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5. Dados e recomendações para a configuração de produtos

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CAPÍTULO 14 
 
 
DADOS E RECOMENDAÇÕES 
PARA A CONFIGURAÇÃO DO PRODUTO 
 
 
 
 
 
 
 A configuração do produto se refere as características físicas de um produto tais como o seu tamanho, 
forma, peso, centro de gravidade e momento de inércia. A configuração inicial para um produto é 
desenvolvida durante o design preliminar. Diversos mock-ups e modelos de engenharia são normalmente 
avaliados durante o processo. 
 As Seções 14.1 e 14.2 fornecem recomendações para o design de produtos portáveis e portáteis incluindo 
ferramentas elétricas. Recomendações para peso do produto, tamanho, centro de gravidade e momento de 
inércia são dadas nestas seções. O design e a localizaçào de pegas são também cobertos. Produtos que 
normalmente não são seguros ou conduzidos são considerados na Seção 14.3. A Seção 14.4 discute as 
formas de acomodar o usuário deficiente. 
 
 
 
14.1 DADOS E RECOMENDAÇÕES PARA O PROJETO DE PRODUTOS PORTÁVEIS 
 
 Recomendações gerais para o design de produtos portáveis pode se encontadas na Tabela 14-1. Os 
produtos portáveis incluem ítens pequenos tais como aparelho de barbear, secadores de cabelo, aparelhos 
telefônicos e calculadoras de bolso. Exemplos de ítens maiores que se encontram nesta categoria são 
raquetes de tenis, vara de pescar, utensílios para cozinhar e ferramentas de jardim. 
 
 
14.1.1 Peso máximo de um produto 
 
 O peso de um produto portável afeta a sua usabilidade. Geralmente, produtos mais leves são mais fáceis 
de manipular e podem ser usados continuamente por períodos mais longos de tempo. 
 
 
 
Tabela 14-1 
Recomendações para o design de produtos portáveis 
 
 Evitar formas pontiagudas sobre superfícies que exijam a pega. 
 Alças com textura para melhorar a superfície de fricção quando as mãos estiverem frias ou úmidas. 
 Não usar contornos profundos nas alças. Eles não irão se casar com as formas dos dedos da maioria dos usuários. 
 Projetar o produto de forma que o pulso esteja reto quando o produto está sendo seguro. Isto irá reduzir a distenção do pulso. 
 Alinhar a alça do produto com o plano de força. Considerar as forças de empurrar e puxar assim como os torques. 
 Selecionar o diâmetro da alça de forma a adequar-se às exigências de força. 
 Usar os lados semi-inclinados sobre a superfície da pega ou alça para melhorar a precisão se exigido pela tarefa. 
 Evitar acabamentos lisos para superfícies de produtos que devem ser seguros. 
 
 
 70 
 As seguintes recomendações para o peso máximo de um produto aplica-se aos produtos portáveis usados 
por adultos: 
 
 Os produtos que são apoiados pelos braços e seguros fora do corpo em uma posição desajeitada quando 
em uso não deve pesar mais que 2.3 kg. Se mais pesado, ele pode fatigar os pequenos músculos do 
antebraço e ombro (Eastman Kodak Company, 1983). 
 Ferramentas manuais que devem ser manipuladas com precisão não devem pesar mais que 0.4 kg 
(Eastman Kodak Company, 1983). 
 
Os produtos que necessitam ser usados continuamente por períodos maiores devem algumas vezes ser mais 
leves. 
 
 
14.1.2 O design da pega 
 
 Uma das mais importantes considerações no design do produto portável é a interface entre o produto e a 
mão. A pega é freqüentemente usada para este propósito. 
 O efeito do design da pega sobre o desempenho do usuário e a facilidade de uso do produto tem sido 
extensivamente estudado e numerosas referências com relevantes dados de design podem ser citadas (p.ex, 
Drury, 1984; Eastman Kodak Company, 1983; Cochran e Riley, 1982; Cochran e Riley, 1986 e Granada e 
Konz, 1981). Contudo, pegas pobremente projetas são muito comuns. 
 Numerosas recomendações para pegas de produtos portáveis podem ser encontradas nas fontes citadas 
no parágrafo acima. Entre as recomendações para comprimento, diâmetro e abertura da pega estão as 
seguintes. 
 
 Comprimento mínimo da pega: 100 mm. 
 Diâmetro para a pega na pega de força (p.ex., pega para uma furadeira elétrica): 3-5 cm. 
 Diâmetro para a pega na pega de precisão (p.ex., pequena chave de fenda manual): 8-16 mm. 
 Abertura exigida em torno da pega se não se utiliza luvas: 30-50 mm. 
 
