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LIVRO INSTRODUÇÃO A GESTÃO PROCESSOS

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Introdução a Gestão 
de Processos
Eduardo Heliodoro Arruda
Introdução a Gestão 
de Processos
Eduardo Heliodoro Arruda
Introdução a Gestão 
de Processos
Natal/RN
2014
Catalogação da Publicação na Fonte (CIP). 
Ficha Catalográfica elaborada por Luís Cavalcante Fonseca Júnior - CRB 15/726.
A773i Arruda, Eduardo Heliodoro. 
Introdução a gestão de processos / Eduardo Heliodoro
Arruda ; edição e revisão do Instituto Tecnológico Brasileiro
(ITB). – Natal, RN : 2014.
72 p. : il.
ISBN 978-85-68100-36-3
Inclui referências
 
1. Gestão de processos. 2. Planejamento de projetos. 
3. Ferramentas de processos. I. Instituto Tecnológico
Brasileiro. II.Título.
RN/ITB/LCFJ CDU 658.512.2
presidente 
PROF. PAULO DE PAULA
diretor geral 
PROF. EDUARDO BENEVIDES
diretora acadêmica 
PROFA. LEIDEANA BACURAU
diretora de produção de projeto
PROFA. JUREMA DANTAS
FICHA TÉCNICA
gestão de produção de materiais didáticos 
PROFA. LEIDEANA BACURAU
coordenação de design instrucional 
PROFA. ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
projeto gráfico 
ADAUTO HARLEY SILVA
diagramação 
MAURIFRAN GALVÃO
designer instrucional 
WANNYEMBERG KLAYBIN DA SILVA DANTAS
revisão de língua portuguesa 
PROFA. ANA AMÉLIA AGRA LOPES
revisão das normas da ABNT
LUÍS CAVALCANTE FONSECA JÚNIOR
ilustração
RAFAEL EUFRÁSIO DE OLIVEIRA
“A adoção de uma abordagem de processo significa 
a adoção do ponto de vista do cliente, os processos são 
a estrutura pela qual uma organização faz o necessário 
para produzir valor para os seus clientes.” 
(Davenport).
Índice iconográfico
Diálogos
Importante
Querendo mais
Internet
Curiosidade
Vocabulário
Você conhece?
Mídias
Atividade
O material didático do Sistema de Aprendizado itb propõe ao aluno uma linguagem objetiva, sim-
ples e interativa. Deseja “conversar” diretamente, dialogar e interagir, garantir o suporte para o es-
tudante percorrer os passos necessários a sua aprendizagem. Os ícones são disponibilizados como 
ferramentas de apoio que direcionam o foco, identificando o tipo de atividade ou material de estudo. 
Observe-os na descrição a seguir:
Curiosidade – Texto para além da aula, explorando um assunto abordado. São pitadas de conheci-
mento a mais que o professor pode proporcionar ao aluno.
Importante! – Destaque dado a uma parte do conteúdo ou a um conceito estudado, que seja con-
siderado muito relevante.
Querendo mais – Indicação de uma leitura fora do material de estudo. Vem ao final da competência, 
antes do resumo.
Vocabulário – Texto explicativo, normalmente curto, sobre novos termos que são apresentados no 
decorrer do estudo. 
Você conhece? – Foto e biografia de uma personalidade conhecida pelas suas obras relacionadas 
ao objeto de estudo.
Atividade – Resumo do conteúdo praticado na competência em forma de exercício. Pode ser apre-
sentado ao final ou ao longo do texto.
Mídias – Contém material de estudo auxiliar e sugestões de filmes, entrevistas, artigos, podcast e 
outros, podendo ser de diversas mídias: vídeo, áudio, texto, nuvem. 
Internet – Citação de conteúdo exibido na Internet: sites, blogs, redes sociais.
Diálogos – Convite para discussão de assunto pelo chat do ambiente virtual ou redes sociais.
Apresentação institucional 09
Palavra do professor autor 11
Apresentação das competências 13
Competência 01 
Descrever a evolução dos modelos de administração nas organizações 17
Teoria Geral da Administração 18
Abordagem clássica 18
Funções administrativas 20
Abordagem humanística 21
Abordagem burocrática 23
Abordagem sistêmica 23
Resumo 26
Autoavaliação 26
Competência 02 
Identificar as características da gestão por processos para as organizações 31
O que são processos? 31
Hierarquia dos processos 33
Visão funcional versus visão por processos 35
Tipos de processos 37
Gestão por Processos 38
Resumo 41
Sumário
Autoavaliação 41
Competência 03 
Estabelecer uma relação de importância entre os sistemas e os processos 43
Business Process Managment (BPM) 46
Conhecendo o Fluxograma 48
Metodologia para criação de um fluxograma 49
Tipos de fluxograma 52
Resumo 54
Autoavaliação 54
Competência 04 
Apresentar os métodos de melhoria contínua que auxiliarão você a avaliar a
qualidade dos processos dentro da organização 59
O que é qualidade? 60
Gestão da qualidade total 61
Melhoria contínua 63
Benchmarking 64
Resumo 58
Autoavaliação 58
Referências 70
Conheça o autor 72
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Apresentação institucional
O Instituto Tecnológico Brasileiro (itb) foi construído a partir do sonho de educadores e 
empreendedores reconhecidos no cenário educacional pelas suas contribuições no desen-
volvimento econômico e social dos Estados em que atuaram, em prol de uma educação de 
qualidade nos níveis básico e superior, nas modalidades presencial e a distância.
Esta experiência volta-se para a educação profissional, sensível ao cenário de desen-
volvimento econômico nacional, que necessita de pessoas devidamente qualificadas para 
ocuparem vagas de trabalho e garantirem suporte ao contínuo crescimento do setor pro-
dutivo da nação.
O Sistema itb de Aprendizado Profissional privilegia o desenvolvimento do estudante a 
partir de competências profissionais requeridas pelo mundo do trabalho. Está direcionado 
a você, interessado na construção de uma formação técnica que lhe proporcione rapida-
mente concorrer aos crescentes postos de trabalho.
No Sistema itb de Aprendizado Profissional o estudante encontra uma linguagem clara 
e objetiva, presente no livro didático, nos slides de aula, no Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem e nas videoaulas. Neste material didático, um verdadeiro diálogo estimula a leitura, o 
projeto gráfico permite um estudo com leveza e a iconografia utilizada lembra as modernas 
comunicações das redes sociais, tão acessadas nos dias atuais.
O itb pretende estar com você neste novo percurso de qualificação profissional, con-
tribuindo decisivamente para a ampliação de sua empregabilidade. Por fim, navegue no 
Sistema itb: um estudo prazeroso, prático, interativo e eficiente o conduzirá a um posicio-
namento profissional diferenciado, permitindo-lhe uma atuação cidadã que contribua para 
o seu desenvolvimento pessoal e do seu país.
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Ao ingressar no mundo da gestão dos processos, você vai entender melhor o funcio-
namento das organizações e a busca constante pela excelência organizacional. Vamos 
conhecer a evolução dos modelos de gestão, presentes nas diversas fases de desenvolvi-
mento da sociedade, desde a antiguidade até chegarmos à era globalizada.
Hoje, com o avanço das tecnologias, a revolução virtual, o surgimento de novas ferra-
mentas de comunicação como o e-mail, redes sociais, whatsapp, skype, entre outros, trou-
xeram uma nova dinâmica para o mercado, as barreiras da distância não existem mais. Os 
clientes se tornaram mais exigentes, o aumento no número de empresas, da concorrência, 
a rapidez nas decisões e respostas aos clientes fizeram com que as empresas buscassem 
soluções de integração em seus processos, utilizando novas tecnologias da informação, 
permitindo, assim, uma maior flexibilidade e agilidade nas suas operações. 
A gestão de processos tem o objetivo de promover a integração das atividades de uma 
organização e criar a cultura de melhoria contínua, visando o alcance de uma qualidade 
em processos e melhores resultados para a organização. Em nosso caminho você vai co-
nhecer ferramentas de gestão empresarial como o fluxograma,organograma, manuais de 
qualidade em processos, indicadores de desempenho que permitem um melhor entendi-
mento e controle dos processos organizacionais.
Ao final dessa jornada, você vivenciará uma experiência, na gestão de processos, onde 
você terá adquirido competências que poderão ser utilizadas dentro das organizações, 
tornando você um profissional diferenciado.
 Você está pronto para iniciar nossa jornada?
Palavra do professor autor
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Apresentação das competências
Em um primeiro momento, você será conduzido a um rápido passeio pelas diferentes 
épocas, o que lhe permitirá identificar a evolução dos modelos de administração e como 
cada teoria contribuiu em sua época, e até os dias de hoje, para a melhoria da eficiência e 
eficácia na administração das organizações. 
Na segunda competência, você será apresentado a uma série de novos conceitos, que o 
ajudará a descrever as características da gestão de processos para as organizações.
Na competência seguinte, você estudará os sistemas de informação que estão presen-
tes em nosso cotidiano. Você conhecerá algumas ferramentas de TI, como o BPM, ERP, 
Fluxograma, que permitirão estabelecer uma relação de importância entre os sistemas e 
os processos.
