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DOENÇA DE MENIÉRE

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
BRUNA GONÇALVES
FELIPE DE OLIVEIRA GOULART
PATOLOGIAS DA AUDIÇÃO
DOENÇA DE MENIÉRE
Canoas
2018
BRUNA GONÇALVES
FELIPE DE OLIVEIRA GOULART
PATOLOGIAS DA AUDIÇÃO
DOENÇA DE MENIÉRE
Trabalho apresentado à disciplina de Audiologia Clínica do curso de graduação em Fonoaudiologia da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para a avaliação de Grau 1 referente ao primeiro semestre de 2018.
.
Prof. Fga. Marion Cristine de Barba
Canoas
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................04
DOENÇA DE MENIÉRE ............................................................................................05
SINTOMAS DA DOENÇA DE MENIÉRE ..........................................................06
CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................07
GRAUS ..................................................................................................................07
CAUSAS DA DOENÇA DE MENIÉRE ..............................................................07
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE MENIÉRE ...................................................08
DIFERENÇA ENTRE DOEÇA DE MENIÉRE E LABIRINTITE ......................09
TRATAMENTO ....................................................................................................09
QUESTÕES DE FIXAÇÃO SOBRE A DOENÇA DE MENIÉRE ...........................11
EXEMPLOS DE AUDIOMETRIA E TIMPANOMETRIA .......................................12
ARTIGOS ....................................................................................................................14
CONCLUSÃO ...............................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................18
INTRODUÇÃO
No estudo a seguir serão tratadas as características audiológicas pertinentes a Doença de Meniére, onde descreveremos as causas, sintomas e tratamento para esta patologia. Também será possível abordar esta patologia através de estudos científicos recentes. 
DOENÇA DE MENIÉRE:Apto normal
Apto com espaço restrito
Não Apto obstruído
Caracteriza-se pelo aumento de volume da endolinfa (líquido existente no labirinto). O aumento de volume prejudica as células auditivas e as células responsáveis pelo equilíbrio, que se encontram no labirinto, desencadeando uma série de sintomas.
Segundo RUSSO, a Doença de Meniére é caracterizada por uma série de sintomas: vertigens súbitas, zumbido e perda auditiva. Em geral, na sua fase inicial, a perda auditiva é de caráter flutuante, isto é, pode aparecer nos momentos de crise vertiginosa desaparecendo após a crise. 
Os ataques normalmente ocorrem de maneira repentina e duram minutos ou até mesmo horas. Com frequência, as pessoas não sentem nenhum destes sintomas no período entre as crises. A causa exata da Doença de Meniére não é conhecida. Uma hipótese é que o líquido que existe dentro da orelha interna se acumule, causando aumento de pressão dentro desta. A doença de Meniére pode ocorrer em membros de uma mesma família e, também, está associada com as migrâneas (enxaquecas).
Com o progresso da doença a perda se torna permanente estando associada a desconforto frente a sons fortes (recrutamento), sensação de oclusão e a dificuldade em compreender palavras. 
Se sabe que a incidência maior destas doenças ocorre entre os 30 e 60 anos de idade, com discreta predominância para o sexo masculino. A maioria dos casos é unilateral comprometendo tanto a função coclear como vestibular. 
	PADRÃO AUDIOLÓGICO GERAL DA DOENÇA DE MENIÉRE
	Perda Sensorioneural, com perda nas frequências baixas na fase inicial.
IRF abaixo de 90%, compatível com o grau de perde.
Timpanometria tipo A.
Reflexos acústicos presentes indicando a presença de recrutamento.
SINTOMAS DA DOENÇA DE MENIÉRE
Vertigem: a vertigem é a sensação de forte tontura de início subido. Além disso, durante a crise, há a perda de equilíbrio. Episódios de vertigem ocorrem sem aviso e, geralmente, duram 20 minutos a duas horas ou mais, até 24 horas. Vertigem severa pode causar náuseas e vômitos. 
Perda Auditiva: a perda auditiva na doença de Meniére pode variar, particularmente no início do curso da doença. Eventualmente, a maioria das pessoas experimenta algum grau de perda auditiva permanente.
Zumbido no ouvido: o zumbido no ouvido é a percepção de um ruído, assobio ou som de assobio no ouvido. Com a Doença de Meniére, o zumbido é muitas vezes em tom grave.