Adicionalmente, pegas com seções retangulares ou triangulares são usualmente mais adequadas para 
aplicação de grandes forças lineares e torques. As pegas com seções circulares ou quadradas são 
significativamente mais pobres neste sentido. A pega ótima, entretanto, depende do tipo de força a ser 
aplicada e a sua direção (Cochran e Riley, 1986). 
 Alguns produtos portáveis são usados para tarefas que exigem manipulação precisa e tarefas que exigem 
a aplicação de grandes forças. A chave de fenda é um exemplo familiar. Em alguns casos, pode não ser 
possível projetar uma pega que seja adequada para todas as tarefas (Bobjer, 1984). Uma solução é fornecer 
várias pegas intercambiáveis. Alternativamente, o produto pode consistir de um conjunto de unidades 
idênticas, cada qual com diferente tipo de pega. 
 Quando forças devem ser aplicadas à pega, a sua superfície deve ser texturizada com uma fina cobertura 
que a mão não deslize. Enquanto uma pequena quantidade de textura tem sido mostrada como benéfica, o 
fornecimento de uma cobertura texturizada larga ou profunda causa pressões localizadas sobre o tecido 
macio da mão e pode conduzir a abrasão se a pega for segura firmemente. 
 Para usar uma pega que possibilite a ação de maior aperto, a mão do usuário deve segurar dois elementos 
de pega separados. Este tipo de pega é encontrado no alicate. De acordo com Greenber e Chaffin (1979), a 
distância entre os elementos de pega devem está entre 76-89 mm. 
 Uma pega bem projetada permite ao pulso do usuário permanece estendido durante o uso do produto. 
Geralmente, uma inclinação da pega irá reduzir o stress do pulso se o torque com desvio ulnar/radial é 
aplicado durante o uso do produto (veja Fig.13-10). Bater um prego com um martelo é um exemplo de uma 
tarefa que envolve torque com desvio ulnar/radial. Por outro lado, uma pega reta é preferida se um torque 
com flexão/extensão é aplicado tal como quando se usa uma chave de fenda com uma pega de força. 
 Se uma pega inclinada parece ser preferível, então o próximo passo é determinar o ângulo apropriado da 
inclinação (i.é., o desvio angular da pega quando comparado com uma pega reta). Infelizmente, testes 
podem ser exigidos para determinar o melhor ângulo. A realização de testes é fortemente recomendada nos 
 
 
71 
casos em que as pesquisas encontradas tem sido inconsistentes. Por exemplo, Emanuel, Mills e Bennett 
(1980) recomendam uma inclinação da pega de 19 graus para todos os tipos do cabo do martelo ao da 
vassoura. Enquanto alguns apoios para os 19 graus de inclinação para a pega de martelos tem sido obtidos 
(Granada e Konz, 1981), estudos recentes sugerem que uma inclinação de 10 graus pode ser melhor (Krohn 
e Konz, 1982; Konz e Streets, 1984). 
 
 
14.1.3 Design de ferramentas de força portáveis 
 
 Ferramentas de força portáveis são muito comuns. Por exemplo, serras, lâminas de entalhe e batedeiras 
de cozinha usam a força elétrica. Ferramentas para serviços pesados tais como serras e ferramentas de 
podar cercas podem ter motor a gasolina. Enquanto a maioria das considerações ergonômicas para as 
ferramentas de força são siminlares aquelas das ferramentas operadas manualmente, existem fatores 
adicionais que também devem ser considerados. Entre estes fatores estão a vibração (Seção 12.6 no 
Capítulo 12), ruído (Seção 12.7 no Capítulo 12) e segurança (Capítulo 15 e 16). 
 Projetar uma pega para uma ferramenta de força é algumas vezes mais difícil que projetar uma pega para 
uma ferramenta operada manualmente que desempenhe uma função similar. Considere a serra circular, por 
exemplo. O usuário deve exercer uma força para baixo, sobre a pega, da mesma forma que impulsiona para 
frente. A força para baixo é aplicadapara estabilizar a ferramenta e para prevenir um recuo inesperado. O 
impulso para frente é usado para propelir a lâmina através do material que esteja sendo cortado. A pega, 
desta forma, deve ser projetada de forma que ambas as forças possam ser aplicadas simultaneamente com 
algum grau de precisão. Adicionalmente, a pega deve ser localizada numa posição aonde não haja obstrução 
para a visão do usuário sobre a superfície de corte. 
 Para manter o pulso do usuário tão distendido quanto possível, WOODSON (1981) recomenda um 
ângulo de pega de 45 graus para produtos que exijam uma combinação para cima e para baixo de aplicação 
de forças sobre a pega. Um ângulo de 30 graus é recomendado para ferramentas que exijam mais precisão e 
menos força. Veja a Fig. 14-1 para ilustrações. Para pegas em forma de pistola WOODSON (1981) 
recomenda um ângulo de pega de 80-90 graus em relação ao eixo principal da ferramenta (Fig. 14-1). Estes 
tipos de pegas são encontrados em equipamentos tais como câmeras de cinema e furadeiras elétricas. 
 Alguns tipos de ferramentas portáveis devem ter duas pegas (p.ex., ferramenta elétrica para podar cercas) 
de forma que o usuário possa segurar a pega do produto com as duas mãos. Os controles principais devem 
normalmente ser localizados na pega que esteja mais próxima ao corpo do usuário. 
 