Na quarta, e última, competência serão apresentados métodos de melhoria contínua e 
guias de modelagem de processos (CBOK), que auxiliarão na avaliação da qualidade dos 
processos dentro da organização.
Descrever a evolução dos 
modelos de administração nas organizações
Competência
01
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Dos primeiros sistemas de organização até a sociedade atual, passamos por um grande 
processo de evolução, os livros de história relatam a realização de muitos feitos que mar-
caram este desenvolvimento.
Com certeza você já ouviu falar sobre a construção de grandes monumentos como as 
pirâmides do Egito ou até mesmo a muralha da China. Também já deve ter lido ou escutado 
sobre as batalhas épicas de civilizações antigas, que desejavam criar ou ampliar seu império, 
como a guerra entre gregos e troianos. Ainda percorrendo esta evolução e se aproximando 
dos dias atuais, você deve lembrar-se da Revolução Industrial com a descoberta da máquina 
a vapor, que permitiu o surgimento de grandes complexos industriais como a Fábrica de au-
tomóveis da Ford. Através das novas descobertas e do avanço das tecnologias de informação 
e das telecomunicações, como exemplo o computador e a internet, chegamos à era da glo-
balização e nela você pode observar um evento em qualquer lugar do mundo, em tempo real. 
Você já parou para pensar como a realização dessas obras monumentais, o sucesso 
dos exércitos nas batalhas, a fabricação industrial, eram possíveis? Em todos estes exem-
plos estão presentes elementos como: pessoas, métodos de trabalho, organização, plane-
jamento, procedimentos, liderança, indicadores de produtividade. 
Descrever a evolução dos 
modelos de administração nas organizações
Fonte: <http://naked-science.ru/sites/default/files/Building-the-Great-Pyramid.jpg>;
<http://2.bp.blogspot.com/-3Waytvghtb0/UL0_3NDWBnI/AAAAAAAAASE/xdHGggQZmVw/s1600/Imagem3.png>;
<http://4.bp.blogspot.com/-jeyYvKMMttU/Tru-bgonM_I/AAAAAAAAD-M/zRd4ClDGaAY/s1600/2.jpg>. Acesso em: 07 nov. 2014.
Algumas formas de administração já estavam presentes em diversos empreendi-
mentos desde as eras mais antigas, e esses métodos de administrar vem evoluin-
do até os dias atuais.
Para você entender melhor esse processo, nesta competência, vamos identificar a evo-
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A eficácia está associada à realização das atividades que levem ao alcance 
dos resultados estabelecidos (CHIAVENATO, 2003; SILVA, 2008) enquanto a 
eficiência está relacionada com a maneira de utilização de recursos. Quanto 
mais saídas são obtidas com as mesmas entradas, maior o grau de eficiên-
cia alcançado (SILVA, 2008, p. 17).
Importante
Estes conceitos são muito importantes para a administração, pois durante o processo 
de evolução do pensamento administrativo, todos os administradores, em suas respectivas 
épocas, tentaram alcançar seus resultados com uma melhor utilização dos recursos dispo-
níveis, ou seja, buscaram fazer mais com menos, para alcançar os resultados esperados.
Para melhor compreender esta evolução do pensamento administrativo, vamos conhe-
lução das teorias da administração que permitiram o gerenciamento dos mais diferentes 
tipos de organizações. 
Vamos lá?
Teoria Geral da Administração
Como você acabou de ver, desde a antiguidade muitas práticas administrativas já eram 
empregadas pela sociedade. A Teoria Geral da Administração é a área do conhecimento que es-
tuda a administração das organizações, seja ela pública ou privada, com ou sem fins lucrativos. 
Mas o que é administração? 
Segundo Chiavenato (1997), a administração é a aplicação de técnicas com o intuito de 
estabelecer metas e operacionalizar o seu alcance pelos colaboradores participantes das 
organizações, a fim de que se obtenham resultados que satisfaçam as necessidades de 
seus clientes, assim como as suas próprias. 
Como você observou na definição acima, a administração está associada com a utili-
zação de recursos para o alcance de determinados objetivos, este processo para ser bem 
sucedido deve ser executado de maneira eficiente e eficaz. 
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Para Taylor as tarefas dos funcionários deveriam ser realizadas de maneira racional, simpli-
ficada e padronizada, eliminando os movimentos desnecessários. Ele pregava que deveria ser 
criado um método de trabalho para que a execução das tarefas pudesse ser facilmente ensinada. 
Outro princípio muito importante da administração científica foi o estudo dos tempos e 
movimentos. Cada tarefa deve ser analisada e estudada, criando uma sequência ordenada 
de movimentos úteis para execução das tarefas. Os movimentos desnecessários eram eli-
minados, com o objetivo de gerar uma eficiência na realização das tarefas. Após a definição 
“Frederick Winslow Taylor: É considerado o pai da 
administração científica”, pois ele propôs o estu-
do e a utilização de métodos científicos e racio-
nais na realização das tarefas das organizações, 
com ênfase na eficiência e eficácia operacional. 
Ele nasceu na Filadélfia, Estados Unidos, em 20 
de março de 1856 e faleceu em 21 de março de 1915, começou sua carreira 
como técnico em mecânica, e passou por várias empresas até se tornar En-
genheiro Mecânico e começar a prestar consultorias para várias indústrias.
Você Conhece 
cer as principais abordagens da administração, conforme a seguir: Abordagem Clássica, 
Abordagem Humanística, Abordagem Burocrática e Abordagem Sistêmica.
Abordagem clássica
Apesar da origem da administração ser muito antiga foi com a Revolução Industrial que 
os estudos da administração ganharam foco dentro das organizações. Foi neste contexto 
que surgiu a Abordagem Clássica da Administração, composta pelas Teorias da Adminis-
tração Científica e a Teoria Clássica. Nesta abordagem os administradores e empresários 
estavam sempre buscando maneiras mais eficientes para o aumento na produção. 
A administração científica foi desenvolvida por Frederick Winslow Taylor, americano, que 
trabalhou por muito tempo no chão de fábrica até se tornar engenheiro. A experiência que 
acumulou em suas passagens por várias fábricas e siderúrgicas, permitiu que ele desen-
volvesse a obrachamada de Princípios da administração científica, lançada em 1911. 
Chão de fábrica: 
termo utilizado em 
indústrias para 
indicar o local 
onde o processo 
de fabricação é 
executado.
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do método, o tempo era medido até encontrar o tempo padrão para realização das tarefas. 
Outros princípios da administração científica são: 
- A divisão do trabalho: cada trabalhador realizava uma parte do todo, o que gera uma 
superespecialização na execução das tarefas;
- A Figura do homem econômico: a remuneração era o único elemento motivador que o 
trabalhador teria, para aumentar a produtividade.
A Teoria Clássica da Administração tem como autor Henry Fayol que, diferentemente de 
Taylor, tinha como principal ênfase o estudo da estrutura formal da organização para 
melhorar a eficiência do processo de produção.
Segundo Fayol a administração está presente em qualquer tipo de organização, e é 
dividida em seis funções empresariais: 
- Funções técnicas: relacionadas ao processo produtivo, transformação de insumos em 
bens ou serviços da empresa;
- Funções comerciais: relacionadas aos processos de compra e venda;
- Funções financeiras: relacionadas à procura e gerência de capitais;
- Funções de segurança: relacionadas à proteção de bens e de pessoas;
- Funções de contabilidade: relacionadas a inventários, balanços, custos etc.;
- Funções administrativas: planejamento, organização, direção, coordenação e controle.
Funções administrativas
As funções administrativas, podem ser subdividas em 5 etapas:
Jules Henri Fayol: Nasceu em família da alta burguesia 
em Constantinopla, foi educado em Lion na França até 
se formar Engenheiro de Minas em 1860. Foi o funda-
dor da Teoria Clássica da Administração.
Você Conhece 
Insumos: Produto 
ou serviço utiliza-
do na produção de 
um outro produto 
ou serviço, como 
exemplo: matéria 
prima, pessoas, 
equipamentos, 
entre outros.
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- Planejar: visualizar situações futuras, para a organização no cenário na qual ela se encontra;
- Organizar: é a maneira de utilização dos recursos (humanos e materiais) para que a 
organização obtenha sucesso;
- Comandar: é estabelecer coordenadas necessárias para que os funcionários consigam 
agir conforme as necessidades da organização;
- Coordenar: é a obtenção harmoniosa de todas as atividades e esforços da organização;
- Controlar: é o acompanhamento das ações para que elas sejam executadas conforme o 
planejado.
Na abordagem clássica, as organizações podem ser comparadas com máquinas, os tra-
balhadores se comportavam como engrenagens que mantinham o funcionamento destas 
máquinas, cujo principal objetivo era aumentar a produtividade. As organizações são con-
sideradas sistemas fechados, pois a preocupação dos administradores era voltada para 
o ambiente interno da empresa, nas tarefas, na estrutura administrativa, eles entendiam 
que as organizações não sofriam influências do ambiente externo, pois o mercado era es-
tável, sem concorrentes e existia demanda para tudo que era produzido. 
