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Reconhecimento de Filhos

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RECONHECIMENTO DE FILHOS 
GUARDA 
2017.1 
MARCELO PEREIRA DOS SANTOS 
	
Somente em 1942 foi permitido o reconhecimento de filhos nascidos de uma relação 
extraconjugal pelo homem. Todavia, somente era possível esse reconhecimento se o pai já 
estivesse desquitado de sua esposa. 
 
Napoleão Bonaparte – “a sociedade não tem interesse em que os filhos bastardos sejam 
reconhecidos. 
 
Reconhecimento de filhos fora do casamento: 
a) Espontânea; 
b) Judicial. 
 
Enquanto a filiação matrimonial decorre se uma presunção jurídica, a filiação extramatrimonial 
é materializada por meio de reconhecimento de filhos, por ato voluntário ou por decisão judicial. 
 
Se o filho a ser reconhecido já estiver registrado em nome de outra pessoa, será necessária a 
propositura de ação para discutir, em juízo, o estado filiatório, com respeito ao devido processo 
legal e com ampla produção de provas, de modo à evidenciar o vínculo paterno-filial que se 
mostrou mais firme em cada caso concreto, consideradas as possibilidades biológicas e sócio-
afetivas (art. 1.604, CC/02). 
 
Apesar de se tratar de ato irrevogável e irretratável, é admissível a sua invalidação (erro; 
coação – art. 178, prazo de 4 anos). 
 
Em se tratando de absolutamente incapaz, o reconhecimento de filho dependerá de decisão 
judicial. Exige a anuência dos herdeiros. 
 
Reconhecimento póstumo – posterior ao óbito do filho (admitido somente se o falecido deixou 
descendentes e se o reconhecente não obtiver direitos sucessórios). 
 
Lei 8.560/72 (investigação de paternidade); art. 1.614, CC/02. 
 
O reconhecimento do filho adolescente (12 a 18 anos) deveria ser antecedido de sua oitiva, 
promovendo-se uma interpretação por analogia sistêmica do art. 45, §2º, do ECA. 
 
Art. 7º, do Provimento nº 016/12 do CNJ estabelece a necessidade de anuência da genitora 
para o registro civil do nascimento de seu filho menor de idade pelo pai. Com essa opção do 
controle do Poder Judiciário, uma mãe pode impedir o reconhecimento do seu filho pelo pai, 
obstando um direito personalíssimo da criança ou adolescente. 
 
O filho menor reconhecido pelo pai sem a sua aquiescência, pode impugnar o ato de 
reconhecimento, através de uma ação a ser promovida no prazo decadencial de 4 anos, 
contados da aquisição da maior idade civil (art. 1.614, CC/02). 
 
Obs.: não há prazo para que um filho procure obter o seu reconhecimento filiatório. Mas, há 
prazo decadencial para impugnar o ato pelo qual foi reconhecida a sua ancestralidade (maior 
ou emancipado). 
 
Independente de prazo, pode ser promovida ação negatória de paternidade ou maternidade, 
a qualquer tempo pelo interessado. A diferença é que essa ação negatória reclama a indicação 
da causa motivadora, pois a ação impugnatória é imotivada, permitindo a desconstituição do 
registro pela falta de afetividade, dentro do prazo decadencial de quatro anos. 
 
Averiguação oficiosa – art. 2º, LRP. 
RECONHECIMENTO DE FILHOS 
GUARDA 
2017.1 
MARCELO PEREIRA DOS SANTOS 
	
 
Reconhecimento forçado dos filhos 
 
Súmula 149 STF 
É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de 
herança. 
 
Lei 12.004/2009 
 Art. 1o Esta Lei estabelece a presunção de paternidade no caso de recusa do suposto pai em submeter-se ao exame 
de código genético - DNA. 
Art. 2o A Lei no 8.560, de 29 de dezembro de 1992, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 2o-A: 
“Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
serão hábeis para provar a verdade dos fatos. 
Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da 
paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.” 
Art. 3o Revoga-se a Lei no 883, de 21 de outubro de 1949. 
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 29 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Tarso Genro 
 
 
 
GUARDA 
 
A guarda deve estar vocacionada a servir à proteção integral menorista, com o propósito de 
preservar a integridade fisiopsíquica de crianças e adolescentes, assegurando-lhes seu 
crescimento e desenvolvimento completo, à salvo de ingerências negativas que possam ser 
proporcionadas no âmbito patrimonial ou pessoal pela ausência, omissão, abuso ou negligência 
dos genitores ou responsáveis. 
 
Guarda de filhos e guarda de terceiros (colação em de uma criança ou um adolescente em 
família substituta). 
 
Guarda de filhos (art. 1.583, CC/02) – The best interest of the child 
 
A guarda também pode servir como modalidade de colocação de criança ou adolescente em 
família substituta, regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, art. 28). A 
guarda estatutária é concedida em favor de terceira pessoa, que, juntamente com os pais, 
prestará assistência moral e material a uma criança ou adolescente (art. 33, ECA). 
 
Procedimento de Guarda do Filhos (art. 693 a 699, CPC/2015) 
 
Procedimento de Guarda de Terceiros (art. 168, ECA). Competência para processar e julgar a 
ação de guarda de terceiros se desloca para o juízo especializado da infância e juventude. 
 
Guarda é o poder-dever de manter criança ou adolescente no recesso do lar enquanto 
menores e não emancipados, dando assistência moral, material e educacional. 
 
STJ (REsp 1.101.324/RJ) “a guarda representa mais que um direito dos pais em ter os filhos 
próximos. Revela-se, sobretudo, como um dever de cuidar, de vigiar e de proteger os filhos, 
em todos os sentidos, enquanto necessária tal proteção”. 
 
RECONHECIMENTO DE FILHOS 
GUARDA 
2017.1 
MARCELO PEREIRA DOS SANTOS 
	
A redação original do CC/02 estabelecia que a guarda dos filhos seria unilateral apenas. Ou 
seja, um dos pais assumia a guarda do filho menor de 18 anos de idade (guardião), enquanto 
o outro restringia a prestar alimentos e a exercer o direito de visitação. 
 
Guarda compartilhada ou conjunta (recomendada pela Psicologia) – como mecanismo de 
resguardar os interesses dos filhos menores nas dissoluções afetivas. Lei 11.698/08. 
 
A guarda compartilhada diz respeito à uma forma de custódia de filhos pela qual a criança ou 
adolescente terá uma residência principal, mantendo, porém, uma convivência simultânea e 
concomitante com o lar de ambos os genitores, partilhando do cotidiano de ambos os lares. 
 
Guarda compartilhada não significa guarda alternada. 
 
Ambos os pais mantêm uma autoridade equivalente sobre o filho, decidindo conjuntamente 
situações atinentes ao bem-estar, educação, cultura, lazer e criação da criança ou do 
adolescente. 
 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201500489667&dt_public
acao=24/02/2017 
 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201102269351&dt_public
acao=26/08/2016

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