatou-se que há um aumento considerável no número de casos de câncer peniano afetando os países em desenvolvimento, em relação aos países desenvolvidos da Europa, por exemplo, onde a ocorrência de câncer peniano é quase rara. O Brasil é um dos países com maior incidência dessa doença, com registros principalmente nas regiões norte-nordeste, mas que ainda não apresenta os números fidedignos à real ocorrência da doença na população.
Um dos grandes desafios da saúde pública atualmente é a falta da notificação de casos, isto é, algumas pesquisas apresentam dados, porém, não representativos, que não expressam a real ocorrência da doença. A falta de informação dificulta possíveis estratégias do governo a favor de campanhas de prevenção e exposição do câncer de pênis, que apesar de sua crescente incidência, ainda não há uma exposição proporcional à relevância dessa doença.
Portanto, com este trabalho compreende-se que é de fundamental importância a busca de conhecimento e especializações por parte do profissional da enfermagem, para que assim possa melhor desempenhar seu papel em função da prevenção e tratamento do paciente oncológico.
CÁNCER DE PENE: actuación de la enfermería de la prevención al tratamiento
RESUMEN
La discusión sobre el cáncer peniano está envuelta en muchas cuestiones, que van desde la condición social del individuo, abarcando políticas públicas y falta de información. De esta forma el artículo científico tuvo como objetivo realizar una revisión bibliográfica buscando sintetizar el conocimiento en la prevención, manifestaciones clínicas y diagnóstico, tratamiento, y la intervención de la enfermería. Por lo tanto se levantaron datos bibliográficos por medio de artículos y libros en bases de datos como: SCIELO, GOOGLE ACADEMICO. Con el resultado de que el cáncer de pene y considerado raro en países desarrollados, presentando mayor relevancia en países en desarrollo, Brasil ha presentado un alto índice de incidencia, especialmente en el Norte-Nodeste. Actimiendo principalmente a los hombres en la tercera edad. Tomando en consideración la importancia de la actuación del equipo de enfermería, habiendo una necesidad de tener conocimiento técnico científico para identificar las posibles manifestaciones clínicas y causas, en el sentido de desarrollar una estrategia de prevención.
Palabras clave: Cáncer de pene. Higiene. Prevenciones. Carcinoma de pene.
�
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� Graduandos do Curso de Graduação em Enfermagem pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano - IESF
(( Docente do curso de Enfermagem do Instituto de Ensino Superior Franciscano- IESF. Graduada em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal do Maranhão. Mestra em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão.

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