Abordagem humanística
Esta abordagem surgiu em oposição ao pensamento clássico, que se caracterizava pela 
racionalização e mecanização do trabalho, uma consequente desumanização do trabalha-
dor. E partia do pressuposto que o indivíduo é um ser social, ativo e criativo que responde 
às forças e influência sociais do grupo no qual está inserido, dentro e fora da organização.
Está abordagem humanística é composta pelas Teorias das Relações Humanas e Com-
portamental.
A Teoria das Relações Humanas surgiu a partir dos estudos realizados por Elton Mayo 
e seu grupo de pesquisadores, no final da década de 1920 e início da década de 1930. 
Com base no que foi estudado, identifique elementos da abordagem clássi-
ca que estão presentes nas organizações até hoje. Compartilhe sua opinião 
no nosso fórum virtual.
Atividade 01
pressuposto: O 
que se pode supor 
de modo anteci-
pado.
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Nesse período observa-se o surgimento dos primeiros movimentos sindicais e o desenvol-
vimento das Ciências Humanas como a Psicologia, Antropologia e Sociologia. 
A ideia inicial desses estudos era criar experimentos que verificassem a influência da lu-
minosidade do local de trabalho na produtividade dos funcionários, sendo constatado que 
essas variáveis (luminosidade e produtividade) não tinham nenhuma relação. Contudo, ve-
rificou-se a existência de outras variáveis que não estavam sendo controladas mas influen-
ciavam na produtividade, como o fator psicológico. A partir desta observação a experiência 
começou a ser direcionada para o estudo dos fatores informais e sociais que poderiam 
influenciar a motivação dos trabalhadores. Os pesquisadores chegaram à conclusão da 
existência de grupos informais dentro da organização formal e que o comportamento dos 
indivíduos sofria influência dos valores destes grupos informais do qual eles participavam. 
Na abordagem das relações humanas, o homem é representado na figura do “Homem 
Social”, pois o seu fator de motivação estava atrelado à existência dos grupos, ou seja, 
relacionado com a sua inserção em um meio social e democrático.
Uma contribuição importante da teoria comportamental foi à pirâmide da hierarquia 
das necessidades, criada por Abraham Maslow, que se propõe a explicar a origem da moti-
vação humana, de maneira ordenada e hierárquica. 
A Teoria Comportamental é o avanço nos estudos das relações humanas, esta teoria apre-
senta um foco no indivíduo de maneira mais complexa, como um ser dotado de inteligência. 
Figura 1 – Pirâmide de Maslow
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-9FEj4Az_Kls/UfmPFp1MnOI/AAAAAAAAACI/
NEG0VahBj9k/s1600/piramide.png>. Acesso em: 07 nov. 2014.
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meritocracia: re-
conhecimento dos 
que merecem em 
uma sociedade, 
organização ou 
grupo etc. A fonte 
de poder dentro 
das organizações 
estava pautada 
nas normas.
Outro autor muito importante foi Frederick Herzberg, que estudou a motivação do tra-
balhador e desenvolveu a teoria dos dois fatores, que dividia a causa da satisfação ou 
insatisfação do empregado em dois grupos: os fatores higiênicos (estão fora do controle 
dos funcionários) e os fatores motivacionais (que estão sob o controle dos funcionários). 
Os fatores higiênicos são importantes para evitar a insatisfação, porém, por si só, não 
são capazes de gerar motivação. Estes fatores estão relacionados com as condições físicas 
do ambiente de trabalho, remuneração, políticas e procedimentos organizacionais. 
Já os fatores motivacionais estão associados com o reconhecimento no trabalho, a rea-
lização pessoal e profissional, estes fatores são fundamentais para uma melhor eficiência 
no desempenho das funções.
Nesta teoria é apresentada a figura do homem complexo, pois existe uma série de fa-
tores psicológicos que influencia na motivação dos funcionários e, consequentemente, na 
eficiência da organização. 
Abordagem burocrática
 A abordagem burocrática surgiu com os estudos de Max Weber que, entre outras coi-
sas, descreveu o “tipo ideal” de sociedade, na qual ele utilizou para identificar a organi-
zação burocrática. Segundo ele, na sociedade racional a autoridade é oriunda do aspecto 
legal, baseada na meritocracia.
Weber defendia que a organização era um sistema racional, baseado em normas, por 
meio do qual ela busca o alcance dos objetivos organizacionais formalizados. Ele enfati-
zava a necessidade da formalidade, padronização,da impessoalidade nas relações e da 
profissionalização dos membros das organizações.
Hoje quando se fala em burocracia logo associamos a papéis, lentidão, morosidade, e 
remetendo rapidamente ao serviço público. Porém a burocracia está presente nos diversos 
tipos de organizações, inclusive nas privadas. 
Para Max Weber, a burocracia é o único modo de organizar eficientemente um grande 
número de pessoas. Ele propõe organizar as pessoas e suas atividades através de papéis, 
normas e procedimentos que deverão ser executados ou processados em uma sequência 
lógica e eficiente. 
Abordagem sistêmica
A partir dos estudos da abordagem sistêmica, a organização deixa de ser considerada 
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como um sistema fechado, onde sofria influência apenas do ambiente interno e passa a 
ser considerado um sistema aberto, logo existe uma interação com as variáveis externas 
da organização, como: clientes, concorrentes, fornecedores, governo etc. 
Mas o que é um sistema?
Segundo Maximiano (2009), os sistemas compreendem um conjunto de entidades que 
podemos chamar de partes, elementos ou componentes e que mantém alguma espécie de 
relação ou interação entre elas, para alcançar um objetivo em comum.
Já Silva (2008, p. 352), define sistema como “um conjunto de elementos interativos e 
relacionados, cada um ao seu ambiente, de modo a formar um todo”.
Estes sistemas apresentam uma estrutura de entrada (insumos, dados, pessoas ou 
materiais), processamento (sequência de atividades), realizadas a partir das entradas que 
geram a(s) saída(s); saída, que é a produção de bens ou serviços, e o processo de retroali-
mentação (feedback) que é o elemento responsável pelo acompanhamento e controle no 
alcance dos objetivos da organização.
Para entender melhor vamos observar o exemplo abaixo considerando uma organiza-
ção de ensino como um sistema.
Figura 2 – Estrutura básica dos sistemas
Fonte: autoria própria (2014).
Figura 3 – Estrutura básica dos sistemas
Fonte: autoria própria (2014).
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No exemplo de uma instituição de ensino, que tem como objetivo a geração do conhe-
cimento, as entradas são os alunos, os professores, os equipamentos, a tecnologia entre 
outros. Estas entradas passarão por diversas atividades como as aulas, a pesquisa em 
livros ou internet, a resolução de exercícios e serão transformadas em uma saída, isto é, 
o resultado esperado, que neste exemplo, é a formação de profissionais qualificados. Du-
rante este processo é necessário um acompanhamento constante, através de avaliações 
e indicadores de desempenho, para garantir que os resultados sejam alcançados com a 
maior eficiência possível.
Chiavenato (2003) expõe que o fluxo contínuo de informações entre o sistema, seus com-
ponentes internos e o ambiente externo criam um circuito fechado de retroalimentação, que 
possibilita a organização, a adaptação da organização e as mudanças das condições am-
bientais. Esta visão permite que as organizações acompanhem constantemente seus proces-
sos, para identificar em qual etapa o sistema pode ser melhorado e gerar mais eficiência para 
o alcance dos resultados.
Resumo
Nesta competência, você acompanhou o desenvolvimento do pensamento administra-
tivo e identificou como cada uma destas abordagens contribuiu para melhorar o proces-
so produtivo em sua época. Todos eles buscavam a eficiência, a escola clássica através 
da melhoria das tarefas e da estrutura administrativa. A abordagem humanística através 
das pessoas e suas motivações. A abordagem burocrática com a adoção de normas para 
organizar as atividades humanas. E, por fim, a abordagem sistêmica que propôs uma or-
ganização interativa, cujas áreas eram interligadas e precisavam interagir e se adaptar ao 
ambiente externo para melhorar sua eficiência. 
Você pôde observar que vários elementos e características propostas pelos autores já 
eram utilizados desde a antiguidade e permanecem até os dias de hoje. 
retroalimentação: 
é o nome dado 
ao procedimento 
através do qual 
o sinal de saída 
de um sistema é 
transferido para 
a entrada deste 
mesmo sistema.
Vale a pena assistir ao filme “Tempos Modernos” lançado no ano de 1936, 
sob a direção de Charles Chaplin. No filme será possível observar um retra-
to da abordagem clássica da administração que sistematizou a produção, 
mecanizando as atividades dos operários.
Mídias
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Não existe uma teoria certa e outra errada, este processo é uma evolução e as abor-
dagens se complementam. É importante identificar as características propostas em cada 
abordagem da administração, e visualizar uma maneira de aplicá-las, com o objetivo de 
melhorar o controle, a eficiência e a eficácia das organizações.