 
 
14.2 DADOS E RECOMENDAÇÕES PARA O PROJETO DE PRODUTOS PORTÁTEIS E 
TRANSPORTÁVEIS 
 
 O produto portátil é aquele que o usuário possa conduzir confortavelmente por, pelo menos, dez minutos 
sem se cansar (Rosenberg, 1982). Produtos de consumo portáteis incluem computadores lap-top, aparelhos 
de televisão em miniatura e rádios pessoais. Os produtos que podem ser conduzidos somente para curtas 
distâncias (até os 125 metros) pelo usuário, parando quando necessário descansar, são mais corretamente 
classificados como produtos transportáveis. Os produtos transportáveis incluem pequenos aparelhos de 
televisão e microcomputadores "portáteis". 
 Um número de fatores afetam a portabilidade de um produto (i.é., a facilidade de movê-lo de um local 
para outro). Os seguintes são os mais importantes: 
 
 Peso 
 Tamanho 
 Centro de gravidade 
 Momento de inércia 
 Pega do produto 
 
 
 72 
 
 
 
 Fig. 14-1 Ângulos de pega para três tipos de ferramentas elétricas de força. Adaptado de Woodson (1981). 
 
 
 
14.2.1 Peso do produto 
 
 Os Tabelas 14.2 e 14.3 mostram os limites de peso para a portabilidade e transportabilidade para os 
usuários do 5o. ao 95o. percentis. Para satisfazer 95% da população de usuários, um produto portátil deve 
pesar menos que 4,4 kg (Rosenberg, 1980). O limite recomendável para os produtos transportáveis depende 
se o produto irá ser conduzido com uma ou duas mãos. Para conduzir um produto com duas mãos, o 
máximo recomendado é 9,4 kg; para conduzir com uma mão, o máximo de 8,1 kg é sugerido. Manter o 
peso do produto abaixo destes ilmites algumas vezes não é possível sem o aumento dos custos de fabricação 
à um nível inaceitável (p.ex., devido ao alto custo dos componentes miniaturizados e os materiais mais 
leves). Se o limite recomendado é excedido, os dados nas Tabelas 14-2 e 14-3 podem ser usados para prever 
a proporção da população de usuários que irá ser afetada adversamente. 
 Rosenberg (1981) não encontrou nenhuma diferença significativa entre homens e mulheres com relação 
ao peso máximo aceitável para um produto portátil. Desta forma, somente um valor é dado na Tabela 14-2 
para cada percentil. Em termos de força, os homens estavam dispostos a exercer em torno de 30% da sua 
força isométrica máxima (usando uma mão) para conduzir um produto portátil. As mulheres, por outro lado, 
estavam dispostar a exercer em torno de 42%. Assim sendo, as mulheres toleraram um nível mais eleveado 
de desconforto enquanto conduziam um produto portátil. 
 O peso máximo que pode ser confortável e seguramente suspendido depende das dimensões do objeto 
(p.ex., Letbetter, 1982; McConville e Hertzberg, 1966). Assim, as recomendações para o peso máximo para 
os produtos transportáveis serem conduzidos com uma mão (Tabela 14-3) deve ser reduzido levemente se a 
 
Serra circular - ângulo de 45 graus 
para força e controle 
 
 
Serra tico-tico manual - ângulo de 30 graus 
para melhorar precisão e a visibilidade 
 
 
Furadeira elétrica - pega com ângulo de 80 graus 
 
 
73 
Tabela 14-2 
Pesos máximos aceitáveis para um produto portátil (conduzidos por uma mão)1 
 
Percentil do usuário Peso máximo (em kg) 
 5o. 4,4 
10o. 5,0 
25o. 6,1 
50o. 7,3 
75o. 8,4 
90o. 9,5 
95o. 10,1 
1Dados aplicados para homens e mulheres. Adaptado de Rosenberg (1982) 
 
