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Sebenta de Fiscalidade

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Sebenta de 
Fiscalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por: 
Professora Sandra da Costa 
Professor Paulo Quimbango 
Índice 
1. Introdução ............................................................................................................. 4 
2. Actividade Financeira do Estado na Economia de Mercado ............................... 5 
Necessidades Activas e Necessidade Passivas............................................................ 5 
Direito Financeiro, Direito Fiscal e Direito Tributário ............................................... 6 
A natureza e a autonomia do direito fiscal. ................................................................ 7 
Natureza do Direito Fiscal ......................................................................................... 7 
3. Fontes do Direito Fiscal......................................................................................... 8 
A Lei.......................................................................................................................... 8 
Os Regulamentos ....................................................................................................... 8 
Os tratados, Convenções e Acordos Internacionais ................................................... 9 
4. Objectivo e finalidade da fiscalidade .................................................................... 9 
5. O Imposto ............................................................................................................ 10 
Momentos da obrigação de imposto ......................................................................... 11 
6. Tipologia dos Impostos ....................................................................................... 12 
7. Imposto sobre os rendimentos de trabalho (IRT). ............................................. 14 
Incidência ................................................................................................................ 14 
Grupos de tributação................................................................................................ 14 
Taxas ....................................................................................................................... 14 
8. Imposto Industrial (II) ........................................................................................ 15 
Incidência ................................................................................................................ 15 
Grupos de tributação................................................................................................ 15 
Taxas ....................................................................................................................... 15 
9. Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) ....................................................... 16 
Incidência ................................................................................................................ 16 
Taxa ........................................................................................................................ 16 
Isenções................................................................................................................... 16 
10. Imposto de Selo (IS) ............................................................................................ 17 
Incidência ................................................................................................................ 17 
Isenções................................................................................................................... 17 
11. Imposto Predial Urbano ...................................................................................... 18 
Caracterização ......................................................................................................... 18 
Prédio arrendado ..................................................................................................... 18 
Incidência ............................................................................................................ 18 
Prédio não arrendado ............................................................................................... 18 
Incidência ............................................................................................................ 18 
Taxa ........................................................................................................................ 18 
12. Imposto de Consumo (IC) ................................................................................... 19 
Caracterização ......................................................................................................... 19 
Incidência ................................................................................................................ 19 
Valor tributável e Taxa ............................................................................................ 19 
13. Exercícios ............................................................................................................. 20 
14. Referencias Bibliográficas .................................................................................. 23 
 
 
Introdução 
 
O estudo desta disciplina é de grande importância, pelo que a sua actuação não é 
observada simplesmente no campo jurídico, ao longo do nosso estudo poderemos 
perceber que a fiscalidade está em quase todo momento de nossa vida quotidiana 
(pessoal e empresarial), sendo ela uma ciência que estudo o conjunto dos impostos 
existentes numa sociedade, bem como os conjuntos de técnicas a ela associada. A 
fiscalidade tem relação com diferentes campos das ciências econômicas e empresariais, 
como, Gestão, contabilidade, finanças, recursos humanos e outros. 
 
Ao longo do nosso estudo acerca dos impostos, perceberemos que este não é a única 
figura tributária que existe, pois além dos impostos existem as taxas e as contribuições, 
estes que são considerados tributos bilaterais, contrariamente dos impostos que são 
tributos unilaterais. 
 
Os impostos como receita fiscal ordinária do Orçamento de Estado (OE) têm diversas 
classificações conforme a óptica de abordagem. O Orçamento de Estado separa-os em 
dois grandes capítulos, directos e indirectos. A óptica económica classifica os impostos 
em função da fonte tributada, e por isso os categoriza de impostos sobre o rendimento, 
sobre a despesa ou sobre património. 
 
Os Estados fiscais, como é o caso do nosso, sobrevivem essencialmente das receitas 
proveniente dos impostos, sendo assim o imposto a principal fonte de financiamento dos 
Estados fiscais, estudaremos ainda que os impostos podem ser fiscais ou extrafiscais, 
este último quando não têm por finalidade a arrecadação de receitas, mas a proteção de 
indústria nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Actividade Financeira do Estado na Economia de Mercado 
 
A actividade financeira do Estado desdobra-se na obtenção de meios necessários à 
satisfação das necessidades colectivas de satisfação passiva, bem como na coordenação 
entre os meios e as necessidades a satisfazer. A actividade financeira do Estado é a 
actividade que integra um conjunto de fenómenos de natureza heterogénea que por se 
situarem no domínio da actuação e emprego de meios económicos adequados à 
satisfação de necessidades públicas, se identifiquem como fenómenos económicos. É a 
actividade que se circunscreve no desenvolvimento de um conjunto de fenómenos de 
âmbito e natureza financeira, proposto a satisfação de necessidades públicas e que se 
concretiza através da cobrança de receitas e da realização de despesas públicas. 
Nota Importante: A actividade financeira do Estado é uma actividade instrumental,pois visa a arrecadação de receitas para a satisfação das necessidades públicas. 
 