Autoavaliação
1. Você trabalha em uma empresa onde a gerência estuda as tarefas e cria um método 
racional para as mesmas serem executadas, eliminando os movimentos desnecessá-
rios para aumentar a eficiência. Podemos afirmar que o gerente utiliza características 
enfatizadas em qual teoria da administração?
a) Relações humanas;
b) Burocrática;
c) Administração científica;
d) Sistêmica.
2. Uma empresa deve estabelecer uma relação de interação com os seus fornecedores, 
clientes e governo, pois estes elementos exercem influência nas atividades da organiza-
ção. Essa característica é encontrada na:
a) Teoria das relações humanas;
b) Teoria burocrática;
c) Teoria clássica;
d) Abordagem sistêmica.
3. A teoria burocrática, desenvolvida por Max Weber, possui foco em:
a) Normas;
b) Tarefas;
c) Gerência;
d) Ambiente.
4. Na estrutura de uma organização sistêmica, o acompanhamento dos processos é repre-
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sentado por qual elemento abaixo?
a) Entradas;
b) Saídas;
c) Feedback;
d) Processamento.
5. Marque a alternativa que representa o fator motivacional enfatizado pela Teoria das 
Relações Humanas.
a) O funcionário se motivava apenas pela remuneração;
b) A necessidade de fazer parte de um grupo;
c) Conhecer as atividades e as normas da organização;
d) Manter uma interligação entre as áreas da empresa.
d) LTDA.
Identificar as características 
da gestão por processos para as organizações
Competência
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Vamos continuar nossa jornada trazendo uma situação cotidiana que muitas pessoas 
enfrentam. 
Para você chegar ao seu local de trabalho, precisa acordar às 05h30min da manhã, 
tomar café, tomar banho, se arrumar e se dirigir até a parada de ônibus. O seu ônibus 
passa às 06h50min e você chega ao trabalho às 07h50min, 10 minutos antes do início 
do seu expediente. Em um determinado dia, você acordou um pouco mais tarde e, quando 
você chegou à parada, já eram 06h55min e o horário do próximo ônibus é às 07h20min, o 
que faz com que você chegue ao trabalho às 08h30min, gerando um atraso no início das 
atividades e, consequentemente, nas metas do dia.
Perceba que mesmo sendo atividades diferentes, existe uma correlação entre elas, e se 
alguma não for executada dentro do horário planejado, acarretará no atraso.
Identificar as características 
da gestão por processos para as organizações
Imagine a seguinte situação: um vendedor, ansioso para fechar um negócio, oferece 
uma grande quantidade de um produto em um prazo muito curto, porém ele não checa se 
no setor de estoque existe essa quantidade de itens disponível, e também não tem a infor-mação do setor de produção, se a quantidade vendida pode ser produzida no tempo que 
foi negociado. Será que esta falta de comunicação ou de integração dos processos pode 
afetar no desempenho da organização?
Para entender melhor está visão por processos nas empresas, nesta competência você 
vai estudar as características da gestão por processos para as organizações.
O que são processos?
Na competência anterior você estudou a evolução do pensamento administrativo das 
organizações. Na abordagem clássica, a divisão do trabalho era uma característica mar-
cante nas organizações, pois o trabalhador devia conhecer apenas uma etapa da ope-
ração, criando uma superespecialização na tarefa. Você viu também, que nesta época o 
Nas empresas ocorre exatamente isto. Cada setor tem suas atribuições, porém, to-
dos devem atender os objetivos da empresa, por isso é necessário que exista uma 
integração entre as áreas. 
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mercado era bem estável e tudo que era produzido era vendido, logo a divisão do trabalho 
favoreceu bastante o aumento da produtividade. Porém, com o passar do tempo à socie-
dade evoluiu e, na abordagem sistêmica, a organização já é vista como um sistema que 
sofre influência de vários fatores, internos e externos, que se interligam e influenciam no 
desempenho da organização. 
O desenvolvimento das tecnologias de informação, telecomunicação e o avanço do ca-
pitalismo deram surgimento à globalização, afetando o comportamento das organizações e 
dos seus clientes que, tornaram-se cada vez mais exigentes, pois se antes ele só poderiam 
comprar da empresa A, agora basta alguns cliques para ele encontrar rapidamente o que 
procura em qualquer outra empresa do mundo.
Logo, a visão funcional e da divisão do trabalho evoluiu para uma visão por processos, 
a fim de atender as necessidades das organizações nos dias atuais. Visto a importância da 
gestão por processos, vamos aprender o que são processos.
Danveport (1994), afirma que processo consiste numa ordenação específica das ativi-
dades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo e um fim, com entradas (tam-
bém conhecidos como inputs) e saídas (também conhecidos como outputs), claramente 
identificadas. As entradas em um processo podem ser: materiais, equipamentos, horas tra-
balhadas, informações e pessoas, e as saídas um produto ou serviço. Já Gonçalves (2000), 
define processo como o conjunto de atividades que tomam um input, adiciona valor a ele e 
fornecem um output a um cliente específico.
É importante ressaltar que algumas empresas crescem muito rápido e isso acarreta 
uma desorganização estrutural, tornando as operações mais complexas e sem o mínimo 
de controle. Através da visão por processos é possível desenvolver modelos que minimizam 
o impacto deste crescimento e melhoram o controle e eficiência das operações.
Assim, gerir os processos é uma forma de gestão dos negócios que hoje é uma alter-
nativa de solução para os problemas atuais da gestão globalizada (DAVENPORT, 1994; DI 
SORDI, 2008; GONÇALVES, 2000).
Processos podem ser definidos como uma sequência lógica de atividades 
para se chegar a determinado resultado, que atende a necessidade de um 
cliente externo ou interno.
Importante
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Figura 4 – Hierarquia de processos
Fonte: adaptado de Harrington (1993).
Para melhorar o entendimento desta visão por processos é necessário conhecer a es-
trutura hierárquica destes processos, que segundo D’Ascenção (2001), é possível observar 
que, se tratando de um processo, é necessário identificar todos os recursos envolvidos.
Hierarquia dos processos
Harrington (1993) sugere a classificação dos processos de acordo com o grau de abran-
gência na organização, conforme demonstrado na Figura 4:
Onde:
– O macroprocesso é a estruturação dos recursos organizacionais envolvendo várias fun-
ções da empresa, através dos processos, para alcançar os objetivos estratégicos da 
organização;
– O processo é uma sequência lógica das atividades, para se chegar a determinado resul-
tado, que atenda a necessidade de um cliente externo ou interno;
– O subprocesso é a subdivisão de um processo em fluxos menores e mais simples em 
direção aos objetivos dos processos;
– A atividade ou tarefa é a unidade lógica de trabalho, efetivamente as ações executadas 
dentro dos subprocessos. 
Esta visão hierárquica dos processos auxilia os gestores a conhecer e priorizar as ativi-
dades da organização. Desta forma, eles possuem subsídios mais consistentes para apoiar 
as tomadas de decisões e, consequentemente, permitir uma melhoria contínua dos proces-
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sos da organização. 
Para ilustrar melhor estes elementos dos processos vamos considerar, como exemplo, 
a realização de um churrasco:
O macroprocesso: a realização do evento churrasco;
O processo: fazer o churrasco;
Os subprocessos: preparar a carne, aquecer a churrasqueira, assar a carne, cortar e 
servir aos convidados;
As atividades: referem-se à execução de cada uma das ações dos subprocessos.
E agora, ficou mais claro o entendimento destes elementos? Agora é a sua vez de praticar. 
Figura 5 – Ilustração
Fonte: Oliveira (2014).
Partindo do exemplo inicial desta competência, que trata de sua trajetória 
antes de chegar ao trabalho, identifique o macroprocesso, o(s) processo(s), 
os subprocessos e as atividades envolvidas. Compartilhe sua resposta em 
nosso fórum.
Atividade 01
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Visão funcional versus visão por processos
Como já vimos na Teoria Clássica, Henry Fayol definiu as funções empresariais através 
de uma visão por departamentos da empresa, caracterizada pela divisão do trabalho. A 
visão por processos é uma visão diferenciada de empresa, que mostra a integração dos 
diversos departamentos, incluindo também a sua interligação com os clientes e fornecedo-
res, e indicando o fluxo de trabalho realizado na organização. 
A visão funcional da organização é caracterizada pelo agrupamento de setores, que 
possuem atividades de uma mesma área técnica em unidades administrativas. 
Através desta óptica, diversas distorções podem ser encontradas, como: as funções 
empresariais se tornam mais importantes do que os próprios clientes.
Nesta visão não são identificados os clientes, ou seja, para quem é destinada 
a atividade.
Não representa o fluxo de atividade pelo qual o produto ou serviço é concebido, produzi-
do e entregue. A organização é gerenciada de maneira vertical, ou seja, existe a formação 
entre os departamentos que não se comunicam. Esta falta de interação entre os silos 
dificulta a resolução de conflitos entre os assuntos interdepartamentais.
Figura 6 – Visão funcional
Fonte: autoria própria (2014).
“silos”: cada 
função trabalha 
apenas no seu se-
tor sem interagir 
com as demais 
funções.
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Figura 7 – Visão por processos
Fonte: autoria própria (2014).
