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Metabolismo do Cálcio e Fósforo Fisiologia Endócrina ___________________________ Luiz Claudio Castro Área da Medicina da Criança e do Adolescente Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília Fisiologia Osteomineral em Pediatria promover saúde e bem-estar na infância e adolescência assegurar qualidade de vida na fase de crescimento … e em etapas posteriores …Entre as ações da Pediatria Reconhecer as doenças do adulto … … com origem na infância ...evitar / minimizar o risco do aparecimento das mesmas …Um importante ponto de vista na prática pediátrica -Doenças crônicas não-transmissíveis -doenças cardiovasculares: hipertensão doença coronariana acidente vascular cerebral -diabetes tipo 2 -dislipidemias -osteoporose Hanson and Gluckman. Physiol Rev. 2014;94(4):1027-76 WHO. Global status report on noncommunicable diseases 2010. Geneva: World Health Organization; 2011. O tecido ósseo reflete a harmonia do crescimento entre os vários órgãos e tecidos Funções do esqueleto • Mecânica -Sustentação do corpo -Locomoção -Proteção -sistema nervoso -órgãos intracavitários • Metabólica -Reserva (Ca, P, Mg) Bonjour JP. J Am Coll Nutr 2011;30:438S-48S. Arnett TR. Arch Biochem Biophys 2010;503:103-9. Arnett TR. J Nutr 2008;138:415S-8S. Dallas SL et al. Endocr Rev 2013;34:658-90 Elemento % armazenado no osso Cálcio -------------- 99% Fósforo -------------- 85% Magnésio -------------- 65% -Outros compartimentos: -líquidos extra-celulares: sangue, linfa -intra-celular: citoplasma organelas citoplasmáticas Compartimento ósseo Funções do esqueleto • Mecânica -Sustentação do corpo -Locomoção -Proteção -sistema nervoso -órgãos intracavitários • Metabólica -Reserva (Ca, P, Mg) -Sistema tampão (H+, HCO3 -) Bonjour JP. J Am Coll Nutr 2011;30:438S-48S. Arnett TR. Arch Biochem Biophys 2010;503:103-9. Arnett TR. J Nutr 2008;138:415S-8S. Dallas SL et al. Endocr Rev 2013;34:658-90 Cálcio (Ca+2) Fósforo (PO4 -) -acidose ↑ [H+] -alcalose ↑ [HCO3-] Osso Sangue Equilíbrio ácido-básico Funções do esqueleto • Mecânica -Sustentação do corpo -Locomoção -Proteção -sistema nervoso -órgãos intracavitários • Metabólica -Reserva (Ca, P, Mg) -Sistema tampão (H+, HCO3 -) -Sistema endócrino osteócitos – FGF23: metabolismo do P CYP27B1 (1α-OHase) Bonjour JP. J Am Coll Nutr 2011;30:438S-48S. Arnett TR. Arch Biochem Biophys 2010;503:103-9. Arnett TR. J Nutr 2008;138:415S-8S. Dallas SL et al. Endocr Rev 2013;34:658-90 Estrutura do Tecido Ósseo -Compartimentos Ósseos: -orgânico .matriz protéica: 20 – 40% .lipídeos: < 3% -inorgânico: .minerais: 50 – 70% .H2O: 10% -rede vascular -rede neural -medula óssea Olzsta et al. Mater Sci Eng R Rep.2007;58:77-116. Clarke B. Clin J Am Soc Nephrol. 2008;3(Supp 3):S131-9. Boskey AL & Robey PG. 8th ed; Wiley Blackwell;2013 Estrutura do Tecido Ósseo -Matriz Protéica: • Proteínas colágenas (80 – 90 % da matriz) flexibilidade e força de tensão • Proteínas não-colágenas: proteoglicanas (hidratação e rigidez) osteocalcina osteonectina sialoproteínas ósseas outras proteínas (adesão mineral e interação intercelular) Clarke B. Clin J Am Soc Nephrol. 2008;3(Supp 3):S131-9. Boskey AL & Robey PG. 8th ed; Wiley Blackwell;2013 -Compartimento inorgânico: .Minerais: Cálcio, Fósforo, Magnésio hidroxiapatita Ca5(PO4)3(OH)2 .Eletrólitos e ions: Na+, K+, H+, HCO3 - .Água: H2O (fluxo de ions) resistência reservatório metabólico Estrutura do Tecido Ósseo Clarke B. Clin J Am Soc Nephrol. 