Plenitude Auricular: a plenitude auricular é a sensação de plenitude ou pressão no ouvido. Um episódio típico pode começar com uma sensação de plenitude no ouvido, zumbido aumentando, a audição diminuindo seguido de vertigem severa, muitas vezes acompanhada de náuseas e vômitos. Tal episódio pode durar de duas a três horas, depois que sinais e sintomas melhoram.
Pode ocorrer surgimento de zumbido e pressão aural (som abafado) seguidos de vertigem, palidez, sudorese, náuseas e vômitos. Nas crises o paciente encontra-se consciente sem déficits focais ou neurológicos. Os sintomas normalmente ocorrem em conjunto, mas também podem acontecer isolados, dificultando o diagnóstico.
SINTOMAS COMPOSTOS DE 3 ELEMENTOS:
VESTIBULARES: Vertigens paroxísticas e desequilíbrio;
AUDITIVOS: Zumbido, intolerância ao ruído, perda auditiva flutuante, perda de acuidade;
PRESSÃO: aural - pode ser percebida também em regiões da cabeça ou pescoço.
CLASSIFICAÇÃO
Típica: Sintomas completos.
Atípica: Sintomas cocleares ou vestibulares.
Progressiva: Mesmo com acompanhamento clínico os sintomas não são controlados tornando as crises mais frequentes e a audição prejudicada.
Não progressiva: Evolui com crises esporádicas e períodos assintomáticos.
GRAUS
Leve: Tonturas alternadas.
Moderada: Tonturas alternadas e desequilíbrio.
Severa: Sintomas que não permitem qualquer atividade. 
CAUSAS DA DOENÇA DE MENIÉRE
As causas da Doença de Meniére ainda não são totalmente comprovadas cientificamente. Mas há relação entre o problema e algumas doenças e complicações, como diabetes, hipertensão e outras doenças metabólicas; enxaqueca; doenças autoimunes (como lúpus e reumatismo) e infecção pelo vírus do herpes.
Pessoas que passaram por uma variação brusca de pressão atmosférica ou um trauma no crânio também podem apresentar sintomas da Doença de Meniére.
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE MENIÉRE
Diagnosticar a Doença de Meniére pode ser difícil. O médico não pode examinar o ouvido interno diretamente, pelo que não existe nenhuma forma simples de saber se o fluido se acumulou. Normalmente, o médico irá diagnosticar a doença se verificar os sintomas típicos e se outras possíveis causas dos sintomas forem descartadas.
Primeiramente será necessário a realização de uma anamnese, incluindo informações sobre problemas médicos e medicamentos passados ou atuais que você toma. Deve-se fazer perguntas detalhadas sobre os sintomas, incluindo quando começaram, quantas vezes e por quanto tempo eles ocorrem, e quão incapacitantes se tornam. Em seguida, será feito uma meatoscopia e será examinado nariz, garganta e sistema de equilíbrio.
Os testes que podem ser utilizados para ajudar no diagnóstico incluem:
Uma Audiometria, que pode verificar se o paciente está enfrentando problemas de audição. As pessoas com Doença de Meniére têm um determinado tipo de danos nos nervos importantes para a audição normal, o que pode tornar difícil identificar a diferença entre palavras com som semelhante.
A tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que são exames que permitem que os médicos possam verificar o cérebro, ouvido médio e outras estruturas dentro da cabeça. Estes exames podem verificar se existemtumores e outros problemas que possam causar sintomas que são semelhantes aos que ocorrem na Doença de Meniére.
Eletronistagmografia ou teste de rotação, estes testes usam a conexão do nervo entre os ouvidos e os olhos para examinar o sistema de equilíbrio do seu corpo. Numa sala escura, eletrodos são colocados perto dos olhos. Em seguida, o canal auditivo é estimulado com água, ar ou mudanças de posição. Os eletrodos medem como é que o ouvido interno responde. Na doença de Ménière, o seu médico pode detectar mudanças típicas causadas pelo acúmulo de líquido no ouvido interno.
Se o diagnóstico permanecer incerto, o paciente poderá ser encaminhado para um otorrinolaringologista (especialista de ouvido, nariz e garganta) ou neurologista.