Segundo Gonçalves (2000), os processos nas empresas podem ser internos (quando 
têm início, são executados e terminam dentro da mesma empresa) ou externos (quando 
são executados com a participação de atores que estão fora da empresa). Os processos 
podem, também, ser inter ou intraorganizacionais (quando envolvem diversas empresas 
diferentes para a sua realização). 
Além disso, os processos também podem ser classificados como horizontais (interligam 
as diversas funções da empresa atravessando as barreiras dosdepartamentos) e verticais 
(quando o foco é dentro da área técnica ou do departamento).
Na perspectiva da organização sistêmica ou por processos, é possível a visualização 
de elementos essenciais na compreensão da interligação entre os departamentos, como o 
cliente, o produto/serviço e o fluxo de trabalho. A visão por processos permite acompanhar 
a criação de valor na realização do trabalho. É possível entender como o fluxo de trabalho 
atravessa as barreiras dos departamentos, bem como os relacionamentos existentes com 
o ambiente externo, desde o fornecedor até a entrega do produto/serviço ao cliente.
A forma funcional de se estruturar uma organização não representa pro-
blema em organizações pequenas, todos dentro da organização conhe-
cem uns aos outros e interagem entre si, pois precisam compreender as 
outras funções. Entretanto, com o crescimento da organização, amplia-se 
a complexidade e esta visão funcional da organização torna-se um risco, 
porque o nível necessário de interação entre as pessoas que executam um 
determinado processo interfuncional deixa de existir (RUMMLER, 1992).
Curiosidade
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Figura 8 – Tipos de processos
Tipos de processos
Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo.
Segundo Gonçalves (2000), são encontrados no ambiente organizacional, basicamente 
três tipos de processos, são eles: processos de negócio; processos organizacionais e pro-
cessos gerenciais.
Processos de negócio: são todos os processos que justificam a existência da empresa. 
Geralmente estes tipos de processos são suportados por outros processos internos que 
resultam no produto ou serviço que é entregue a um cliente externo;
Processos organizacionais: são os processos que viabilizam o funcionamento das várias 
áreas da organização. Estes processos passam despercebidos pelo cliente externo, são os 
processos que dão suporte aos processos de negócios; 
Processos gerenciais: estão relacionados com as ações que os gestores devem realizar 
para o acompanhamento e controle dos outros processos da organização.
Estes processos ocorrem, de forma simultânea nas organizações, e todos eles se inter-
ligam de alguma maneira. Por isso, quando passamos a observar a organização através 
de uma visão sistêmica e por processos, e quando estes processos são bem definidos e 
estruturados, permitem que as empresas sejam mais produtivas e eficientes.
Processos de Negócios
- As vendas nas lojas;
- As aulas na escola;
- Desenvolvimento de Produ-
tos nas industrias.
Processos Organizacionais
- Orçamento;
- Contas a pagar e a receber;
- Controle de estoque;
- Compras;
- Recrutamento e seleção de 
pessoal.
Processos de Gestão
- Avaliação da qualidade em 
um atendimento;
Estabelecimento de metas 
aos setores;
Acompanhamento do proces-
so produtivo.
Exemplos dos Tipos de Processos
Agora que você já conhece um pouco mais sobre os processos e seus tipos, 
escolha uma empresa e analise quais processos são encontrados nela e 
classifique-os em processos de negócios, organizacionais e gerenciais. Rea-
lize esta pesquisa e compartilhe em nosso fórum de discussão
Atividade 02
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Gestão por Processos
Através de todos estes processos, os produtos fabricados e os serviços são prestados 
para os clientes. Desta maneira é importante entender como as organizações são geren-
ciadas através de processos. Vamos lá?
Para melhor compreender vamos entender o significado de gestão, que segundo La-
combe (2004) consiste em um “conjunto de esforços que tem por objetivo: planejar, orga-
nizar, dirigir ou liderar, coordenar e controlar as atividades de um grupo de pessoas, que se 
associam para atingir um resultado comum”. Lee e Dale (1998) escreveram: “a gestão por 
processos pode ser considerada metodologia para gerenciamento sistemático centrado no 
cliente, objetivando medição e melhoria de todos os processos da organização por meio de 
equipes multifuncionais e com delegação de autonomia aos funcionários”.
De modo geral, temos a gestão por processos como a forma de administrar que procura, 
através do conhecimento dos fluxos de atividades da empresa, a identificação e melhoria 
contínua dos processos empresariais, proporcionando um aumento em sua eficiência e 
melhores resultados para os clientes.
Para conseguir melhorar as atividades, satisfazer a necessidade do cliente e agregar valor 
ao processo de negócio é preciso conhecer os processos. É preciso entender como funcio-
nam os processos e quais os seus tipos, para se conseguir identificar a maneira como eles 
precisam ser gerenciados e como obter o máximo de resultado possível. GONÇALVES (2000).
Na era da informação a gestão por processos é uma alternativa poderosa para 
as empresas melhorarem a qualidade e eficiência dos seus processos, e como 
consequência se tornam mais eficazes.
O portal BPM Global Trends apresenta várias novidades sobre a gestão por 
processos no Brasil e no mundo. O portal possui uma revista online que 
disponibiliza vários artigos sobre a gestão por processos, como por exem-
plo, o Case de Sucesso da Localiza – A gestão por processo pelo olhar 
Internet
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Araújo (2008) sugere uma estratégia para se estudar os processos, baseada em cinco 
fases ou etapas que permitirão seguir um caminho adequado para obter sucesso no estu-
do dos processos. São elas:
– Escolha do processo a ser estudado: deve ser feita com base em sua relevância para 
a organização;
– Coleta dos passos e sua representação gráfica: nesta etapa é realizado o mapeamen-
to e a modelagem dos processos. O mapeamento refere-se ao levantamento detalhado 
das informações sobre o processo. É a identificação do passo a passo do processo, o 
que é feito, como é feito, por que é feito, quem executa, quando executa etc. A modela-
gem é a representação gráfica dos passos levantados em fluxograma de processos.
– Análise dos métodos empregados no processamento atual: esta é a etapa de estudo 
e análise do processo. Tem por objetivo identificar os gargalos, as atividades que não 
da alta administração. Disponível em: <http://www.bpmglobaltrends.com.
br/wp-content/themes/BPM/revistas/BPMemFoco-edicao3.pdf>. Acesso 
em: 10 nov. 2014.
Figura 9 – Etapas da implantação da gestão de processos
Fonte: autoria própria (2014).
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A imagem representa um processo de aquisição de matéria prima, bastante comum 
nas organizações. Relativamente, um processo simples que apresentou 7 atividades para 
sua realização, desde a solicitação da matéria prima pelo setor responsável, até a entrega 
ao setor de produção. Este processo, para ser completado, envolveu diferentes setores e 
empresas. Diante deste exemplo conseguimos visualizar que mesmos os processos coti-
dianos e simples das empresas envolvem diferentes áreas da organização, cada um com 
sua responsabilidade. Ampliando este exemplo para os demais processos da empresa, se 
Figura 10 – Processo de aquisição de matéria-prima
Fonte: autoria própria (2014).
agregam valor, e propor estratégias e caminhos alternativos que proporcionem uma 
melhoria do processo;
– Implantação do novo processo: Após o estudo e redesenho este é o momento de im-
plementar o novo modelo do processo. Durante a fase de implantação é importante um 
acompanhamento intensivo pelo responsável da proposta;
– Manualização do processo: Após a etapa de implementação é hora de realizar os 
ajustes necessáriono modelo do processo, e divulgar com todos os envolvidos, como o 
processo passou a funcionar.
Nas empresas é evidente que os processos não são realizados apenas em um único 
setor. Os processos muitas vezes se iniciam no departamento A, são direcionados para 
processamento no departamento B, até chegar ao cliente. Ou seja, na realização de um 
processo, vários setores e pessoas estão envolvidos, por isso, a necessidade de conhecer 
e gerenciá-los, pois caso algum setor esteja com baixo desempenho, todo o processo será 
afetado. Veja a imagem abaixo:
Processo
Setor
Ambiente
Subprocessos
Atividades
Compras
MACROPROCESSO AQUISIÇÃO DE MATERIA PRIMA
Setor de 
Produção
Interno
Solicitação 
de Material
1 - Realizar 
a solicitação 
de materia 
prima
Setor de 
Compras
Interno
Cotação/
Aprovação
2 - Realizar 
pesquisa de 
fornecedores
3- Comprar 
propostas de 
orçamento
Setor de 
Compras
Interno
Ordem de 
Compra
4 - Enviar 
pedido ao 
fornecedor
Empresa 
fornecedora
Externo
Entrega de 
Mercadoria
Estoque
Interno
Recebimento 
de Mercadoria
5 - Receber a 
mercadoria
6 - Entregar 
ao setor 
solicitante
Financeiro
Interno
Contas a 
pagar
7 - Realizar 
pagamento 
ao fornecedor
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todos não estiverem bem coordenados e gerenciados, os resultados e a eficiência organi-
zacional podem ser afetados.