Apesar de não ser o único tipo de receitas públicas (para além do imposto existem 
igualmente as taxas, multas, coimas, os empréstimos públicos e os proveitos dos bens 
patrimoniais do Estado), o imposto assume, de entre os meios que suportam a actividade 
financeira, uma primordial importância devido a duas razões: 
- Quantitativamente, uma vez que o seu peso no total de receitas do Estado é muito 
grande; 
- Qualitativamente, porque se revela um instrumento cujas funções excedem as 
meramente fiscais. O imposto é um privilegiado meio de política económica (ex. 
medidas deflaccionárias, políticas de incentivos fiscais, protecção a indústrias 
nacionais) e de política social (ex. o efeito distribuidor de riqueza). 
Necessidades Activas e Necessidade Passivas 
As necessidades podem ser de satisfação activa ou individual e de satisfação passiva ou 
colectiva. No primeiro caso, exigem para a sua satisfação, um comportamento ou 
actividade por parte do consumidor, aqui o preço funciona como elemento de exclusão, 
o que nos permite afirmar que neste caso vigora o princípio da exclusão ou a 
exclusividade, essas necessidades são satisfeitas por bens divisíveis e rivais; e no 
segundo caso, incluiremos as necessidades cuja satisfação não exige qualquer actividade 
do consumidor, essas necessidades são satisfeitas com bens cujo consumo é inexcluível, 
e cuja produção tem de ser empreendida por uma colectividade, normalmente uma 
colectividade pública. Existem bens que simultaneamente satisfazem necessidades 
activas e necessidades passivas, dado que, existem bens que satisfazem necessidades 
activas, havendo uma externalidade. 
Há externidade sempre que um acto de produção ou de consumo origina benefício 
(externidade positiva) ou prejuízo (externidade negativa) para outras pessoas que não 
adquirentes dos bens. 
 
A produção de bens pelo Estado implica a realização de despesas as quais carecem de 
cobertura por receitas, isto é por dinheiro ou meios de financiamento. 
Do ponto de vista jurídico os meios de financiamento do Estado podem apresentar a 
seguinte classificação: 
 
a) Meios de financiamento voluntaristas 
Inclui os preços negocialmente estabelecidos que o Estado recebe pela venda de seu 
património privado ou pela prestação de serviços e pela venda de bens semi-públicos e 
os empréstimos somas que o Estado obtém através do recurso ao crédito. 
A actividade financeira do estado porém não visa apenas a arrecadação de receitas pode 
visar a produção de outros bens públicos, como a defesa da indústria nacional e a 
estabilidade económica. 
b) Meios de financiamento autoritarista 
Incluímos nesta classe as prestações que o Estado cobra sem dar especificamente nada 
em troca a quem as paga (Impostos) e as que implicam uma contrapartida a quem as 
paga que pode retirar determinada utilidade relacionada com o funcionamento de um 
serviço ou a utilização de um bem (Taxas). 
 
Direito Financeiro, Direito Fiscal e Direito Tributário 
 
Direito financeiro é o conjunto de normas jurídicas que disciplinam a actividade 
financeira do Estado. É o complexo de normas jurídicas que disciplinam a obtenção e 
distribuição do dinheiro necessário ao funcionamento dos entes públicos e à gestão dos 
bens propriedade desses mesmos entes. Este ramo de Direito regula as receitas 
(patrimoniais, creditícias e tributárias), despesas e administração ou gestão financeira 
públicas. Direito Tributário é o direito das receitas tributárias, isto é, o direito das 
receitas coactivas do Estado e demais entidades públicas nomeadamente das taxas e dos 
impostos. O Direito Fiscal é o ramo de Direito Tributário que disciplina a o sector das 
receitas coactivas unilaterais, isto é, é o Direito dos impostos. 
 
Direito Financeiro ou direito financeiro público – é um conjunto de normas jurídicas 
que disciplinam a actividade financeira do Estado e demais entes públicos, entendendo 
como sendo um ramos do direito que disciplina a obtenção e distribuição do dinheiro 
necessário ao funcionamento dos entes públicos por meio de normas jurídicas. 
(NABAIS, 2012) 
O direito financeiro conforma normas que disciplinam a arrecadação de receitas, por um 
lado, e normas que regulam a realização das despesas públicas, por outro. Sendo o 
direito financeiro o conjunto de normas que regulam a actividade financeira do Estado, 
estas actividades consistem em realização de despesas públicas no interesse da 
colectividade, e a consequente promoção da arrecadação das receitas para a cobertura 
dessas despesas. 
Normas que regulam a arrecadação de receitas públicas. 
O direito financeiro é configurado por três tipos de normas: 
a) Normas que regulam a arrecadação de receitas coactivas ou coercitivas; 
b) Normas que regulam a arrecadação de receitas voluntárias; 
c) Normas que regulam a realização de despesas públicas. 
 
A natureza e a autonomia do direito fiscal. 
 