 
largura do produto exceder 15 cm. Para cada 10 cm adicional da largura, o peso máximo recomendado deve 
ser reduzido em 10% Os dados para produtos portáteis fornecidos na Tabela 14-2, entretanto, são 
suficientemente cautelosos de forma que não é exigida nenhuma correção para o tamanho do produto. 
 A quantidade de energia exigida para conduzir um dado peso suspenso sobre os ombros é 
significativamente menor que a energia exigida para conduzir o mesmo peso usando ambas as mãos (Datta 
e Ramanathan, 1971). Assim, fornecer uma alça para o produto, ligada ao ombro do usuário, pode melhorar 
a sua portabilidade. A alça deve permitir ao usuário manusear o produto abaixo do cotovelo. Ao mesmo 
tempo, o usuário deve ser capaz de repousar o produto nos quadris e usar o antebraço para fornecer 
estabilidade enquanto caminha. 
 Para satisfazer as necessidades tanto dos usuários menores quanto dos maiores, a extensão da alça 
deve ser ajustável. Se a distância entre os pontos de ligação sobre o produto é aproximadamente 45 cm, a 
extensão máxima da alça deve ser de pelo menos 120 cm. Uma largura mínima da alça de 40 mm é 
recomendada para produtos pesando até 6 kg. Para os produtos mais pesados, sugere-se um reforço semi-
rígido que se acomoda em torno do ombro. Este reforço irá ajudar a espalhar o peso do produto mais 
uniformemente. Finalmente, a largura da alça não deve exceder 76 mm independentemente do peso do 
produto. 
 
 
14.2.2 Tamanho do produto 
 
 As dimensões máximas aceitáveis para um produto portátil ou transportável depende se ele irá ser 
conduzido com uma ou duas mãos. As seguintes medidas máximas são recomendadas para os produtos que 
 
 
Tabela 14-3 
Pesos máximos aceitáveis para um produto transportável (em kg.) 
 
Percentil do usuário Homens Mulheres 
 Usando uma das mãos Usando as duas mãos Usando uma das mãos Usando as duas mãos 
 5o. 11,0 13,1 8,1 9,4 
10o. 12,1 15,6 9,0 10,8 
25o. 14,8 18,3 10,4 12,8 
50o. 18,4 22,0 12,7 14,7 
75o. 22,1 25,1 15,2 18,6 
90o. 26,1 28,4 17,9 21,0 
95o. 28,0 32,0 21,2 21,4 
 
Adaptado de Kramer e Meguire (1977). Direitos da Human Factors Society, Inc. Reproduzido com permissão. 
 74 
são conduzidos com uma mão: 
 
 Comprimento máximo (dimensões quando conduzido de frente para trás ): 100 cm 
 Largura máxima (lado a lado): 15 cm 
 Profundidade máxima (alto a baixo): 45 cm. 
 
Para um produto que será conduzido com ambas as mãos, enquanto está seguro na frente do corpo, as 
medidas máximas recomendadas são as seguintes: 
 
 Comprimento máximo (dimensões quando conduzido lado a lado ): 40 cm 
 Largura máxima (frente para trás ): 30 cm 
 Profundidade máxima (alto a baixo): 40 cm. 
 
 Os produtos maiores que um metro são, freqüentemente, de difícil manuseio quando se sobe uma escada. 
Alguns podem não se adequar convenientemente nos elevadores. 
 Um produto com largura excessiva, aumenta a distância entre a mão, ou as mãos, e o corpo. Isto é 
apropriado para causar a fadiga muscular. 
 A profundidademáxima para um produto que é conduzido com uma mão, pode ser calculada pela 
subtração do espaço livre do produto (i.é, a distância desejada entre a sua base e o solo) da altura da pega de 
pé do menor usuário. A profundidade máxima recomendada do produto - de 45 cm - é baseada sobre a 
altura da pega de pé para um usuário do 5o. percentil e o espaço livre de 25 cm. Se o espaço livre do 
produto é insuficiente, os usuários saberão que é necessário suspender o produto da forma que eles fariam 
ao subir uma escada. Este tipo de suspensão não é desejável por ser perigosa, além de causar desconforto e 
fadiga muscular. 
 
 
Fig. 14-2 Limites recomendados para a carga excentrica de um produto portátil que possa ser conduzido com uma mão. Os valores são os 
 momentos máximos sobre a pega em N-m. (a) Carga máxima para a frente. (b) Carga máxima para trás. Veja texto para detalhes. 
 Adaptado de Rosenberg (1982). 
(a) 
 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 1,8 2,3 2,9 
Mulheres 1,0 1,6 2,2 
 
(b) 
 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 2,8 3,3 3,9 
Mulheres 1,0 2,0 2,9 
 
 
 
