Exercicios PROC. CIVIL

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EXERCÍCIOS 
1 - Em relação á patrimonialidade, nos termos do art. 789 do cpc, o devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para que haja o cumprimento da sentença. Discorra sobre o que são esses bens presentes e futuros e se há possibilidade de bens do passado serem penhorados.
Presentes: são os existentes no momento da execução e que pertence ao executado.
Futuros: são os bens adquiridos pelo executado no curso da demanda judicial.
Passados: são os bens que não mais pertence ao executado.
 Em regra não são passíveis de penhora, no entanto, caso estes bens tenham sido doados ou alienados em fraude á credores ou fraude á execução, estes poderão sim serem passíveis de penhora por meio de sentença judicial.
 Na fraude contra credores necessita de ação autônoma para declara nula a referida alienação tornando o bem passível de penhora.
 Na fraude á execução o reconhecimento e a declaração da fraude é realizada no bojo do processo de forma incidental, por simples petição.
2 – Defina o instituto da fraude á execução, bem como suas características e consequências para os autores envolvidos, indicando o procedimento capaz de declarar a modalidade desta fraude.
- Definição: ato do devedor alienar ou gravar com ônus real um bem que lhe pertence com o objetivo de evitar que seus bens sejam penhorados. Configura-se também um ato atentatório a dignidade da justiça.
- Características: o ato de dilapidar o patrimônio culminando em estado de insolvência do devedor quando contra este pende um processo de execução e cuja ciência do referido processo já se efetivou com a citação válida ou intimação para se manifestar nos autos.
- Consequências p/ o devedor: o ato da alienação é declarado ineficaz podendo ainda ser penalizado co uma multa de até 20% do valor do débito, tipificando um ilícito penal. Art 179 cp
- Consequências p/ o terceiro adquirente: compete-lhe demonstar que empreendeu todas as diligências e cautelas necessárias para obter as certidões negativas, certificando da inseção de ônus recaído sobre o bem adquirido do devedor executado, sob pena de ter o bem penhorado para satisfazer a dívida.
- Procedimento: ocorre dentro do processo de forma incidental que após a intimação do terceiro adquirente para, se quiser opor embargos de terceiros no prazo de 15 dias será prolatada a sentença declaratória da fraude, tornando ineficaz o alienante fraudulento.
3 – Quais são as hipóteses de extinção da execução que estão mencionadas no art. 924 do cpc ?
- Hipóteses – art. 924 cpc: 
- Inépcia da petição
- Satisfação da obrigação por parte do devedor
- o executado obtiver por qualquer outro meio a extinção da dívida: (remissão, doação)
- Renúncia do credor
- Prescrição intercorrente.
4 – O que é execução aparelhada ?
- É aquela que provém de uma sentença judicial: declaratória, constitutiva ou condenatória.
5 – O devedor responde com todos os seus bens pelo inadimplemento de suas obrigações ?
- Ressalvados as hipóteses previstas em lei, cujos bens são impenhoráveis.
Exemplo: bens de família, utilidades domésticas que guarnecem a residência, seguro de vida e outros constante no art. 833 cpc.
6 – Qual a natureza jurídica da fraude á execução ?
Trata-se de instituto de direito processual.
7 – Quais são os títulos executivos extrajudiciais ?
- Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e o cheque.
- Escritura pública ou outro documento público.
- Documento particular assinado pelo devedor e 2 testemunhas.
- Instrumento de Transação referendado pelo MP.
- Contrato garantido por hipoteca, penhora, anticrese, direito real de garantia
- Contrato de seguro de vida em caso de morte.
- Créditos referentes as contribuições ordinárias e extraordinárias cond. edilício
- Certidões emitidas pela serventia notarial.
8 - Sabe-se que a liquidação de sentença é o procedimento destinado a identificar o valor do título executivo, o quantum a ser imposto ao devedor sempre que o ato decisório for ilíquido, identifique quais são bem como discorra a respeito.
A - Valor defasado, deverá ser instaurado um processo de liquidação, caso não seja possível liquidar o título por simples cálculo aritmético.
