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Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Agnes Aricia de Souza Cabral 2018.1 Ofertar ao organismo debilitado os nutrientes adequados. TRIAGEM E AVALIACÇÃO DIAGNOSTICO INTERVENÇÃO MONITORAMENTO. PRONTUARIO: Documento legal, confidencial e permanente. Possibilita que toda a equipe de saúde compreenda o quadro clinico. Fermenta de comunicação contendo informações importantes para o cuidado do paciente. DESNUTRIÇÃO Desnutrição é uma morbidade secundária a uma diferença relativa ou absoluta de um ou mais nutrientes essenciais que se manifesta clinicamente ou através de dados bioquímicos, antropométricos ou fisiológicos. Desequilíbrio entre oferta e a demanda. Primaria: Ingestão alimentar insuficiente. Secundaria: Provem de um processo digestório problemático, consequência de doenças. Terciaria ou Iatrogênica: Não tem uma causa especifica. Longos períodos de jejum, dados antropométricos não mensurados, não percepção do aumento energético... Geralmente causada por falta de cuidados da equipe medica. A desnutrição pode ser: Leve, Moderada ou Grave. MARASMO: Desnutrição energética e proteica. Causas: Doenças crônicas, baixa ingesta energética. Característica: Aspecto emagrecido (CAQUETICO), atrofia muscular e etc. É o tipo mais comum de desnutrição, peso abaixo dos 60% do peso adequado (<60), PCT, 3MM e CMB <15. Adaptação metabólica a um regime de economia KWASHIORKOR: Edema (Edema generalizado= Anasarca) Desnutrição predominantemente proteica, caracterizada pelo edema. Pacientes com HIPOABUMINEMIA e pouco vista em adultos. Ocorre também a HEPATOMEGALIA= aumento do tamanho do fígado. Excesso relativo de carboidrato em relação a proteína ingerida KWASHIORKOK MARASMATICO: Crianças com edema e com menos de 60% do peso ideal – depois de retirado o peso do edema-. CONSEQUENCIAS DA DENUTRIÇÃO Redução dos órgãos e de suas funções, perda de massa magra, atrofia, diminuição da capacidade respiratória, diminuição do sistema nervo e imune. ACIDOSE COMA MORTE Edema pulmonar, sepse, gastroenterite (diarreia). Desequilíbrio hidroeletrolítico. Só alimenta o paciente se ele estiver HEMODINAMICAMENTE estável. DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR: Paciente NÃO entra desnutrido, adquiri a desnutrição durante o tempo de hospital. Geralmente causada por erros de cálculo ou reação medicamentosa. AVALIAÇÃO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS Paciente avaliação – Avaliação clínica (Hemodinâmica) – Avaliação nutricional- Estimativa das necessidades- Definição da terapia nutricional- monitoramento do paciente. METODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL OBJETIVOS: Antropometria, composição corporal, parâmetros bioquímicos, consumo alimentar. Antropometria = Peso, altura e circunferência. Composição corporal: Dobras cutâneas (massa magra massa gorda). SUBJETIVOS: Exame físico, ASG. ANAMNESE NUTRICIONAL: Protocolo de atendimento; recolher todas as informações do paciente; conter história da doença atual (HDA). INQUERITOS DIETETICOS É EXCLUSIVO DO NUTRICIONISTA. EXAME FISICO: Inspeção, palpação e ausculta. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL Técnica visual que requer bom julgamento clínico, uma vez a informação é coletada por observações e entrevistas. Pode ser executada por todos os membros da equipe multidisciplinar. METODOS DIETETICOS ANTOPOMETRIA, avaliação das proporções do corpo: Peso: Mudança no peso. Peso Habitual – Peso Ideal – Adequação de peso – Peso ajustado. Altura: Altura recumbente: Aferir com o paciente deitado na cama (reta) – avaliação na cama. Envergadura: Do externo até a ponta do dedo médio (x2) ou de um dedo médio a outro dedo médio. Altura do joelho: Joelho no ângulo de 90° ou semi flexionado; fita na parte superior (patela) em direção ao calcanhar. FORMULA: HOMEM ADULTO: A =71,85 + (1,88XAJ) MULHER ADULTO: A= 71,25 + (1,87XAJ) – (0,06X1) BALANÇO NITROGENADO. É a diferença de nitrogênio (das proteínas) que é ingerido e a quantidade que é excretado. 1) Balanço nitrogenado equilibrado: Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é igual a excretado. Ex.: adultos normais que não estão perdendo e nem aumentando a sua massa magra (músculos). 