2008;3(Supp 3):S131-9. Boskey AL & Robey PG. 8th ed; Wiley Blackwell;2013 Flexibilidade Baixa rigidez -raquitismo -osteomalácia Distúrbios da formação/composição óssea Excesso de rigidez Baixa flexibilidade -osteopetrose osteopetrose Distúrbios da formação/composição óssea Baixa flexibilidade Baixa resistência -osteogênese imperfeita Distúrbios da formação/composição óssea Evolução da Massa Óssea Conteúdo Mineral Ósseo Nascimento 75 - 90 g Mulher adulta jovem 2.400 g Homem adulto jovem 3.300 g Trotter & Hison. Anat Rec.1974;179(1):1-18 Nguyen et al. J Clin Densitom.2001;4(2):147-57. Evolução da massa óssea na gestação Kovacs & Kronenberg. Endocrine Reviews 18(6): 832–872.I Unidade materno-feto-placentária -Placenta: .permeável aos eletrólitos Transferência de Ca, Mg e P contra um gradiente de concentração -Feto: desenvolve-se em ambiente fisiologicamente hipercalcêmico Ca++ [8,5 – 9,6 mg/dL] Ca++ [11 - 12 mg/dL] Mãe Feto Placenta Kovacs & Kronenberg. Endocr Rev. 1997;18:832–72 Care. J Dev Physiol. 1991;15:253–57. . [Ca++,Mg+, PO4 -] [Ca++,Mg+, PO4 -] Mãe Feto Placenta Kovacs & Kronenberg. Endocr Rev. 1997;18:832–72 Care. J Dev Physiol. 1991;15:253–57. . Unidade materna-feto-placentária – transporte do Ca I- Transporte facilitado II- atravessa o citosol proteínas ligadoras de Ca III- Transporte ativo: .troca Na/Ca .proteínas PMCA PMCA – plasmatic membrane Ca ATPases PTHrp 1,25(OH)2Vitamina D Williams EL et al. Int. J. Clin. Rheumatol. 2011;4:133–45. A massa óssea na amamentação Evolução da massa óssea nas fases de -gestação e lactação Kovacs & Kronenberg. Endocrine Reviews 18(6): 832–872.I M as sa Ó ss ea Idade (anos) puberdade Pico de massa óssea idosos Masculino Feminino Evolução da Massa Óssea Menopausa 0 20 40 60 80 Adaptado de Bonnet & Ferrari. IBMS BoneKEy.2010;7:235–48 40 a 60 % de massa óssea do adulto é adquirida durante a adolescência Heaney et al. Osteoporos Int. 2000;11:985–1009 Repercussões do PMO ao longo da vida Evolução da Massa Óssea Pico de Massa óssea (PMO) .é o principal determinante da massa e saúde óssea em estágios posteriores da vida Assegurar à criança e ao adolescente condições endógenas e exógenas necessárias para que se estabeleça todo seu potencial de aquisição de massa óssea Stagi et al.Clin Cases Miner Bone Metab. 2013;10(3):172-9. Bonjour JP et al. Salud PublicaMex.2009;51 Suppl 1:S5-17 Genética Estilo de Vida Metabolismo Hereditariedade Etnia Gênero Genes candidatos Sistemas: Endócrino: Vitamina D, PTH GH, IGF-1 esteróides sexuais T3, TSH glicocorticóides outros ... Renal Cardiovascular outros ... Nutrição Atividade Física Doenças, Medicamentos Fatores que interferem na Massa Óssea Massa Óssea Genética -determina 60 – 80% da variabilidade do pico de massa óssea Curr Opin Rheumatol.2004; 16:450–456. J Clin Endocrinol Metab. 2003 ; 88( 8): 3614-3620 . Genet Epidemiol.2000;19:160–177 Fonte: http://courses.washington.edu/bonephys/opbmd.html Influência da etnia na aquisição de massa óssea Influência da etnia na evolução da massa óssea Fonte: http://courses.washington.edu/bonephys/opbmd.html Leslie W. J Clin Endocrinol Metab.2012;97(12):4329-40. Pico de Massa Óssea .característica: sexo-etnia-sítio-dependente .masculino > feminino .negros > hispânicos - caucasianos asiáticos .quadril / fêmur precedem coluna lombar As células ósseas • Osteoblastos - Células formadoras - Mononucleadas • Osteócitos - Sensores mecânicos - Embebidos no tecido ósseo • Osteoclastos - Células reabsortivas - Multinucleadas O osso é um tecido dinâmico Remodelação óssea - processo contínuo