 
75 
14.2.3 Centro de gravidade e posição da pega 
 
 Quando um produto é projetado para utilizar uma pega simples e ser conduzido ao lado do usuário, o seu 
centro de gravidade deve ser localizado sobre uma linha que se estende diretamente abaixo da pega. Isto 
reduz o stress sobre o pulso porquê a força contrária rotacional não é exigida para nivelar ou estabilizar o 
produto. Entretanto, na maior parte das situações não é possível equilibrar o produto perfeitamente sobre a 
pega. Se este é o caso, torques sobre o pulso induzidos pelo produto não devem exceder 25% da força 
isométrica máxima para a rotação do pulso. A Fig. 14-2 fornece dados de design (baseados no critério dos 
25%) para uma carga excêntrica máxima para frente e para trás sobre o pulso. Como pode ser visto nestes 
dados, o torque sobre o pulso deve ser mantido abaixo de 1,0 N-m (Rosenberg, 1982). Uma solução de 
design flexível é manter a pega na direção de toda a extensão do produto. Isto permite ao usuário encontrar 
uma posição da pega que forneça a melhor combinação de estabilidade e equilíbrio. 
 Se o produto é conduzido com ambas as mãos enquanto ele é seguro na frente do corpo, o centro de 
gravidade deve estar o mais próximo possível do corpo. Isto não implica, entretanto, que as pegas devem 
sempre serem localizadas simetricamente nos lados opostos do produto. Deeb, Drury e Begbie (1985), por 
exemplo, encontraram que, em alguns casos, um posicionamento assimétrico da mão sobre um pacote 
fornece um melhor equilíbrio e um stress rotacional mais baixo sobre os pulsos. As pegas simétricas, 
entretanto, minimizam as forças sobre as mãos. 
 Uma vez que os produtos portáteis (e alguns produtos transportáveis) serão seguros de diversas formas 
quando eles são suspensos e conduzidos, pode ser benéfico projetá-los de forma que eles possam ser 
seguros de mais de uma forma. Isto irá permitir aos usuários ajustar tanto a pega quanto a forma de 
conduzir, de maneira a adequar as suas capacidades individuais. 
 
 
14.2.4 Momento de inércia 
 
 O momento de inérica (I) para um produto portátil tem um efeito significativo sobre o que se sente a 
respeito do produto se ele tem uma pega única e é conduzido com uma mão. Os usuários preferem o 
"sentimento" obtido quando o centro de gravidade está perto da base do produto (i.é, o lado oposto da pega) 
(Rosenberg, 1980). O momento de inércia vem a ser menos importante, entretanto, quando o peso do 
produto aumenta. 
 O momento de inércia aparece facilmente se o produto é oscilado enquanto for conduzido. Um produto 
portátil, entretanto, normalmente não é oscilado quando é carregado por uma mulher porquê o cotovelo do 
braço que conduz o produto descansa sobre os quadriz. Isto parece ser verdade independente do peso do 
produto (Rosenberg, 1980, 1981). 
 
 
14.2.5 O design da pega 
 
 Uma pega bem projetada pode melhorar significativamente a portabilidade do produto. Rosenberg 
(1980), por exemplo, mostrou que o design de uma boa pega pode melhorar a quantidade de tempo que o 
usuário pode conduzir um produto de 6 kg em mais de 20% (utilizando uma mão). Resultados similares 
para levantar e conduzir com duas mãos foram relatados por Drury e Pizatella (1983). Eles encontraram que 
a localização de uma pega ruim pode ser equivalente ao aumento do peso do produto em mais de 60%. 
 A pega é frequentemente usada para mais de um tipo de atividade de manuseio. Por exemplo, a pega 
usada para conduzir um produto pode também ser usada para erguê-lo do chão, localizá-lo numa prateleira a 
altura do peito e abaixá-lo para colocá-lo dentro da mala de um carro. Para garantir a usabilidade do 
produto, o design de cada pega deve ser satisfatório para cada uso previsto. 
 
 As seguintes dimensões e características de superfícies foram recomendadas para pegas usadas em 
produtos portáteis e transportáveis (Rosenberg, 1980; Drury e Pizatella, 1983; Drury, 1984; Eastman Kodak 
Company, 1983): 
 
 
 76 
 
Fig. 14-3 Diferença entre a pega do homem e da mulher quando seguram um produto portátil de lado usando uma mão. (a) Os homens 
 seguram a alça com uma pega de gancho que não usa o polegar. (b) As mulheres usam a pega de força para segurar a alça. 
 
 
 Comprimento mínimo: 115 mm 
 Espaço livre mínimo abaixo da pega: 30-50 mm 
 Espaço livre mínimo abaixo da pega utilizando-se luvas: 55-85 mm 
 Diâmetro da pega: 20-40 mm 
 Textura da superfície: Não escorregadia, sem nervuras profundas. 
 
Adicionalmente ao exposto, deve ser notado que homens e mulheres podem preferir diferentes tamanhos de 
pegas (Rosenberg, 1980, 1981). Contrariando a intuição, as mulheres preferem uma pega com diâmetro 
mais largo. 
 Se um produto irá ser conduzido principalmente por homens, então o diâmetro mínimo da pega de 20 
mm é recomendado. Se irá ser normalmente conduzido por mulheres (p.ex., valises femininas), então o 
diâmetro mínimo da pega não deverá ser menor que 25 mm. Os 5 mm de diferença são relativos ao tipo de 
pega que é usada para segurá-la. Os homens tendem a ser maiores nos ombros que nos quadris. Eles 
normalmente seguram uma pega sem utilizar o polegar (Fig. 14-3, a). As mulheres, por outro lado, são 
normalmente mais largas nos quadris que nos ombros. Elas freqüentemente seguram uma pega com toda a 
pega de força (Fig. 14-3, b). 
 A Fig. 14-4 fornece recomendações para o design de vários tipos de pegas que podem ser usadas em uma 
grande variedade de produtos comerciais e de consumo. Os tipos e os usos das pegas são listados abaixo. 
 