A fiscalidade estuda, é certo, questões tradicionais do Direito Fiscal, mas é também o 
resultado da transposição das fronteiras estritas desse direito e consequente o 
alargamento a questões do domínio de outras áreas do direito, da economia e da gestão 
empresarial. 
Assim, fruto da natureza que o processo de tributação assume, da sua abrangência e 
implicações, a fiscalidade ultrapassa largamente os limites tradicionais do direito fiscal, 
estabelecendo fortes relações tanto com os diversos ramos do direito (Público e 
Privado), como com as disciplinas de Economia, Finanças, Gestão e Contabilidade. 
Em consequência, os estudos de fiscalidade são actualmente desenvolvidos de forma 
conjugada com essas matérias tendo ganho, sobretudo a partir da década de 70 do 
século passado, enquadramento curricular obrigatório na maioria dos cursos superiores 
de Gestão e Administração de Empresas. 
Natureza do Direito Fiscal 
 
A abordagem da natureza do Direito Fiscal levanta a questão do seu enquadramento nos 
dois grandes domínios do direito: o Público e o Privado. 
Para responder a essa questão, costumam eleger-se dois critérios importantes: 
a) O critério dos interesses tutelados: as normas do Direito Fiscal visam tutelar 
interesses da colectividade, já que o imposto de destina à satisfação das 
necessidades colectivas, por via das despesas públicas realizadas pelo Estado. 
Como veremos as despesas públicas visam não só a preservação da 
colectividade, mas também a melhoria das suas condições de vida. Por esse 
critério, o enquadramento do Direito Fiscal no Direito Público não parece 
oferecer dúvidas: o Direito Fiscal integra-se no Direito Público. 
b) O Critério da relação jurídica: a relação jurídica do imposto comporta dois 
sujeitos, em extremos opostos: num deles, estão o Estado e outros entes públicos 
na qualidade de sujeito Activo; no outro, encontram-se os cidadãos, 
contribuintes, como sujeitos passivos da relação. A actuação dos outros entes 
públicos, que não o Estado, situa-se igualmente a um nível superior ao dos 
sujeitos particulares, assumindo, de certo modo, algumas das prerrogativas do 
Estado: perseguem fins públicos, sendo igualmente credores de determinados 
tributos cujo ónus recai sobre os contribuintes. 
Ora, vistas as coisas por este prisma, também se enquadrará o Direito Fiscal, sem 
grandes contestações, no Direito Público. Pode então dizer-se que o Direito Fiscal 
integra, por natureza própria, o domínio do Direito Público. 
Fontes do Direito Fiscal 
 
A Lei 
Ás fontes do Direito Fiscal, como de qualquer outro ramos de direito, tratam de 
esclarecer onde nasce, como se forma e revela aos particulares esse direito.É importante compreender que os impostos só podem ser criados e extintos por lei, que 
determina os seus principais elementos: incidência, taxas, benefícios fiscais e garantias 
dos contribuintes. 
A lei é, pois, a principal fonte de Direito Fiscal. A lei ordinária, em sentido amplo, 
portanto, manifesta-se através da lei propriamente dita, emanada da Assembleia 
Nacional e do Decreto-Lei, emanado do Governo, expressamente autorizado pela 
Assembleia Nacional. 
 
Os Regulamentos 
São diplomas emanados do Governo para conveniente execução das leis, estando a elas 
hierarquicamente subordinados: não podem contrariar o disposto na lei nem disciplinar 
matérias a elas reservadas. 
No que respeita aos impostos, não podem regular os seus elementos fundamentais, 
como sejam a incidência, as taxas, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes. 
Podem apenas cuidar do lançamento, a liquidação e a cobrança, bem como a 
organização do contencioso, excepto a parte relativa às reclamações e recursos 
admitidos a favor do contribuinte. 
Os tratados, Convenções e Acordos Internacionais 
A ratificação por um Estado de qualquer desses instrumentos de Direito Internacional 
por um Estado, torna-os vigentes, e por conseguinte aplicáveis, nos seu espaço 
territorial. Assim, a legislação fiscal tem de levar em linha de conta essa realidade no 
seu ordenamento jurídico, sob pena da sua violação, com ónus de sancionamento nos 
termos do preceituado naqueles instrumentos. 
Objectivo e finalidade da fiscalidade 
 