2) Balanço nitrogenado negativo: Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é menor que a excretado. Ex.: estado de jejum, dieta pobre em proteínas, dieta restritiva, doenças altamente catabólicas como câncer e AIDS, etc. 3) Balanço nitrogenado positivo: Quando a quantidade de nitrogênio ingerido é maior que o excretado. Ex.: crianças (fase de crescimento), gestantes, treino de musculação com o objetivo de hipertrofia muscular, etc Pegar os tópicos da aula que perdi e atualizar TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL – por sonda. Método de prover nutrientes através de um tubo gastrointestinal. É nutricionalmente completa. Vantagens: trofismo intestinal, sistema imunológico intestinal, resposta inflamatória, previne a translocação bacteriana (atrofia da mucosa e saída das bactérias intestinal para outras partes do corpo), custo e praticidade. Indicações: estado de consciência e risco de aspiração, comodidade do paciente, condições de absorção e doença no TGI, duração do tratamento. Avaliação da ingestão via oral Dados prospectivos – 3 a 7 dias-, dados retrospectivos – avaliação de frequência alimentar. Análise geral da alimentação e não de nutrientes específicos. Pouco tempo com sonda: Nasoenteral – Muito tempo com sonda: Ostomia INDICAÇÕES ABSOLUTAS: Distúrbios neurológicos/psíquicos, obstrução mecânica (boca/estomago), pré ou pós-operatório, deglutição comprometida, insuficiência hepática ou renal, insuficiência cardíaca. APRESENTAÇÃO DAS DIETAS Sistema fechado: Pronta para a administração sem preparo ou manipulação; menor risco de contaminação. Sistema aberto: Existe manipulação, a dieta vem em pó ou liquida. SELEÇÃO DE FÓRMULAS Conhecer a patologia, ser tolerável, fácil preparo e econômica, nutricionalmente completa, adequada para uso em períodos curtos e longos, conhecer bem a fórmula. POLIMERICA: macronutrientes na forma intacta OLISOMERICA: parcialmente hidrolisados/quebrados ELEMENTAR: macronutrientes na sua forma totalmente hidrolisada/quebrada. Em desuso, já que a dieta parenteral é isso. CARACTERISTICAS FISICAS Osmolaridade: Quantidade de solvente e soluto. HIPERTONIA: muita molécula/soluto para pouca quantidade de água/solvente; ISOMOLAR: muita agua/soluto porá pouca quantidade de molécula/solvente. METODOS DE ADMINISTRAÇÃO Bdus: Direto no estômago com uso de seringa. De 2h a 6h. Gravitacional: Semelhante a soro. Continua 24 ou ou intermitente. Bomba de infusão: Continua ou intermitente. TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL – Corrente sanguínea A dieta cai na circulação sanguínea (corrente sanguínea). Administrado por via INTRAVENOSA, central ou periférica. Sendo uma solução ou emulsão composta por glicose (carboidrato), aminoácidos (proteína), vit. E minerais. Podem ter ou não lipídios (ácidos graxos). INDICAÇÃO: Problema na absorção (trato gastrointestinal não funciona), tempo de sua aplicação (mínimo de 7 dias), risco de uso (infecção). Ex. de indicações: vômitos intratáveis, pancreatite, quimioterapia, diarreia grave, ielo e repouso intestinal. CONTRA-INDICAÇÃO: Paciente hemodinamicamente instável, hipotensão, choque cardiogênico ou séptico, edema agudo de pulmão, grave distúrbio metabólico e eletrolíticos graves. TIPOS DE ACESSO: Periferico: Veias basílicas, veias de menor calibre e não atinge as quantias nutricionais necessárias. Rodiziar o local a cada 48h. período de uso curto – 7 a 10 dias Central ou total: administrada diretamente em uma veia central, suporta um longo período e o aporte nutricional é completo. O preparo da nutrição parenteral é feito pela equipe de farmácia/biomédica. COMPONENTES DAS SOLUÇÕES DE NUTRIÇÃO PARENTERAL Glicose: 1g = 3,4kcal Aminoacidos: Semelhante a proteína de alto valor biológico. 