 Pega padrão em barra: Normalmente usada para conduzir com uma mão. 
 Pega em forma de T: Usada para a ação de arrastar (p.ex., bomba manual de encher pneu) ou para 
suspender com duas mãos objetos pesados. 
 Pega em forma de J: Frequentemente usada em bengalas; não adequada para produtos muito ou 
moderadamente pesados porquê a sua carga excêntrica localiza-se no pulso do usuário. 
 Pega com rebaixo: Adequada para suspender e conduzir com as duas mãos. 
 Pega para introduzir as mãos: Usada para equipamentos em forma de bandeja que são conduzidos com 
ambas as mãos. Não é recomendada para objetos pesados. 
 Pega em bloco para suspensão: Útil para produtos que devem ser erquidos mais que 1 m. 
 Pega tipo puxar gaveta: Normalmente encontrada em produtos que são movidos pouco frequentemente. 
Permite ao usuário introduzir os dedos na pega e exercer uma força de puxar para fora. 
 
 
 
 
77 
 
 
 
Fig. 14.4 Dimensões mínimas recomendadas para os vários tipos de pegas. Os valores são dados em mm. Adaptado de U.S. Army (1975) e 
 Eastman Kodak Company (1986). 
 
 
 
14.3 DADOS E RECOMENDAÇÕES PARA PRODUTOS QUE NÃO SÃO NORMALMENTE 
SUSPENSOS OU CONDUZIDOS 
 
 Muitos produtos nãonecessitam ser rotineiramente suspensos ou conduzidos. Incluem-se dentro deste 
grupo produtos tais como componentes de audio montados em rack, mobiliários, computadores, 
fotocopiadoras, impressoras, refrigeradores, freezers e fogões. Questões relacionadas a configuração destes 
produtos ou similares relacionam-se a dimensão do produto, forma, peso e característica de pega. 
 
 Sem luvas* Com luvas* 
 x y z x y z 
Pega em barra 
para uma mão 
51 115 76 89 135 102 
Pega em barra 
para duas mãos 
51 216 76 89 267 102 
Pega em forma 
de T 
38 102 76 51 115 102 
Pega em forma 
de J 
51 102 76 51 115 102 
Pega com rebaixo 51 109 89 89 135 102 
Pega para 
introduzir as mãos 
32 114 10 51 135 20 
Pega em bloco para 
suspensão 
19 64 114 25 64 135 
Pega tipo puxar 
gaveta 
32 70 114 38 79 135 
 
 * Todas as dimensões em mm 
 
 78 
14.3.1 Dimensão e forma do produto 
 
 As dimensões e formas de produtos que normalmente não são movidos após montados ou instalados são 
determinadas por muitos fatores. Entre os fatores mais importantes estão os seguintes: 
 
 Padrões industriais (p. ex., máquinas de lavar pratos e componentes de áudio montados em rack); 
 Dimensões dos componentes principais (p. ex., tubo de televisão); 
 Exigências volumétricas (p. ex., refrigeradores); 
 Considerações ergonômicas (p. ex., VDTs e cadeiras de escritório ajustáveis); 
 Estética (p. ex., mobiliário residencial e fixadores de luminárias). 
 
 
14.3.2 Peso do produto 
 
 A Fig. 14-5 mostra as capacidades de suspensão de carga de homens e mulheres dos 10o., 50o. e 90o. 
percentis. São fornecidos dados separados para a suspensão de cargas: 
 
 Do solo à altura do nó dos dedos; 
 Da altura do nó dos dedos à altura do ombro e 
 Da altura do ombro até um completo alcance do braço extendido. 
 
Estes dados fornecem limites de peso para produtos que são normalmente montados ou instalados pelo 
usuário. Se o peso do produto exceder os valores dados na Fig. 14-5 para a mulher do 10o. percentil, o 
usuário pode necessitar obter ajuda de uma outra pessoa a fim de pôr o produto sobre a mesa, prateleira, 
balcão ou outra superfície. 
 Instalação e conserto de um produto tal como um microcomputador pode necessitar incliná-lo a uma 
curta distância a fim de obter um melhor acesso ao painel traseiro aonde serão feitas as conexões e, algumas 
vezes, fixa a cobertura. Produtos maiores como uma fotocopiadora de escritório são normalmente montadas 
sobre rodízios para melhorar a mobilidade. Entretanto, nestes casos, o técnico responsável pela instalação 
deve empurrar ou puxar o produto lateralmente para movê-lo. A Fig. 14-6 mostra as forças máximas de 
empurrar e puxar que os adultos podem exercer a partir de uma posição sentada. A Fig. 14-7 fornece a 
mesma informação para a posição de pé. Se as forças exigidas para mover um produto exceder estes limites, 
pode ser necessário duas pessoas para a instalação e manutenção do produto. Veja também Snook e Ciriello 
(1974) e Asmussen e Heeboll-Nielsen (1961). 
 A força exigida para inclinar um produto por uma superfície plana irá ser normalmente menor que o peso 
do produto. Ela é determinada (1) pelo coeficiente de fricção entre a base do produto e a superfície sobre a 
qual ele está repousando e (2) o peso do produto. A equação relacionada a estas variáveis é a seguinte: 
 