ao longo da vida O osso é um tecido dinâmico Remodelação óssea - processo contínuo ao longo da vida Remodelação óssea Origem e Diferenciação dos Osteoblastos Osteócitos Dendritos: -mecanossensores -fluxo nos canalículos (shear-stress) Bonewald. J Bone Miner Res. 2011 Feb;26(2):229-38. www.asbmr.org Fatores que atuam sobre os osteócitos e sobre a formação óssea -esclerostina: inibe a formação óssea -Glicocorticóides: estimulam a síntese de esclerostina -Carga sobre o osso: inibe a esclerostina Diferenciação dos osteoclastos Osteoclastos – endocitose dos produtos de degradação Cappariello A et al. Arch Biochem Biophys.2014;558:70-78 Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea ! Fonte: http://depts.washington.edu/bonebio/ASBMRed/growth.html Remodelação Óssea ! Fisiologia ósteo-mineral -Vitamina D VITAMINA D -um grupo de moléculas esteróides derivadas do 7-deidrocolesterol classicamente relacionada : -controle do metabolismo do cálcio -saúde óssea Fontes Dietéticas Naturais de Vitamina D D3 -colecalciferol D2 - ergocalciferol -peixes gordurosos (100g): -fungos (100g): -salmão: 360 ui cogumelos comestíveis -atum: 240 ui 50 – 2500 UI St-Arnaud & Demay. In Glorieux. Pediatric Bone – biology & disease. 2003 Elsevier (EUA). Fontes Dietéticas Naturais de Vitamina D 10-20% das necessidades diárias St-Arnaud & Demay. In Glorieux. Pediatric Bone – biology & disease. 2003 Elsevier (EUA). D3 -colecalciferol D2 - ergocalciferol -peixes gordurosos (100g): -fungos (100g): -salmão: 360 ui cogumelos comestíveis -atum: 240 ui 50 – 2500 UI Vitamina D Fontes: -dieta: 10-20% -produção endógena: 80-90% St-Arnaud & Demay. In Glorieux. Pediatric Bone – biology & disease. 2003 Elsevier (EUA). ↑ [7-deidrocolesterol] Raios UVB 7-Deidrocolesterol Pré-vitamina D3 Absorção do fóton da UVB Pré-vitamina D3 Vitamina D3 Isomerização espontânea 25(OH)Vitamina D (calcidiol) 1ª Hidroxilação 1-α,25(OH)2 Vitamina D (calcitriol) 2ª Hidroxilação Chatterjee. Mutation Research . 2001; 475: 69–88 Receptor do Calcitriol Receptores da Vitamina D – VDR VDRs: expressos em quase todas as células humanas1 VDR:calciriol: regula a expressão de cerca de 900 genes humanos (3% do genoma)2 1- Bouillon et al. Endocr Rev. 2008;29(6):726-76 2- Wang et al. Mol Endocrinol. 2005;19(11):2685-95. Vitamina 1-α,25(OH)2 Vitamina D (calcitriol) Vitamina Hormônio 1-α,25(OH)2 Vitamina D (calcitriol) Regulação da síntese de Vitamina D ↑ [7-deidrocolesterol] Raios UVB 7-Deidrocolesterol Pré-vitamina D3 Fóton da UVB Tempo de exposição ao sol para a síntese de colecalciferol (D3): depende do grau de pigmentação da pele (etnia) Ações da Vitamina D -clássicas (calcêmicas / ósseas) Intestino absorção de cálcio (duodeno) e de fósforo (jejuno e íleo) Osso reabsorção de cálcio e fósforo Túbulo renal proximal reabsorção de fósforo Túbulo renal distal reabsorção de cálcio Ações clássicas da 1,25(OH)2Vitamina D (ações calcêmicas) AÇÕES NÃO-CALCÊMICAS DA VITAMINA D Campos do Jordão - SP Campos do Jordão - 2015 Campos do Jordão - no início do século passado: não tão charmosa ... Sanatório Santa Cruz Campos do Jordão – SP Sanatório Popular Campos do Jordão Sanatório para tratamento da Tuberculose (1920-1940) Quartos abertos, com entrada de sol Sanatório para tratamento da Tuberculose – 1945- Canadá - crianças recebiam banho de solSanatório para tratamento da Tuberculose Lactentes em berços para exposição ao sol Fort San – Canadá - 1950 Sanatório para tratamento da Tuberculose – Fort San – Canadá - 1945 Camas para exposição