O Estado está presente em todas as sociedades politicamente organizadas e precisa, 
obviamente, de receitas para a realização dos fins públicos tais como a defesa do 
território, a garantia da soberania, a manutenção da segurança e ordem pública, a 
administração da justiça, etc. O enfoque principal da fiscalidade é sobre os impostos, 
principal fonte das receitas públicas. Assim se depreende que o objectivo tradicional da 
fiscalidade tenha um carácter marcadamente financeiro: a obtenção de receitas para a 
cobertura das despesas públicas é o primeiro dos objectivos da fiscalidade e 
consubstancia as suas finalidades fiscais. 
Com o desenvolvimento das sociedades, entretanto, foram-se manifestando novos 
problemas a que o Estado é chamado a dar resposta. Novas funções foram sendo 
agregadas ao Estado, incluindo as de natureza e social como a promoção da eficiência, 
da equidade e da estabilidade dos ciclos económicos. Além de estabelecer a 
enquadramento legal para a economia de mercado, o Estado tem também funções de 
natureza alocativa (ou atributiva), distributiva e estabilizadora. 
Este conjunto, que enquadra as finalidades ditas extrafiscais, corresponde ao grupo de 
objectivos que visa dinamizar a economia e o alcance do bem-estar social. 
Essas funções, evidenciadas pelo economista americano R. Musgrave, configuram os 
objectivos de Política Económica e visam, respectivamente, a criação de condições mais 
favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento económicos, a correcção da repartição 
inequitativa primária dos rendimentos e a regulação conjuntural da actividade 
económica. 
Em função disso, a fiscalidade, até pelas suas implicações, passou a ter objectivos de 
intervenção na economia: através dela o Estado procura intervir, de forma deliberada, na 
dinâmica da economia e do bem-estar social dos cidadãos. 
Essa intervenção deliberada configura a Política fiscal, consubstanciada, como 
manipulação dos impostos e das despesas públicas com o objectivo fundamental de 
neutralizar as tendências à depressão económica e a inflação. 
Portanto, além dos objectivos financeiros a fiscalidade conforma também objectivos 
económicos e sociais. 
 
O Imposto 
 
Podemos definir imposto como uma prestação coactiva, pecuniária, definitiva, 
unilateral, estabelecida pela lei, a favor de entidades que exerçam funções públicas, para 
satisfação de fins públicos, que não constitui sanção de um acto ilícito, nem depende de 
qualquer vínculo anterior. 
A definição contém notas distintivas do imposto, que permitem distingui-lo de figuras 
afins, isto é, de receitas públicas não fiscais. 
Prestação coactiva 
O imposto é uma prestação coactiva, porque a obrigação de pagar imposto impõe-se ao 
particular e é independente da sua vontade, no sentido de que não resulta de qualquer 
acordo ou contrato existente entre ele e o Estado. 
Pecuniária 
Traduz-se numa obrigação de pagar uma quantia em dinheiro (ou equivalente em 
dinheiro), característica esta que permite distinguir o imposto de outras prestações 
coactivas que o Estado, por vezes exige dos cidadãos, mas que não se analisam numa 
entrega em dinheiro. É o caso, por exemplo, da prestação de serviço militar, ou das 
requisições administrativas, que não vêm pois classificadas como impostos. 
Definitiva 
Não tem o prestador do imposto direito à sua restituição ou reembolso do imposto 
devido. Por isso, se distingue imposto de empréstimo público, onde existe sempre 
reembolso. 
Esta característica não é prejudicada com o reembolso do imposto que tiver sido pago 
em excesso, ou daquele que resultou de um acto tributário que veio posteriormente a ser 
anulado. O imposto anulado, ou pago em excesso é um imposto indevido. 
Unilateral 
A natureza unilateral do imposto reside na inexistência de uma contrapartida 
individualizada por parte do credor do imposto (Estado) para com o devedor 
(contribuinte). Afasta-se pois, o imposto da taxa (onde existe uma contrapartida 
individualizada) e do empréstimo público (a contraprestação assume a forma de juro). 
Estabelecida por lei 
A obrigação tributária decorre da verificação de um facto (conjugação de pressupostos 
tributários) a que a lei e só ela como consequência a sujeição a imposto. 
 
