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PLANEJAMENTO DIETÉTICO Profa. Ma. Daniele L. de Alencar Castelo PLANEJAMENTO DIETÉTICO INÍCIO – DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DO PACIENTE Traçar o objetivo da intervenção nutricional, ou seja, manutenção, ganho ou perda de massa corporal, sem excluir evidentemente a educação nutricional. Estabelecer o peso ideal (PI) Usado para denominar o peso desejável ou meta do tratamento nutricional. DEFINIÇÃO DO PESO IDEAL IMC – Índice de Massa Corporal PESO IDEAL = IMC IDEAL (Kg/m2) x Altura (m2) IMC utiliza exclusivamente a relação do peso corporal pela estatura ao quadrado Exclui avaliação da composição corporal Atenção para idosos e atletas PLANEJAMENTO DIETÉTICO Para definir PI – aplicação do IMC ideal como indicador de peso desejável IMC ideal – pode ser obtido por consulta a padrões de referência nacionais e internacionais Categoria IMC Desnutrição Grau III < 16,0 Desnutrição Grau II 16,0 – 16,99 Desnutrição Grau I 17,0 – 18,5 Peso Normal 18,5 – 24,9 Sobrepeso / Pré-obeso 25,0 – 29,9 Obesidade Grau I 30,0 – 34,9 Obesidade Grau II 35,0 – 39,9 Obesidade Grau III 40,0 e acima PLANEJAMENTO DIETÉTICO DEFINIÇÃO DO PI Estabelecer qual a melhor opção para o indivíduo dentro de faixa de normalidade Eutrofia – manutenção do estado nutricional Desvios nutricionais – o objetivo é o tratamento nutricional de forma lenta e gradual. Tanto para situações de ganho de peso como para de perda de peso Mudanças de peso bruscas – alterações fisiológicas e metabólicas comprometendo a saúde do indivíduo. PLANEJAMENTO DIETÉTICO Diagnóstico nutricional do indivíduo Determinação do GEB Determinação GET (indivíduo) Determinação do VET (dieta) Recomendação dos macronutrientes PLANEJAMENTO DIETÉTICO Introdução Metabolismo Energético Compreende todas as vias utilizadas pelo organismo para obter e usar energia química presentes nos nutrientes que compõem os alimentos. Alimentação Manutenção dos Processos fisiológicos Energia Importante para obter substâncias essenciais ao organismo Unidades de Energia Caloria (Cal) - Unidade padrão para medir calor; - Equivale a quantidade de energia necessária para elevar 1º C a temperatura de 1 Kg de água. Quilocaloria (kcaloria, kcal) - Equivale a quantidade de energia necessária para elevar de 14,5º C a 15,5º C a temperatura de 1 g de água. • Unidade padrão para medir calor • Medida de energia química armazenada nos alimentos • Medida de energia produzida pelo organismo Unidades de Energia Quilocaloria (kcaloria, kcal) - 1 g de CARBOIDRATO 4,0 Kcal/g - 1 g de PROTEÍNA 4,0 Kcal/g - 1 g de LIPÍDIO 9,0 Kcal/g - 1 g de ÁLCOOL 7,0 Kcal/g Atenção: a unidade usada no cálculo das necessidades energéticas deve ser quilocaloria. Uma caloria, como é erroneamente chamada, é uma quantidade de energia muito pequena. Usar “caloria” como sinônimo de “quilocaloria” já se tornou um erro generalizado! NECESSIDADES ENERGÉTICAS O balanço de energia será composto por: - O nível de ingestão de energia (proveniente de alimentos) X - O gasto energético (TMB, ADE, NAF) 2018.1 GER (Gasto Energético em Repouso) = Energia despendida pelo corpo humano, expresso em kcal/24h. ETA (Efeito Termogênico do Alimento) = Gasto de energia associado aos processos de digestão, absorção e metabolismo dos alimentos. EGAF (Energia Gasta na