Resumo
Nesta competência entramos no mundo dos processos. Você pôde perceber que todas 
as atividades realizadas dentro de uma organização são sequenciadas, interligadas, envol-
vem vários setores, se integram com o ambiente externo, ou seja, todas as empresas são 
dotadas de processos. Nesta era globalizada e dinâmica, as empresas tem um foco muito 
grande em melhorar a sua eficiência e consequentemente a satisfação do cliente. Este 
contexto justifica e fortalece o gerenciamento através dos processos, desta maneira é im-
portante conhecer bem os processos empresariais, para torná-los cada vez mais eficazes 
no alcance dos objetivos, eficientes através da eliminação de atividades desnecessárias e 
adaptáveis, se adequando constantemente às necessidades da organização. 
Autoavaliação
01. A visão por processos tem uma semelhança muito forte com uma das teorias gerais da 
administração, estudadas na primeira competência, qual teoria é esta?
a) Administração científica;
b) Abordagem sistêmica;
c) Abordagem dos recursos humanos;
d) Teoria burocrática.
02. Dentro da estrutura hierárquica dos processos, o elemento que se refere aos recursos 
organizacionais envolvendo várias funções da empresa, através dos processos, para 
alcançar os objetivos estratégicos da organização, é o...?
a) Processo;
b) Subprocesso;
c) Atividade;
d) Macroprocesso.
03. Para ter sucesso no estudo dos processos são importantes algumas estratégias e per-
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correr algumas etapas. Uma destas etapas refere-se ao mapeamento e a modelagem 
dos processos. Assinale a alternativa que corresponde a esta etapa. 
a) Escolha do processo a ser estudado;
b) Implantação de novo processo;
c) Coleta dos passos e realização de sua representação gráfica;
d) Manualização do processo.
04. A gestão por processos tem sua ênfase em proporcionar:
a) A melhoria contínua dos processos e satisfação do cliente;
b) A integração vertical, onde cada setor trabalha de maneira independente;
c) Apenas no ambiente interno da organização;
d) A falta de comunicação entre os setores empresariais.
05. Em relação ao processo gerencial, marque a alternativa correta.
a) São processos internos que resultam no produto ou serviço que é entregue a um cliente 
externo;
b) São os processos que viabilizam o funcionamento das várias áreas da organização;
c) São os processos que justificam a existência da empresa;
d) São os processos de acompanhamento e controle dos outros processos da organização.
Estabelecer uma relação 
de importância entre os sistemas de
informação e os processos
Competência
03
Olá, vamos continuar nossa jornada!
Você já parou para pensar o quanto a tecnologia está presente em sua vida? 
O avanço da tecnologia estabeleceu uma nova dinâmica no cotidiano da sociedade e 
em várias atividades que realizamos ela está presente. Quando precisamos nos comu-
nicar com algum parente que mora em outro estado ou país, não enviamos mais cartas, 
agora enviamos um e-mail ou uma mensagem pelo whatsapp. Quando precisamos rea-
lizar algum tipo de pesquisa para a faculdade além dos livros, recorremos às diversas 
informações disponíveis na base de dados da internet, desde as ações mais simples, a 
tecnologia da informação está presente.
As empresas vêm utilizando intensamente tecnologias da informação em seus pro-
cessos. Elas automatizam várias rotinas para melhorar a eficiência da sua operação, 
tornando as atividades mais integradas. Também utilizam diversas ferramentas da tec-
nologia para acompanhar e compreender melhor o funcionamento dos seus processos e, 
consequentemente, do gerenciamento dos mesmos. Ou seja, em nossa realidade atual, 
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Estabelecer uma relação 
de importância entre os sistemas de
informação e os processos 
Fonte: Oliveira (2014).
é difícil imaginar a ausência da tecnologia, pois ela nos afeta diretamente nos mais va-
riados contextos, pessoal, profissional e de negócios.
Business Process Managment (BPM)
O conceito de BPM teve sua origem nos Estados Unidos, em meados de 2003, quando 
a estrutura funcional das organizações migrou para uma visão por processos, percebeu-
-se a necessidade de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), que permitissem 
o gerenciamento por processos e um melhor acompanhamento de sua performance. 
Esta necessidade de relacionar a tecnologia da informação e os processos remeteu-se 
ao conceito de Gerenciamento de Processos de Negócio, mais conhecido como Business 
Process Management ou BPM. 
Segundo INTEL (2010), o BPM é um tipo de sistema responsável por desenvolver as-
pectos relacionados à performance, que tem como objetivo principal o acompanhamento 
sistemático dos recursos da organização (físicos, financeiros, humanos, tecnológicos, 
entre outros). Estes, são alocados e convertidos em ações operacionais na busca das 
metas organizacionais, a partir da definição de prioridades.
O sistema BPM deve permitir a realização da modelagem dos processos, a integração 
entre os recursos – pessoas e sistemas, a definição de regras e procedimentos de negó-
cios, a automação e administração de processos – execução, o monitoramento e análise 
(LEITE e REZENDDE, 2007).
Segundo De Sordi (2008) os processos sofrem mudanças constantemente e para 
atender este dinamismo, as soluções BPM devem apresentar grande flexibilidade para 
poder acompanhar estas mudanças. Ele sugere algumas funcionalidades para as solu-
ções BPM:
– Flexibilidade para alteração de softwares: ter facilidade de alteração de uma ou mais 
rotinas utilizadas pelos softwares na execução de uma determinada atividade;
– Monitoramento das ocorrências de problemas nos ambientes computacionais: para 
a execução de um processo de negócios, diversos softwares podem ser utilizados. A 
interrupção ou lentidão de um desses softwares pode comprometer a execução do 
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A gestão dos processos pode ser melhor desempenhada quando acompanhada 
pelas tecnologias da Informação (SORDI, 2005).
processo comoum todo;
– Interação humana na operação do processo: ter facilidades técnicas para a definição 
de pontos de interação humana, como atividades que precisam de análise e aprova-
ção de um profissional, ou para aviso de ocorrência de exceções;
– Flexibilidade para alteração do fluxo de atividades conforme o contexto: durante a 
execução das atividades de um processo, o responsável por este processo poderá ter 
autonomia para desviar o fluxo de uma determinada atividade, caso seja necessário;
– Manuais e instruções online que empregam diagramas operacionais do processo: 
esses documentos substituem os tradicionais manuais impressos, permitindo assim 
uma maior agilidade ao usuário na busca de informações sobre o funcionamento dos 
processos e suas respectivas atividades;
– Gerenciamento de versões: os processos de negócios estão em constante alteração, 
evolução. Gerenciar o histórico de mudança é uma demanda para as soluções em 
gerenciamento de processos;
– Identificação de gargalos: identificar as atividades que estejam reduzindo a capaci-
dade produtiva do processo, permitindo estabelecer regras que acompanham se o 
tempo de execução da tarefa está conforme definido;
– Sugestão de potenciais pontos de melhoria: a partir da definição do caminho padrão 
e tempo médio percorrido na realização dos processos, é possível analisar os desvios 
e identificar os pontos que podem ser melhorados;
– Apontamento do caminho crítico e demais dados da operação: determina em tempo 
real os indicadores da operação do processo - desempenho no momento e as metas 
estabelecidas no processo;
– Painel de controle: ter facilidade de um ambiente virtual que permita os gestores do 
processo interagirem, acompanharem e analisarem o desempenho atual.
O papel das soluções BPM é permitir a integração com os demais sistemas da organi-
zação, fazendo com que as informações sobre os fluxos de trabalho cheguem de maneira 
fácil e rápida aos usuários. Além disto, esta ferramenta permite criar uma representação 
gráfica dos fluxos de atividades da empresa, evidenciando os pontos chave para realiza-
ção do trabalho.
Para Macedo e Schmitz (2001, p. 450), atualmente existem diversas ferramentas de 
software disponíveis no mercado que auxiliam no gerenciamento de processos. Exem-
plos típicos são:
– Ferramentas BPR (Business Process Reengineering): uma ferramenta BPR pode ser usa-
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da para modelar e analisar processos de negócio. A representação visual dos processos 
e a habilidade para avaliar alternativas que suportam a engenharia de processos;
– Sistemas ERP (Enterprise Resourse Planning): os sistemas ERP automatizam e inte-
gram os processos de indústria, organizam livros contábeis, e delimitam departamen-
tos corporativos. Uma representação explícita do processo de negócio é usada como 
ponto de partida para a configuração destes sistemas;
– Sistemas WFM (Workflow Management): um sistema WFM é uma ferramenta de sof-
tware genérica, na qual permite a definição, execução, registro e controle de fluxos 
de workflows. Na essência, o sistema WFM é um bloco de construção genérico para 
suportar processos de negócio.
Conhecendo o Fluxograma
O fluxograma é uma ferramenta muito importante para a gestão de processos, pois 
ele permite criar, de maneira simples e racional, uma representação gráfica dos proces-
sos empresariais, facilitando o entendimento geral do seu funcionamento.
Segundo Oliveira (2009), o fluxograma consiste na representação gráfica da sequência 
lógica de um trabalho, de maneira detalhada, mostrando as operações, os responsáveis 
e/ou unidades organizacionais envolvidas.