 
F = µW 
 
 
aonde F é a força horizontal exigida para mover o produto inicialmente, µ é o coeficiente estático de fricção 
entre os materiais e W é o peso do produto. 
 Os coeficientes estáticos de fricção são dados na Tabela 14-4. Para a maioria das combinações de 
materiais o coeficiente de fricção é menor que 1.0. Se este é o caso, a força exigida para mover o produto 
será menor que o seu peso. Entretanto, a força exigida para mover o produto será maior que seu peso se o 
coeficiente de fricção for maior que 1.0. Borracha e plásticos usados em superfícies não deslizantes pode ter 
um coeficiente de fricção maior que 3.0. 
 Se um produto estiver apoiado sobre rodas ou rodízios, menos força sera exigida para movê-lo. A 
quantidade exata de força irá depender de diversas variáveis: 
 
 
 
 
 
79 
 
Fig. 14-5 Pesos máximos recomendados para produtos que serão suspensos pelo usuário. Os valores são dados em kg. (a) Zona de suspensão 
do solo a altura do nó dos dedos. (b) Zona de suspensão da altura do nó dos dedos a altura do ombro. (c) Zona de suspensão da altura do 
ombro para uma extensão completa do braço. Adaptado de Rosenberg (1982) e Snook e Ciriello (1974). 
 
 
 
Fig. 14-6 Forças máximas que podem ser esperadas que os usuários exerçam a partir da posição sentada. Os dados são fornecidos em N. 
 (a) Força de empurrar. (b) Força de puxar. Adaptado de Rosenberg (1982) e Asmussen e Heeboll-Nielsen (1961). 
 (c) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 13,2 22,2 30,8 
Mulheres 5,9 8,2 10,4 
 
 (b) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 15,4 24,0 32,2 
Mulheres 5,9 8,2 10,4 
 
 (a) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 16,8 24,5 31,8 
Mulheres 6,4 9,5 12,2 
 
 (a) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 262 302 334 
Mulheres 179 199 216 
 
 (b) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 434 479 518 
Mulheres 258 289 310 
 
 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 14-7 Forças máximas que podem ser esperadas que os usuários exerçam a partir da posição de pé. Os dados são fornecidos em N. 
 (a) Força de empurrar. (b) Força de puxar. Adaptado de Rosenberg (1982) e Snook e Ciriello (1974). 
 
 
 O diâmetro do rodízio ou da roda; 
 A qualidade da roda (i.é., resistência e características do eixo e dos rolamentos); 
 O material de superfície. 
 
A força inicial exigida para mover um produto está relacionada ao diâmetro de seus rodízios. Para produtos 
que pesam menos de 45 kg, recomenda-se um diâmetro mínimo do rodízio de 5 cm. Para produtos mais 
pesados, sugere-se um diâmetro mínimo do rodízio de 10 cm. Os fabricantes de rodízios fornecem dados e 
recomendações adicionais na literatura sobre o produto. As recomendações dos fabricantes levam em conta 
o design dos rolamentos e a fricção interna do eixo. 
 Entretanto, num produto que deve ser rolado sobre um tapete ou alcatifa (ou qualquer outro material 
macio), a eficiência dos rodízios reduzir-se-ão substancialmente. Este problema pode ser alivado 
colocando-se uma "placa de mobilidade" (feita de madeira ou plástico) sobre o produto no momento da 
instalação. A placa deve ser consideravelmente mais larga na base do produto de forma que o produto possa 
ser facilmente movido quando for necessária a manutenção. 
 