 
A favor de entidades que exercem funções públicas 
Esta característica é uma consequência directa do facto de o imposto ser inerente à 
actividade financeira: uma actividade de natureza política. 
Para satisfação de fins públicos 
O imposto destina-se a realizar fins públicos. Não é inteiramente correcto dizer-se que 
os impostos destina-se a cobrir as despesas públicas ou se destinam a obter receitas. 
Assim, existem impostos em que a finalidade de obtenção de receitas está de todo 
ausente, pretendo-se com eles, tão-somente, satisfazer mediante a sua cobrança 
necessidades colectivas. É o caso dos impostos extra-fiscais de que se costuma dar o 
exemplo dos direitos alfandegários protectores. A sua finalidade é a protecção da 
indústria de um país. Outro exemplo será o dos impostos com finalidades ambientais, 
cujo objectivo é obter a redução de certas produções a que se atribuem danos ambientais 
que se pretendem controlar. 
Se o problema fosse o de cobrir as despesas públicas, sem mais considerações, não 
seriam necessários impostos. Dispondo o Estado de soberania sobre os cidadãos, um 
meio fácil de “financiamento” seria atribuir poder ao “soberano” de requisitar dos 
cidadãos o que precisasse. Esta situação conduziria a uma intolerável arbitrariedade, 
pois os que dispusessem ou produzissem bens que mais interessam ao Estado seriam 
sobrecarregados relativamente àqueles que dispusessem ou produzissem bens que ao 
Estado não interessam. O meio de financiamento requisição seria intolerável pelo que 
toca à forma como os encargos se distribuem pelos membros de uma colectividade 
política. 
O mesmo se diria de um outro meio de financiamento, bem fácil e expedito – a emissão 
de notas. Claro que esse financiamento geraria inflação e esta opera uma redistribuição 
dos rendimentos a dano dos titulares de rendimentos fixos ou pouco variáveis e a 
benefício dos titulares de rendimentos variáveisou especulativos. 
 “Os impostos são então o meio escolhido para financiar as despesas públicas porque, 
com eles se consegue uma distribuição dos encargos com os bens públicos que surge 
como mais justa do que a resultante dos meios alternativos. 
Momentos da obrigação de imposto 
Os momentos que cronologicamente se sucedem, desde a ocorrência do facto gerador 
do imposto até à sua cobrança, são frequentemente designados por fases do imposto. 
Estas são reguladas através de um conjunto de normas jurídicas que se podem 
classificar de acordo com a fase do imposto a que respeitam. 
Incidência: O primeiro momento a considerar é o do preenchimento dos pressupostos 
necessários à geração do facto tributário. 
Tais pressupostos encontram-se tipificados nas normas de incidências e dividem-se em 
pressupostos de natureza real e pressuposto de natureza pessoal. O conjunto dos 
primeiros define as normas de incidência real ou objectiva, que são quem define os 
factos ou situações a que se liga a obrigação de pagar o imposto – designados factos 
geradores ou pressupostos de facto do imposto (salários, juros, lucros, rendas...). O 
conjunto de pressupostos de natureza pessoal definidos pelas normas de incidência 
pessoal ou subjectiva que são as que identificam os obrigados tributários ou sujeitos 
passivos do imposto. 
Lançamentos: É o conjunto de operações de natureza administrativa que visam a 
identificação do sujeito passivo e a determinação da matéria colectável. 
As normas que regulam tais operações são designadas de normas de lançamento. 
Liquidação: Em sentido restrito, a liquidação é uma mera operação aritmética de 
aplicação da taxa à matéria colectável, a fim de se apurar a colecta do imposto. 
Contudo é comum a utilização do sentido lato do vocábulo liquidação subsumindo nele 
as operações de lançamento e liquidação em sentido restrito. 
Tipologia dos Impostos 
 
 Impostos estaduais e impostos não estaduais 
Esta é uma classificação que atende à natureza da entidade credora do imposto. 
Serão não estaduais os impostos em que o credor do imposto não é o Estado. Entre nós 
as Regiões Autónomas e as Autarquias são titulares de um direito próprio a impostos. 
Impostos directos e impostos indirectos 
Esta é uma das mais relevantes classificações e a que preside à classificação orçamental 
dos impostos. Têm sido vários e de diferente natureza os critérios (jurídicos e 
económicos) adoptados para a estabelecer. 
São directos os impostos que tributam manifestações directas ou mediatas de riqueza. 
Estas traduzem-se através do rendimento, capital ou património, ex. IRT, II. 
São indirectos os impostos que tributam manifestações indirectas ou mediatas de 
riqueza, as quais se evidenciam através do acto de consumir, ex. IS e os impostos sobre 
o consumo. 
Um segundo critério tem por base a diferente estabilidade das faculdades contributivas. 
Assim, serão impostos directos aqueles em que a matéria colectável possui carácter de 
permanência. Ao contrário serão impostos indirectos aqueles em que a matéria 
colectável é intermitente, revestindo natureza transitória. 
Impostos sobre o rendimento, sobre o património e sobre a despesa 
Trata-se de uma classificação de cariz meramente económico, no entanto não deixa de 
ser uma classificação muito importante. 
Imposto sobre o rendimento 
Tem vindo a evoluir e a alargar-se o conceito de rendimento adoptado na técnica fiscal. 
Também entre nós, a teoria da fonte, qualificando como rendimento o produto 
imputável de modo regular e durante certo período, a uma fonte durável, sem 
amputação desta fonte produtora, veio dar lugar, com a reforma fiscal de 1989, a uma 
clara adopção da teoria do acréscimo patrimonial. 
Segundo a teoria do acréscimo patrimonial, rendimento é a diferença entre o património 
inicial e o final. Este conceito de rendimento possui um conteúdo mais amplo, 
legitimando a tributação em imposto sobre o rendimento, nomeadamente das mais-
valias, dos ganhos do jogo, e dos proveitos de actos isolados. São impostos sobre o 
rendimento o IRT e o II. 
Imposto sobre o património 
Definem-se como impostos sobre o património, os que incidem sobre a riqueza 
adquirida, como é o caso do IPU. 
Imposto sobre o consumo ou despesa 
Caracterizam-se por tributar a riqueza despendida no momento da aquisição de bens ou 
serviços. 
 
Impostos regressivos – estes impostos são caracterizados pela diminuição da taxa do 
imposto sempre que aumenta a matéria colectável. 
 Em Angola, não existem estes tipos de impostos. 
 Normalmente, distingui – se quatro fases ou momentos na vida do imposto: 
Incidência – é a caracterização em abstracto dos elementos costitutivo da 
obrigação do imposto. 
 
A incidência pode ser: 
 Pessoal ou subjectiva- determinação das categorias de sujeitos a impostos com 
diferentes tratamentos fiscais. 
Real ou objectiva - difinição dos bens ou elemento do património que servem de base a 
determinação do imposto a pagar. 
 