ao sol -Era pré- antibióticos anti-bacilos Tratamento da tuberculose: banhos de sol Vitamina D: IMUNOMODULADORA Vitamina D e Imunomodulação -mamíferos produzem antibióticos naturais contra -vírus -bactérias -fungos -parasitas Vitamina D e Imunomodulação -antibióticos naturais dos mamíferos: -peptídeos antimicrobianos –AMPs -α e β-defensinas -catelicidina -armazenados nos neutrófilos, monócitos, células NK, linfócitos T e B e mastócitos Gombard et al. FASEB J. 2005; 19(9): 1067 Vitamina D e Imunomodulação Calcitriol: induz a expressão dos peptídeos anti-microbianos -↓ Calcitriol ↓ expressão dos AMP’s ↑ preedisposição a infecções Gombard et al. FASEB J. 2005; 19(9): 1067 Regulação Auto-imune TH 2 TH1 Cantorna & Mahon. Exp Bio Med. 2004; 229: 1136-42. Doenças de desregulação auto-imune do tipo celular -Diabetes Mellitus tipo 1 -Artrite Reumatóide -Lupus Eritematoso -Encefalite autoimune -Esclerose múltipla -Doenças inflamatórias intestinais Cantorna M. Prog Biophysics Mol Biol. 2006; 92:60–64 V it am in a D Outras ações não-calcêmicas da Vitamina D Holick M. J Clin Invest. 2006; 116(8): 2062-2072. .síntese endógena de antibióticos .diferenciação, proliferação celular .anti-oncogênese .imunidade inata e adaptativa .síntese e secreção de insulina .controle hemodinâmico Distribuição da 1-α-hidroxilase Controle do Ca no organismo Metabolismo do Cálcio Cálcio: -controle de processos celulares: .contração muscular: músculos esqueléticos, miocárdio .neuro-secreção e exocitose de hormônios .atividade enzimática .coagulação sanguínea .estabilidade de membranas celulares .integridade do tecido esquelético controle rígido da concentração sérica RINS GI OSSO Cálcio Paratormônio (PTH) vitamina D [1,25(OH)2D3 ] Controle do Cálcio HU & Spiegel. J Cell Mol Med. 2007;11(5):908-22. Goldsmith et al. J Biol Chem. 1999; 274: 11303–9. CaSR Humano Sequência de aminoácidos CaSR humano -7 voltas transmembrana -associado à Proteína G domínio extracelular venus flytrap domínio transmembrana domínio intracelular Dímero estrutural do CaSR Huang Y and Zhou Y et al., JBC 2007. Dionéia - Dionaea muscipula Venus flytrap CaSR – Proteína G: sinalização intracelular células principais da paratireóide Yi et al. Endocrinol Metab. 2011;26(1):25-32. Sinalização pós-receptor na célula das paratireóides, de acordo com a concentração sérica de cálcio Fonte: Prof Namrata Chhabra PTH: regulação precisa da [Ca] age diretamente em dois tecidos-alvo: 1 - osso 2 - rins Imagem de terceiros PTH ↑ PTH ↓ Imagem de terceiros PTH nos rins: mecanismos de ação 1- regula a excreção urinária de cálcio Imagem de terceiros PTH (no túbulo distal) aumenta a quantidade de canais de Ca na membrana luminal Filtração 10.000 mg/dia ATP Na++ PTH Imagem de terceiros 2- PTH estimula a atividade da 1-alfa-hidroxilase nas células do túbulo proximal: aumenta síntese de calcitriol PTH 1-alfa-hidroxilase 1,25 (OH)2 Vitamina D Imagem de terceiros Reabsorção tubular de Cálcio Papel das proteínas paracelares – Claudina 16 Imagem de terceiros Vitamina D: aumenta a absorção intestinal de Ca 1,25 (OH)2 Vitamina D Imagem de terceiros Ca CM CB Ca++ Ca++ Ca++ CM CB Ca++ Ca++ 1,25(OH)2-D3 atua no epitélio intestinal - várias etapas: Ca++ ATP ATP Imagem de terceiros Ca CM CB Ca++ Ca++ Ca++ CM CB Ca++ Ca++ -1,25(OH)2-D3: aumenta o número de canais de cálcio na membrana luminal ... Ca++ ATP ATP Imagem de terceiros CM CB Ca++ Ca++ Ca++ CM CB Ca++ Ca++ ... aumenta a quantidade de proteínas transportadoras de cálcio (calmodulina e calbindina) no