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Prof. Dr. Guilherme Rosa Sobrecarga (% 1RM); Tempo de intervalo; Velocidade de Execução; Amplitude de movimento. Maior quantidade de peso levantado durante um único esforço máximo por meio de um movimento completo e que não se consiga realizar pela segunda vez de forma completa (Shaw et al, 1995). Na prescrição do treinamento resistido, a manipulação da intensidade através da sobrecarga deverá considerar o % de 1RM de acordo com a qualidade treinável que se almeja atingir. ACSM, 2009. Qualidade Treinável Nível do Aluno Sobrecarga Força Iniciante 60%-70% Intermediário 70%-80% Avançado 80%-100% Hipertrofia Iniciante 60%-70% Intermediário 70%-80% Avançado 70%-100% (70%-85%) Potência Iniciante > 80% Intermediário > 80% Avançado > 80% RML (Endurance) Iniciante 50%-70% Intermediário 50%-70% Avançado 30%-80% % de 1 RM Repetições Máximas 60 % 15 a 20 RMs 65 % 14 RMs 70 % 12 RMs 75 % 10 RMs 80 % 8 RMs 85 % 6 RMs 90 % 4 RMs 95 % 2 RMs 100 % 1 RM Simão, 2004; Fleck; Kraemer 1987. O tempo de intervalo entre as séries e entre os exercícios afeta significativamente as respostas metabólicas, hormonais e cardiovasculares agudas ao treinamento resistido, assim como o desempenho em séries subsequentes e as adaptações ao treinamento. ACSM, 2009. Tem sido demonstrado que o desempenho agudo da força no treinamento resistido pode ser comprometido por intervalos de recuperação curtos (< 1min). Estudos longitudinais demonstraram aumentos na força com períodos de intervalo mais longos (2-3 min), comparados aos intervalos curtos (30-40 seg). ACSM, 2009. Não foi verificada diferença significativa no número de repetições nas séries quando comparado o desempenho obtido pelos sujeitos nas duas pausas. Os resultados mostraram limitação da aplicação das normativas previstas para o treinamento da hipertrofia muscular em indivíduos treinados. Os resultados indicam que durante uma sessão de treinamento de força, o intervalo de 3 minutos entre séries e exercícios permite a realização de maior volume (carga de treinamento) para os exercícios examinados (MMSS). É importante observar que nem todo exercício utilizará o mesmo tempo de intervalo. Assim como as demais variáveis metodológicas, esta deverá levar em consideração o GM a ser treinado, os objetivos e o nível de treinamento dos indivíduos. ACSM, 2009. Para a manutenção da consistência em relação ao número de repetições, intervalos de recuperação de 2 minutos entre as séries parecem ser suficientes para o “voador”, e 3 a 5 minutos para o supino. Aparentemente, maiores períodos de intervalo são necessários para exercícios multiarticulares em relação aos uniarticulares. Qualidade Treinável Nível do Aluno Tempo de Intervalo Força Iniciante 2 a 3 min Core; Intermediário 1 a 2 min Demais GM Avançado Hipertrofia Iniciante 1 a 2 min Intermediário 1 a 2 min Avançado 2 a 3 min Potência Iniciante 2 a 3 min Core; Intermediário 1 a 2 min Demais GM Avançado RML (Endurance) Iniciante 1 a 2 min para ↑ reps Intermediário < 1 min para 10-15 reps Avançado A velocidade de execução do exercício afeta as respostas neurais, hipertróficas e metabólicas ao exercício resistido, e está inversamente relacionada com a sobrecarga relativa durante contrações máximas. ACSM, 2009. A produção de força e a velocidade de execução interagem diretamente durante a execução de um exercício. A produção de força concêntrica é maior em velocidades menores e, menor em velocidades maiores. Tempo de tensão. Fleck; Kraemer, 2006. Baixa velocidade não intencional • Utilizada em alta intensidade, onde a sobrecarga elevada e/ou a fadiga limitam a velocidade do movimento. (3 X 5RMs; Fase concêntrica: 1ª 1,6s, 2ª 2,5s, 3ª 3,3s). Baixa velocidade intencional • Utilizada em intensidade submáxima, onde o indivíduo controla a velocidade. • Em indivíduos treinados, as sobrecargas mais leves podem não gerar o estímulo suficiente para o desenvolvimento da força. ACSM, 2009. Foi demonstrado que a realização de 10 repetições utilizando velocidade muito baixa intencional, resultaram ganhos de força significativamente mais baixos após 10 semanas de treinamento. ACSM, 2009. Comparadas com a baixa velocidade, as velocidades moderada e elevada são mais efetivas para o aprimoramento da performance muscular (número de repetições realizadas, capacidade de carga e volume) e dos ganhos de força. Velocidade moderada 2/2 (2s con, 2s exc). Velocidade elevada 1/1 (<1s con, <1s exc). ACSM, 2009. Os exercícios resistidos devem ser executados na amplitude plena de movimento. Entretanto, manipular esta variável, é uma forma de alterar a intensidade do exercício sem necessariamente alterar as demais. Quanto maior for a amplitude de movimento, maior é o esforço percebido durante a realização do exercício. Ao reduzir a amplitude de movimento devido a um eventual aumento na sobrecarga, deve haver uma tentativa constante de atingir novamente a amplitude total. Quais as possíveis formas de manipulação da intensidade no treinamento resistido? O que determina a escolha do percentual de 1 RM na prescrição de um programa de exercícios resistidos? Quando o objetivo do aluno iniciante é a hipertrofia muscular, qual o tempo mínimo e o tempo máximo de intervalo de recuperação recomendados? E no caso de um aluno avançado? A velocidade de execução, assim como as demais variáveis metodológicas abordadas, deve variar em função do objetivo? Com base na resposta anterior, qual deve ser a velocidade recomendada para o treinamento da potência muscular? Elabore uma prescrição de quatro exercícios (2 MMSS e 2 MMII) com as principais características de intensidade para um aluno de nível intermediário cujo objetivo é aprimorar a força muscular. De acordo com a tabela apresentada e com o percentual de intensidade recomendado, qual deve ser o volume de treinamento em relação ao número de repetições?
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