Imposto sobre os rendimentos de trabalho (IRT). 
 
Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (aprovado pela Lei n.º 18/14, 
de 22 de Outubro); 
Incidência 
IRT é devido pelas pessoas singulares independentemente da respectiva residência – 
cujos rendimentos decorram de serviços prestados (directa ou indirectamente) a pessoas 
singulares ou colectivas com domicílio, sede, direcção efectiva ou estabelecimento 
estável em Angola. 
Grupos de tributação 
Os rendimentos passam a estar segmentados em três grupos de tributação: 
Grupo A – compreende as remunerações dos trabalhadores por conta de outrem (e 
pagas por uma entidade patronal ao abrigo de vínculo laboral celebrado nos termos da 
Lei Geral do Trabalho), bem como os rendimentos dos trabalhadores enquadrados no 
regime da função pública; 
Grupo B – inclui as remunerações auferidas pelos trabalhadores por conta própria que 
desempenhem alguma das actividades constantes da lista de profissões anexa do Código 
do IRT, bem como os rendimentos auferidos pelos titulares de cargos de gerência ou 
administração ou outros órgãos sociais de sociedades; 
Grupo C – engloba todas as remunerações auferidas pelo desempenho de actividades 
industriais e comerciais, conforme disposto na Tabela de Lucros Mínimos 
Taxas 
Grupo A – taxas progressivas de IRT constantes da tabela anexa ao Código, com o 
máximo de 17%; 
Grupo B – taxa única de 15%; 
 Grupo C – taxa de 30% nos casos em que o rendimento colectável corresponda ao 
constante da Tabela dos Lucros Mínimos e, nos restantes casos, a taxa de 6,5% 
(harmonização com as regras do Imposto Industrial). 
 
Imposto Industrial (II) 
 
Código do Imposto Industrial (aprovado pela Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro); 
Incidência 
Prevê-se expressamente que devem ser considerados como lucros derivados do 
exercício de actividades de natureza comercial ou industrial e, dessa forma, sujeitos a 
Imposto Industrial, os lucros gerados pelo exercício das actividades reguladas pela 
Entidade de Supervisão de Jogos, pelo Banco Nacional de Angola e pela Comissão do 
Mercado de Capitais. Actividades desenvolvidas por sociedades cuja actividade consista 
na mera gestão de uma carteira de imóveis, participações sociais ou outros títulos, assim 
como actividades de fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de 
beneficência. 
Grupos de tributação 
O Codigo do Imposto Industrial contempla dois grandes grupos de tributação, 
nomeadamente: 
Grupo A – a tributação neste grupo incide sobre os lucros efetivamente obtidos pelos 
contribuintes e determinados através da sua contabilidade. 
Grupo B - para este grupo a tributação incide sobre os lucrosefetivamente obtidos 
pelos contribuintes e determinados através da sua contabilidade ou sobre os lucros que 
presumivelmente os contribuintes obtiveram, quando não directamente apuráveis 
através dos elementos contabilísticos disponibilizados pelo contribuintes. 
Taxas 
A taxa de imposto de industrial é de 30%, tratando-se de rendimentos provenientes de 
actividades, exclusivamente a actividade das explorações agrícolas, aquícolas, avícolas, 
pecuárias, piscatórias e silvícolas aplica-se a taxa única de 15% 
Nota: Sobre os rendimentos das sociedades que fazem parte do grupo B do Imposto 
Industrial e não satisfaçam as condições necessárias para serem tributadas conforme o 
grupo A, é a plicada uma taxa de 6,5% sobre os total dos rendimento dos exercício. 
Liquidação e pagamento provisório 
Os contribuintes dos grupos A e B, devem efectuar autoliquidação provisória e 
pagamento o imposto devido, até ao final dos meses de Agosto e Julho, 
respectivamente, por referencia ao próprio exercício fiscal em que a actividade tenha 
lugar. Esta liquidação é efectuada mediante a aplicação de uma taxa de 2 % sobre o 
volume total das vendas, efectuadas pelo contribuinte, nos primeiros 6 meses do 
exercício. 
No caso das prestações de serviço é feita a retenção na fonte à taxa de 6,5% do valor do 
serviço, a liquidação e entrega do imposto devido é da responsabilidade da pessoa 
colectiva pagadora do serviço. 
Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) 
 
Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais (aprovado pelo Decreto Legislativo 
Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro); 
Incidência 
Atribuição de lucros aos sócios ou accionistas e repatriamento de lucros imputáveis a 
estabelecimentos estáveis de não residentes. 
 Passam a estar compreendidos na base de incidência do IAC, para além dos lucros 
atribuídos aos sócios ou accionistas, o repatriamento de lucros imputáveis a 
estabelecimentos estáveis em Angola de entidades não residentes. 
Taxa 
À semelhança dos lucros atribuídos aos sócios ou accionistas de sociedades comerciais 
ou civis sobre a forma comercial, a taxa aplicável no repatriamento de lucros imputáveis 
a estabelecimentos estáveis de não residentes é de 10%. 
Prevê-se a aplicação de uma taxa de 5% na atribuição de lucros quando as participações 
sociais a que digam respeito os lucros se encontrem admitidas à negociação em mercado 
regulamentado (taxa reduzida aplicável apenas durante cinco anos.) 
Isenções 
A Associação Angolana de Bancos (ABANC) deixa de se pronunciar perante a 
Direcção Nacional dos Impostos relativamente à aprovação de instrumentos que se 
destinem a fomentar a poupança, cujos juros beneficiam de uma isenção de IAC (sendo 
apenas ouvido o Banco Nacional de Angola). 
 