citosol ... Ca++ ATP ATP Ca Imagem de terceiros Ca ... aumenta a quantidade de Ca-ATPase na membrana basolateral ... CM CB Ca++ Ca++ Ca++ CM CB Ca++ Ca++ Ca++ ATP ATP ATP ATP Imagem de terceiros CM CB Ca++ Ca++ Ca++ CM CB Ca++ Ca++ Ca++ ATP ATP ATP ATP ... aumentando ainda a permeabilidade da junção intercelular de Ca, estimulando assim a absorção passiva Imagem de terceiros Fósforo: Pi: integridade do tecido esquelético sistema tampão Po: componente essencial de moléculas: DNA, RNA, ATP, fosfolipídeos sofre regulação menos rígida que o Ca Metabolismo do Fósforo P K+ Na+ Na+ P P Absorção Intestino: duodeno e jejuno .difusão passiva .transporte ativo: -proteína co-transportadora de Na-P (NaPi) Imagem de terceiros Metabolismo do Fósforo • Reabsorção x Excreção Renal > 85% reabsorvido nos TC proximal e distal PTH inibe a reabsorção do P via cotransporte Na-P na membrana luminal das células do túbulo proximal K+ Na+ Na+ P PTH P A- FGF-23 Imagem de terceiros Avaliação bioquímico-mineral óssea: Ponto importante em Pediatria: -Fosfatemia é idade-dependente Idade Fosfato < 6 meses 4,8 – 7,4 mg/dl 6 meses – 5 anos 4,5 - 6,2 mg/dl 6 anos – 1 a antes do estirão 3,6 – 5,8 mg/dl > após 2,5 – 4,5 mg/dl Distribuição: 65% - esqueleto 34% - intracelular 1% - espaço extracelular 75-85% - forma iônica ou complexos 15-25% - ligados a proteínas : Magnésio Ações: -estrutura tridimensional de enzimas -co-fator enzimático -metabolismo energético -relaxamento muscular -vasodilatação -sensibilidade insulínica -regulação da glicemia -regulação da homeostase do PTH Magnésio Ações: Funções: -Controla atividade da adenilciclase -secreção do PTH -ação do PTH nas células alvo Hipomagnesemia pode causar: -hipoparatireoidismo funcional -resistência ao PTH É um cofator na síntese de DNA e de proteínas -em modelos animais: deficiência de Mg pode causar teratogênese Magnésio Alguns exemplos de distúrbios fisiopatológicos do metabolismo ósteo-mineral .TNF .TGF-β .IL-1, IL-6, .IL-11 .MSC-F Adapted from -Boyle WJ et al. Nature 2003; 423:337-342. -Hofbauer LC, Shopper MI. JAMA 2004; 490-495. PGE NO SOST Fisiopatologia doProcesso Inflamatório -liberação de citocinas inflamatórias Aaron J, Choi Y. Bone versus immune system. Nature 2000; 408: 535–536. Processo Inflamatório: impacto na fisiologia óssea Expressão do RANK-ligante pela célula T Fisiopatologia da lesão osteo-articular na Artrite Reumatóide Jones et al. J Clin Invest. 2011;121(7):2534–2542 Obesidade e Distúrbios da Fisiologia Óssea Obesidade e Distúrbios da Fisiologia Óssea -Conceito prévio: ↑ massa adiposa ↑ massa óssea -efeito de carga - ↑ massa óssea -efeito metabólico estrogênico: -integridade dos osteoblastos -inibe atividade dos osteoclastos Mobley SL et al. J Bone Miner Res 2005;20:S34. Goulding A et al. J Bone Miner Res 2005; 20(12): 2090-2096. Janicka A et al. J Clin Endocrinol Metab 2007; 92(1): 143-147. Obesidade e Distúrbios da Fisiologia Óssea -Crianças e adolescentes obesos: -↑ frequência de fraturas -↓ massa óssea Tecido adiposo é exclusivo protetor da massa óssea ? Mobley SL et al. J Bone Miner Res 2005;20:S34. Goulding A et al. J Bone Miner Res 2005; 20(12): 2090-2096. Janicka A et al. J Clin Endocrinol Metab 2007; 92(1): 143-147. Obesidade e istúrbios da Fisiologia Óssea Atividade pró-inflamatória no tecido adiposo Sanz, J. et al. J Am Coll Cardiol 2008;51:944-955 Doenças Inflamatórias e Distúrbios da Fisiologia Óssea -Conceito prévio: ↑ massa adiposa ↑ massa óssea -Conceito atual: Tecido adiposo: -efeito