Existem algumas características importantes que devem ser consideradas para utili-
zação dos fluxogramas. Segundo Cury (2000), podemos citar como principais: 
– Verificar como realmente funcionam todos os componentes de um processo, automa-
tizado ou manual, facilitando a análise de sua eficiência; 
– Por ser uma representação gráfica, o seu entendimento é mais simples e objetivo; 
– Facilitar a localização dos gargalos pela fácil visualização dos passos, transportes, 
operações, formulários etc.; 
– Pode ser aplicado a qualquer sistema, desde o mais simples aos mais complexos; 
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O Fluxograma é “uma técnica de representação gráfica que se utiliza de símbolos 
previamente convencionados, permitindo a descrição clara e precisa do fluxo ou 
sequência de um processo, bem como sua análise e desenho”. (D’ASCENÇÃO, 
2001, p. 110)
gargalos: ele-
mento ou etapa 
da atividade que 
impede ou dificul-
ta o desempenho 
constante em um 
processo. 
- Rápido entendimento de qualquer alteração que se proponha nos sistemas existentes, 
por mostrar claramente as modificações introduzidas.
 Muitas pessoas confundem o termo Fluxograma com Organograma. Você deve saber 
que são coisas diferentes: enquanto o fluxograma representa o fluxo de ação para reali-
zação de um processo, o organograma representa uma estrutura formal da organização.
Metodologia para criação de um fluxograma
Por se tratar de uma representação gráfica, o fluxograma utiliza alguns componentes 
básicos para a sua elaboração. Ele utiliza símbolos facilmente reconhecidos para repre-
sentar os diferentes tipos de operações em um processo.
Vamos conhecer as principais simbologias utilizadas nos fluxogramas?
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Outros símbolos diferentes dos convencionais podem ser utilizados na elaboração do 
fluxograma, desde que não ofereçam dificuldade de entendimento para o leitor, e que se-
jam definidos previamente. Esta situação é decorrente das características específicas de 
alguns sistemas que exigem flexibilidade.
É importante seguir algumas ações para criar um fluxograma. Macieira (2011) descreve 
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Figura 11 – Simbologia do fluxograma
Fonte: adaptado de Araújo (2008, p. 38).
as seguintes ações para criar um fluxo detalhado:
– Determinar o nível de detalhe necessário, se o processo é extenso, exclua detalhes que 
não acrescentarão valor ao entendimento do processo; 
– Determine o conjunto de símbolos a ser usado; 
– Identifique cada atividade relacionada ao processo, na ordem em que ocorre. Pergunte: 
“O que ocorre depois?”; 
– Selecione o símbolo correto para cada ação e use-o para gravar os passos do processo; 
– Use setas para indicar a direção do fluxo do processo; 
– Mantenha feedback, revise e edite antes da reprodução e distribuição.
Para facilitar o entendimento, observe o fluxograma do processo de ir ao trabalho de ônibus.
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Figura 12 – Exemplo do fluxograma do processo ir ao trabalho
Fonte: autoria própria (2014).
Existem diversas ferramentas gratuitas para elaboração de fluxogramas na internet. 
Algumas sugestões que vocês podem procurar na internet são: BizAgi Process Modeler, 
XMind Portable e Diagram Designer, mas existem vários outros softwares com a finalidade 
de criação de fluxogramas e diagramas em geral.
Tipos de fluxograma
Existem vários tipos de fluxograma que são utilizados na representação gráfica dos pro-
cessos. Nós abordaremos os 2 tipos de fluxograma mais voltados para a área de negócios, 
ou seja, aqueles que são mais utilizados para identificar as rotinas existentes entre setores 
e unidades, são eles:
– Fluxograma vertical;
– Fluxograma parcial ou de blocos.
O fluxograma vertical é universal, e pode ser utilizado por pessoasde diversos idiomas, 
pois utiliza uma simbologia conhecida internacionalmente, seguindo ao padrão internacio-
nal chamado ASME (American Society of Mechanical Engineers), (CRUZ, 2008). 
O fluxograma vertical é composto por linhas e colunas. As linhas retratam a sequência 
de um processo que traduzem as diversas tarefas ou atividades necessárias para a sua 
execução. As colunas apresentam os símbolos das operações, os setores envolvidos no 
processo e a descrição das tarefas executadas. Veja o exemplo do processo de fixação de 
aparelho eletrônico.
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Agora que você entendeu a simbologia, desenhe um fluxograma do processo 
de Realização de um churrasco, seguindo o exemplo visto na competência 
anterior. Após a criação do seu fluxograma, compartilhe conosco a sua expe-
riência. Mãos a obra!
Atividade 01
O fluxograma vertical é muito utilizado para representar rotinas simples em seu 
processamento detalhado, em um setor específico da empresa. (OLIVEIRA, (2009) 
Outro tipo de fluxograma bastante utilizado é o fluxograma de blocos. Segundo Oliveira 
(2009) ele apresenta alguns aspectos básicos, tais como:
– descrever o curso das ações e os trâmites dos documentos;
– é mais utilizado para levantamentos;
– é de elaboração um pouco mais difícil do que o fluxograma vertical;
– é mais utilizado para rotinas que envolvem poucas unidades organizacionais;
– sua operacionalização é efetuada mediante a interligação de seus símbolos. 
PPara entender melhor o fluxograma de blocos, vamos utilizar o exemplo de expedição 
de mercadoria a seguir:
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Figura 13 – Fluxograma vertical
Fonte: Chiavenato (2007, p. 180).
Os fluxogramas são ferramentas muito importantes para a gestão de processos, pois 
como visto, permite criar uma representação detalhada do passo a passo das atividades, 
demonstrando como estes processos ocorrem nas organizações.
Resumo
 Nesta etapa de nossa jornada você pode perceber o quanto as tecnologias da infor-
mação estão presentes em nosso cotidiano, nos auxiliando em nossas tarefas pessoais e 
também sendo intensamente utilizadas nas rotinas das organizações. O sistema BPM faz o 
uso intenso de tecnologia da informação e permite, através da associação dos componen-
tes, pessoas, sistemas e processos, acompanhar de forma integrada o fluxo de trabalho 
das organizações, tornando possível a melhoria dos processos organizacionais. 
Você também aprendeu que os processos das organizações podem ser representa-
dos por meio de uma simbologia, os fluxogramas, que permitem a fácil compreensão da 
sequência de ações necessárias para a realização destes processos. O fluxograma utiliza 
uma simbologia universal que pode ser entendida em qualquer lugar do mundo. Você viu 
ainda que existem diversos tipos de fluxogramas e conheceu os dois tipos mais utilizados 
na área de negócios, o fluxograma vertical e o de blocos. Existem diversos softwares espe-
cíficos que dão suporte na elaboração dos fluxogramas.
Por fim, a tecnologia da informação é um forte aliado da gestão de processos. Pois per-
Figura 14 – Fluxograma de blocos
Fonte: Chiavenato (2007, p. 182).
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mite a automação e integração de processos, além de disponibilizar ferramentas capazes 
de auxiliar os analistas de processos, no desenvolvimento de suas atividades.
Autoavaliação
01. Qual tipo de sistema é responsável por desenvolver aspectos relacionados ao desem 
penho e tem como objetivo principal o acompanhamento sistemático dos recursos da 
organização?
a) Fluxograma;
b) Organograma;
c) ERP;
d) BPM.
02. Qual é a ferramenta que permite, através da representação gráfica, demonstrar a 
sequência do fluxo de ações para realização de um processo?
a) Fluxograma;
b) Organograma;
c) ERP;
d) BPM.
03. O tipo de fluxograma que utiliza símbolos padronizados pela ASME (American Society of 
Mechanical Engineers) e com isso torna o seu entendimento universal, é o?
a) Sintético;
b) Vertical;
c) De bloco;
d) Horizontal.
04. Os sistemas BPM apresentam algumas funcionalidades, dentre elas, a possibilidade 
de identificar gargalos. Assinale a alternativa que representa a característica desta fun-
cionalidade.
a) Durante a execução de uma determinada atividade de um processo, o responsável pelo 
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a) Atividade, decisão, arquivo e conector;
b) Arquivo, atividade, terminador e arquivo;
c) Processo, terminador, decisão e conector;
d) Processo, arquivo, decisão e terminador.
processo poderá ter autonomia para desviar o fluxo de uma determinada atividade, 
caso seja necessário;
b) A partir da definição do caminho padrão e tempo médio percorrido na realização dos 
processos, é possível analisar os desvios e identificar os pontos que podem ser melho-
rados;
c) Identificar as atividades que estejam reduzindo a capacidade produtiva do processo, 
permitindo estabelecer regras que acompanham se o tempo de execução da tarefa está 
conforme definido;
d) Ter facilidade de um ambiente virtual que permita os gestores do processo interagirem, 
acompanharem e analisarem o desempenho atual.