 
 
 
 
 
 
Imposto de Selo (IS) 
 
Código do Imposto do Selo (aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/14, 
de 21 de Outubro). 
Incidência 
 
Arrendamento e subarrendamento 
Nos contratos de arrendamento e subarrendamento, o sujeito passivo do imposto passa a 
ser o locador e o sublocador, respectivamente, recaindo sobre estes a responsabilidade 
pela liquidação e entrega do imposto nos cofres do Estado. Esta responsabilidade 
pertencia anteriormente ao arrendatário e subarrendatário. 
Isenções 
Clarifica-se que os juros provenientes de obrigações de tesouro se encontram isentos de 
Imposto do Selo. Os contratos de trabalho passam a estar isentos de Imposto do Selo. 
Passam a estar isentas de Imposto do Selo as transmissões gratuitas de direito de 
propriedade que se operem entre pais e filhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imposto Predial Urbano 
 
Caracterização 
Imposto predial Urbano no regime fiscal angolano é regulado pelo diploma legislativo 
n.º 4044 e pelo decreto legislativo presidencial n.º 18/11, de 21 de abril- lei de 
alteração ao código do imposto predial urbano e ao código do imposto industrial. 
O imposto predial urbano pode ser tributado como um imposto directo (prédio 
arrendado) e como um imposto indirecto (prédio não arrendado). Sendo o imposto 
directo pelos recibos de quitação do arrendamento do imóvel e o indirecto através do 
usufruto do imóvel. 
Prédio arrendado 
Incidência 
 
Conforme a interpretação do disposto no n.º 1 do artigo 2.º do decreto legislativo 
presidencial em causa, o imposto predial urbano incide sobre os valores pagos pelas 
rendas dos imóveis em território Angolano. 
Determinação da matéria colectável e Taxa 
MC = Valor da renda mensal × Número de meses 
 
Prédio não arrendado 
Incidência 
 
Conforme a interpretação do disposto no n.º 1, do artigo 2.º, do decreto legislativo 
presidencial em causa, o imposto predial urbano incide no valor do património, sem 
prejuízo de não estar a residir nele. 
Determinação da matéria colectável 
MC = Valor patrimonial que conste na matriz – 5.000.000,00 de Kwanza. 
Se o resultado for negativo não se tributa. 
Taxa 
 
No imposto predial urbano sobre os prédios não arrendado a taxa é de 0,5% sobre o 
excesso de 5.000.000,00 Kwanza, conforme consta na tabela apresentada no n.º 3 do 
artigo 98.º, do decreto legislativo presidencial em referência. 
Imposto de Consumo (IC) 
 
Caracterização 
 
Regulado pelo decreto legislativo presidencial n.º3/14, de 24 de Outubro. Trata-se de 
um imposto plurifásico, porque é liquidado em todas as fases do circuito económico, 
desde o produtor ao retalhista. Sendo plurifásico, não é cumulativo, pois o seu 
pagamento é fraccionado. 
Incidência 
 
Para que exista incidência de IC, é necessário que o sujeito que efectua determinada 
transmissão de bens ou prestação de serviços seja sujeito passivo de IC, nos termos do 
art. 1.º. São sujeitos passivos do imposto as pessoas singulares ou colectivas que, de 
modo independente e com carácter de habitualidade, realizem actividades de produção, 
comércio ou prestação de serviços; e ainda aquelas que, também de modo independente, 
pratiquem um acto isolado. 
Valor tributável e Taxa 
 
Salvo algumas excepções, o valor tributável (sobre o qual incide a taxa) é o valor da 
contra prestação obtida ou a obter do adquirente, do destinatário ou de um terceiro. 
Existe a obrigação de pagar imposto a partir do momento em que os bens são 
disponibilizados ou é realizada a prestação de serviços. 
 
A taxa normal de IC é de 5% ou 10¨% mediante o facto gerador de imposto, conforme o 
previsto no anexo III da tabela 22 de imposto de consumo de serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios 
 
Exercício Nº 1 
Manuel Andrade estudante da IMETRO Funcionário da Empresa A.S Lda. 
Desempenha a função de atendente de balcão, auferindo um salário base de 35.000,00 
Akz, tem um subsidio de alimentação no montante de 15.000,00 Akz. 
Qual a matéria colectável para o cálculo do IRT? 
Qual é o Grupo de Tributação? 
Qual é a taxa a ser aplicada? 
 
