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m ser ntam direito ~~ A_~_._15_5 Furto famélico: a jurisprudência reconhece o estado de necessidade (art. 24 do CP), desde que presentes os seguintes requisitos: 1) Que o fato seja praticado para mitigar a fome 2) Inevitabilidade do comportamento lesivo 3) Subtração de coisa capaz de diretamente contornar a emergência 4) Insuficiência dos recursos adquiridos ou impossibilidade de trabalhar Tipo subjetivo: pune-se a vontade consciente de apoderar-se definitivamente de coisa alheia, para si ou para outrem (animus rem sibi habendi). Furto de uso: consiste na subtração de coisa apenas para usá-Ia momentaneamen- te, devolvendo-a, logo em seguida, ao real proprietário. Faltando de animus furandi, configura um indiferente penal, desde que: a) intenção, desde o início, de uso momentâneo da coisa subtraída; Furto b) coisa não consumível; de uso c) sua restituição imediata e integral à vítima. p----------------------------------------------. : ATENÇÃO:muito embora atípico no Código Penal, o furto de uso é crime no Código Penal : : Militar (art. 241 da lei 1.001/1969).~----------------------------------------------~ Consumação e tentativa: quanto à consumação, existem 4 correntes: Consumação Contrectatio Dá-se pelo simples contato entre o agente e a coisa (dispensa-se o deslo- camento) Amotio Dá-se quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo (ou apprehensio) que num curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou posse mansa e pacífica - Adotada pelos STF - STJ. Ablatio Dá-se com o deslocamento da coisa de um lugar para outro. lIatio A coisa deve ser levada ao local desejado pelo ladrão para ser mantida a salvo. Hungria destaca existirem circunstâncias em que o furto deve ser considerado con- sumado mesmo que a res furtiva permaneça no âmbito pessoal ou profissional da vítima. "É o caso, por exemplo, da criada que sub-repticiamente empolga uma jóia da patroa e a esconde no seio ou mesmo algum escaninho da casa, para, oportunamente, sem despertar suspeitas, transportá-Ia a lugar seguro" (op. cit., vol. VII, p. 27). A tentativa é possível. A vigilância constante sobre o bem (física e eletrônica) não torna, por si só, o crime impossível, devendo ser aquilatado, no caso concreto, a absoluta (ou relativa) ineficácia 347
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