de carga - ↑ massa óssea -efeito metabólico - .estrogênico: ↑ massa óssea .inflamatório: ↓ ↓ massa óssea Mobley SL et al. J Bone Miner Res 2005;20:S34. Goulding A et al. J Bone Miner Res 2005; 20(12): 2090-2096. Janicka A et al. J Clin Endocrinol Metab 2007; 92(1): 143-147. Fonte:https://www.flickr.com/photos/xerones/4856347990/ Organismo humano: uma tabela periódica personalizada Nutrição Os vários componentes da dieta são essenciais à homeostase da massa óssea -macronutrientes: carboidratos protéínas lipídeos -minerais e elementos traços: Ca, P, Mg, Zn, Cu, ... -vitaminas: A, B12, C, D, E, K -H2O Ilich & Kersteter. J Am Coll Nutr.2000;19(6):715-37. Orientação dietética .assegurar as necessidades de macro e micronutrientes de acordo com a faixa etária .discutir os hábitos alimentares .evitar excesso de Na Na e Ca partilham mesmo sistema de transporte nos túbulos proximais hipernatremia hipernatriúria hipercalciúria Navidi M et al. J Appl Physiol (1985). 1995;78(1):70-5 Wigertz K et al. Am J Clin Nutr. 2005;81(4):845–850 Golden NH et al. Pediatrics.2014;134(4):e1229-43. Orientação dietética -Fósforo: encontrado em alimentos protéicos -carnes, leites, grãos leguminosos e cereais -Magnésio: encontrado em todos os grupos de alimentos, em especial: folhas verdes, castanhas e grãos deficiência nutricional isolada desses elementos é incomum geralmente decorrente de alterações absortivas intestinais / reabsortivas renais Institute of Medicine - USA, 2011 Necessidades diárias de cálcio Idade Ingestão diária recomendada de cálcio (em mg/dia) Sexo Masculino Sexo Feminino Gestantes e Lactantes 0 a 6 meses 200 200 7 meses a 1 ano 260 260 1 a 3 anos 700 700 4 a 8 anos 1.000 1.000 9 a 18 anos 1.300 1.000 14 – 18 anos: 1.300 19 – 50 anos 1.000 1.000 1.000 51 a 70 anos 1.000 1.200 > 71 anos 1.200 1.200 Institute of Medicine - USA, 2011 Alimento Medida Quantidade de Cálcio Leite de vaca 1 copo (300 mL) 345 mg Leite de cabra 1 copo (300 mL) 550 mg Queijo Minas fresco 1 fatia (15 g) 105 mg Iogurte natural integral 1 pote (180 mg) 280 mg Sardinha conserva (com espinha) 100 g 375 mg Brócolis cru cozido 50 g 206 mg 65 mg Couve crua Folha de abóbora crua 50 g 50 g 102 mg 238 mg Castanha do Pará 50 g 99 mg Quantidade de cálcio nos principais alimentos-fonte vegetais: cálcio de baixa biodisponibilidade ! Atividade Física Carga mecânica aplicada sobre os ossos fundamental à homeostase esquelética .impacto direto sobre o osso .contração muscular tensão sobre o tecido ósseo osteócitos: sensores ósseos traduzem o sinal mecânico em sinais bioquímicos que regulam a formação/remodelação óssea Bonewald LF. J Bone Miner Res.2011;26(2):229-38. Atividade física X geometria e conteúdo mineral ósseo -promove maior: .área transversal .espessura pericortical .conteúdo mineral no osso cortical Imagem: úmeros dominante e não-dominante de jogador de baseball Janz KF et al. Bone.2007;41(2):216–22. Michalopoulou M et al. Metabolism. 2013;62(12):1811-8. Proc Natl Acad Sci U S A. 2014 8;111(14):5337-42 Atividade física e dinâmica óssea Atividade física x Esportes na aquisição de massa óssea Há um esporte melhor para a massa óssea? Mensagem Final -conhecer a fisiologia é fundamental para ... .assegurar a adequada aquisição de massa óssea na fase de crescimento .evitar distúrbios da massa óssea em outras etapas da vida .entender a variabilidade do normal .suspeitar ou reconhecer a anormalidade .saber onde e como intervir: prevenção / tratamento
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