Exercício Nº 2 
O Sr. António Martins funcionário do Banco SOU FELIZ, S.A é licenciado em Gestão 
Bancária e Especialista em Finanças, tem um contrato a tempo determinado, renovável 
de 6 em 6 meses, aufere um salário base no montante de 150.000,00 Akz, subsidio de 
transporte de 50.000,00 Akz. Fora das suas actividades laborais no sector bancário 
presta serviço de contabilidade a um restaurante, onde cobra um montante de 
100.000,00 Akz mensal. 
Qual é o Grupo de Tributação? 
Qual a material colectável para o cálculo do IRT? 
Qual é a taxa a ser aplicada? 
 
Exercício Nº 3 
Mateus de Almeida funcionário da fábrica XPTO, Lda., desempenha a função de 
motorista, aufere um saláriobase de 70.000,00 Akz, por ter uma boa avaliação nos 
últimos 2 anos a entidade empregadora decidiu aumentar o seu salário base numa ordem 
de 5%, atribuiu ao mesmo um subsídio de alimentação de 30% do salário base e um 
abono de família de 25.000,00 Akz. 
Pretende-se: 
a) Identificar o Grupo de Tributação; 
b) Determinar a matéria colectável para o cálculo do IRT; 
c) Identificar a taxa a ser aplicada; 
d) Cálculo do Salário Liquido. 
Exercício Nº 5 
A Consultoria de Negócios e Finanças DOCECONTAS, Lda. Contratou por tempo 
determinado o Sr. Mavinga Filipe, para ocupar o cargo de coordenador de projectos, o 
mesmo que actualmente vive na Maxinde, deverá arrendar uma casa em Luanda para 
facilmente deslocar-se ao seu posto de trabalho, onde pagará um montante de 40.000,00 
mês, de acordo o contrato o seu salário base de 150.000,00, Subsidio de transporte de 
15.000,00, subsídio de renda de casa no montante de 35.000,00 e abono de família na 
ordem de 10% do salário base. 
Pretende-se: 
a) Identificar o Grupo de Tributação; 
b) Cálculo do Salário Liquido. 
 
Exercício Nº 6 
António de Sousa, trabalhador da empresa MEU CORAÇÃO, Lda., desempenha a 
função de Jardineiro e aufere um salário base de 40.000,00, por ter completado 65 anos 
de idade a entidade empregadora decidiu dar uma gratificação no montante de 
25.000,00 para apagar a vela. 
Pretende-se: 
a) Identificar o Grupo de Tributação; 
b) Determinar a matéria colectável para o cálculo do IRT; 
c) Identificar a taxa a ser aplicada; 
d) Cálculo do Salário Líquido. 
 
Exercício Nº 7 
A empresa X MEGA, é uma empresa Sediada no Lobito, desenvolve actividade de 
comércio de materiais elétricos, a mesma apresenta uma contabilidade organizada, tem 
o capital social no montante de 100.000,00, no ano de 2015 teve uma venda a pronto no 
montante de 50.000.000,00 e venda a crédito de 3.000.000,00. 
Pretende-se: 
Identificar o Grupo de Tributação 
Identificar a taxa a ser aplicada 
Cálculo do Imposto Industrial Provisório 
 
 
Exercício Nº 8 
A B-SK, Lda. Empresa fundada no ano de 1997, desenvolve actividade de comércio e 
prestação de serviços, a empresa foi constituída com um capital social de 500.000,00, 
no ano de 2015 os sócios decidiram aumentar o capital social numa margem 60%, neste 
mesmo ano a entidade obteve um total de venda no montante de 100.000.000,00 onde, 
30% foram provenientes de prestações de serviços de manutenção de Ar condicionado. 
Pretende-se: 
Identificar o Grupo de Tributação; 
Identificar a taxa a ser aplicada; 
Cálculo de Imposto Industrial Provisório. 
 
Exercício Nº 9 
O Restaurante P.C.U & Filhos, Lda. Localizado na zona do Km 30 em Luanda, tem o 
capital social de 55.000,00, no exercício económico de 2016 a entidade disponibilizou 
as seguintes informações: 
Venda total ------------------------------------------------- 565.500.000,00 
Pagamentos aos funcionários ------------------------------ 12.000.000,00 
Pagamentos a fornecedores ------------------------------- 150.000.000,00 
CMVMC-------------------------------------------------------20.000.000,00 
Pagamento de IPU referente a renda do Imóvel ------------- 150.000,00 
Bilhete de Viagem da Esposa -----------------------------------175.000,00 
Despesas Bancária ------------------------------------------------- 20.000,00 
Renda do Escritório -------------------------------------------- 1.000.000,00 
 
Pretende-se: 
Identificar o Grupo de Tributação; 
Identificar a taxa a ser aplicada; 
Cálculo de Imposto Industrial Provisório. 
Cálculo do Imposto Industrial de acordo a DRE 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
NABAIS, José Casalta (2016) “Direito Fiscal” 9ª Edição, Almedina. 
GONÇALVES, Fernando (2009) “Fiscalidade para contabilistas” 1º Edição; Texto 
Editores 
FREITAS, Fátima (2016) “Legislação Fiscal” 4º Edição; Plural editores

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