Atividade Física) A porção mais variável do GTE, podendo ser apenas 100kcal, até 3000kcal COMPÕEM O G.T.E. (GASTO TOTAL DE ENERGIA) 60-75% 10% 15-30% NECESSIDADES ENERGÉTICAS Taxa de metabolismo basal/repouso (TMB) 60-75% Atividade física 15-30% Efeito térmico alimentos 10% Termogênese facultativa 10% Institute of Medicine, 2002 Componentes do Gasto Energético Total Taxa metabolismo basal (TMB) - É a energia gasta para o organismo realizar todas as suas funções (manter-se vivo) sem considerar atividade física e demais componentes do gasto energético. Como estimar a TMB? - Calorimetria direta (qti// calor produzida organismo) ou indireta (consumo de oxigênio e excreção de gás carbônico) - Equações Componentes do gasto energético 2018.1 GASTO DE ENERGIA BASAL (GEB): Quantidade mínima de energia gasta que é compatível com a vida. Em descanso físico (deitado) Em ambiente termoneutro Representa 60-70% do GTE Componentes do gasto energético Componentes do Gasto Energético Total 60-75% do Gasto Energético Total MASSA MAGRA: principal determinante da taxa de metabolismo basal Fatores que influenciam a TMB: - Massa magra - Sexo - Idade - Gravidez; hormônios (tireóide); sono; clima; estado nutricional; febre Taxa de metabolismo basal/repouso (TMB) ou Gasto Energético basal/repouso Responsáveis por 83% das variações da TMB entre indivíduos •Também chamado de Termogênese Induzida pelos Alimentos (TIA, ou pela dieta TID) ou Ação Dinâmica Específica dos Alimentos (ADA) • Energia necessária para a digestão, absorção, transporte, metabolismo e armazenamento do alimento consumido (termogênese obrigatória). • O ETA varia com a composição da dieta. Dieta mista: responsável por 5 a 10 % do gasto energético total Efeito térmico dos Alimentos (ETA) Componentes do gasto energético Componentes do gasto energético Atividade física - É o segundo maior componente do gasto energético. - Definido como o aumento do gasto energético decorrente da atividade física e constitui o componente variável do gasto energético , estando assim mais sujeito a alterações. • Corresponde as atividades intencionais (Locomoção, ocupação, lazer, exercício) realizadas. - Energia gasta em AFs diárias leves, moderadas e vigorosas Cálculo das recomendações energéticas VET - Denomina-se Valor energético total a quantidade de energia de origem alimentar, que será necessária para cobrir as perdas no organismo no período de 24h. PASSOS PARA CÁLCULO - 1º passo: levantamento dos dados do indivíduo para caracterização: idade, sexo, peso, altura e tipos de AF. Cálculo das recomendações energéticas PASSOS PARA CÁLCULO - 2º passo: determinar o Metabolismo Basal. Utilização de diversas equações (literaturas diferentes) ..... Equações que estimam Gasto Energético Total (GET/VET) - Adultos HARRIS BENEDICT (1919) Necessidade Estimada de Energia (DRIs) – EER OMS (1985, 2001) Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Cálculo do Gasto Energético Harris-Benedict Homens: TMB (kcal/dia) = 66 + [(13,7 x P em kg) + (5 x E em cm) - (6,8 x idade em anos) Mulheres: TMB (kcal/dia) = 655 + (9,6 x P em kg) + (1,7 X E em cm) - (4,7 x idade em anos) Utilizado para pacientes, pois considera Fator Atividade (acamado ou não), Fator lesão e Fator térmico. Harris & Benedict A Biometric study of basal metabolism in man (Publication No 279). Washington, DC: Carnegie Institute ofWashington, 1919 • A partir de estudos de Harris & Benedict em 1919 é que houve uma tentativa de sistematização das informações existentes sobre o metabolismo basal com o desenvolvimento de equações de predição da TMB, a partir de medidas antropométricas. Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Cálculo do Gasto EnergéticoOMS (1985) Estimativa da TMB: Equação para estimativa de TMB, segundo idade, altura, sexo e peso corporal. GET= TMB x FA - Com a mudança de orientação na estimativa das necessidades energéticas humanas, da ingestão para o gasto energético sugerida pela Food and Agriculture Organization / World Health Organization/ United Nations University (FAO/WHO/UNU,1985) houve a necessidade de atualização das informações existentes sobre o metabolismo basal, com revisão das equações de predição da TMB. Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Cálculo do Gasto Energético OMS (1985) Peso = kg e A = metros Sexo Idade Fórmula do GEB Homem 10 – 18 16,6 P + 77A + 572 18 – 30 15,4 P - 27 A + 717 30. – 60 11,3 P +16 A + 901 > 60 8,8 P + 1128 A -1071 Mulher 10 – 18 7,4 P + 482 A + 217 18 – 30 13,3 P + 334 A + 35 30. – 60 8,7 P -25 A + 865 > 60 9,2 P +637 A -302 Cálculo do Gasto Energético OMS (1985) GET= TMB x FA FATOR ATIVIDADE (FA): Idade Sexo Classificação da atividade física Leve Moderada Pesada 10 – 18 anos Masculino 1,60 2,50 6,00 Feminino 1,50 2,20 6,00 18 – 65 anos Masculino 1,55 1,78 2,10 Feminino 1,56 1,64 1,82 > 65 anos Masculino 1,40 1,60 1,90 Feminino 1,40 1,60 1,80 Cálculo do Gasto Energético OMS (1985) FATOR ATIVIDADE (FA): Sedentário (usar 1,40 para ambos os sexos): dentro de casa. Leve: aquela em que se passa a maior parte do tempo sentado (escriturário, estudante, teleatendente). Moderado: atividades realizadas em pé e em movimento (médico, enfermeiro, nutricionista, professor, vendedor, balconista, faxineira). Pesada: aquela em que se passa a maior parte do tempo em movimento, porém com uso as força física (lixeiro, jardineiro, pedreiro). Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Cálculo do Gasto Energético OMS (2001) Estimativa da TMB: GET= TMB x FA Idade (anos) Sexo Masculino Sexo Feminino 18 – 30 (15,06 x P) + 692,2 (14,82 x P) + 486,6 30 - 60 (11,47 x P) + 873,1 (8,13 x P) + 845,6 60 (11,71 x P) + 587,7 (9,08 x P) + 658,5 Cálculo do Gasto Energético OMS (2001) GET= TMB x FA FATOR ATIVIDADE (FA): Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Necessidade Estimada de Energia – EER (IDADE 19 ANOS) • HOMENS EER (kcal/dia) = 662 – 9,53 x idade + CAF x (15,91 x peso + 539,6 x estatura) • MULHERES EER (kcal/dia) = 354 – 6,91 x idade + CAF x (9,36 x peso + 726 x estatura) Onde: idade em anos, peso em kg, estatura em metros Cômite da DRI e energia Necessidade Estimada de Energia – EER (Estimated Energy Requirements) Necessidade Estimada de Energia – EER (IDADE 19 ANOS) Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) CAF: Coeficiente de atividade física CAF HOMEM MULHER SENDENTÁRIO 1,0 1,0 LEVE 1,11 1,12 MODERADO 1,25 1,27 INTENSO 1,48 1,45 Nível de atividade física (NAF) Atividade física SEDENTÁRIO Trabalhos domésticos de esforço leve a moderado, caminhadas para atividades relacionadas com o cotidiano, ficar sentado por várias horas. LEVE Caminhadas (6,4 km/h), além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário MODERADO Ginástica aeróbica, corrida, natação, jogar tênis, além das mesmas atividades relacionadas ao NAF sedentário INTENSO Ciclismo de intensidade moderada, corrida, pular corda, jogar tênis, além de atividades relacionadas ao NAF sedentário NAF: Nível de atividade física Estimativa do Gasto Energético Total (GET / VET) Fonte: Institute of Medicine and Nutrition Board, 2002. Peso Ideal ou Desejável PESO CORPORAL É utilizado para calcular as necessidades calórico protéicas quando o paciente está restrito ao leito e não é possível realizar a estimativa de peso ou ainda quando o paciente apresenta peso muito abaixo ou muito acima do ideal. O mais prático para o cálculo do peso ideal ou desejável é pela utilização do IMC: PI Peso Ideal = IMC desejado x Estatura (m) ² IMC - ADULTO Classificação < 16 kg/m² Magreza grau III 16 a 16,9 kg/m² Magreza grau II 17 a 18,49 kg/m² Magreza grau I 18,5 a 24,99 kg/m² Peso adequado / Eutrofia 25 a 29,99 kg/m² Sobrepeso / Pré-obeso 30 a 34,9 kg/m² Obesidade grau I 35 a 39,9 kg/m² Obesidade grau II ≥ 40 kg/m² Obesidade grau III / Mórbida IMC - IDOSO Classificação (NSI, 1992) < 22 kg/m² Magreza 22 a 27 kg/m² Eutrofia > 27 kg/m² Excesso de peso (OMS, 1995/1998) IMCi - adulto • Homem: 22 kg/m² • Mulher: 20,8 kg/m² IMCi - idoso • 24,5 kg/m² (FAO, 1985) PI = IMCi x E ² Peso Ajustado PESO CORPORAL É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes quando: • Pacientes com IMC > 27 Kg/m² (ASPEN) • Pacientes com obesidade mórbida ou quando o PA for superior a 100% do PI (LAMEU, 2005) • A adequação do peso for superior a 115% ou inferior a 95% do peso ideal (CUPPARI, 2002) Peso Ajustado = (PA – PI) x 0,25 + PI Adequação de Peso (%) Classificação ≤ 70 Desnutrição grave 70,1 a 80 Desnutrição moderada 80,1 a 90 Desnutrição leve 90,1 a 110 Eutrofia / Peso adequado 110,1 a 120 Sobrepeso > 120 Obesidade (BLACKBURN & THORNTON, 1979) PAj Adequação do peso (%) = PA x 100 PI P.A: PESO ATUAL Avaliação dietética e clínica Estado nutricional: reflete o grau das adequação das necessidades fisiológicas de nutrientes A ingestão depende: condição econômica, comportamento alimentar, ambiente emocional, influencias culturais e dos efeitos das doenças no apetite, capacidade absortiva e das necessidades. As necessidades são influenciadas pelo estresse fisiológico, processos crônicos, ou agudos, estados anabólicos, estresse psicológico. Avaliação nutricional: rotina Diferentes estados fisiológicos Enfermos: Identificação de pacientes em Risco Nutricional Rotinas em clínicas e hospitais precocemente Definição do plano de cuidado nutricional Avaliação dietética e clínica Dentro da ingestão normal: mecanismos homeostáticos equilibrados Com deficiências ou excessos nutricionais: adaptações para novo estado estável sem perda de função Posteriormente: acomoda-se ao estado de variação de nutrientes reduzindo a função, mudando o tamanho ou o estado dos compartimentos corpóreos Avaliação dietética e clínica AVALIAÇÃO DAS ADAPTAÇÕES: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Avaliação Nutricional Abordagem completa Realizada por nutricionista Determina o EN pela interpretação dos dados levantados na triagem Elaboração e implementação do plano nutricional Avaliação Nutricional Objetivos - Identificar os indivíduos que precisam de apoio mais intenso - Recuperar ou manter EN - Identificar TN apropriada - Monitorar eficácia das terapias Avaliação Nutricional •Condições sociais •Uso de medicações •Condições de alimentação História clínica Exame físico Dados Antrop. Dados laborat CONDIÇÕES SOCIAIS: - Principais queixas - Histórico de doenças (presente e passado) - Condições de saúde - Alergias - Histórico familiar - Aspectos psicológicos - Uso de álcool e medicações HISTÓRIA CLÍNICA USO DE MEDICAÇÕES - Interações droga x medicamento - Uso crônico CONDIÇÕES DE ALIMENTAÇÃO - Condições bucais, modismos, horários, anorexia e outros sintomas, religião, capacidade, etc HISTÓRIA CLÍNICA Inquéritos alimentares Avaliação da ingestão denutrientes Quantidade e qualidade Hábitos inadequados Diferentes instrumentos Análise da Ingestão de Nutrientes (AIN) Registro ou contagem de calorias Média de consumo por observação ou inventário de alimentos consumidos com base nas sobras Hospitalar Identificação de prevenção de deficiências Registro de 72h: ingestão média Documenta ingestão conforme ocorre (fotos, medidas caseiras, pesagem) Pacientes não hospitalizados Fidelidade: mesmo dia Média do alimento no período final (3-7 dias) Registro ou diário alimentar História alimentar Hábitos atuais e passados Número de refeições, apetite, variações sazonais, R24h, preferências, uso de suplementos, tamanho de porções Elimina variações Necessita treinamento e tempo DADOS RETROSPECTIVOS Frequência alimentar: - Retrospectiva dos alimentos consumidos por dia/ mês/ semana - Alimentos em grupos (geral) - Histórico completo e preciso (anterior à doença ou hospit.) - Estudos epidemiológicos DADOS RETROSPECTIVOS Registro de 24h: - Lista de alimentos das últimas 24h - Atenção: estimativas (super x sub) e dia típico - Memória e colaboração - Rapidez, eficiência e baixo custo DADOS RETROSPECTIVOS Atenção à validade Uso de relatos propícios a erros e esquecimento Confiabilidade: importante para estimativa real do que foi consumido pelo paciente em uma rotina típica Exame físico Exame físico informações valiosas Evidências que podem não ser percebidas na entrevista Sistemático e progressivo: céfalo caudal Semanal ou na vigência da doença aguda EXAME FÍSICO Estado geral de saúde - Características corporais - Crescimento - Estado de consciência - Movimentos corporais Exame físico EXAME FÍSICO Sinais vitais - Pressão arterial - Respiração - Temperatura - Pulso radial Exame físico EXAME FÍSICO Antropometria - Altura - Peso - Dobras cutâneas - Massa muscular corporal Exame físico EXAME FÍSICO Pele (toque e apalpar) - Cor, pigmentação (petéquias, amareladas, palidez) - Lesões e descamação (Vit A, Zn, ac gxos, B2 e B12) - Edema - Feridas, escaras (DM) - Hidratação, textura, turgor Exame físico EXAME FÍSICO Exame físico Exame físico EXAME FÍSICO Unhas (toque e apalpar) - Forma - Cor, listras (ptn) - Contorno - Lesões - Enchimento capilar Exame físico EXAME FÍSICO Cabeça e pescoço - Cabelos e couro cabeludo - Motricidade (músculo faciais) - Depleção de musculatura e reserva adiposa - Bola gordurosa de Bichart Exame físico EXAME FÍSICO Olhos - Córneas - Conjuntiva (Fe) - Esclera (“branco do olho”) - Pálpebras - Movimentos anormais (def. vitamina A, B1, P, lesão cerebral) Exame físico EXAME FÍSICO OLHOS Exame físico EXAME FÍSICO OLHOS Boca - Mucosas e lábios (B2, B12, B3) - Salivação - Gengivas - Dentes (bulimia) - Língua (B12, B3, folato) - Hipogeusia(diminuição do paladar) e hiposmia(redução do olfato) (Zn) - Sonda de alimentação Exame físico EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO BOCA Queilose (lábios secos com rachaduras) DEFICIÊNCIA DE RIBOFLAVINA(B2)/ VITAMINA B6 Cáries GLOSSITE DEFICIÊNCIA DE RIBOFLAVINA(B2) Língua Magenta (púrpura) DEFICIÊNCIA DE RIBOFLAVINA(B2) Exame físico Tórax - Tecido supra e infraclavicular - Frequência e ritmo - Retração intercostal - Presença de aparelhos EXAME FÍSICO Tórax Exame físico EXAME FÍSICO Abdômen - Contornos e desenvolvimento muscular - Ruídos hidroaéreos - Temperaturas - Feridas e cicatrizes - Palpa superficial e profundamente (hepatomegalia, constipação, massas) - Presença de óstios e sondas Exame físico EXAME FÍSICO Abdômen Exame físico EXAME FÍSICO Abdômen Exame físico EXAME FÍSICO Sistema musculo esquelético - Depleção - Deformidades - Movimentos involuntários - Atrofia do músculo do polegar Exame físico EXAME FÍSICO Membros superiores e inferiores - Força - Edema - Distribuição de pelos Exame físico EXAME FÍSICO Sistema neurológico - Motricidade - Estado de alerta - Coordenação e fraqueza - Demência (B12, B3 – B1, Al, Ca sérico) - Movimentos involuntários Exame físico EXAME FÍSICO Próximo Passo – Estimativa das necessidades energéticas, onde se define: NET – necessidade energética total (necessidade energética diária do indivíduo) VET – valor energético total (valor calórico da dieta) Gasto calórico diário do indivíduo é determinado pelo gasto energético de repouso ou basal + gasto energético para desempenho das atividades diárias GEB ou Taxa de Metabolismo Basal (TMB) - Uma das informações fisiológicas mais importantes em estudos nutricionais ou epidemiológicos PLANEJAMENTO DIETÉTICO Necessidade energética total estimada por recomendações de energia por quilo de peso corporal segundo o objetivo da intervenção nutricional Objetivo Recomenndação Para perda de peso 20 – 25 Kcal/Kg peso Para manutenção do peso 25 – 30 Kcal/Kg peso Para ganho do peso 30 – 35 Kcal/Kg peso Distribuição dos macronutrientes (ptn, hc e gor) Ingestão diária aceitável de macronutrientes para crianças e adolescentes Proteína Carboidrato Gordura 10 a 15% 55 a 65% 25 a 30% Idade Proteína Gordura Carboidrato 1 a 3 anos 5 a 20% 30 a 40% 45 a 65% 4 a 18 anos 10 a 30% 25 a 35% 45 a 65% CRITÉRIOS PARA ANÁLISE E ELABORAÇÃO DE DIETAS Alimentos Construtores ou Plásticos Ex: carnes, miúdos, ovos, leguminosas, leite e queijos Proteínas – essenciais à formação de todos os tecidos; Minerais – constituintes de ossos e dentes Água – constituinte de todos os tecidos Alimentos Reguladores Ex: legumes e verduras e frutas água, minerais, fibras, vitaminas e proteínas CRITÉRIOS PARA ANÁLISE E ELABORAÇÃO DE DIETAS Alimentos Energéticos Ex: cereais, cana de açúcar e derivados, mel e gorduras Carboidratos – fonte de energia mais eficaz para o organismo Lipídeos – fonte de energia mais concentrada Proteínas – construir e reparar tecidos orgânicos Critérios semiquantitativos Baseado em guias alimentares, que determinam o número de porções de alimentos de todos os grupos que devem ser consumidos pelos indivíduos. CRITÉRIOS PARA ANÁLISE E ELABORAÇÃO DE DIETAS MEDIDAS CASEIRAS É uma forma de medir os alimentos sem precisar utilizar balança ou