DIFERENÇA ENTRE DOEÇA DE MENIÉRE E LABIRINTITE
A Síndrome ou Doença de Meniére não é o mesmo que labirintite, mas pode ser uma das causas dela. A labirintite é o nome usado para identificar doenças que afetam o labirinto. O problema é que existem muitos distúrbios diferentes que comprometem esta estrutura do ouvido, mas que acabam sendo chamadas da mesma forma erroneamente.
O que diferencia é a causa. Um dos problemas mais comuns que afetam o labirinto é a Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB), responsável em mais de 80% dos casos de acometimento labiríntico. Ela causa um conjunto de sintomas muito parecido com a síndrome de Meniére: como tontura, falta de equilíbrio, zumbido. Mas o que a diferencia dela é justamente a causa: enquanto a síndrome é provocada pelo aumento de pressão da endolinfa, a VPPB é provocada pelo deslocamento das otocônias, pequenos cristais que se desprendem e ficam circulando livremente pelos canais labirínticos. Com isso, o paciente sente vertigens sempre que faz algum movimento brusco com a cabeça (principalmente o movimento de deitar e levantar da cama).
TRATAMENTO
Especialistas não falam em cura para a Doença de Meniére, mas em combater os sintomas que atrapalham a qualidade de vida de quem sofre do problema. Normalmente, o tratamento tem o objetivo de reduzir os ataques de vertigem, minimizar o zumbido e problemas de equilíbrio e evitar que a progressão da doença comprometa a audição da pessoa – como o uso de aparelhos auditivos. 
Remédios para tratar náuseas e vertigens podem ser utilizados. Diuréticos, também podem ser indicados. Terapia de reabilitação vestibular, que são exercícios específicos com o objetivo de ajudar o corpo a maximizar o equilíbrio, e com o dispositivo Meniett, que é um aparelho usado para a aplicação de pressão positiva no ouvido médio como forma de melhorar o intercâmbio de fluidos no labirinto, pode ser outra recomendação médica. Paralelamente ao tratamento, mudanças no estilo de vida podem ser recomendadas. Por exemplo:
Alimentação balanceada com redução no consumo de cafeína;
Prática de exercícios;
Práticas para aliviar o estresse, como meditação. 
Em casos extremos, pode ser recomendada uma cirurgia que corta o nervo vestibular.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO SOBRE A DOENÇA DE MENIÉRE:
A doença de Meniére é reconhecida como a expressão clínica de uma síndrome idiopática de hidropisia endolinfática. Qual sintomatologia típica que a caracteriza?
A) Zumbido, perda auditiva, supuração e dor.
B) Zumbido, vertigem, dor e pressão no ouvido.
C)Vertigem, supuração, dor no ouvido e zumbido.
D) Zumbido, vertigem, perda auditiva e pressão no ouvido.
E) Apenas zumbido e perda auditiva são sintomas da D.M
Verdadeiro ou Falso:
(F) Numa crise da Doença de Meniére todos os sintomas estarão presentes.
(V) Alguns pacientes têm crises várias vezes por mês, enquanto outros passam meses ou anos até uma nova crise.
(V) Doença de Meniére é uma desordem que ocorre na orelha interna.
(F) Geralmente a perda auditiva presente é a dos agudos, com a evolução da doença passa a ser dos agudos e dos graves.
(V) Durante uma crise o indivíduo pode apresentar náuseas, vômitos e dificuldade de caminhar.
Um paciente com diagnóstico inicial da Doença de Meniére, comparece a clínica para realizar exames audiológicos. Na sua primeira Audiometria Tonal é verificado uma perda auditiva de grau leve nas frequências graves. Dentro de 15 dias ele retorna a clínica para realizar os mesmos exames e seus limiares auditivos, na audiometria tonal, estão dentro da normalidade. Explique o que pode ter ocorrido com o paciente.
Os sintomas da D.M são flutuantes, isso ocorre também com a perda auditiva, aparecendo somente durante as crises. Provavelmente os primeiros exames apareceram alterados devido o paciente estar num período de crise, enquanto na segunda vez os sintomas já não estavam mais presentes.
