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Agravo de instrumento Conceito, procedimento e admissibilidade Disciplinado nos arts. 1.015 a 1.020 do CPC, o recurso de agravo de instrumento é um recurso manejado contra as decisões interlocutórias. Dispõe a redação do art. 1.015 do CPC que caberá agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: • Tutelas provisórias; • Mérito do processo; • Rejeição da alegação de convenção de arbitragem; • Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; • Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; exibição ou posse de documento ou coisa; • Exclusão de litisconsorte; rejeição do pedido de Limitação do litisconsórcio; • Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; • Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; • Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; e nos outros casos expressamente referidos em lei. Recurso de agravo interno • Segunda modalidade de recurso de agravo prevista no CPC, serve para impugnar, em caráter monocrático, decisões proferidas no tribunal pelo relator (art.1.021, caput, do CPC). • Quanto ao seu processamento, deverá seguir as regras determinadas pelo regimento interno do tribunal. Será dirigido ao relator e, em sua petição, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. . Art. 1.021. [...] § 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. Art. 1.021. [...] § 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. § 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. Recurso de embargos de declaração Conceito, procedimento e admissibilidade O recurso de embargos de declaração é cabível (conforme determina a redação do art. 1.022 e incisos do CPC) contra qualquer decisão judicial obscura ou contraditória, para: suprir omissão de decisão judicial, seja sobre ponto ou questão pela qual se devia pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento da parte; ou ainda para corrigir erro material. O conceito de omissão para fins de embargos de declaração foi ampliado em relação à redação da lei de ritos anterior (art. 535, II, do CPC/1973). Pela antiga redação, a decisão era omissa quando o juiz ou o tribunal tinha de se manifestar sobre determinado ponto, mas não se pronunciava. Pela redação do atual CPC, art. 1.022, parágrafo único, será omissa a decisão que deixar de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento. Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. [...] § 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. PRAZO Efeitos DEVOLUTIVO NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO, PODENDO SER CABÍVEL. ATENÇÃO Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de qualquer outro recurso (art. 1.026, caput, do CPC), inclusive no âmbito dos Juizados Especiais, Lei nº 9.099/95.
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