qualquer outro equipamento que faça uma mensuração exata São instrumentos destinados a medir as quantidades de alimentos que serão utilizadas para preparar e servir refeições. Importantíssimas em planejamento dietético. Devem possuir linguagem simples e acessível ao cliente/paciente ANÁLISE QUALITATIVA DA PROTEÍNA Npcal – quantidade de calorias fornecidas pela proteína líquida do cardápio = total de proteína líquida x 4 cal NPU – utilização protéica líquida Para obter o NPU Proteínas de cereais e outros vegetais – 50% ou 0,5 Proteínas de leguminosas secas – 60% ou 0,6 Proteínas de origem animal – 70% ou 0,7 ANÁLISEQUALITATIVA DA PROTEÍNA Alimento Calorias (Kcal/100g de alimento) Proteínas (g/100g de alimento) Arroz polido cozido 167 2,3 Feijão 67 4,4 Alface 15 1,3 Tomate 21 0,8 Batata 75 1,8 Carne de vaca magra 146 21,5 Óleo vegetal 884 - Informações complementares para os cálculos: Fonte: ENDEF. Tabelas de composição de alimentos. 4a. edição. Rio de Janeiro: IBGE, 1996 ANÁLISE QUALITATIVA DA PROTEÍNA NDPcal – porcentagem de calorias fornecidas pela proteína líquida em relação ao cardápio NDP cal = Npcal x 100 / VET O NDPCal mínimo de uma dieta deve ser igual a 6%, se > 10% é considerado desperdício de proteína de alto valor biológico. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR NUTRICIONAL DA DIETA PELAS REFEIÇÕES OBS: RESPEITA-SE A IMPORTÂNCIA DO FRACIONAMENTO, PEQUENOS VOLUMES E ADAPTADAS À DISPONIBILIDADE DO INDIVÍDUO Refeição % VET DESJEJUM 20 a 25% COLAÇÃO E LANCHE 5% ALMOÇO 35 a 40% LANCHE 10 a 15% JANTAR 15 a 25% CEIA 5% VALORES DE REFERÊNCIA EAR – necessidade média estimada RDA – ingestão dietética recomendada AI – ingestão adequada, na impossibilidade de definição da EAR e da RDA UL – nível máximo tolerável VALORES DE REFERÊNCIA SITUAÇÃO AVALIAÇÃO < EAR (GRUPO) POSSIVELMENTE INADEQUADO < RDA POSSIVELMENTE INADEQUADO ≥ RDA POSSIVELMENTE ADEQUADO ≥ AI POSSIVELMENTE ADEQUADO < AI POSSIVELMENTE INADEQUADO ≥ UL POSSIVELMENTE NOCIVA < UL POSSIVELMENTE SEGURA RESUMO: - PESO IDEAL - IMC médio - IMC - PESO AJUSTADO - %PESO AJUSTADO - GET - VET - AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: INQUÉRITOS ALIMENTARES, EXAME FÍSICO - MEDIDAS CASEIRAS - ANALISE QUALITATIVA DA PROTEÍNA - VALORES DE REFERÊNCIA Referências Bibliográficas CUPPARI, L. Guias de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2ª ed., Barueri: Manole, 2005. WILLIAMS S. R.. Fundamentos de nutrição e dietoterapia. 6ª ed. São Paulo: Artes Médicas Sul; 1997. MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S.. Krause: alimentos, nutrição & dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca; 2005. TABELAS COMPLEMENTARES - Philipi, Sonia Tucunduva. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para Decisão Nutricional. Metha: São Paulo, 2007. - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos - TACO. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: UNICAMP/NEPA, 2011. 161 p. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco/tabela.php?ativo=tabela>. Acesso em: 20 out. 2012. - Tabela de Composição Química dos Alimentos – Guilherme Franco. 9a edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 307p. "A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades." Marxwell Maltz EXERCÍCIO 1 MÃOS À OBRA!
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