 
Tabela 14-4 
Coeficientes estáticos de fricção para materias comuns 1 
 
 
Materiais Coeficiente de fricção 
Metal sobre metal 0,15-0,20 
Metal sobre madeira 0,20-0,65 
Metal sobre couro 0,30-0,50 
Madeira sobre madeira 0,40-0,60 
Couro sobre madeira 0,50-0,60 
Superfícies não deslizantes 1,00-3,00 
 
1 Baseado nas informações fornecidas por Rice (1975, p. 480) 
 (a) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 258 356 454 
Mulheres 151 205 258 
 
 (b) 
 
%il 10o. 50o. 90o. 
Homens 240 311 387 
Mulheres 137 200 262 
 
 
 
81 
Tabela 14-5 
Recomendações para a acomodação dos usuários deficientes 
 
 
Melhorar o acesso aos displays e controles 
 Aumentar o tamanho das letras sobre os displays e legendas 
 Usar displays com alto contraste e amplo ângulo de visão 
 Localizar o painel de controle na superfície frontal do produto 
 Usar controles que sejam largos e fáceis de segurar 
 Reduzir torques e forças lineares exigidas para operar os controles 
 Fornecer controles com alavancas (para um posicionamentomais acurado) 
 
Simplificar a operação do produto 
 Tornar a operação do produto alto-instrutiva 
 Minimizar as demandas cognitivas pelo fornecimento de auxílios apropriados à tarefa (p.ex., legendas adequadas, revestimentos do teclado, 
diagramas de sequência operacional, pictogramas, checklists, etc.) 
 Simplificar os manuais de usuário 
 
Fornecer redundância para informação sensória 
 Usar displays visuais e auditivos para cobrir uma mesma informação 
 Fornecer redundância para informação codificada (p.ex., uso simultâneo de código de cor e código de brilho, código auditivo e código tátil, 
etc.) 
 Fornecer vários tipos de feedback (visual, auditivo e tátil) quando disponíveis 
 
Fornecer capacidade de alteração para deficiências específicas 
 Fornecer capacidade de adicionar equipamentos protéticos para suprir necessidades de indivíduos específicos (p.ex., realce de imagens; 
sintetizadores vocais; fones de ouvido; tipos alternativos de controles incluindo interruptores ativados através dos pés, tela sensível ao toque 
dos dedos, realce nos teclados e equipamentos de reconhecimento da voz); 
 Fornecer controle de brilho, contraste e ruído; 
 Fornecer capacidade para o usuário selecionar as cores quando qualquer tipo de código de cor for usado. Isto irá garantir a usabilidade para 
pessoas com deficiências na distinção de cores. 
 
 
 
 
 
14.3.3 Características da pega 
 
 A localização de pegas em produtos tais como fotocopiadoras, frezzers, fogões e armários são usadas 
principalmente para abrir e fechar portas, tampas e coberturas. As forças envolvidas são normalmente 
pequenas. Assim, os tipos de pegas para serviços pesados, encontradas nas ferramentas de força e produtos 
portáteis, normalmente não são necessárias. Entretanto, ocasionalmente, baixar e subir uma cobertura maior 
ou outro componente pode ser difícil para alguns usuários. Quando isto ocorrer, uma mola com dispositivo 
a gás pode ser acrescentada para equilibrar o peso. Molas com dispositivos a gás são usadas comumente nas 
coberturas de fotocopiadoras mais pesadas que devem ser levantadas para limpar o papel que, algumas 
vezes, obstrói o seu interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 82 
14.4 RECOMENDAÇÕES PARA ACOMODAR USUÁRIOS DEFICIENTES 
 
 As pessoas deficientes freqüentemente não podem usar a maioria dos produtos comerciais e de consumo 
da forma como vêm das lojas, a menos que eles tenham sido extensivamente modificados. Os especialistas 
no campo da engenharia de reabilitação modificam produtos para encontrar as necessidades de pessoas 
severamente incapacitadas. Controles manuais, por exemplo, podem ser adicionados à automóveis visando 
acomodar paraplégicos. Outros produtos tais como computadores podem exigir alterações para o usuário 
individualmente. 
 Uma segunda abordagem para a acomodação do usuário deficiente é projetar novos produtos de forma 
que eles possam ser usados pelas pessoas incapacitadas sem modificações. Um bom exemplo de um 
produto que foi projetado para o uso por pessoas incapacitadas são os modernos elevadores de passageiros. 
O painel de controle está localizado dentro do envoltório de alcance do usuário confinado em uma cadeira 
de rodas. Os dispositivos visuais e táteis (equivalentes ao braille) são fornecidos para os controles. 
Adicionalmente, alguns elevadores são equipados com displays auditivos que anunciam cada andar. 
 A Tabela 14-5 fornece um conjunto de recomendações para o projeto e modificações de produtos de 
forma que eles possam ser usados pelos deficientes. Informações adicionais podem ser encontradas nas 
versões mais recentes das recomendações do governo americano para acesso a tecnologia de informações 
pelos usuários com deficiências (U.S. Government, 1987). Em geral, as soluções de design se encontro 
dentro de quatro categorias: 
 
 Melhorar o acesso aos displays e controles; 
 Simplificar a operação do produto; 
 Fornecer redundância para informação sensória e 
 Alterar o produto visando as necessidades do usuário individual. 
 
Veja também as Figs. 13-5, 13-6, 13-7 e 13-8 no Capítulo 13.

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