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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
JULIANA DIAS GAMA DA ROCHA, RU: 1821465.
PORTFÓLIO
UTA: GESTÃO EDUCACIONAL, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E SISTEMA DE ENSINO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS.
MÓDULO A – FASE I
ITABUNA
2018
O AUTISTA E A ESCOLA
As observações aqui escritas foram realizadas na instituição Colégio Municipal Duque de Caxias, situada à Rua Barão do Rio Branco, Número S/N, no Bairro Itaiá, CEP 45720-000, localizada na Cidade de Firmino Alves, no Estado da Bahia. A escola realiza um trabalho voltado para a educação básica e atende a um total de 230 alunos. Na sala do 9º ano estuda o aluno Gustavo Henrique Cabral da Silva, filho de D. Maria Cristina Cabral da Silva, ele é autista, grau 3 e tem a idade mental de 5 anos de idade. 
Gustavo Henrique tem 18 anos de idade e possui TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, todos os funcionários o tratam muito bem, seus colegas cuidam dele de maneira muito especial, tentam envolve-lo em todas as atividades escolares. A escola não possui uma sala para se trabalhar exclusivamente com crianças com alguma deficiência, os professores não trazem atividades voltadas tão-somente para ele, a sua fala não é bem desenvolvida e não há nenhum acompanhamento pedagógico.
Crianças com necessidade de acompanhamento pedagógico devem ser assistidas por profissional habilitado a tutorar esses alunos, devendo tal profissional ser custeado pela instituição de ensino (pública ou privada). A Constituição Federal dispõe, expressamente, em seu art. 205, que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Igualmente, o inciso I do art. 206 da Constituição Federal prevê que o ensino será ministrado com base no princípio da igualdade de condições para o acesso e matrícula na escola.
Não é difícil perceber que o abrandamento das diferenças da criança autista conta com a colaboração de profissionais habilitados a prestar auxílio às Pessoas com Deficiência, para que executem suas tarefas básicas da melhor forma possível e que atentarão para as peculiaridades que suas necessidades especiais exigem.
As Leis nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e nº 7.853/89 (Lei de Apoio às Pessoas Portadoras de Deficiência) igualmente sustentam a pretensão de dever de custeio do tutor escolar pela instituição de ensino, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente que, no art. 54, inciso III, de forma bastante específica, expressa o dever do Estado de assegurar atendimento educacional especializado às crianças e aos adolescentes com deficiência. Ainda, prevê claramente parágrafo único do o art. 3º, da Lei Berenice Piana (Lei 12764/2012): Art. 3º São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: (…) Parágrafo único.  Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante especializado.
Assim, não basta fornecer vaga para crianças autistas, mas é obrigação da escola e do Estado oferecer aparato para o desenvolvimento dessas crianças.  As instituições particulares de ensino estão, pois, proibidas de realizar a cobrança adicional dos pais em razão de custos oriundos da necessidade de inclusão. Assim, toda cobrança da escola por tutores ou adaptação de material para autistas é inegavelmente ilícita.
Falamos muito em incluir, mas o Brasil não tem apresentado uma cultura de educação inclusiva. Na hora de prever seus orçamentos, muitas escolas têm computado os gastos com furto de rolos de papel higiênico, gastos para festividades, mas não planejam o dispêndio de gastos para com tutores e adaptação de material para alunos com autismo ou outras deficiências.
O princípio da solidariedade, tal qual o princípio da dignidade humana, constitui núcleo essencial de modo que todos os membros da sociedade têm de efetivar a proteção social das pessoas mais necessitadas. Assim, os custos extras com a inclusão de alunos de desenvolvimento atípico devem ser do Estado e/ou da instituição de ensino, porém nunca dos pais. Oferecer tutor à criança que precisa de um não é favor da escola, é Direito da Criança, que deve ser respeitado em sua integralidade e não na média de 50%. 
As escolas públicas devem respeitar a Política Nacional de Educação que, por sua vez, prevê que esse tipo de serviço seja fornecido pela própria escola.
Desde a declaração de Salamanca de 1994, da qual o Brasil é signatário, está decidido que a responsabilidade de arcar com todas as questões relativas à deficiência é de todos, exceto daquele que tem a deficiência. 
Todos nós merecemos ser respeitados e ter uma educação de qualidade não importando a deficiência. Educação de qualidade é uma forma de respeitar e valorizar o ser humano.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. Lei n. 8.069 - 1990. Estatuto da criança e do adolescente. 2. ed. Brasília: Senado Federal, 1985. 171 p.
CASA CIVIL. Presidência da República. Subchefia Para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.: LEI BERENICE PIANA. Brasília DF: Presidência da República, 2012. 3 p. Disponível em <http://db.tt/LrHA3T4g >. Publicado em: 27 dez. 2012.

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