05. Os símbolos a seguir significam, respectivamente?
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Apresentar os métodos 
de melhoria 
contínua que auxiliarão você a avaliar a qualidade 
dos processos dentro da organização
Competência
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Apresentar os métodos 
de melhoria 
contínua que auxiliarão você a avaliar a 
qualidade dos processos dentro da 
organização
Vamos iniciar a última etapa da nossa jornada e entender um pouco mais sobre os 
aspectos da qualidade e da melhoria contínua nos processos das organizações. Quando 
compramos algum produto ou precisamos da prestação de algum tipo de serviço, sempre 
criamos uma expectativa em torno destas aquisições.
Para entender melhor sobre qualidade, vamos imaginar a seguinte situação: Você liga 
para o call center da sua operadora de celular para cancelar o seu plano...
Fonte: Oliveira (2014).
Você já se deparou com uma situação desta? Percebemos a extrema falta de qualidade 
no atendimento ao cliente, para realização de um processo de cancelamento de planos de 
telefonia. As organizações devem melhorar cada vez mais seus processos, com o objetivo 
de melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos aos seus clientes. 
Nessa competência, vamos conhecer métodos de melhoria contínua, que ajudarão na 
melhoria da qualidade dos serviços nas organizações. Você está pronto? Vamos lá!
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O que é qualidade?
A qualidade é um conceito presente há bastante tempo em nossa sociedade. No ce-
nário empresarial atual, em que a competição e as exigências são cada vez maiores, é de 
extrema importância a preocupação das empresas com a satisfação de seus clientes, a 
melhoria contínua de seus processos e produtos e, consequentemente, a obtenção de me-
lhores resultados. Hoje, os clientes estão cada vez mais exigentes em relação a qualidade 
dos produtos e serviços a serem consumidos. Na busca em atender esta satisfação, as 
organizações estão, cada vez mais, se preocupando com o aspecto da qualidade.
Fonte: Oliveira (2014).
Segundo Silva (2001), os aspectos da qualidade eram relativos e estavam associados 
à inspeção e correção de produtos(correção). Atualmente este conceito está voltado, prin-
cipalmente, aos aspectos estratégicos (prevenção), especialmente pelo nível de competiti-
vidade e exigência do mercado. Confirmada esta transformação, Barros (1992) afirma que 
a qualidade alcançou maior reconhecimento nas organizações quando a oferta superou a 
demanda. E, com a globalização e avanços da tecnologia, houve uma mudança no perfil 
dos clientes que se tornaram mais informados, exigentes e críticos.
“Podemos definir qualidade como a busca pela perfeição, com fins a agradar 
clientes cada vez mais conscientes das facilidades de consumo, e variedades de 
organizações a lhes oferecer produtos” ARAÚJO (2008, p. 229).
Ainda como conceito de qualidade, temos a que pode ser entendida como todos os as-
pectos e características do produto ou de um serviço, que servem para atender e satisfazer 
a necessidade dos clientes. (SILVA, 2001).
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Para atender estas necessidades e as constantes exigências dos clientes, as organiza-
ções buscam maneiras de melhorar a qualidade dos produtos e serviços.
Juran (1992) aponta algumas razões importantes para que as empresas utilizem a qua-
lidade de maneira estratégica:
- A falta de qualidade pode acarretar perda de vendas;
- Os clientes reclamam de produtos e serviços com baixa qualidade e isto pode gerar 
custos adicionais além de retrabalhos;
- Os baixos níveis de qualidade geram uma ameaça à sociedade, já que os produtos 
existem para gerar benefícios contínuos e adequados a seus consumidores, e não para 
ocasionar problemas, prejuízos ou mesmo danos em razão de defeitos;
- Tornar possível às organizações vencer a “crise da qualidade”, que, por tanto tempo, 
imperou no mundo empresarial, levando-as a reavaliar suas abordagens estratégicas.
Além destes aspectos é importante considerar que os clientes, quando estão satisfei-
tos, podem gerar uma série de pontos positivos para as organizações, eles passam a pagar 
mais pelo produto ou serviço, ou seja, se tornam menos sensíveis aos preços, comentam 
positivamente sobre a empresa, seus produtos e serviços, além de poder se fidelizar as 
empresas por um período maior. 
Agora que você percebeu a importância da qualidade para os processos 
organizacionais e como eles podem refletir na satisfação dos clientes, re-
flita e compartilhe conosco, em nosso fórum, alguma situação que você 
vivenciou e percebeu claramente essa falta de qualidade.
Atividade 01
Gestão da qualidade total
A base da gestão da qualidade total apresenta o envolvimento de todas as áreas fun-
cionais da organização, nas atividades direcionadas à obtenção da qualidade. Quando o 
consultor americano Edwards Deming ajudou os japoneses a melhorar a produtividade 
de suas indústrias e a qualidade de seus produtos, os japoneses criaram o conceito de 
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qualidade total. Segundo Deming existem 14 princípios para se alcançar a qualidade total, 
sendo eles:
01. Buscar sempre a melhoria de produtos e serviços, pois as organizações precisam se 
manter no negócio;
02. Adotar a nova filosofia pela qualidade total de forma completa. É preciso eliminar em 
toda a organização erros e negativismo;
03. Cessar a dependência de inspeção em massa. A qualidade não vem da inspeção e sim 
da melhoria do processo. Inspecionar gera custos;
04. Reduzir a quantidade de fornecedores. As compras não devem ser feitas somente com 
base nos preços, e sim em evidências estatísticas;
05. Instalar programas para melhoria constante dos custos, qualidade, serviços e produ-
tividade;
06. Treinar os colaboradores para deixá-los qualificados para execução das tarefas;
07. Criar e investir na liderança e não somente em supervisão e controle;
08. Eliminar o medo, estimulando uma comunicação de via dupla (gestores e colabo-
radores);
09. Incentivar soluções desenvolvidas em equipes, eliminando as barreiras departamen-
tais em prol da organização;
10. Eliminar a utilização de metas numéricas, slogans e pôsteres para a mão de obra;
11. Utilizar métodos estatísticos para melhoria constante de qualidade e produtividade;
12. Eliminar todo e qualquer impedimento (gerencial, administrativo e material) ao desen-
volvimento do pessoal da organização;
13. Criar um sólido programa de educação e treinamento, para manter as pessoas infor-
madas dos avanços em termos de material, métodos e tecnologias;
14. Definir claramente o compromisso permanente da alta organização com a qualidade e 
a produtividade.
Segundo Mendonça (2010), a qualidade representa uma característica muito importan-
te para a gestão dos processos, pois geralmente os processos são estruturados e redese-
nhados devido à busca de melhorias na qualidade destes processos. E também o estabe-
lecimento de procedimentos, fluxogramas e manuais que permitem um melhor controle de 
qualidade dos processos empresariais.
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Melhoria contínua
Para que as organizações melhorem cada vez mais os seus processos, e 
consequentemente entreguem uma melhor qualidade aos seus clientes, é necessário que 
os gestores estejam em constante busca pela melhoria da qualidade destes processos.
O ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action, ou seja, planejar, executar, checar e agir). Con-
siste em uma metodologia gerencial de apoio ao processo de tomada de decisões que bus-
ca garantir o melhor funcionamento dos processos. Este método representa um processo 
cíclico direcionado à melhoria contínua dos processos. (ARAUJO, 2009).
Fonte: Oliveira (2014).
A sigla PDCA vem das palavras em inglês que perfazem as etapas do método. Segundo 
Campos (2004) o ciclo é composto de quatro etapas, conforme abaixo: 
1. Plan (P) – Planejamento: são as diretrizes de controle da organização. Nesta etapa se 
estabelecem metas e a metodologias de trabalho, ou seja, a elaboração de um planeja-
mento (plano de ação) para alcance dessas metas; 
2. Do (D) – Execução: Fazer, execução do que foi planejado na etapa anterior, coletar da-
dos que serão de extrema importância para as etapas seguintes; 
3. Check (C) – Checar: verificar e controlar através dos dados coletados a etapa “D” para 
identificar se o que foi planejado está sendo eficaz; 
4. Action (A) – Agir: agir de acordo com a análise dos dados da etapa 3, caso o pla-
nejamento tenha sido alcançado com sucesso, padroniza-se então o processo, caso 
contrário, volta-se à fase de planejamento e busca-se um novo método para a solução 
do problema e então o ciclo é rodado novamente até que a solução seja encontrada e 
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o processo padronizado. A resposta da eficácia da proposta, feita no planejamento do 
ciclo, será visualizada através dos valores comparativos do gráfico de controle e demais 
ferramentas utilizadas durante o processo. 
Segundo Souza e Mekbekian (1993), o ciclo PDCA pode ser definido como um valioso 
método de controle e melhoria dos processos organizacionais, que para ser eficaz deve 
estar disseminado e dominado conceitualmente e operacionalmente por todos os colabo-
radores da organização. 
O PDCA é um método de gerenciamento de processos ou de sistemas. É o 
caminho para se atingir as metas atribuídas aos diferentes produtos e pro-
cessos empresariais. (CAMPO 1996, P. 262).
Importante
Segundo Slack (1994), o processo de melhoria contínua apresenta uma natureza de 
repetição e cíclica que pode ser representada de maneira resumida através do ciclo PDCA. 
A aplicação continua deste ciclo, de forma integral,

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