B – apuração de perdas e danos quando nas obrigações de entrega de coisa, fazer ou não fazer, não for possível o seu cumprimento.
C – benfeitorias indispensáveis; caso não haja documentos comprobatórios das despesas, como notas fiscais, será necessário avaliação pericial.
Inicia-se mediante simples requerimento da parte, credor ou devedor de forma incidental.
9 - Quais são os requisitos específicos para a deflagração do procedimento executivo ? 
- Liquidez: estabelece o quantum se deve pagar
- Certeza: deve-se demonstrar a existência do crédito, por força de lei ou sentença 
- Exigibilidade: não prescrito e com poder executivo.
- Tipicidade: materializado em um documento escrito. A forma legal
10 – Discorra a respeito de ato atentatório á dignidade da justiça nos termos do art. 774 do cpc ?
- Trata-se de instrumento tipicamente processual, pois ocorre no curso do processo judicial, e consiste numa manobra do devedor de frustrar a satisfação da ação exequenda oposta contra sí, 
11 – Quais são os bens passíveis de sofrer as constrições do processo de execução. art. 835 cpc.
- Dinheiro (espécie, depósito ou aplicação)
- Títulos da dívida pública (união, estados)
- Títulos e valores imobiliários
- Veículos da via terrestre
- Navios e aeronaves
- Ações quotas da sociedade simples e empresária
- Percentual de faturamento de empresa devedora
- Pedras e metais preciosos
- Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e alienação fiduciária
12 – Fale a respeito do princípio da tipicidade da execução.
- O processo da execução tem etapas pré- estabelecidas. 
- A esfera jurídica do executado só pode ser atingido por meios previsto em lei.
13 – Quais são os elementos que caracterizam a fraude á execução ?
- Dilapidação do patrimônio com objetivo de frustrar a execução.
- Não indicação de bens a penhora
- Ocultação de bens e valores.
14 - Qual a natureza jurídica dos títulos executivos ?
- ato juridico de eficácia constitutiva incorporado formalmente em um documento.
15 – O que é fraude á credores e quando se caracteriza ?
É um instituto de direito material, que se reveste de importância processual por modificar consideravelmente a situação patrimonial do executado.
Caracteriza-se: antes de existir uma ação em curso, existinto um devedor e um credor.
 O devedor, por sua vez, dilapida seu patrimônio de maneira fraudulenta para se torna insolvente eximindo-se de cumprir sua obrigação.
16 – O que é o princípio da autonomia da execução ?
A execução possui finalidades e regras próprias constituindo num processo autônomo frente aos demais processos, podendo até existir processo de execução sem existência de qualquer outro processo como na execução de títulos executivos extrajudiciais exigíveis.
17 – Quem é o responsável tributário ?
- Quando os sócios pratiquem atos com excessos de poderes ou infração de lei ou do contrato social, poderá haver a desconsideração da personalidade jurídica, recaindo sobre os sócios a responsabilidade tributária art.135 ctn.
- Sociedades especiais: os sócios responderão independentemente da desconsideração da P.J.
18 – Diferencie obrigação de responsabilidade pela execução.
- Obrigação: Instituto de direito material que é a própria obrigação a ser cumprida, e que nos casos de débitos prescritos, dívidas de jogos, existirá a obrigação porém, sem a responsabilidade. A obrigação é estática. 
- Responsabilidade: Instituto de direito processual e poderá existir sem que haja a obrigação como a figura do fiador. A responsabilidade é mais dinâmica pois o estado atua sobre o patrimônio do particular para satisfazer a obrigação perante o credor, exceto nas dívidas dafazenda pública, cujos bens são impenhoráveis.
19 - Fale sobre a natureza jurídica da liquidação de sentença.
- Declaratória: declara o valor que já estava sob termo.
- Constitutiva: modifica uma realidade da sentença, transformando uma obrigação ilíquida em líquida e exequível.
20 – Qual Finalidade da expedição da certidão para protesto no SPC/SERASA ?
Negativar o nome do executado, impedindo-o de contrair novas dívidas, empréstimos de modo a força-lo ao cumprimento da dívida objeto da execução.