1g= 4kcal Emulsão Lipidica Sistema Glicidio= Sistema glicídico, binário ou “dois em um”: Este sistema é composto por duas soluções de grande volume, uma solução de aminoácido, que é fonte de nitrogênio, e uma solução de glicose, que é fonte de energia. Sistema lipídico, ternário ou “três em um”: Este sistema é composto por três soluções de grande volume: a solução de aminoácido, fonte de nitrogênio, a solução de glicose, que é fonte de energia, e a solução de lipídeos como fonte de energia e de ácidos graxos essenciais. OBESIDADE Alteração do estado nutricional por excesso de ingestão de alimentos. Doença endócrino-metabólica, crônica, heterogênea e multifatorial caracterizada pelo excesso de gordura. Fator de riscos para as doenças crônicas não transmissíveis (dcnts). Doenças relacionadas a obesidade: Litíase biliar: “Pedras da bile”; Doenças cardíacas; Refluxo gástrico Arteriosclerose: formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes internas das artérias. Hipertensão Doenças ósseas Doenças nas articulações: Osteoartrose Apneia do sono Tecido Adiposo branco: Coloração amarelo clara, devido ao caroteno. Deposito energético, armazena triglicerídeos e protege os órgãos abdominais, além de ser isolante térmico. Tecido adiposo marrom: Localizado na área escapular e subescapular, denominado assim pela intensa vascularização. Tem função de reproduzir calor como forma de adaptação a temperaturas frias. Grandes quantidades em bebês e pequena em adultos. Adipócito: Células que armazenam gordura e pode levar a hipertrofia ou hipoplasia, ou a uma combinação dos dois. Hipertrofia: Aumento do tamanho dos adipócitos, ate 1000 vezes. Hiperplasia: Aumento do número de células. FOME E SACIEDADE 1 – A fome começa no estômago, que quando fica vazio aumenta a produção de um hormônio chamado GRELINA; 2- A grelina avisa ao hipotálamo de que precisamos comer e o corpo pede a próxima refeição; 3- Quando a comida chega ao estomago, a grelina diminui e sentimos cada vez menos fome. 4 – A comida digerida sai do estomago e entra no intestino. No início dele o hormônio GLP-1 , é estimulado e funciona como um freio para o cérebro cessar a fome. GRELINA: Eleva no jejum prolongado; ligante do GH, influência na função pancreática e metabólica da glicose. LEPTINA: Age primordialmente no hipotálamo, como principal região do sistema nervoso central que regula os estímulos de fome e saciedade. “ hormônio da saciedade” Diagnostico da obesidade Avaliação nutricional, histórico clinico e familiar, consumo alimentar, motivação e metas. Diagnostico qualitativo: Distribuição da gordura: Androide ( forma de maçã, maior acumulo de gordura na região do abdômen.), Genóide ( forma de pera, maior acumulo de gordura no quadril, mais comum em mulheres). Peso – estatura= imc – Circunferência da cintura, quadril, cabeça e pescoço. REVER TABELAS DO IMC – RELAÇÃO CINTURA QUADRIL. Tratamento – Obesidade Diminuir os riscos de doenças oportunas, redução e manutenção de peso, reeducação alimentar. Não existe tratamento farmacológico a longo prazo, sem que exista a mudança no estilo de vida. A escolha deve ser baseada no risco de vida em que se encontra o paciente. MÉDICO: Modificação do estilo de vida, medicamento, cirurgia e tratamento psicológico. NUTRICIONOSTA: Redução da ingestão energética, suplementação nutricional, plano alimentar e educação no tamanho das porções. Tratamento farmacológico – indicação: IMC acima d e30 ou < que 25 e falha em perder peso com tratamento não farmacologico9. Tratamento comportamental: Terapia cognitivo comportamental, análise e modificação de comportamento. Implementar estratégias que auxiliam a perda de peso, reforça a manutenção da motivação e evitar recaídas e ganho de peso. Cirurgia para o tratamento da obesidade: Obesidade grave – Critérios definidos pelo ministério da saúde: Adultos com imc acima de 40 sem comorbidades, adultos com imc acima de 35 com comorbidades associadas a obesidade, resistência a tratamentos convencionais a mais de dois anos, ausência de contraindicações. TERAPIA NUTRICIONAL Mudanças dietéticas de quantidade e escolha dos alimentos. Deve-se mante o respeito sobre as características sociais/culturais – estágio de mudança e comportamento – trabalho multidisciplinar. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DIAGNOSICO NUTRICIONAL – INTERVENÇÃO NUTRICIONAL - MONITORAMENTO DA TERAPIA. Tratamento bem-sucedido é tratamento mantido a longo prazo. DIRETIZES DAS DIETOTERAPIAS: Redução de 500 a 1000 kcal em relação ao consumido na anamnese alimentar. Não inferior a 1200kcal/dia
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