EXEMPLOS DE AUDIOMETRIA E IMITANCIOMETRIA:
Audiometria:
Timpanometria:
ARTIGOS:Resenha crítica de artigo: AQUINO, Antônio M. C. M.; MASSARO, Carolina A. M., TIRADENTES, Juliana B., GARZÓN, Juan C. V., OLIVEIRA, José A. A. EMISSÕES OTOACÚSTICAS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE LESÃO COCLEAR NA DOENÇA DE MÉNIÈRE. Rev Bras Otorrinolaringol. V.68, n.5, 761-6, set./out. 2002. Disponível em <https://goo.gl/ZJ3yJw>, Acesso em 10/03/2018.
O artigo tem por objetivo relacionar se as perdas auditivas, decorrentes da sintomatologia, e as respostas alteradas nas EOA podem indicar lesões cocleares no estágio inicial da doença e Meniére. O que não seria observado nos exames convencionais como a audiometria.
Um paciente foi acompanhado no estágio inicial da doença; esse com 32 anos, médico e no período do estudo havia um ano que tinha apresentado o quadro. Afirmou não fazer o uso de medicamento, não ficar exposto a ruído de modo prolongado, não ter doenças, etc. Os exames de imitanciometria e IRF estavam normais, somente a audiometria tonal mostrou perda auditiva neurossensorial de grau leve na orelha esquerda. No período de dez dias os sintomas da doença não eram mais presentes, na repetição dos exames os limiares da audiometria tonal deram normais, bem característico da hidropisia endolinfática.
Mesmo sem os sintomas presentes, no paciente, as EOA se apresentaram assimétricas da O.E (com o diagnóstico) para a direita. Essas assimetrias foram justamente nas frequências graves, as afetadas na surdez flutuante durante as crises e apontadas na audiometria tonal.
Quantos aos dados emitidos nas EOA e comparando com outros estudos verificou-se que podem indicar alterações no micro mecanismo tanto hidromecânico como biomecânico afetando a transmissão dos estímulos pelas células ciliadas externas. Isso pode sugerir alterações sem a morte das células, como já estudado antes em cobaias.
Podemos concluir que todos os exames, junto a uma anamnese bem detalhada, a sintomatologia é importante quando se tem a suspeita dessa doença; pois nenhum desses pode dar a certeza da doença somente esse conjunto aliado a evolução do caso. É importante o paciente ter o acompanhamento de profissionais para lhe propor uma melhor qualidade de vida. Também é importante o monitoramento da doença, através dos exames necessários, como vimos nesse caso, das EOA para avaliar a função coclear.Resenha crítica de artigo: GARCIA, Adriana P.; GANANÇA, Mauricio M.; CUSIN, Flávia S.; TOMAZ, Andreza; GANANÇA, Fernando F.; CAOVILLA, Heloisa H. REABILITAÇÃO VESTIBULAR COM REALIDADE VIRTUAL NA DOENÇA DE MÉNIÈRE. Braz J Otorhinolaryngol. 2013;79(3):366-74. Disponível em <https://goo.gl/ArDNkk> Acesso em 09/03/2018.
A vertigem é bem característica da hidropisia endolinfática, este sintoma pode afetar até mesmo as atividades diárias mais simples do paciente. Para amenizar e trazer uma melhor qualidade de vida ao paciente a reabilitação vestibular através de exercícios, vêm agindo no sistema vestibular potencializando a neuroplasticidade do SNC ajudando no equilíbrio corporal. Trazendo essa prática para a realidade virtual, pode se ter maiores e mais específicos estímulos aliados a terapia desses pacientes.
Mesmo tendo poucos relatos da reabilitação vestibular em pacientes com doença de Ménierè, devido a flutuação dos sintomasda doença, o presente estudo procurou verificar a eficácia dessa intervenção. A amostra foi constituída de homens e mulheres entre 18 e 60 anos, diagnosticados pelo médico; já em acompanhamento fazendo o uso de medicação; com dieta alimentar de acordo com as recomendações; não ingerindo açúcar, café, álcool e não fumar. Esses pacientes passaram por avaliações, incluindo anamneses e protocolos de qualidade de vida (DHI), escala de tontura, exames otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos incluindo os de funcionamento do sistema vestibular e posturografia com realidade virtual. Na realidade virtual, os pacientes deveriam permanecer em posição ortostática por 60 segundos, sem movimentar os membros superiores; pés e calcanhar. 
Esses pacientes foram divididos em dois grupos, 23 foram para o grupo experimental os quais receberam orientações de dieta, prescrição do medicamento e exercícios com estimulos de realidade virtual; 21 no grupo controle receberam apenas recomendações de dieta e o medicamento. Duas vezes por semana esses exercícios de reabilitação, dando um total de 12sessões de 45 minutos.
Após esse experimento verificou-se que os participantes do grupo experimental perceberam uma melhora na intensidade da tontura e também na qualidade de vida conforme os pontos no protocolo DHI, referente à manter o equilíbrio corporal obteve-se também uma melhora. 
Podemos observar com os resultados que os pacientes submetidos a esse tratamento obtiveram uma evolução nos quesitos de aspectos físicos, emocional e funcional, além de qualidade de vida e uma habilidade maior para equilibrar e movimentar-se sem uma base de suporte. Como a doença de Ménière é uma doença instável, esses tipo de intervenção pode ajudar os pacientes, quanto estiverem enfrentando uma crise, a enfrentarem o sintoma da tontura de maneira mais eficaz de forma a não prejudicar suas tarefas diárias.
CONCLUSÃO
A Doença de Meniére é vestibulopatia frequente e manifesta-se entre 30 e 60 anos de idade. Diagnóstico é clínico e caracteriza-se por vertigem, perda auditiva neurossensorial, zumbido e plenitude aural. O desconforto gerado pelos sintomas da Doença de Meniére pode alterar de forma relevante e duradoura a capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia.
Os sintomas normalmente ocorrem em conjunto, mas também podem acontecer isolados, dificultando o diagnóstico.
O diagnóstico desta doença é essencialmente clínico, sendo a anamnese de capital importância juntamente com o exame otorrinolaringológico completo. Inúmeros exames subsidiários podem ser solicitados por ocasião da suspeita clínica de Doença de Meniére, porém nenhum deles pode dar um diagnóstico com certeza, sendo o conjunto sintomatológico aliado à evolução clínica a melhor forma de acompanhar a evolução da doença.
Ainda não se conhece com precisão as causas da doença ou da Doença de Meniére, mas sabe-se da relação entre o problema e algumas doenças sistêmicas como diabetes, hipertensão arterial, enxaqueca, doenças autoimunes e infecção pelo vírus do herpes.
Especialistas não falam em cura para a Doença de Meniére, mas em combater os sintomas que atrapalham a qualidade de vida de quem sofre do problema. Normalmente, o tratamento tem o objetivo de reduzir os ataques de vertigem, minimizar o zumbido e problemas de equilíbrio e evitar que a progressão da doença comprometa a audição da pessoa – como o uso de aparelhos auditivos. Em alguns casos também se é usado remédios e abordagem operatória.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
RUSSO, ICP & SANTOS, TMM. A Prática da Audiologia Clínica. São Paulo: Cortez, 1993.
LOPES FILHO, OTACÍLIO. Novo Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Manole, 2013. 
Doença de Ménière - Causas, sintomas e tratamento. Disponível em <http://www.saudecomdieta.com/2016/12/doenca-de-meniere.html > Acesso em 25/03/2018.
Emissões otoacústicas no diagnóstico precoce de lesão coclear na doença de Ménière. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000500025> Acesso em 12/03/2018
AQUINO, ANTONIO M. C. M.; MASSARO, Carolina A. M., TIRADENTES, Juliana B., GARZÓN, Juan C. V., OLIVEIRA, José A. A. Emissões otoacústicas no diagnóstico precoce de lesão coclear na Doença de Ménière. Rev Bras Otorrinolaringol. V.68, n.5, 761-6, set./out. 2002. Disponível em < https://goo.gl/ZJ3yJw >, Acesso em 10/03/2018.
GARCIA, Adriana P.; GANANÇA, Mauricio M.; CUSIN, Flávia S.; TOMAZ, Andreza; GANANÇA, Fernando F.; CAOVILLA, Heloisa H. Reabilitação vestibular com realidade virtual na doença de Ménière. Braz J Otorhinolaryngol. 2013;79(3):366-74. Disponível em <https://goo.gl/ArDNkk Acesso em 09/03/2018.

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